• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Rosa Amanda Strausz

Katrina

Usuário
[align=center]
attachment.php
[/align]

Rosa Amanda Strausz nasceu no Rio de Janeiro, em 18 de junho de 1959. Formou-se em Jornalismo pela Escola de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Após trabalhar em diversos órgãos da imprensa, dedicou-se exclusivamente aos serviços de texto em suas diversas feições: redação empresarial, roteiros, webwriting e projetos editoriais.

Pouca gente entendeu quando, logo após lançar seu primeiro livro – Mínimo Múltiplo Comum (1991), premiado com o Jabuti, na categoria Contos, em 1991 -, Rosa Amanda Strausz decidiu dedicar-se à literatura infantil. Resultado da maternidade, e também da descoberta de um novo olhar sobre o mundo, a produção literária para crianças e jovens cobriu um período de cerca de quinze anos, nos quais lançou quatorze títulos.

Nesse período, dirigiu sua escrita para temas não habitualmente tratados no universo infantil: as novas configurações familiares, as difíceis relações sociais entre classes e a violência urbana. Uma de suas obras, Uólace e João Victor foi adaptada para a TV dentro da série Cidade dos Homens, dirigida por Fernando Meirelles, mesmo diretor de Cidade de Deus.

Publicado na França pela Metallié/du Seuil, Uólace e João Victor fala da cisão social, percebida desde a infância, a partir de pequenos detalhes do cotidiano. O livro mostra um dia na vida de Uólace – um menino de rua – e de João Victor, um típico filho da classe média. É a própria Rosa Amanda Strausz quem define os personagens Uólace e João Victor: “Os dois são semelhantes, simplesmente porque são gente. Mas essa é uma semelhança que, em geral, assusta as pessoas”, diz a autora. E será que essa aversão à semelhança é uma das raízes da segregação? “Com certeza. Quando não conseguimos nos reconhecer no outro, tendemos a segregá-lo”, conclui Rosa. Da segregação para a gestação, Rosa Amanda também é autora de Deus Me Livre! (Companhia das Letrinhas), livro que mostra às crianças como nascem os bebês, sem aquelas explicações chatíssimas, com cara de aula e rastro de bocejo. Ilustrado por Myrna Maracajá, Deus Me Livre! narra as inquietudes de Júnior e Deusinha diante de muitas dúvidas sobre sexo e gravidez.

Ler um livro da Rosa é comprovar ainda mais que é possível escrever para crianças e jovens sem menosprezá-los, sem maquiar palavras em nome de moralismos, sem overdose de diminutivos, sem overdose de adjetivos, sem medo de tocar em temas considerados delicados. Um desses temas é o divórcio. Assim, em Mamãe Trouxe um Lobo para Casa e A Coleção de Bruxas do meu Pai (Salamandra), Rosa Amanda Strausz fala com muito bom humor e inteligência rara sobre a separação e as suas consequências. Em Mamãe Trouxe um Lobo para Casa, por exemplo, o namorado de uma moça é visto pelos filhos dela como um lobo assustador e espaçoso. E em A Coleção de Bruxas do meu Pai, as namoradas de um homem, também na ótica dos seus filhos, são bruxas descartáveis e fazem parte de uma absurda coleção de horrores e equívocos. Acima de tudo, os dois livros são leituras perfeitas para quem busca um primeiro contato com o que de melhor existe publicado na moderna produção infantil e juvenil nacional.

Em 2005, Rosa Amanda retoma a produção literária para adultos com Teresa, a santa apaixonada, um ensaio biográfico sobre Teresa D’Ávila, a santa Teresa de Jesus. Fugindo da interpretação hagiográfica tradicional, traça o perfil humano de uma mulher extraordinária que, antes de ser canonizada, viveu intensamente as contradições de sua época e conseguiu fazer-se ouvir num ambiente predominantemente masculino.

