• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Persépolis: Perdendo a Inocência

Anica

Usuário
[align=justify]A guerra é definida na literatura não só pela barbárie, mas também como um fator que modifica a vida das famílias. Parentes que morrem, amigos que se distanciam, momentos que marcam a vida do autor e do leitor. Mesmo devastadoras, as guerras também tem a preciosidade de nos ajudar a entender quem somos. Assim é Persépolis.[/align]

Leia mais...
 
Quando um livro me empolga costumo dizer que ele se tornou o livro da minha vida. Conheci Persepolis através do filme (e este se tornou um dos filmes da minha vida também) e me encantei com a história de Marjane Satrapi.

Uma das partes que mais chamaram minha atenção nessa obra foi a vivência do o choque cultural por Satrapi. Os preconceitos que sofreu por vir do Oriente Médio e sua própria incompreensão diante do mundo ocidental é narrado de maneira comovente e, também, muito engraçada. Marjane Satrapi tem um homor fino, inteligente e gostoso... Persepolis é uma obra-prima.

Vejam o filme também!

Trailler de Persépolis
 
Eu conheci Persépolis através da Amelie. E me apaixonei pela narrativa da Marjane Satrapi. Engraçado que eu tinha acabado de ler Maus e achei que Persépolis ia ser uma coisa mais levinha, mas não se engane, a opressão fundamentalista, apesar dos traços bem humorados está toda lá. Um dos meus livro reportagem preferidos!

Depois dele li o Frango com Ameixas, também da Marjane Satrapi, que é muito mais psicólogico e trata do desespero e da solidão. Não é tão grandioso quanto Persépolis, na riqueza do enredo, mas tem seu charme. Eu diria que seria a versão acústica dela.
 
[align=justify]Por gostar tanto de Persépolis, gostaria de conferir Frango com Ameixas. Embora sejam temáticas diferentes... E esse nome, Frango com Ameixas, é maravilhoso![/align]
 
O filme é fantástico!. Recomendo a todos.

Desde que o assisti tenho planos de comprar a HQ, mas sempre acabo levando outro livro no lugar. Fico com dó de gastar dinheiro com algo que lerei tão rápido. :P
 
Estou lendo também, e estou adorando!

Na verdade, me interessei pela HQ por causa do filme, e acho que essa vai ser a primeira vez que não vou dizer "o livro era melhor", porque os dois são igualmente bons.

Marco, adorei vc dizer que um livro é a versão acústica do outro, rs. Vou adotar a expressão. ;)
 
Quadrinhos excelentes! Pena que ela era filha de iranianos ricos. Pelo menos os pais dela eram sensatos. A tensão no caso não era entre pais e filhos, mas sim dela e o exterior à família. Antes eu olhava o Irã como uma nação retrógrada, sem gente com disposição pra mudanças. Mas é bem capaz que eles são mais politizados que nós, brasileiros.

Foi muito bom acompanhar a evolução da Marjane. Sua infância em meio às guerras, sua adolescência e solidão forçada, sua decadência, sua volta por cima e sua briga com tabus e o regime fundamentalista. Pena que terminou rápido demais. Fiquei com a sensação que não terminava ali, na última página.

Agora vou assistir o filme pra comparar. Filmes são muito mais fáceis de mostrar pros outros. Quadrinhos são muito inacessíveis.
 
[align=justify]É muito bom como introdução à história recente do Irã, ainda mais que graças ao Ahmadinejad o Irã tá sempre nas notícias.

Fora da biografia propriamente dita, a questão da identidade mostrada por ela é interessante porque acho que o mesmo acontece no Brasil: estamos sempre divididos entre um nacionalismo cego, ingênuo, hipócrita e uma eurofilia (França, Reino Unido e Alemanha, principalmente) ou americanofilia. Tudo que é "Moderno" é associado pela população com "Ocidente". Mesmo que pela ideologia oficial o Ocidente seja associado à decadência e corrupção moral, todo mundo quer ser ocidental, usar maquiagem, roupas etc, como se usa na Europa ou Estados Unidos. Acho que o maior símbolo dessa mistura é o projeto dela para uma Disneylândia em Teerã usando símbolos persas. É bem ridículo...

Também dá para perceber claramente que ela fez a obra tendo os europeus como público. Se, por um lado ela denuncia o Irã, por outro denuncia a Europa e os europeus.

A questão da hipocrisia moral e religiosa também é bem mostrada. Os caras se apossam de uma revolução, criam uma ditadura religiosa e querem impor a visão deles da religião para todo mundo. O que acontece muito, claro. Mas essa hipocrisia se passa no nível individual também nas primas dela, nos vizinhos.

Também é só por ser da elite que ela pode se dar ao luxo de resistir ao sistema. Como ela diz: "para se divertir era preciso ter recursos".

Enfim, tem bastante coisa para discutir. Seria uma boa para o clube de leitura.

E como nota: não entendi o motivo do título... Por que Persépolis?[/align]
 
Eu assisti ao filme ano passado.
Me surpreendeu muito, o mais interessante, que ao mesmo tempo que é engraçado a animação e é também muito triste. Viver aquela guerra e toda a tensão, ainda mais para uma criança e depois adolescente é muito pertubador. Eu não sei se aguentaria toda aquela repressão do regime do Irã.
A avó da garota que é muito legal =)
Achei o máximo a trilha sonora tb :joy:
 
Persépolis era a antiga capital do Império Persa, atual Irã.

No final das contas ela era mesmo uma filhinha de papai. A vida dela na Europa foi bastante fútil e boa parte da vida adulta dela de volta ao Irã também foi. No entanto ela tinha pais e uma avó muito bons para botá-la nos eixos. A parte que ela acusa um inocente de indecência pra livrar a própria pele é repugnante. Ela fica realmente interessante depois que entra pra faculdade e quando divorcia. Na infância, a família dela ofusca o brilho da protagonista.

Não estou aqui agora com os quadrinhos, mas tive a impressão de haver cenas adicionadas no longa. A parte que ela se lembra do ex-namorado sem a visão distorcida da paixão ficou ótima. O cara chega até comer catarro! Eca! Talvez a visão distorcida seja do ódio pós fim de namoro. O cachorro da dona do quarto que ela alugava trepando na perna dela é hilário.

Seria difícil fazer um clube de leitura de Persepolis porque quadrinhos são muito caros. Com razão. Deve-se gastar muito mais tinta na impressão.
 
Não seja pelo preço:
http://www.americanas.com.br/produto/6597644/livros/historiaemquadrinhos/historiaemquadrinhos/livro-persepolis?epar=buscape&opn=YYNKZU

(Mais barato que muito romance.)
 
Luís Henrique Rodovalho disse:
Persépolis era a antiga capital do Império Persa, atual Irã.

No final das contas ela era mesmo uma filhinha de papai. A vida dela na Europa foi bastante fútil e boa parte da vida adulta dela de volta ao Irã também foi. No entanto ela tinha pais e uma avó muito bons para botá-la nos eixos. A parte que ela acusa um inocente de indecência pra livrar a própria pele é repugnante. Ela fica realmente interessante depois que entra pra faculdade e quando divorcia. Na infância, a família dela ofusca o brilho da protagonista.

Não estou aqui agora com os quadrinhos, mas tive a impressão de haver cenas adicionadas no longa. A parte que ela se lembra do ex-namorado sem a visão distorcida da paixão ficou ótima. O cara chega até comer catarro! Eca! Talvez a visão distorcida seja do ódio pós fim de namoro. O cachorro da dona do quarto que ela alugava trepando na perna dela é hilário.

Seria difícil fazer um clube de leitura de Persepolis porque quadrinhos são muito caros. Com razão. Deve-se gastar muito mais tinta na impressão.
Pois é, mas o título não faz sentido, mesmo assim...

Há várias diferenças entre o filme e os quadrinhos e essas diferenças me deram a impressão de que a história não era tão baseada assim na vida dela. Tirou um pouco o brilho da coisa.

E quanto ao Clube, o pessoal já leu 1984, por exemplo. A edição da Companhia das Letras sai por uns R$50 sem promoção.
 
E me apaixonei pela narrativa da Marjane Satrapi. Engraçado que eu tinha acabado de ler Maus e achei que Persépolis ia ser uma coisa mais levinha, mas não se engane, a opressão fundamentalista, apesar dos traços bem humorados está toda lá.
 
kristinapetrico disse:
E me apaixonei pela narrativa da Marjane Satrapi. Engraçado que eu tinha acabado de ler Maus e achei que Persépolis ia ser uma coisa mais levinha, mas não se engane, a opressão fundamentalista, apesar dos traços bem humorados está toda lá.

Qual é o mais forte Maus ou Persépolis?
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo