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Modismo Quântico

[F*U*S*A*|KåMµ§]

Who will define me?
Recebi recentemente um email de um colega sobre uma coluna da Folha de São Paulo. A coluna foi escrita por Marcelo Knobel criticando uma declaração em uma entrevista vinculada pela própria Folha com o ministro do STF Carlos Ayres Britto.

Entrevista: A vida começa aos 70
Carlos Ayres Britto disse:
Eu recebi influências positivas, de, por exemplo, [Jiddu] Krishnamurti [1895-1986, guru indiano], Osho [Rajneesh, 1931-90, místico indiano], Eva Pierrakos [1915-79, médium austríaca], Eckhart Tolle [pseudônimo de Urich Leonard Tolle, escritor espiritualista nascido em 1948], autor do livro "O Poder do Agora", e a pessoa que mais me influenciou, Heráclito [de Éfeso, c. 540-c. 480 a.C., pré-socrático que elegeu o fogo e a permanente transformação como princípio da ordem universal].

Depois, de uns 12 anos para cá, comecei a me interessar por física quântica, e ela me pareceu uma confirmação de tudo o que os espiritualistas afirmam. A física quântica, sobretudo os escritos de Dannah Zohar [especializada em aconselhamento espiritual e profissional]. Venho lendo os livros dessa mulher, uma americana que escreveu uma trilogia maravilhosa: "O Ser Quântico", "A Sociedade Quântica" e "QS - Inteligência Espiritual". Também passei a me interessar muito por neurociência.
Carlos Ayres Britto disse:
Assim como o dançarino, que se disponibiliza de corpo e alma para a dança -chega o momento em que se funde com ela, e você já não sabe quem é o dançarino e quem é a dança, é uma coisa só-, o intérprete do dispositivo jurídico pode, também, numa relação de profunda identidade e empatia, se fundir com esse dispositivo. Aí você compõe uma unidade. Você é um com o dispositivo, e o dispositivo é um com você.

E isso não é invencionice, decola de um juízo de Einstein, que em 1905, físico quântico que era, cunhou uma expressão célebre: "efeito do observador". Ele percebeu que o observador desencadeava reações no objeto observado.

Ele disse que o sujeito cognoscente, em alguma medida, faz o objeto cognoscível, a depender do grau da intensidade interacional entre eles. Claro que quando você joga teoria quântica para a teoria jurídica, se expõe a uma crítica mordaz. O sujeito diz: "Mas isso não é ciência jurídica".

Coluna: Abuso quântico e pseudociência
Marcelo Knobel disse:
Em entrevista recente à Folha, o recém-aposentado ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, afirmou que sua visão espiritualista de mundo seria confirmada pela física quântica, citando diversos autores, entre os quais Einstein ("A vida começa aos 70", em 18 de novembro).

Cito dois trechos:

1) "Depois, de uns 12 anos para cá, comecei a me interessar por física quântica, e ela me pareceu uma confirmação de tudo o que os espiritualistas afirmam. A física quântica, sobretudo os escritos de Dannah Zohar [especializada em aconselhamento espiritual e profissional]."

2) "Einstein, físico quântico que era, cunhou uma expressão célebre: 'efeito do observador'. Ele percebeu que o observador desencadeava reações no objeto observado. (...) Claro que quando você joga teoria quântica para a teoria jurídica, se expõe a uma crítica mordaz. O sujeito diz: "Mas isso não é ciência jurídica'."

Na verdade, a fascinante física quântica aplica-se somente a sistemas físicos na escala atômica, jamais a questões profissionais ou jurídicas. As analogias podem ser exercícios criativos ou poéticos até interessantes, mas não passam disso.

Ao buscar a palavra "quantum" em qualquer livraria virtual, é assombroso notar que a maioria das obras listadas refere-se a supostas explicações quânticas dos mais diversos aspectos da vida -da memória à cura de enfermidades, passando pelo sucesso no amor e na carreira.

Como físico, acredito em coisas incríveis, como entes que são ondas e partículas simultaneamente, universos multidimensionais, tempos e comprimentos que dependem da velocidade do objeto, estruturas nanoscópicas que podem atravessar verdadeiras paredes e muitos outros fenômenos que certamente não são nada intuitivos e continuam sendo impressionantes, mesmo após anos e anos de estudo.

Mas em ciência o importante é que as teorias sejam comprovadas seguindo critérios rígidos, metodologias adequadas e publicadas em periódicos de circulação internacional, para que outros pesquisadores possam tentar repetir os experimentos e modelos, verificando possíveis falhas e buscando explicações alternativas, com certo ceticismo. Não é o caso das ideias citadas pelo ministro.

Ocorre que, diariamente, somos inundados por inúmeras promessas de curas milagrosas, métodos de leitura ultrarrápidos, dietas infalíveis, riqueza sem esforço. A grande maioria desses milagres cotidianos são vestidos com alguma roupagem científica: linguagem um pouco mais rebuscada, aparente comprovação experimental, depoimentos de pesquisadores "renomados", alardeado acolhimento em grandes universidades. São casos típicos do que se costuma definir como pseudociência.

A maioria das pessoas vive perfeitamente bem sem saber diferenciar ciência de pseudociência. Mais cedo ou mais tarde, porém, em alguns momentos da vida esse conhecimento pode ser muito importante. Seja para decidir um tratamento médico, seja para analisar criticamente algum boato, seja para se posicionar frente a alguma decisão importante que certamente influenciará a vida de seus filhos e netos.

A sociedade como um todo deve assimilar a cultura científica. É importante a participação de instituições, grupos de interesse e processos coletivos estruturados em torno de sistemas de comunicação e difusão social da ciência, participação dos cidadãos e mecanismos de avaliação social da ciência.

Em uma sociedade onde a ciência e a tecnologia são agentes de mudanças econômicas e sociais, o analfabetismo científico, seja de quem for, pode ser um fator crucial para determinar decisões que afetarão nosso bem-estar social.

É impossível tomar uma decisão consciente se não se tem um mínimo de entendimento sobre ciência e tecnologia, como funcionam e como podem afetar nossas vidas.

MARCELO KNOBEL, 44, físico, é professor do Instituto de Física Gleb Wataghin e pró-reitor de graduação da Unicamp


E aí eu lembrei de um dos momentos mais revoltantes da minha vida de cinéfilo, que foi ouvir falar e depois assistir o "documentário" chamado "What the Bleep Do We Know" ("Quem Somos Nós" aqui no Brasil).
Wikipedia

Depois lembrei que já recebi de colegas de carreira emails e posts no facebook sobre como charlatões se utilizam do "modismo quântico" (que não é de hoje, mas voltou forte com o "modismo nano") para se darem bem.
Terapia Quântica
Clínica Médica Quantica


Por muito tempo todos levávamos na brincadeira, mas quando paramos pra pensar que tem gente safada ganhando a vida em cima de pessoas ingênuas e ignorantes no assunto, aí fica difícil não ficar revoltado.
O segundo site que postei ali está fora do ar. Na época nós realizamos algumas ligações questionando o médico sobre a filosofia e as explicações completamente erradas sobre física básica que era apresentado no site (como separar 4 forças da natureza como: magnética, elétrica, eletromagnética e gravidade. !WTF!). Não fomos além, mas torço eu para que outras pessoas mais ativas tenham denunciado fortemente essa clínica e esta ser a razão do site estar fora do ar.

Eu acho que está na hora de mais colunas desse tipo serem publicadas em jornais e revistas de alta circulação (não apenas em algumas revistas científicas que não atingem o grande público) para alertar a maior parte das pessoas a não serem convencidas por esse tipo de gente.

E acredito que, assim como os físicos se corroem pelos argumentos de física sendo totalmente distorcidos, os médicos (de verdade), biólogos, químicos, etc, devem ter exemplos similares. Apesar do carro chefe de algumas dessas "teorias" serem o caráter estatístico da quântica, certamente eles não devem parar por aí e distorcerem outras áreas da ciência.



PS: Não estou criticando a filosofia desses livros/filmes de auto-ajuda. Se funciona ou não funciona, vai de cada um decidir pra si próprio. A questão é utilizar de argumentos ERRADOS para fazer valer suas idéias.
Normalmente quando eu vejo que alguém está deliberadamente se utilizando de argumentos errados pra validar sua idéia (e ganhar dinheiro com isso), eu tendo a não crer no restante de sua idéia pois isso denota mal-caratismo.

PPS: Além de provavelmente não ser válida teorias baseadas em alguns argumentos interpretados de forma totalmente errônea, ainda por cima contribui para a difusão de informação falsa por entre leigos. Realmente uma pena que a teoria quântica, a nanotecnologia e afins sejam tão equivocadamente vistas por essas pessoas (tanto as enganadoras quanto as enganadas). São áreas tão bonitas quando entendidas mais seriamente e rigorosamente.
 
Última edição por um moderador:
Velho, quanta bobagem esse ministro falou. E a palavra é essa: BOBAGEM. Einstein um físico quântico? PELAMOR, né?

É triste ver como esse tipo de pseudociência é difundido e assimilado rapidamente pela população. Quantas vezes eu tive que ouvir sobre pessoas que 'estudavam' quântica para explicar os vários universos ou dimensões, o fato da quântica 'explicar' os conceitos ou ideias da crença espiritual do sujeito e coisas do gênero. 'O Segredo', 'Quem somos nós', tirando outros com nomes risíveis do tipo 'A empresa quântica', pipocam por aí a todo momento e prestam um enorme desserviço a comunidade científica.

Essas terapias quânticas não passam de charlatanismo do mais puro e barato. Você acredita que o pensamento ou energia positiva ou sei lá qual o nome que dá pra essa bodega, pode curar uma doença? Tudo bem, isso é o que acredita e cada um acredita no que quiser, não tem muito como debater isso, IMO. O problema é quando você quer justificar sua crença usando argumentos científicos que claramente não são aplicáveis àquela situação ou até mesmo distorce o que é dito pela ciência pra justificar algo que é uma crença sua. São nesses dois pontos que residem o perigo e que todos que trabalham com ciência devem atacar.
 
Apesar de reconhecermos a charlatanice por trás do mau emprego da expressão "física quântica", não consigo deixar de culpar os próprios cientistas por isso. Quando os primeiros estudos surgiram, não houve interesse em divulgá-los de forma ampla para o público. Mas também, convenhamos: não se ensina ciência de verdade nas escolas. Logo, qualquer terminologia intelectualoide vazia dentro de um sistema aparentemente hermético mas também vazio vai causar impacto sobre quem ignora do que se trata. Resultado: trata-se como científico algo especulativo. No entanto, quedê que os maiores interessados na dissipação dessa constante má interpretação se apresentam e esclarecem as coisas? Carl Sagan, Richard Feynman e Martin Gardner já morreram; Richard Dawkins de tão virulento ficou pedante; Alan Sokal exagerou na dose quando atacou até a área de linguística; James Randi não sabe se apresentar sem detonar alguém; Marcelo Gleiser só passa na TV a cabo e sábado de manhã antes do desenho animado; Neil DeGrasse Tyson está ganhando fama agora junto a um público maior... Quero acreditar que as "trevas da ignorância" se dissipariam caso mais cientistas se dispusessem a esclarecer o público sobre sua área de atuação. Se isso não ocorrer, atacar os charlatães sem ter que o público tenha um referencial firme e amplo será como "dar murro em ponto de faca".
 
acho sinceramente q todos têm o direito d acreditarem no q quiserem, mesmo em histórias d fadas, milagres, alienígenas ou física quântica. como nada no universo é imutável a ñ ser a própria mutabilidade, mto dq foi criticado nas palavras d ayres britto tem o seu tto d verdade assim como mto das palavras do prof. da unicamp tem o seu tto d crença pessoal.

ñ sou d descartar nenhuma crença alheia só pq me parece bobagem. se mentiras tornam alguém uma pessoa melhor isso é necessariamente algo ruim? se crendices dão + sentido à sua vida dq as teorias entendidas por poucos? como os próprios livros do dan brown costumam levantar a bola (principalmente o anjos & demônios e o símbolo perdido), existem fanáticos prejudiciais tto na religião qto na ciência, e kda vez + ciência e fé vem mostrando q são + parecidas dq seus defensores apregoam. recentemente vi o documentário da bbc4 chamado 'o fim d deus' com descobertas científicas narradas pela horizon nos campos da fé. foi interessante perceber q a religião usa-se da ciência p provar as suas teses e q mtas teorias científicas são basicamente uma questão d fé, já q ñ podem ser totalmente comprovadas. e se me refiro a religião qdo o post inicial fala d pseudociências é pq acredito q os seus efeitos naqueles q as acreditam são os mesmos.

enfim, entendo e respeito a sua revolta, fusa, mas ñ compartilho da opinião.
 
Mas, JLM, o problema aqui não é a crença. Cada um acredita naquilo que quiser, como você bem colocou. O problema é quando você começa a usar a ciência pra justificar aquilo em que você acredita. Por exemplo, suponhamos que você acredita que o seu pensamento pode curar doenças, tanto em você quanto em outras pessoas. Beleza, isso é o que você acredita. O problema é quando você começa a dizer que isso ocorre devido a sinais eletromagnéticos enviados por sua mente que entram em contato com a bactéria, vírus, whatever e devido a um processo de repulsão quântica você elimina o mal que afligia a pessoa. Agora sim você tem um problema. Você está usando conceitos que não se aplicam ao caso, só para dar credibilidade aquilo que você acredita. O problema 'tá aí.

Claro que existe o problema que o Bruce tocou. Cientistas muitas vezes são incapazes de traduzir suas pesquisas e conhecimento prum linguajar mais simples, acessível ao grande público. Sempre existem aqueles jargões incompreensíveis, aqueles cálculos enormes, que amedrontam e afastam as pessoas que não trabalham com ciência das descobertas feitas por ela. Pra resolver esse problema do 'modismo quântico' precisamos investir em educação, mais especificamente, precisamos trabalhar com as crianças e adolescentes nas escolas a questão do método científico, como ele funciona, quais são as suas limitações, o porquê de depositarmos tanta confiança em seus resultados... Além de, óbvio, os próprios cientistas se comprometerem mais com a causa da divulgação científica, algo que definitivamente precisamos.

E só mais um ponto, JLM: essa questão de teoria científica ser uma questão de fé é meio complicada. Se ela não pode ser comprovada, sequer poderíamos chamá-la de teoria científica. Um dos pré-requisitos de uma hipótese científica é a possibilidade dela ser refutada, se eu faço uma hipótese que a priori não pode ser testada, isso não é ciência. Hipóteses científicas precisam ser testadas experimentalmente, precisam ser passíveis de refutação e o experimento que a 'comprove' deve ser reproduzível. Ok, se fizermos uma análise séria e mais aprofundada, no fim das contas veremos que, de fato, acreditamos em ciência. O que tentamos fazer é nos munir de todas as razões possíveis para que essa nossa 'crença' seja justificada.

E pra finalizar: sobre ciência e seus métodos, eu recomendaria dois livros muito interessantes: Filosofia da Ciência, de Rubem Alves, e O que é Ciência, afinal?, do Alan F. Chalmers.
 
acho sinceramente q todos têm o direito d acreditarem no q quiserem, mesmo em histórias d fadas, milagres, alienígenas ou física quântica. como nada no universo é imutável a ñ ser a própria mutabilidade, mto dq foi criticado nas palavras d ayres britto tem o seu tto d verdade assim como mto das palavras do prof. da unicamp tem o seu tto d crença pessoal.

ñ sou d descartar nenhuma crença alheia só pq me parece bobagem. se mentiras tornam alguém uma pessoa melhor isso é necessariamente algo ruim? se crendices dão + sentido à sua vida dq as teorias entendidas por poucos? como os próprios livros do dan brown costumam levantar a bola (principalmente o anjos & demônios e o símbolo perdido), existem fanáticos prejudiciais tto na religião qto na ciência, e kda vez + ciência e fé vem mostrando q são + parecidas dq seus defensores apregoam. recentemente vi o documentário da bbc4 chamado 'o fim d deus' com descobertas científicas narradas pela horizon nos campos da fé. foi interessante perceber q a religião usa-se da ciência p provar as suas teses e q mtas teorias científicas são basicamente uma questão d fé, já q ñ podem ser totalmente comprovadas. e se me refiro a religião qdo o post inicial fala d pseudociências é pq acredito q os seus efeitos naqueles q as acreditam são os mesmos.

enfim, entendo e respeito a sua revolta, fusa, mas ñ compartilho da opinião.

Uma boa razão pra discordar de todo o seu post: http://digitaljournal.com/article/301197
 
ou p concordar.

Carl Sagan certa vez disse em seu "O Mundo Assombrado por Demônios" que antes de orar pra curar uma febre, que tal dar uma aspirina antes? Quando uma crença se infiltra na sociedade de uma forma destrutiva e que atente à integridade física do ser humano, me desculpe, mas ela precisa ser contida. Vide que mesmo eu sendo agnóstico, acredito que Cristo, Buda, Maomé e tantos outros passaram bons ensinamentos que valeriam a pena ser praticados. Contudo, Moisés é um dos que eu dispenso por querer tacar pedras em qualquer um por qualquer motivo. Mesmo coisas ditas por Maomé precisam de um exame mais sucinto, assim como as interpretações errôneas - quem disse que o grego é um idioma fácil? - por trás da mensagem de Cristo. Se a sua crença te leva e te ajuda a ser alguém melhor, beleza. Mas se ela implica em você correr risco de vida ou que atente ou prejudique outrem, sinto muito, simplesmente não há conversa.
 
Por exemplo, suponhamos que você acredita que o seu pensamento pode curar doenças, tanto em você quanto em outras pessoas. Beleza, isso é o que você acredita. O problema é quando você começa a dizer que isso ocorre devido a sinais eletromagnéticos enviados por sua mente que entram em contato com a bactéria, vírus, whatever e devido a um processo de repulsão quântica você elimina o mal que afligia a pessoa. Agora sim você tem um problema. Você está usando conceitos que não se aplicam ao caso, só para dar credibilidade aquilo que você acredita. O problema 'tá aí.

o próprio chamado 'efeito placebo' é uma teoria científica q foi usada nos anos 70 p explicar os milagres. mas importa se A diz q a fonte é uma e B q é outra qdo o resultado é o mesmo? e ñ é normal qdo algo nos faz bem querermos partilhar com outros, independente dq estejamos falando ou se conhecemos bem o assunto? é algo natural ao ser humano. mesmo q esse algo seja mentira, mas faça bem às convicções pessoais daquela pessoa.

Carl Sagan certa vez disse em seu "O Mundo Assombrado por Demônios" que antes de orar pra curar uma febre, que tal dar uma aspirina antes? Quando uma crença se infiltra na sociedade de uma forma destrutiva e que atente à integridade física do ser humano, me desculpe, mas ela precisa ser contida. Vide que mesmo eu sendo agnóstico, acredito que Cristo, Buda, Maomé e tantos outros passaram bons ensinamentos que valeriam a pena ser praticados. Contudo, Moisés é um dos que eu dispenso por querer tacar pedras em qualquer um por qualquer motivo. Mesmo coisas ditas por Maomé precisam de um exame mais sucinto, assim como as interpretações errôneas - quem disse que o grego é um idioma fácil? - por trás da mensagem de Cristo. Se a sua crença te leva e te ajuda a ser alguém melhor, beleza. Mas se ela implica em você correr risco de vida ou que atente ou prejudique outrem, sinto muito, simplesmente não há conversa.

mas e a liberdade d se escolher em q acreditar, pelo q viver e pelo q morrer, ond fica? é como eu disse no meu 1º comentário e acho q ngm leu: se a pessoa é feliz na ilusão, mesmo q essa ilusão lhe cause a morte, quem é vc, ó ser superior, p contestá-la? é melhor viver 5 anos definhando em tratamentos químicos em hospitais ou 3 anos tomando ervas d curandeiros ou pseudo cientistas? ñ há resposta certa genérica p esta pergunta. a escolha é personalíssima. p vc pode ser uma coisa q satisfaça a sua racionalidade, p outra pode ser algo q satisfaça a sua fé e nem por isso 1 dos 2 precisa estar errado. liberdade é isso: poder fazer escolhas erradas, até se auto-enganar, e ainda assim ser feliz.

e qual crença ñ é prejudicial, d forma mínima ou extrema, aos q ñ são adeptos dela? (bote em crença ae religião, teorias, ideologias, opções pessoais ou fantasias). diga q a religião ñ traz consolo a milhões d pessoas no mundo todo. assim tb o faz a ciência. e diga q por causa da religião ñ cometeram mtas barbaridades na história. assim como pela ciência.

já tive a oportunidade d assistir algumas aulas e palestras do ex-ministro e o considero 1 dos homens + inteligentes e sensíveis do brasil. talvez + dq todos nós aqui reunidos. afirmar q ele está errado sem se aprofundar nas suas crenças é p mim = ao fanatismo daquele q mata o outro por ter religião diferente. por isso, do mesmo modo q me indicam ler os livros q v6 leram e acreditam, sugiro q façam o mesmo com os livros q ele citou. ñ devemos ser arrogantes d pensar q sabemos tudo. eu, plagiando o filósofo, apenas sei q nada sei.
 
