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Eu odeio (versão literária)

Mavericco, você é mais paranóico do que eu...rs!

Tenho todo esse cuidado também, ao abrir um livro brochura e, após o ler, coloco todos enroladinhos em papel filme, porém, ainda tenho um coração bondoso, empresto para pessoas distantes, da minha confiança e que sei que terão cuidado com meus "filhotes".
 
Anica disse:
é muito irritante. especialmente qdo você sabe que o livro que a pessoa acha que o melhor já escrito nem é grandes coisas :timido:

[align=justify]Um exemplo disso é quando do filme de O Senhor dos Anéis: de uma hora para outra todo mundo era "especialista" em Terra-Média mesmo que alguns nem soubessem que o filme era baseado na obra do Tio Tolkien.

O tom professoral que eles assumem quando falam, assim, como se soubessem exatamente o que estão falando (como se fossem mestres naquilo tudo) é patético. Muiiiito irritante![/align]
 
ah, sobre tolkien eu não me irrito. sou casada com um especialista de verdade, aí até me divirto vendo o fábio quebrando as pernas de quem quer bancar de sabichão sobre as obras de tolkien :rofl:
 
Não me importo com espertalhões até que eles venham tocar num assunto muito delicado: o gosto pessoal. Quando você cita N motivos para, POR EXEMPLO, Crepúsculo ser ruim, falando sobre a trama, a escrita, as falas e o desenvolvimento dos personagens. A pessoa retruca dizendo que os personagens são tridimensionais e que você pode quase tocá-los, e aí você faz uma tréplica argumentando, citando trechos do livro, que contradizem tudo que a pessoa defende. No final a pessoa diz: não tenho culpa que seu gosto é ruim.

Já citei isso em diversos tópicos por aqui e, ultimamente, tenho evitado continuar uma discussão quando vejo que a pessoa gosta de maneira obsessiva e subjetiva para não atacar seu gosto pessoal.
 
Lucas_Deschain disse:
[align=justify]Um exemplo disso é quando do filme de O Senhor dos Anéis: de uma hora para outra todo mundo era "especialista" em Terra-Média mesmo que alguns nem soubessem que o filme era baseado na obra do Tio Tolkien.

O tom professoral que eles assumem quando falam, assim, como se soubessem exatamente o que estão falando (como se fossem mestres naquilo tudo) é patético. Muiiiito irritante![/align]
Esse "interesse" súbito das pessoas por algum livro quando ele vira filme é normal, e até esperado. Eu não me irrito porque quem precisa de que algo esteja "na moda" pra gostar é porque não gosta de verdade, e tão logo esse tema perca o interesse eles vão atrás de outra coisa mais "antenada", deixando o assunto pra quem realmente gosta e aprecia.

Anica disse:
ah, sobre tolkien eu não me irrito. sou casada com um especialista de verdade, aí até me divirto vendo o fábio quebrando as pernas de quem quer bancar de sabichão sobre as obras de tolkien :rofl:
:lol:
Espero que um dia eu possa presenciar isso, in loco, deve ser sensacional, hehe
 
eu odeio quando eu tô na escola lendo um livro e o pessoal fala: "Mais um livro, garota?", "Esse já é o seu 1000º livro, né?". Affe, como se fossem eles quem pagasse minhas contas.
 
Odeio qdo dizem que não gostam desse ou daquele livro por se muito óbvio; que está aquém de sua inteligência; que nada tem a aprender com livros assim.:blabla:

Acho que o óbvio muitas vezes precisa ser relido ou relembrado, temos a memória curta, e SEMPRE APRENDEMOS ALGO LENDO UM LIVRO.E para aumentar o meu ódio, a pessoa que falou isso assiste novela! Hellôôôô quer coisa mais óbvia, repetitiva e previsível do que as novelas? :nana:
 
Anica disse:
ah, sobre tolkien eu não me irrito. sou casada com um especialista de verdade, aí até me divirto vendo o fábio quebrando as pernas de quem quer bancar de sabichão sobre as obras de tolkien :rofl:

Isso deve ser algo belo de se presenciar. XD
 
Anica disse:
lembrei de outra! odeio sujeito que só mete pau em livros consagrados (na maioria clássicos), como que para mostrar que uou, o nível intelectual dele é superior, já que ele julga negativamente obras que todo mundo baba ovo. :tedio:

Vcs vão me odiar então. Uma coisa que eu faço com extremo prazer é questionar determinados clássicos, mania que vem dos tempos em que me interessava mais por filosofia. Começo com Guimarães Rosa: intragável.
 
ninguém tem a obrigação de gostar de clássicos, nem é saudável fazer uma leitura sem questionamento. mas questionar por ser clássico eu acho idiota, desculpe.
 
