• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Gilbert Keith (G. K.) Chesterton

Tataran

Usuário
[align=justify]Segundo a wikipedia:
Gilbert Keith Chesterton, conhecido como G. K. Chesterton, (Londres, 29 de maio de 1874 — Beaconsfield, 14 de junho de 1936) foi um escritor, poeta, narrador, ensaísta, jornalista, historiador, biógrafo, teólogo, filósofo, desenhista e conferencista britânico.

Era o segundo de três irmãos. Filho de Edward Chesterton e de Marie Louise Grosjean. Casou-se com Frances Blogg. Concluiu os estudos secundários no colégio de São Paulo Hammersmith onde recebeu prêmio literário por um poema sobre São Francisco Xavier. Ingressa na escola de arte Slade School de Londres (1893) onde inicia a carreira de pintura que vai depois abandonar para se dedicar ao jornalismo e à literatura. Escreveu no Daily News. Nascido de família anglicana, mais tarde converteu-se ao catolicismo em 1922 por influência do escritor católico Hilaire Belloc, com quem desde 1900 manteve uma amizade muito próxima.

Ao falecer deixou todos os seus bens para a Igreja Católica. A sua obra foi reunida em quase quarenta volumes contendo os mais variados temas sob os mais variados gêneros. O Papa Pio XI foi grande admirador de Chesterton a quem conhecera pessoalmente.

Eu li algumas das histórias do Padre Brown, detetive criado por Chesterton, e gostei bastante. Seu estilo narrativo é bem mais elaborado do que os que eu encontrei em outras histórias do gênero, mas o personagem não é tão cativante quanto um Poirot, por outro lado.[/align]
 
[align=justify]Meu, acho que só eu é que não gosto do Poirot mesmo, acho ele muito afetado, até meio esnobe. Prefiro o Sherlock Holmes ou a Miss Marple.[/align]
 
Comecei a ler (parei e agora voltei) "Ortodoxia" do Chesterton.
É uma espécie de biografia que fazia tempo que eu estava de olho porque me encantei com a escrita dele depois de ter lido todos os volumes do Padre Brown ao meu alcance (que foram publicados aqui no Brasil).

Ele é tão inteligente e engraçado e as histórias do Padre Brown são praticamente tratados filosóficos, escritos de maneira leve e divertida!

E eu adoro as aventuras do padre, principalmente quando aquele amigo francês dele, o Flambeau, participa da história, seja como ladrão ou como detetive.

Alías precisamos abrir um tópico sobre o Padre Brown, o que acha Tataran?
 
Lucas, no caso do Poirot, o que eu acho curioso é que ele não tenta esconder seu orgulho e vaidade intelectual no desvendar dos fatos.

Clara, você definiu bem na minha opinião. As histórias do Padre Brown são, ao mesmo tempo, bem leves, mas profundas em algumas inserções filosóficas. Abre o tópico sobre o Padre Brown, sim :sim: . Quem sabe tem mais gente aqui no Meia que leu e gosta?
 
No final de semana abro o tópico do padre Brown, Tataran. :sim:

Mas quero falar aqui como descobri Chesterton, foi graças a Neil Gaiman e Terry Pratchett.
Através da dedicatória no livro que os dois escreveram juntos "Belas Maldições":

Os autores gostariam de se juntar ao demônio Crowley para dedicar este livro à memória de
G. K. Chesterton
Um homem que sabia das coisas.

Daí que (ao lado de vários outros assuntos e citações presentes no livro) eu quis saber quem era Chesterton.

Depois, saracoteando aí pela internet, descobri inclusive que ele foi uma grande influência na obra de Neil Gaiman; de acordo com o site da Wikipedia, um personagem de "Sandman" recebeu o nome de Gilbert baseado em Chesterton, e em "Coraline" Gaiman cita uma das frases mais famosas (e lindas) de Chesterton:

Contos de fada são a pura verdade. Não porque nos contam que os dragões existem, mas porque nos contam que eles podem ser derrotados.

Acho que G.K.Chesterton não é muito badalado por causa dessa relação que teve com a igreja católica (principalmente no fim da vida, e depois deixando seus bens para a instituição).
Mas se você deixar isso de lado e conseguir olhar além (bem como olhar para além do catolicsmo de Tolkien ou do protestantismo de C S Lewis) conseguirá admirar a obra de um dos homens mais inteligentes do século XX.
 
G.K. Chesterton tb é a inspiração visual para o personagem Fiddler's Green do Sandman (ele se chama Gilbert em sua forma humana, ainda por cima)
 
:sim:

Nunca li Sandman, mas é bem evidente a inspiração:

attachment.php

Gilbert (Sandman)

attachment.php

Gilbert K. Chesterton
 
Bota inspiração Clara... parece uma cópia :rofl: Eu descobri Chesterton através do Borges. Mas só li Padre Brown. Estou para começar o Homem que foi Quinta Feira que adquiri na estante virtual.
 
Clara disse:
Acho que G.K.Chesterton não é muito badalado por causa dessa relação que teve com a igreja católica (principalmente no fim da vida, e depois deixando seus bens para a instituição).
Mas se você deixar isso de lado e conseguir olhar além (bem como olhar para além do catolicsmo de Tolkien ou do protestantismo de C S Lewis) conseguirá admirar a obra de um dos homens mais inteligentes do século XX.

Mas por que se haveria de deixar o catolicismo do cara de lado para apreciar a obra dele?

Chesterton também influenciou Gustavo Corção, grande intelectual brasileiro, que foi um tanto desprezado devido as suas também posições católicas.

Parece que os católicos são os excluídos da modernidade.
 
O Harold Bloom diz que o gnosticismo é a religião da literatura. Acho que é o contrário, a literatura não tem religião. Querer defender o contrário é querer censurar a arte :sim:, limitando-a. Por falar em Chesterton acabei de ler O homem que foi quinta-feira e a partir dele percebi que as influências de Chesterton na obra de Borges são consideráveis, apesar de Borges não ter nada de católico. Por falar em Chesterton, vejam o artigo que descobri sobre o Padre Brown:

http://www.tribunadonorte.com.br/coluna.php?id=2004&art=175261
 
Kelvin disse:
O Harold Bloom diz que o gnosticismo é a religião da literatura. Acho que é o contrário, a literatura não tem religião. Querer defender o contrário é querer censurar a arte :sim:, limitando-a.

Isso me parece mais um preconceito anti-religioso. O cristianismo moldou o mundo ocidental. Embora não saibamos às vezes, estamos imersos nessa cultura religiosa, já que nos comportamos, agimos e pensamos influenciados por séculos de herança cristã. Queira ou não, todo mundo escreve usando preceitos religiosos, até mesmo os ateus.

E, a propósito, religião não se limita a pregações doutrinárias.
 
Thriller Dude disse:
Mas por que se haveria de deixar o catolicismo do cara de lado para apreciar a obra dele?

Acho que não consegui me explicar.
É que não acho que alguém deva ler ou, pior ainda, não ler a obra de alguém por causa da religião.
Já ouvi um evangélico (mega fã de Star Wars) dizer que não leu Tolkien porque este era católico.
Do mesmo modo várias outras pessoas me disseram que eu não iria gostar de "Crônicas de Nárnia" por causa da alegoria que o autor faz de Jesus Cristo como o leão falante Aslam.
E isso vale pra outras coisas também: não ler a obra de alguém homossexual quando se é hetero; ou de um muçulmano porque é cristão.
Não ler Vargas Lhosa, por exemplo, porque ele é o exemplo mais acabado de liberal latino-americano que existe (mais, muito mais do que FHC! :lol: ).

Resumindo, quis dizer que uma boa obra transcende esse tipo de coisa. É isso.
 
Mas por que se haveria de deixar o catolicismo do cara de lado para apreciar a obra dele?

Chesterton também influenciou Gustavo Corção, grande intelectual brasileiro, que foi um tanto desprezado devido as suas também posições católicas.

Parece que os católicos são os excluídos da modernidade.
Exato, isso acontece muito, não só da modernidade mas parece que por causa de perseguições de homens a homens por questões de doutrina e poder toda a religião é maculada. Absurdo.
Isso me parece mais um preconceito anti-religioso. O cristianismo moldou o mundo ocidental. Embora não saibamos às vezes, estamos imersos nessa cultura religiosa, já que nos comportamos, agimos e pensamos influenciados por séculos de herança cristã. Queira ou não, todo mundo escreve usando preceitos religiosos, até mesmo os ateus.

E, a propósito, religião não se limita a pregações doutrinárias.
Novamente certo.

Eu adoro o Ortodoxia, leio sempre que umas dúvidas sobre a fé me sobrevém, é uma escrita deliciosa, irônica e muito crítica de certos preconceitos ateus e da própria sociedade anti-religiosa da época. Muito bom, recomendo a todos.
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo