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Madame Bovary - Gustave Flaubert

Então, eu gostei do final, achei bem trágico. Só que fiquei pensando, a guria não estava de bem com a vida, seus relacionamentos não foram tão românticos como ela sonhava,
já que não encontrou nenhum alegria nesse mundo, morre... eu acho ela ainda um pouco safadinha hehehe
não está feliz no casamento? hum divórcio já tinha na França? Enfim, no fundo, eu acho que ela queria é viver um verdadeiro amor e não sabia como
:seila:
 
Acredito que ela pensava que queria amor, mas na verdade era liberdade que ela buscava, para fazer o que lhe aprouvesse. Como qualquer ser humano deseja.
 
Marco disse:
Acredito que ela pensava que queria amor, mas na verdade era liberdade que ela buscava, para fazer o que lhe aprouvesse. Como qualquer ser humano deseja.
Mas no fim das contas, era isso mesmo que ela buscava: liberdade.
Casada com Bovary, ela era apenas uma dona de casa sem perspectivas na vida.

No entanto me pergunto se ela teria alguma liberdade caso algum de seus amantes a aceitasse como "esposa". O que ela faria? Seria a vida dela diferente daquilo tudo que ela já vivia?

E uma passagem antológica que vale a pena relembrar é a da carruagem. Eu demorei alguns parágrafos para entender e aceitar o que estava acontecendo. Muito bom! :sim:
 
Snaga disse:
Marco disse:
Acredito que ela pensava que queria amor, mas na verdade era liberdade que ela buscava, para fazer o que lhe aprouvesse. Como qualquer ser humano deseja.
Mas no fim das contas, era isso mesmo que ela buscava: liberdade.
Casada com Bovary, ela era apenas uma dona de casa sem perspectivas na vida.

No entanto me pergunto se ela teria alguma liberdade caso algum de seus amantes a aceitasse como "esposa". O que ela faria? Seria a vida dela diferente daquilo tudo que ela já vivia?

E uma passagem antológica que vale a pena relembrar é a da carruagem. Eu demorei alguns parágrafos para entender e aceitar o que estava acontecendo. Muito bom! :sim:

Caso ela ficasse com o seu amante, aquela sensação de fazer algo escondido por liberdade, terminaria penso eu.:think:
Agora pensar no significado de liberdade é bem relativo.
A Madame Bovary gostava de ficar com o amante pela sensação de liberdade, no entanto, essa graça poderia acabar se ela assumisse o relacionamento com o moço.Então, para a Madame liberdade era fazer algo escondido? Fugindo das regras?

Porém, existe muitas mulheres casadas que sentem-se mais livre.
Eu acho que é mais o estado da pessoa, tem seres humanos que não se sentem livres em lugar nenhum.
Então, a Madame Bovary podia sentir-se livre quebrando as regras ou poderia alcançar sua liberdade com um novo marido, talvez :seila:

A passagem da carruagem, não lembro :timido:
Um livro para ser rererererelido XD
 
**Maniaca do Miojo** disse:
Snaga disse:
Marco disse:
Acredito que ela pensava que queria amor, mas na verdade era liberdade que ela buscava, para fazer o que lhe aprouvesse. Como qualquer ser humano deseja.
Mas no fim das contas, era isso mesmo que ela buscava: liberdade.
Casada com Bovary, ela era apenas uma dona de casa sem perspectivas na vida.

No entanto me pergunto se ela teria alguma liberdade caso algum de seus amantes a aceitasse como "esposa". O que ela faria? Seria a vida dela diferente daquilo tudo que ela já vivia?

E uma passagem antológica que vale a pena relembrar é a da carruagem. Eu demorei alguns parágrafos para entender e aceitar o que estava acontecendo. Muito bom! :sim:

Caso ela ficasse com o seu amante, aquela sensação de fazer algo escondido por liberdade, terminaria penso eu.:think:
Agora pensar no significado de liberdade é bem relativo.
A Madame Bovary gostava de ficar com o amante pela sensação de liberdade, no entanto, essa graça poderia acabar se ela assumisse o relacionamento com o moço.Então, para a Madame liberdade era fazer algo escondido? Fugindo das regras?