mas e a liberdade d se escolher em q acreditar, pelo q viver e pelo q morrer, ond fica? é como eu disse no meu 1º comentário e acho q ngm leu: se a pessoa é feliz na ilusão, mesmo q essa ilusão lhe cause a morte, quem é vc, ó ser superior, p contestá-la? é melhor viver 5 anos definhando em tratamentos químicos em hospitais ou 3 anos tomando ervas d curandeiros ou pseudo cientistas? ñ há resposta certa genérica p esta pergunta. a escolha é personalíssima. p vc pode ser uma coisa q satisfaça a sua racionalidade, p outra pode ser algo q satisfaça a sua fé e nem por isso 1 dos 2 precisa estar errado. liberdade é isso: poder fazer escolhas erradas, até se auto-enganar, e ainda assim ser feliz.

Quando isso afeta outros, sim, precisa ser interrompida, precisa ser chamada à razão. Se você quiser morrer pela sua causa, vai fundo, mas, antes de tudo, 1) pense nos seus familiares; 2) pense nos seus amigos; 3) pense se isso vale mesmo a pena; 4) pense no exemplo que vai deixar pros outros; e 5) - muito importante - fique certo de que só você vai, ok? :lol:

e qual crença ñ é prejudicial, d forma mínima ou extrema, aos q ñ são adeptos dela? (bote em crença ae religião, teorias, ideologias, opções pessoais ou fantasias). diga q a religião ñ traz consolo a milhões d pessoas no mundo todo. assim tb o faz a ciência. e diga q por causa da religião ñ cometeram mtas barbaridades na história. assim como pela ciência.

E quem condena a religião? Da minha parte, condeno seu uso para fazer besteiras consigo e com os outros. A ciência já cometeu erros? E como! A religião, idem. E nada tira o valor que uma e outra têm para a sociedade. Mas há limites éticos, legais e morais - é preciso não querermos justificar o injustificável.

já tive a oportunidade d assistir algumas aulas e palestras do ex-ministro e o considero 1 dos homens + inteligentes e sensíveis do brasil. talvez + dq todos nós aqui reunidos. afirmar q ele está errado sem se aprofundar nas suas crenças é p mim = ao fanatismo daquele q mata o outro por ter religião diferente. por isso, do mesmo modo q me indicam ler os livros q v6 leram e acreditam, sugiro q façam o mesmo com os livros q ele citou. ñ devemos ser arrogantes d pensar q sabemos tudo. eu, plagiando o filósofo, apenas sei q nada sei.

Só que o filósofo ia atrás do que ele não sabia. Ayres Britto deve ser muito inteligente pra algumas coisas, contudo, ele ignora outras - e quem não é assim? Há um verdadeiro mau uso da física quântica e sua terminologia. Vide que acima ataquei os cientistas que não se incomodam em discutir com o público sobre isso. Tudo deve ser exposto ao público - até religião. Ou você não se incomoda com a doutrina hermética da Igreja da Cientologia? Sabe-se lá o que esses caras fazem que já levou gente a cometer suicídio.
 
o próprio chamado 'efeito placebo' é uma teoria científica q foi usada nos anos 70 p explicar os milagres. mas importa se A diz q a fonte é uma e B q é outra qdo o resultado é o mesmo? e ñ é normal qdo algo nos faz bem querermos partilhar com outros, independente dq estejamos falando ou se conhecemos bem o assunto? é algo natural ao ser humano. mesmo q esse algo seja mentira, mas faça bem às convicções pessoais daquela pessoa.

Claro que importa. Se achássemos até hoje que tuberculose é curada simplesmente através do pensamento, quantos seres humanos teriam morrido em vão? Mas não. Nós fomos atrás pesquisar o que causava a doença, como aliviar seus sintomas, como combatê-la de fato. Milhões de vidas salvas graças a esse procedimento. Não é só o resultado que importa, o método é fundamental sim. E por isso ficamos tão entristecidos (e emputecidos também) quando esses 'pseudocientistas' aparecem. Porquê eles estão justificando crenças travestindo-as de ciência, sendo que nas 'pesquisas' deles não há método algum. E é justamente o método que torna a ciência mais confiável. Sem ele, tudo não passa de achismo.