Odeio quando alguém me pergunta o que estou lendo e, depois de uma explicação sucinta dos principais méritos do livro (porque quase ninguém tem paciência para ouvir uma explicação longa), só responde algo como: "Legal, e o que mais você está fazendo?" Quer dizer, odeio a mim mesmo nessas horas por ser incapaz de fazer uma apresentação mais cativante... :wall:

Odeio também quando acontece uma cena assim:
[Pessoa semidesconhecida] Ah, você gosta bastante de ler, né?
[Eu] Sim...
[Pessoa semidesconhecida] Então vou te trazer um livro que minha mãe/meu guru/meu jardineiro escreveu...

Não me importo que me façam sugestões. Esse nepotismo militante é que me irrita...
 
Rachel disse:
Odeio qdo dizem que não gostam desse ou daquele livro por se muito óbvio; que está aquém de sua inteligência; que nada tem a aprender com livros assim.:blabla:

Acho que o óbvio muitas vezes precisa ser relido ou relembrado, temos a memória curta, e SEMPRE APRENDEMOS ALGO LENDO UM LIVRO.E para aumentar o meu ódio, a pessoa que falou isso assiste novela! Hellôôôô quer coisa mais óbvia, repetitiva e previsível do que as novelas? :nana:

Não é que a carapuça tenha servido e tal, porque, né, eu já disse, mais de uma vez, que sou partidária do "o importante não é necessariamente o quê se conta, mas como se conta". Mas eu acho, sinceramente, que o fato de a pessoa gostar de telenovelas não anula a capacidade que ela tem de avaliar um livro.

São mídias diferentes. E o objetivo das pessoas ao entrarem em contato com essas mídias não são os mesmos. Elas não procuram nas telenovelas o mesmo que procuram nos livros.

---//---//---//---

- Eu odeio quando as pessoas (sim, as acadêmicas, mesmo!) dizem:" por que você gosta e estuda literatura africana se não é negra, pelo contrário, é muito branca?" ¬¬

E eu já não consigo mais odiar metade do que foi citado no tópico (e que realmente me deixava muito irritada). Estou em uma fase em que a indiferença está no automático. Ela liga assim que levanto e só desliga depois que pego no sono.
 
Valentina disse:
(...)- Eu odeio quando as pessoas (sim, as acadêmicas, mesmo!) dizem:" por que você gosta e estuda literatura africana se não é negra, pelo contrário, é muito branca?" ¬¬ (...)
Isso é ridículo mesmo, muita estupidez, nada a ver. Se formos seguir esse raciocínio "brilhante" então não deveríamos também ouvir rock, já que é um estilo surgido nos EUA e portanto restrito apenas às pessoas nascidas lá.
 
Não gosto de pessoas que automaticamente excluem os "best-sellers" da lista de livros legíveis; parece-me uma atitude arrogante e presunçosa.

Lembro-me do Eco escrevendo no "Seis passeios pelos bosques da ficção": os best-sellers normalmente têm muito mais a oferecer em um segundo plano de leitura do que as pessoas supõem.

Lembrando também que Balzac só escrevia muito porque vendia, Stendhal vendeu seus livros, Rousseau e Voltaire eram vendidos à beça, Sade também, Zola etc. etc. ...

Compactuo com a Valentina, o botão "indiferença" está ligado no turbo. Hahah
 
Lisbeth disse:
eu odeio quando eu tô na escola lendo um livro e o pessoal fala: "Mais um livro, garota?", "Esse já é o seu 1000º livro, né?". Affe, como se fossem eles quem pagasse minhas contas.

Já aconteceu isso comigo.

Quando estava lendo, falavam a CDF. Mas, veja bem, o livro em muitas vezes, era um romance teen..algo bem inteligente :rofl:
Tem muito na escola, quando uma aluno gosta de ler, rotulá-lo de CDF. Porém, a maioria das vezes as leituras não tem nada haver com a matéria do colégio.

Todo final do ano eu peço livros de presente e sempre adoro ir na livraria,
então, já houve parentes dizendo para os meus pais que eu gastava muito em livros e tem as bibliotecas para fazer empréstimos.Além do preconceito idiota dos parentes, a guria lê demais, não tem vida social. :censurado:
Não sou eu que leio demais ou não saio, meus parentes que não leem e saem demais e ficam trançando as pernas de bêbados ¬¬
 
rocca disse:
Não gosto de pessoas que automaticamente excluem os "best-sellers" da lista de livros legíveis; parece-me uma atitude arrogante e presunçosa.

Há um nome "técnico" para isso. Chama-se "síndrome da
carne-de-vaca
". Um exemplo aplicado ao Rock:

Em 24 anos de carreira, os irlandeses do U2 passaram de grupo punk de garagem ao posto de megabanda que lota estádios pelo planeta afora. Com essa trajetória, tornaram-se o exemplo máximo entre os grupos que alimentam a síndrome da carne-de-vaca, um distúrbio que acomete os fãs de rock. Trata-se daquela angústia sofrida pelo admirador de primeira hora quando o artista que ele cultua se torna popular. As vítimas desenvolvem uma relação de posse com seus ídolos obscuros e extraem prazer da idéia de estar entre os poucos que os conhecem. Tendem a se reunir em confrarias de iniciados, e assim se diferenciam dos comuns mortais – os "por fora". No caso do U2 e outros artistas dos anos 80, é fácil identificá-los. São pessoas na faixa dos 35 aos 40 anos que descobriram os primeiros discos do conjunto numa época em que era preciso importá-los – e ainda no velho e bom vinil. Esses fãs se compraziam em entoar as letras engajadas da banda, ao mesmo tempo que ironizavam quem nunca ouvira falar "naquele tal Bono Voz" (sic). Tudo mudou a partir do momento em que o U2 estourou nas paradas – ou seja, tornou-se carne-de-vaca. De uma hora para outra, os fãs renhidos passaram a desprezar o grupo. Uns acusaram-no de se tornar comercial; outros, preferiram uma atitude blasé e começaram a ignorá-lo solenemente. Todos têm horror em saber que o U2 já vendeu 100 milhões de discos e lucrou 62 milhões de dólares somente em sua última turnê.

http://veja.abril.com.br/241104/p_154.html
 
Bem diagnosticado, Thriller. Conheço monte de gente com essa síndrome!
Quais serão os genes relacionados?! :happyt:
 
Ô Thriller, desculpa, mas acho que houve um equívoco aí na sua interpretação. A síndrome da carne-de-vaca seria o que popularmente a gnt chama de síndrome de underground, da pessoa que deixa de gostar de algo quando ele se torna popular.

O que eu entendi do post do rocca é que ele odeia quando, independente de conhecimento prévio do autor, a pessoa já o despreza só porque vende muito (e assim desprezaria nomes significativos como o que ele citou). Da síndrome de vaca louca eu não sofro, mas se essa do desprezo prévio tiver nome, pode me incluir na lista dos doentios, hahaha. Com gosto e sem remédio. =P
 
Oi Manu,

Uma pequena diferença haveria de ter mesmo, já que o exemplo que dei fala de Rock. Mas, no fundo, o caso é o mesmo: as situações em que o indivíduo faz escolhas literárias com base em critérios de distinção social, status, etc.

Isso acontece com todo mundo, às vezes até sem nos apercebemos. Outro dia mesmo, eu tava me perguntando se compraria ou não um livro policial do Giorgio Faletti. Logo depois, eu notei uma proliferação de resenhas sobre o livro em inúmeros blogs literários, até mesmo em blogs de adolescentes que só lêem bobagem. A repulsa ao livro foi então incontrolável.

Acontece também quando alguém fala que lê certo autor como um guilty pleasure (qual seria a tradução pra isso?).

Ou quando o leitor - que detesta certo gênero literário, tipo um western, por exemplo - vê seu escritor cult, erudito e cool escrever um western. Ele vai inventar milhares de justificativas para ler o livro, mas a mais clássica é dizer que o autor 'ultrapassou as fronteiras do gênero'. Os críticos pomposos adoram essa.

Mas claro que nem todo mundo se comporta desse jeito. Só estou aqui explicando a tal síndrome da carne-de-vaca. Há os casos também em que o sujeito despreza um gênero literário tão somente porque não acredita na existência (e nem quer perder tempo procurando) de algo de qualidade naquele meio. A vida é curta e as leituras são longas, não é verdade?
 

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