Vermelho Amargo é um daqueles livros em que a prosa e a poesia se misturam de maneira tão íntima que é impossível separá-las. Por um lado presenciamos um texto escrito em prosa, de caráter biográfico sobre a infância do escritor. Do outro encontramos um texto magnífico, com um jogo de palavras muito bem traçado e um passeio entre o real a fantasia que dão o tom poético a obra de Bartolomeu.
A história é um passeio poético pela infância do escritor. O vazio deixado pela mãe, o alcoolismo do pai e a indiferença da madrasta dão o tom do texto. Os irmãos eram vistos pelo narrador com olhos fantasiosos: “Minha irmã maior gostava de agulhas. Meu primeiro irmão mastigava vidro”.
Os olhos do menino passeiam entre o real e a fantasia de tal forma que confundem o leitor que procura separá-los. Ambas fazem parte do mesmo jogo de palavras, da mesma poesia e da mesma fantasia que brinca de trocar de lugar com a realidade, explícito nas palavras do narrador: “Meu real é mais absurdo que minha fantasia”.
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A história é um passeio poético pela infância do escritor. O vazio deixado pela mãe, o alcoolismo do pai e a indiferença da madrasta dão o tom do texto. Os irmãos eram vistos pelo narrador com olhos fantasiosos: “Minha irmã maior gostava de agulhas. Meu primeiro irmão mastigava vidro”.
Os olhos do menino passeiam entre o real e a fantasia de tal forma que confundem o leitor que procura separá-los. Ambas fazem parte do mesmo jogo de palavras, da mesma poesia e da mesma fantasia que brinca de trocar de lugar com a realidade, explícito nas palavras do narrador: “Meu real é mais absurdo que minha fantasia”.
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