Vou repetir: o problema não é crença pessoal de cada um, mas usar jargões científicos pra dar confiabilidade a algo que não possui respaldo científico algum. Isso é usar má fé pra enganar as pessoas e é o cerne da questão que o Fusa levantou.
 
Fora que esse uso de pseudo-ciência para legitimar crenças é já revelador de uma ignorância do que seja religião, quiçá uma ofensa a toda religião e espiritualidade. Mas é fruto do racionalismo ocidental, positivismo.
 
acho sinceramente q todos têm o direito d acreditarem no q quiserem, mesmo em histórias d fadas, milagres, alienígenas ou física quântica. como nada no universo é imutável a ñ ser a própria mutabilidade, mto dq foi criticado nas palavras d ayres britto tem o seu tto d verdade assim como mto das palavras do prof. da unicamp tem o seu tto d crença pessoal.

ñ sou d descartar nenhuma crença alheia só pq me parece bobagem. se mentiras tornam alguém uma pessoa melhor isso é necessariamente algo ruim? se crendices dão + sentido à sua vida dq as teorias entendidas por poucos? como os próprios livros do dan brown costumam levantar a bola (principalmente o anjos & demônios e o símbolo perdido), existem fanáticos prejudiciais tto na religião qto na ciência, e kda vez + ciência e fé vem mostrando q são + parecidas dq seus defensores apregoam. recentemente vi o documentário da bbc4 chamado 'o fim d deus' com descobertas científicas narradas pela horizon nos campos da fé. foi interessante perceber q a religião usa-se da ciência p provar as suas teses e q mtas teorias científicas são basicamente uma questão d fé, já q ñ podem ser totalmente comprovadas. e se me refiro a religião qdo o post inicial fala d pseudociências é pq acredito q os seus efeitos naqueles q as acreditam são os mesmos.

enfim, entendo e respeito a sua revolta, fusa, mas ñ compartilho da opinião.
O Lew Morias já escreveu o que eu ia dizer, mas só pra reforçar.
Não questiono a filosofia, não questiono a pessoa aplicá-la, etc. Mas não é correto você pegar o trabalho dos outros e distorcê-lo para dar validade a sua idéia. Isso seria subir no ombro de gigantes para depois defecar sobre suas cabeças.
Se a pessoa não acredita de fato no que diz a ponto de ter que se utilizar da credibilidade de terceiros de forma deliberadamente equivocada, ele está sendo um mal-carater, desonesto, ou no mínimo ignorante.
Que crie a sua própria teoria. Chame de Teoria do Sugestionamento Estatístico ou sei lá, desenvolva os argumentos. Mas se apoderar do nome "quântico" com intuito de levar a credibilidade de centenas de físicos construida durante um século pra dizer algo que essa teoria não corrobora em hipótese nenhuma, aí não pode.
Quanto a questão de "se a pessoa for feliz, deixa quieto", se fosse só questão de deixar as pessoas sozinhas na sua ilusão eu até concordaria. Se fosse uma situação em que a desonestidade tornaria um grupo feliz sem influenciar o restante da sociedade, beleza. Mas há prejuizos nesse processo. Essas mentiras denigrem a imagem de pessoas que trabalham nessa área e ajuda a perpetuar informação errada para a sociedade sobre essa área.



já tive a oportunidade d assistir algumas aulas e palestras do ex-ministro e o considero 1 dos homens + inteligentes e sensíveis do brasil. talvez + dq todos nós aqui reunidos. afirmar q ele está errado sem se aprofundar nas suas crenças é p mim = ao fanatismo daquele q mata o outro por ter religião diferente. por isso, do mesmo modo q me indicam ler os livros q v6 leram e acreditam, sugiro q façam o mesmo com os livros q ele citou. ñ devemos ser arrogantes d pensar q sabemos tudo. eu, plagiando o filósofo, apenas sei q nada sei.
Não duvido que ele seja inteligente e com grandes conhecimentos. Problema é saber se ele tem esses conhecimentos no assunto que ele resolveu discorrer para um veículo público de grande divulgação. Eu duvido bastante que ele tenha.
Nesse caso eu não coloco o ex-ministro no grupo dos desonestos (esse são os que criam as clínicas, etc), mas no grupo dos que ignoram o assunto que estão falando.
Ele seria uma vítima desse modismo.
 
Última edição:
Claro que importa. Se achássemos até hoje que tuberculose é curada simplesmente através do pensamento, quantos seres humanos teriam morrido em vão? Mas não. Nós fomos atrás pesquisar o que causava a doença, como aliviar seus sintomas, como combatê-la de fato. Milhões de vidas salvas graças a esse procedimento. Não é só o resultado que importa, o método é fundamental sim. E por isso ficamos tão entristecidos (e emputecidos também) quando esses 'pseudocientistas' aparecem. Porquê eles estão justificando crenças travestindo-as de ciência, sendo que nas 'pesquisas' deles não há método algum. E é justamente o método que torna a ciência mais confiável. Sem ele, tudo não passa de achismo.

Vou repetir: o problema não é crença pessoal de cada um, mas usar jargões científicos pra dar confiabilidade a algo que não possui respaldo científico algum. Isso é usar má fé pra enganar as pessoas e é o cerne da questão que o Fusa levantou.

pq importa p vc ñ quer dizer q seja regra geral. pro doente na fila do sus saber se foi deus, obaluaiyê ou o dotô d branco só vai diferenciar p ele se vai arrematar o frango na quermesse da igreja, oferecê-lo numa encruzilhada ou dar d presente. e se há espaço pros pseudocientistas é pq há procura. e se existe a procura mesmo com todos os mimimis d cientistas e fãs demonstra q ou algo está errado com a gde maioria q continua procurando kda vez + ou com a minoria q ñ consegue convencer os q procuram. alguns diriam q há algo errado com ambos. eu sou da opinião dq ambos estão certos. kda 1 escolhe o seu método d cura, seja homeopatia, quimioterapia, fisioterapia, banho d luz cósmica ou conversas no divã. kda 1 acredita na besteira q quiser, e é oq eu defendo. se os pseudocientistas fazem tto mal assim pq os órgãos governamentais ñ os proíbem? kd o lobby dos acadêmicos científicos p barrar tais fraudes?

e qto a ñ usar jargões científicos em outras áreas, isso é pura balela. se fosse assim ñ existiria metáfora, metonímia, analogia e intertextualidade entre matérias. vc querer ser preciosista d+ é esquentar a cabeça à toa. mtos termos, em diversas áreas, já foram apropriados por outras ao ponto d perderem a sua significação original, quem disse q a física é imune a esta evolução cultural? quem sabe a palavra 'quântico' ñ esteja assumindo 1 sentido q a gde massa queira q ela assuma e ñ somente poucos cientistas? isso vai + pro lado da linguística dq d pseudociência.
 
e qto a ñ usar jargões científicos em outras áreas, isso é pura balela. se fosse assim ñ existiria metáfora, metonímia, analogia e intertextualidade entre matérias. vc querer ser preciosista d+ é esquentar a cabeça à toa. mtos termos, em diversas áreas, já foram apropriados por outras ao ponto d perderem a sua significação original, quem disse q a física é imune a esta evolução cultural? quem sabe a palavra 'quântico' ñ esteja assumindo 1 sentido q a gde massa queira q ela assuma e ñ somente poucos cientistas? isso vai + pro lado da linguística dq d pseudociência.
Quando a pessoa diz que a física quantica explica algo que ela não explica, isso não é só questão de apropriação do jargão, é distorção da teoria.

De fato a física não é imune. Inclusive um dos exemplos mais famosos é o da apropriação da Teoria da Relatividade para o jargão popular de "tudo é relativo". Que inclusive fez Einstein se arrepender de ter nomeado sua teoria com esse nome.
Mas se uma pessoa diz que Einstein provou em sua teoria por física que "tudo é relativo" (e qualquer ramificação daí), aí já passa a ser errado, uma mentira.
 
Fora que esse uso de pseudo-ciência para legitimar crenças é já revelador de uma ignorância do que seja religião, quiçá uma ofensa a toda religião e espiritualidade. Mas é fruto do racionalismo ocidental, positivismo.

De fato, essa onda de querer ligar uma a outra é um tanto forçado. Nunca tinha parado pra pensar no positivismo dessa maneira. Interessante. Valeu pela dica, Paganus. :D
 

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