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O Arco-íris da Gravidade (Thomas Pynchon)

Caramba, muito legais as ilsutrações. E muito legal o cara ter a manha de fazer isso sem ganhar dinheiro, pelo gosto puro de ser fã.

Quanto ao livro, é o livro que eu estou lendo agora. Cacei na biblioteca e achei, tô pela página...tá aqui na minha frente, deixa eu ver: 127.

É muito engraçado, é instigante, é misterioso. E é difícil...mas, como tudo que é difícil, traz alguma recompensa.

Alguém citou 2666. Eu gosto de 2666, mas em comparação com o que eu li do Arco Íris até agora. Se você colocasse o Bolaño num liquidificador ao mesmo tempo sádico e lírico, e colocasse ele na maior velocidade, tirasse ele do liquidificador e desse o Ulisses pra ele ficar lendo em casa...
 
Já passei por ele. É realmente difícil de ser lido (e imagino de ser escrito). Mas fiquei um pouco decepcionado porque não há uma voz que retiremos do livro e possamos dizer: "ele queria se posicionar assim e assim". É um compêndio sobre o pensamento do século XX, mencionando desde astrologia até física quântica; e acredito que o próprio autor é um de seus grandes símbolos, com esse estilo digressivo que não se apega a nada. Como curiosidade, para quem se interessa, uma leitura prévia de Zygmunt Bauman ajuda, porque Pynchon é um tipo de turista passando pelo pensamento do século passado (quer dizer uma atitude tipicamente pós-moderna).
 
joãomeme disse:
Caramba, muito legais as ilsutrações. E muito legal o cara ter a manha de fazer isso sem ganhar dinheiro, pelo gosto puro de ser fã.

Quanto ao livro, é o livro que eu estou lendo agora. Cacei na biblioteca e achei, tô pela página...tá aqui na minha frente, deixa eu ver: 127.

É muito engraçado, é instigante, é misterioso. E é difícil...mas, como tudo que é difícil, traz alguma recompensa.

Alguém citou 2666. Eu gosto de 2666, mas em comparação com o que eu li do Arco Íris até agora. Se você colocasse o Bolaño num liquidificador ao mesmo tempo sádico e lírico, e colocasse ele na maior velocidade, tirasse ele do liquidificador e desse o Ulisses pra ele ficar lendo em casa...

bah me assustei com o sapo XD
morro de medo desses anfíbios :vergonha:

Legal a tua comparação com o liquidificador, só não entendi do Ulisses?
 
Marc_dell disse:
Mas fiquei um pouco decepcionado porque não há uma voz que retiremos do livro e possamos dizer: "ele queria se posicionar assim e assim".

Será mesmo? O Arco-Íris é um livro tão político... quase ele todo é sobre a natureza do poder.
 
Será mesmo? O Arco-Íris é um livro tão político... quase ele todo é sobre a natureza do poder.

É verdade, mas me parece mais que ele evita chegar a conclusões. Fica uma investigação em aberto, talvez para o leitor se arriscar...
Embora não pareça, gosto muito dele, acabo de sair de uma fase em que li bastante material dele e gostei, de modo geral. É desses escritores que se preocupam em chegar ao limite da literatura, não necessariamente se vai sobrar alguma coisa depois disso...
 
joãomeme disse:
Alguém citou 2666. Eu gosto de 2666, mas em comparação com o que eu li do Arco Íris até agora. Se você colocasse o Bolaño num liquidificador ao mesmo tempo sádico e lírico, e colocasse ele na maior velocidade, tirasse ele do liquidificador e desse o Ulisses pra ele ficar lendo em casa...

São livros bem diferentes. A violência aplicada pelo Bolaño não fica apenas na física, mas na intelectual. 2666 é uma selva de referências fantasmas, fatos reais misturados com ficção, um engolindo o outro. Não existe sonhos no livros do Bolaño só loucuras lúcidas.
 
[align=justify]Depois de Bolaño, acho que o escritor contemporâneo que mais tenho curiosidade em conhecer é o Pynchon. É uma leitura tentadora esse livro, mas inviável nesses tempos de mestrado.[/align]
 

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