Porém, existe muitas mulheres casadas que sentem-se mais livre.
Eu acho que é mais o estado da pessoa, tem seres humanos que não se sentem livres em lugar nenhum.
Então, a Madame Bovary podia sentir-se livre quebrando as regras ou poderia alcançar sua liberdade com um novo marido, talvez :seila:
Ela quebrava as regras para se sentir livre, mas por que sua vida não tinha perspectivas. O marido gostava do que fazia, tinha uma rotina que pra ele naõ era problema, mas pra ela era uma chatice.

"Quebrar as regras" era um modo de fugir dessa rotina. E fugir com um amante não era quebrar as regras, mas fugir da rotina.
O que penso é que, estando ela finalmente com seu amante, ele continuaria tendo sua própria rotina e ela continuaria em casa.



**Maniaca do Miojo** disse:
A passagem da carruagem, não lembro :timido:
Um livro para ser rererererelido XD

A passagem em que ela trai o marido pela primeira vez. O amante fica doidão, chama uma carruagem de aluguel que tá passando e os dois fazem do que não deviam fazer ali mesmo. Enquanto isso o chofer fica andando sem rumo pela cidade. :lol:
 
Marco disse:
A primeira reação que temos ao ler Madame Bovary é achar que a personagem é uma biscate safada. Na história, magnificamente narrada por Gustave Flaubert, somos apresentados a Emma Bovary. Uma moça criada no interior da França, educada em um convento e uma amante da literatura. Emma quer mais da vida, quer viver aquelas mesmas aventuras amorosas que lê em seus livros, uma vida de príncipes, bailes e grandes salões, mas sem grandes possibilidades de ascenção.

É ao conhecer Charles Bovary, médico que em cuida de seu pai no início da história, que a protagonista acredita ter chance de realizar seus sonhos. Ema casa-se com Charles e se muda para Tostes, uma cidade pequena onde Charles é o único médico do lugar. A rotina de esposa, a estagnação e passividade de Charles logo entendiam a bela Ema que entra em paranóia ao ver que o casamento nada mais foi do que a condenação de uma vida sem grandes perspectivas.

E aí que a narrativa de Flaubert vai nos enredando, apresentando as crises de Emma, sua volatilidade e inconformismo com sua situação de mulher, vivendo em pleno século XIX. Emma Bovary pode ser considerada uma pioneira no feminismo literário. Com essa personagem Flaubert mostrou a sociedade da época um pouco mais da alma feminina. Suas traições são um meio de realizar os sonhos que não é capaz de alcançar independentemente. Em Madame Bovary vemos o início de um perfil de mulher insatisfeita que só iria conseguir ser ouvida um século depois.

O romance que marca o início do Realismo é rico em detalhes, e pode não interesser aos mais apressados, pois o autor demora-se em suas descrições, buscando sempre a palavra exata, no momento certo. Mas não se engane, cada frase está no local certo e só nos mostra a grandiosidade de Flaubert. O livro, lançado em 1857, foi duramente recebido pela crítica que o achou polêmico demais e que incentivaria o adultério. Flaubert foi defendido na época inclusive por Baudelaire, seu contemporâneo, e em um julgamento fez a célebre declaração: Emma Bovary cest moi!

Eu não vou contar muito sobre a história pra não estragar a leitura de vcs, mas vale muito a pena ler esta obra. Quanto a afirmação incial de Emma Bovary ser uma biscate safada, não vejo a personagem desta forma. A tragédia de Emma é justamente essa condenação a uma vida sem perspectivas de realizar seus sonhos e, principalmente, desejar aquilo que não podia ter e amar de forma fugaz o que de fato lhe pertencia.

Estou lendo Madame Bovary e até agora acho mesmo que ela seja uma biscate safada rsrsrs. Estou na metade do livro. Será que mundo de idéia acerca Sra. Bovary?
 

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