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Literatura Brazuca hoje!

Quanto a literatura comtemporânea nada que me atraia,eu to lendo mesmo os clássicos...Eu recomendo aqui algo que já me recomendaram, Dalton Trevisan é um bom escritor vale a pena conferir, e a Marina Colasanti tbm.

Fica aí minha dica ;)
 
Luna disse:
Quanto a literatura comtemporânea nada que me atraia,eu to lendo mesmo os clássicos...Eu recomendo aqui algo que já me recomendaram, Dalton Trevisan é um bom escritor vale a pena conferir, e a Marina Colasanti tbm.

Fica aí minha dica ;)

Recomendo Marina Colasanti também! Conheci há pouco tempo, ela
lembra Clarice Lispector, muito boa!
 
Como eu já tinha dito em um tópico passado, não sei em qual, eu recomecei o 1808 do Laurentino Gomes, e acreditem ...(e pasmem!!!) estou gostando....acho q logo poderei dizer q indico o livro, deixem-me adiantar a leitura , pra poder recomendar com convicção....
 
Ganhei 1808 de presente, mas ainda não comecei a ler...
Espero que seja bom, estou numa expectativa....
 
Luna disse:
Quanto a literatura comtemporânea nada que me atraia,eu to lendo mesmo os clássicos...Eu recomendo aqui algo que já me recomendaram, Dalton Trevisan é um bom escritor vale a pena conferir, e a Marina Colasanti tbm.

Fica aí minha dica ;)

Bem, para mim Dalton é contemporâneo, pois é difícil calcular o tempo em literatura como nós calculamos. Não podemos dizer que ele é modernista, logo acho que é contemporâneo.

Bem, eu reccomendo Marcelo Mirisola, autor paulista, ainda vivo, verborrágico, cruel e sacana.

Em cara que acho muito bom e lanço recentemente um livro é o Eucanaã Ferraz. Poeta carioca, de costrução imagética superfoda. Vale a pena.

Acho que tem rolado muito preconceito por parte dos próprios leitores quanto aos novos autores, nada parece bom aos olhos de ninguém hoje em dia... não sei, acho que estamos exigentes demais e não sabendo distinguir coisas boas no meio de coisas ruins.
 
Literatura brasileira atual

[align=justify]Literatura brasileira contemporânea (leia-se escritores vivos) conheço apenas Martha Medeiros, Paulo Coelho, Augusto Cury e Zibia Gasparetto.

Martha Medeiros escreve crônicas para jornais e sites. Tive oportunidade de ler Montanha Russa e Doidas e Santas. Gosto.

O Paulo Coelho e Augusto Cury é o tipo de leitura que abomino, mas tentei, até porque sempre constam na lista de livros mais vendidos.

Os melhores do Paulo Coelho, na minha opinião, são O Alquimista e As Valkirias. Os livros: Manual do Guerreiro da Luz, O Monte Cinco, O Zahir, Onze Minutos, achei T.E.R.R.I.V.E.I.S. Do Augusto Cury tentei ler o Nunca Desista dos Seus Sonhos, mas abandonei a leitura. A Zibia escreve livros de cunho pseudo-espírita. São "legaiszinhos", mas cansam, porque é SEMPRE a mesma fórmula. Li uns 6 livros dela.

De contemporâneos me recomendaram: Milton Hatoum (Dois Irmãos), Raduan Nassar (Um Copo de Cólera), Patrícia Melo (Inferno), Ana Maria Guimarães (Um Defeito de Cor).[/align]
 
Tentem Marcelino Freire - Contos Negreiros e Michel Laub, Segundo Tempo...
Tem muita gente nova por aí escrevendo. O problema é que as grandes editoras não dão muita chance. Estou com alguns outros na fila e assim que tiver uma opinião, eu coloco por aqui...
Abs.
 
E aí, uns quatro anos depois desse tópico ter sido aberto (em 2007), vocês acham que esse panorama de "desconhecimento" a respeito da literatura brasileira contemporânea continua igual?

Graças ao Meia e a Izze eu passei a conhecer vários autores nacionais nesses últimos dois anos. Ainda acho eles muito concentrados, tanto em região (maioria é gaúcho) como em editora (Cia. das Letras), mas que possuem qualidade é inegável.

Da Companhia das Letras tem o Daniel Galera, Carol Bensimon, Michel Laub, J. P. Cuenca, Ana Miranda, Joca Reiners Terron, Tony Bellotto, Lourenço Mutarelli, Milton Hatoum e o Bernardo Carvalho.

Da Alfaguara tem o Ricardo Lísias (campeão da CLB 2011 com o "livro dos mandarins") e o Rodrigo Lacerda.

Ainda em outras editoras tem o Miguel Sanches Neto, Antônio Xerxenesky (que o pessoal do Meia quase desconhece, né?), Laurentino Gomes, Martha Medeiros, Guilherme Tauil(!), Airton Ortiz, Eduardo Spohr...

Talvez eu esteja enganado, mas recentemente a maioria desses nomes andam aparecendo em vários lugares e com isso vão fugindo de um nicho mais específico de leitores e se tornando mais consumíveis pelo público em geral. Não sei, pode ser só uma impressão um tanto ingênua, mas acho que a literatura brasileira contemporânea vem ganhando cada vez mais atenção.


Putz, já ia esquecendo do Tezza e do Luiz Ruffato. Acho que para o "grande público" a influência aqui talvez venha do vestibular, ainda assim são dois nomes que a cada dia se escuta falar mais por aí.
 
[align=justify]Não tinha reparado nisso Diego, mas tua situação se assemelha bastante a minha, grande parte graças ao Meia e as discussões que aqui travamos ou acompanhamos de fora mesmo.

Legal![/align]
 
Na boa: o que mais tenho lido atualmente são poemas e contos, ambos em blogs por aí. Ou clássicos no domínio público em ebooks no smartphone.

Acho que livro como mídia de difusão de cultura, de sagração de escritores... é um conceito já passado. Existe hoje uma só mídia e ela atende pelo nome de internet e muitos tem acesso instantâneo a ela a qualquer momento.

Outra cutucada mais atroz: linguagem escrita é mero acidente histórico. Por acaso, o homem aprendeu a registrar seus contos antes que pudesse registrar imagens e sons de quem conta. Isso não é mais verdade e áudio-visual é o que alcança o grande público. Por isso poemas voltaram a ser cantados e histórias são contadas com todo o apetrecho áudio-visual.

Lamentavelmente, leitura de livros e interpretação de textos serão atividades relegadas a alguns poucos profissionais que vivem do passado, como pianistas de concerto com sua técnica apurada aprendida com anos de labuta. Povão não vai mais escrever ou ler daqui a mais uns anos. Quem precisa disso quando todos podem registrar facilmente a própria conversa e imagem?

Interpretação semântica vai substituir interpretação de textos. Todos ainda precisam aprender a entender o que o outro está dizendo.

o que acham?
 
A internet tem essa coisa de ser vista como o meio essencialmente democrático onde se pode encontrar de tudo sem grandes dificuldades e tals, mas não é assim tão simples. Eu leio blogs também, mas posso dizer que 99% do que existe por aí é, além de derivativo, bastante ruim. O "organismo-internet" encontrou um modo de burlar essa falta de qualidade com um sistema de reprodução/indicação/apontamento (a palavra correta me fugiu) do "conteúdo de qualidade", através de (1) uma quantidade proporcionalmente minúscula de sites "centrais" que disparam indicações pra sites periféricos, ou (2) propagação viral (i.e. sites periféricos (twitters pessoais, facebooks, etc) propagando informações na sua rede de contatos que propaga as informações na própria rede de contatos e assim vai; sendo óbvio que quanto maior a rede de contatos de um site, mais rápido a informação se propaga, e sendo óbvio também que a informação se propaga de acordo com o interesse público e, ainda sendo óbvio que as "grandes informações" mesmo sendo propagadas por sites periféricos, normalmente nascem dos sites centrais ou são direcionadas pra eles. Agora, o livro não é o meio principal de difusão cultural pelo menos desde o rádio, imagino, mas eu tenho grande dificuldade de acreditar que ele não continua sendo a forma mais sólida de trabalhar a cultura. Até porque rádio, tevê e (principalmente) internet são essencialmente isso mesmo: meios de difusão, não de, enfim, reflexão, de pensar a cultura. Provavelmente os livros de papel vão acabar desaparecendo, mas não o livro-em-si.

E sobre essa morte da escrita/leitura, duvido muito que eu vá viver pra ver isso. Acho que tem coisas sobre as quais só se consegue "falar" através da escrita, coisas que não funcionam em uma conversa, que necessitam de um tempo de reflexão/organização de ideias que a escrita permite.
 
Ronzi disse:
Acho que tem rolado muito preconceito por parte dos próprios leitores quanto aos novos autores, nada parece bom aos olhos de ninguém hoje em dia... não sei, acho que estamos exigentes demais e não sabendo distinguir coisas boas no meio de coisas ruins.

Pois é, olha que engraçado (engraçado???): Eu mesmo estou tentando publicar meu primeiro livro, mas olho torto, por exemplo, para aquele selo Novos Talentos da Literatura da editora Novo Século...

Parece que o selo de uma editora, digamos, consagrada, é uma espécie de "garantia de qualidade", o que não deixa de ser verdade, mas também não significa "garantia de agrado"...
 
Rodrigo Lattuada disse:
E sobre essa morte da escrita/leitura, duvido muito que eu vá viver pra ver isso. Acho que tem coisas sobre as quais só se consegue "falar" através da escrita, coisas que não funcionam em uma conversa, que necessitam de um tempo de reflexão/organização de ideias que a escrita permite.

Eu vou (bem) mais longe, xará - acho que isso jamais vá acontecer, exatamente pelo motivo que você citou. Não há outro meio, senão o livro, que possa permitir uma pessoa se aprofundar em um determinado assunto ou história pelo exato tempo que ela desejar.
 
Umav Ozatroz disse:
Quem precisa disso quando todos podem registrar facilmente a própria conversa e imagem?

Ora, mas a literatura tem a grandessíssima vantagem de ser um trabalho solo e a custo zero: basta conhecer a língua e ter uma boa ideia para escrever um livro. Já fazer um filme... é uma centena de pessoas, um caminhão de dinheiro e uma complicação do cacete. Uma coisa é eu me gravar com webcam e contar piadas no meu quarto, e divulgar no YouTube. Beleza. Ninguém vai comprar livro de piadas mesmo. Outra coisa bem diferente é eu me gravar contando um conto (ficaria tosco e pá...) A solução seria fazer cinema: mas quem aí está habilitado a isso? Você pode até conhecer alguma coisa de filmagem, direção, enquadramento - talvez você seja, numa remotíssima hipótese, um cara que domina todas as etapas do cinema e queira fazer todas elas (vai levar um tempão...). Ainda, vai depender do elenco para contar sua história.

Resumindo: sempre vai haver espaço para o entretenimento puramente escrito. Ainda hoje, por exemplo, mesmo com todo o apelo audiovisual e a facilidade multimídia da Internet, etc. e tal, pululam videojogos por aí que são "text-based", dos quais alguns até se valem do elemento visual (imagens estáticas), da mesma forma que um livro com ilustração, enquanto outros prescindem completamente de qualquer outro elemento que não seja o bom e velho texto. Ainda hoje.
 
Eu sou um cara tosco mesmo: além de comprar livro de poesia e curtir interactive fiction (sobretudo do zarf) ainda ontem comprei um livro de piadas de baiano. Lololol

Um dia edição de áudio/vídeo será tão intuitiva e trivial, e touch, quanto de texto na tela. Algo como em Minority Report, exceto pelas luvas. Nesse dia, "escritores" gravarão seus textos com simultânea transcrição para texto escrito por softwares de reconhecimento de voz. Por que não escrever direto? Porque é mais lento. E por que transcrever pra texto? Porque alguns escritores podem achar sua voz ou declamação por demais ridículas e assim podem publicar o texto para serem declamados por sintetizadores de voz, talvez por um Cid Moreira virtual.

Em todo caso, ler e escrever texto escrito serão tarefas automatizadas.
 
Né. Pode até haver discussão sobre a troca de mídia (do livro para o e-reader) mas substituir a linguagem escrita já é um pouco exagerado. Até porque convenhamos, é falar que o cinema vai substituir a literatura. São artes distintas, e é só assistir adaptações para entender como um nunca poderá substituir o outro.
 
Pegando o gancho da discussão sobre mídias e tal. Numa entrevista do Moacyr Scliar, ele comentava sobre um artigo lido no The New York Times onde discutia-se os novos rumos e as novas possibilidades da literatura com a chegada dos IPads e afins. Disse que dois pontos lhe chamaram a atenção:
I- o escritor poderá incluir no seu romance vídeos e sons.
II- haverá uma espécie de Você Decide: o leitor ira optar pelo destino das personagens, numa história interativa.

O Moacyr acredita na substituição do livro impresso. E realmente pode acontecer. Nas novas gerações já vemos a dificuldade com que empunham uma caneta para escrever o próprio nome. Cada garrancho! E não é uma simples questão de letra feia. É coisa de gente que não tem o hábito de escrever. Digitam nos celulares textos imensos, numa velocidade absurda, e só com o polegar!, mas patinam na folha de sulfite. Um sintoma que o universo papel, caneta e tinta vem perdendo espaço para o computador, até em tarefas banais, como fazer a lista de compras do supermercado. Pra geração de hoje, largar de lado o livro impresso pelo virtual é simples.

No entanto, a substituição não será completa. O mercado é esperto, e o livro impresso, lá na frente, será mais ou menos como o vinil: algo meio demodê, mas estiloso.
 

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