Obras:

Contos & Crônicas
- Mínimo Múltiplo Comum – 1991, José Olympio (esgotado)

Infantil & Juvenil
- Mamãe trouxe um lobo para casa (il. Fernando Nunes) - 1995, Ed. Salamandra
- A coleção de bruxas do meu pai (il. Fernando Nunes) – 1995, Ed. Salamandra
- Uma família parecida com a da gente (il. Ivan Zigg) – 1998, Ática
- Um nó na cabeça (il. Laurent Cardon) – 1998, Salamandra
- Os Meninos-Caracol/Coleção Tião Parada – 1998, (nova edição no prelo), FTD
- O Peixe dos Dentes de Ouro/Coleção Tião Parada - 1998, (nova edição no prelo), FTD
- O Caminhão Que Andava Sozinho/Coleção Tião Parada - 1998, (nova edição no prelo), FTD
- Deus me livre! (il. Mirna Maracajá) – 1999, Cia das Letrinhas
- Salsicha quer falar (il. Ivan Zigg) – 1999, Ed. Moderna
- Para que serve essa barriga tão grande? (il. Ivan Zigg) – 2003, FTD
- Alecrim (il. Laurent Cardon) – 2003, Objetiva
- Uólace e João Victor (il. Pinky Wainer) -1999, 2003, Objetiva
- Fábrica de monstros (il. Michele Lacocca) – 2005, Global
- Quanta Casa/Coleção Tião Parada - (il. Eduardo Albini) - 1998, 2005, FTD
- O Livro do Pode Não Pode/Coleção Tião Parada - 1998, 2005, FTD
- Sete Ossos e Uma Maldição - 2006, Rocco


Não Ficção: Ensaio, Biografia
- Teresa, a santa apaixonada – 2004, Objetiva

Edições Estrangeiras
- Portugal – Teresa, a Santa Apaixonada - 2005, Oficina do Livro – Casa das Letras
- França – Uólace e João Victor - 2005, Editions Métailié

Fonte: http://www.bmsr.com.br/autores/detalhe_autor.asp?cod=Rosa%20Amanda%20STRAUSZ

Só li um livro dela e não fazia ideia de que sua bibliografia fosse tão extensa.

Sete Ossos e Uma Maldição

attachment.php


São 11 contos que fazem qualquer um sentir um friozinho cortante percorrer a espinha. Mas o medo aqui não paralisa, pelo contrário, só faz crescer a vontade de chegar à página seguinte, o que exige fôlego. Um prato cheio para quem curte histórias de terror e mistério ? e qual é a criança ou o jovem que não curte? - e um bom começo para os iniciantes neste tipo de literatura.
Em Sete ossos e uma maldição, não há sangue espirrando nem miolos saltando, como informa de antemão a orelha do livro. Nada explícito ou de mau gosto. Nele, a imaginação do leitor se encarrega de formar as cenas macabras forjadas através de um texto elegante. E é exatamente esse terror sugerido, literatura fantástica da melhor qualidade, que o torna tão atraente.
O primeiro conto, "Crianças à venda. Tratar aqui", pega o leitor de primeira e dá o tom do que virá a seguir. A dúvida é uma constante. Vai ficando cada vez mais difícil dizer exatamente o que é e o que não é, o real e o sobrenatural se misturam numa atmosfera fascinante. O conto que dá nome ao livro também surpreende o leitor ao explicar o que são afinal os sete ossos e a maldição do título, aliás, uma história sinistra, como diriam os jovens leitores.
Em seu novo livro, Rosa Amanda Strausz exercita o talento de escritora infanto-juvenil com maestria. E prova que pode percorrer os caminhos da literatura fantástica sem dificuldade. "Estou sempre procurando um novo jeito de olhar, e escrever para crianças e adolescentes é quase consequência natural de viver procurando pontos de vista diferentes", diz a autora. Sete ossos e uma maldição é mais uma forma de saciar o seu "olhar glutão" sobre o mundo e a literatura.

Eu não achei o livro Apavorante, mas os contos são bem divertidos. Excelente para indicar para os primos/irmãos mais novos.
 
Me interessei.
Vou procurar esse "Sete Ossos e Uma maldição". :sim:
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo