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[Discussão] Preconceito literário

eu leio de tudo, até oq não gosto para poder ter "base" pra falar mal depois. já li clássicos, surfistinha, paulo coelho, dan brown, auto-ajuda, best-sellers, literatura gay, e alguns comprovaram ser ruins mesmo, não por pertencerem a tal gênero literário, mas por seus escritores serem ruins mesmo, com erros grosseiros em enredo, estilo e até gramática. até escritores considerados bons já escreveram coisas ruins, eles mesmos admitem.

para mim o grande problema de vc ter preconceito literário é passar ver através dessa lente os leitores daquele gênero: se o cara lê paulo coelho é um coitado, se ela lê bruna surfistinha é uma burrinha, etc.

eu já julguei assim no passado. mas caí na real e vi q toda e qualquer literatura, boa ou ruim, é um passo para q a pessoa leia mais. e lendo mais o senso crítico dela vai melhorar. não vai ser igual ao meu (q bom!), mas vai melhorar. ela pode começar com algo simples, algo q mexa com os seus sentidos e pensamentos, e depois aprofundar-se mais e mais.

alguém ler algo q não gostamos é mais importante q não ler nada.
 
Clover disse:
Aslan disse:
AH , mangá é um "estilo" de livro

Já vi gente dizendo que mangá não presta mas considerando quadrinhos do Neil Gaiman como livros. Isso para mim é preconceito.
Esse mangá é um exemplo de boa história:
www.silensce.com.br/deeplove.html

Aliás, alguém leu aquele primeiro romance do Augusto Cury, "O Futuro da Humanidade"?

Aslan disse:
Breno C. disse:
Aslan disse:
AH , mangá é um "estilo" de livro :pipoca:

Na verdade, acho que mangá é um estilo literário...

Ah Breno , eu confundi as palavras :pipoca:



:tchauzim:

Sem grilo carinha! Também confundo muita coisa...
 
Bem, assim como a Cleo, nunca tive muitas opções: cidade do interior, livraria não muito diversificada... Lia o que via pela frente também. A única coisa que posso dizer que não gostei foi o Paulo Coelho, mas mesmo assim acho meio injusto julgá-lo por um único livro. Não tenho interesse por auto-ajuda ( pode ser preconceito), talvez porque tenha achado "O Monge e o Executivo" ( tá mais pra auto-ajuda do que ficção, vai) meio chatinho de digerir.
Até um certo tempo tinha certa dificuldade em apreciar essas obras clássicas da Literatura Brasileira ( a linguagem rebuscada e tal) mas acho que já venci isso. Nem sei direito, mas ainda tenho certa aversão a livros de teor político e biografias.
 
Quem aqui chegou a ler aqueles romances água com açúcar estilo "Sabrina-Julia-Bianca" e agora não conseguiria ler de novo nem por decreto? :nao:

Eu vi o post do Allison e lembrei que também não tive muitas opções, a biblioteca da escola era paupérrima, meus pais nunca compraram um livro sequer para mim e eu desconhecia a biblioteca Municipal, então lia qualquer coisa que me chegasse até as mãos. Até que um dia ganhei de presente uma caixa com esses romances, acho que tinha uns 40, que eu li em menos de dois meses... Lembro que as histórias eram sempre parecidas: A mocinha pobre que ia trabalhar próximo a um ricaço malvado sem coração e acaba se apaixonando por ele. Ela não admitia nunca, mas quando mais ele pisava, mais ela gamava. Até que o final quando ela decide ir embora de tanto ser esculachada, ele declara - Oh! - o seu amor e do nada ele fica mansinho e dócil (Sr. Darcy fez muitas escolas) rsrsrs.

Então, hoje eu não leria um romance assim, será que é "preconceito literário"? :rofl:
 
Angélica disse:
minha leitura era Agatha Christie, comprava vários estilos mas ler mesmo só os dela, aí ela morreu e parou de escrever,;)

Mal por esse
Angel, mas imaginei um livro de AC sendo escrito via Chico Xavier XD.:rofl:

------- Quanto ao tópico -------
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Preconceito não acho que tenho, mas sofro pelos que têm. 99% dos livros que leio são autores estrangeiros e 100% ficção.

Tenho vontade de ler os BRs mas fico imaginando os temas -- vamos ser sinceros mas 9 entre 10 escritores Brasileiros escrevem sobre pipas, salvações milagrosas e religião -- De um jeito que não me agrada muito. A pequena parte que cai no meu gosto são justamente os "xingados", André Vianco por exemplo é criticado até dizer basta.
 
de_viagem disse:
Eu sou preconceituoso:

eu não leio auto-ajuda;
eu não leio Paulo Coelho;
eu não leio livros de tema religioso que tenha menos de 100 anos de idade.

assino embaixo.
fora isso, leio até bula de remédio.
 
Breno C. disse:
Liv disse:
Gente, e o preconceito com gibi/mangá? Dias atrás, eu estava na Feira do livro de Florianópolis com a minha mãe, e vi uma edição de luxo pocket do Hagar, o Horrível por uns 40 reais. Na hora quis comprar e ela disse "Nem pensar! Compra livros de verdade, filha!". Sei lá, mas eu considero livros, gibis, mangás quase a mesma coisa. (exceto que uns tem mais imagens que outros, claro! mas a "idéia" é a mesma.)

Ou será que eu estou errada por pensar assim? :pipoca:

Sua mãe me deprimiu...:disgust:
Mangás e quadrinhos tem o mesmo valor que os livros. O que importa é o conteúdo e não a forma como é posta.


Ah, nisso eu sou meio preconceituoso também. Amo Quadrinhos de paixão, mas choro na hora de comprar um encadernado e geralmente penso: "Po, com esse dinheiro compro tal livro".
 
Ronzi disse:
Ah, nisso eu sou meio preconceituoso também. Amo Quadrinhos de paixão, mas choro na hora de comprar um encadernado e geralmente penso: "Po, com esse dinheiro compro tal livro".

Bom... ai é questão de prioridade. Eu gasto fácil 200 reais com cinco HQs (acabei de fazer isso), mas não gasto tal quantia com livros.
No fundo qualquer um que dá um certo valor para seu dinheiro, sente essa dorzinha no fundo do peito quando vai gastá-lo com algo que pensa não valer o montante pago.
 
Entrando bem atrasada no meio da discussão.

Aquilo que a gente não leu, mas considera ruim, eu acho que é preconceito sim. Mas no meu caso, nem é tanto, pois não saio por aí xingando aqueles que leem o que não leio, é apenas algo que, previamente, eu considero ruim.

Nessa lista estão Paulo Coelho, livros de auto-ajudo, aqueles romances de banca de jornal que custam 7 reais, livrinhos estilo Gossip Girl.

Livros psicografados também não gosto. Nunca li nenhum, e pode ser que a história até seja boa, mas na minha cabeça tenho a sensação de que aquilo foi escrito por um charlatão. Existindo ou não espíritos que se comunicam com os vivos, eu não vejo esses autores com bons olhos. =/
 
Brincadeira... quando era mais jovem, os quadrinhos eram considerados leitura de indivíduos com pouca cultura, agora é cult. Bastava ser visto com uma revista do tipo em mãos para se perder totalmente o respeito dos "cultos".

Acontece que a meninada atualmente aparecia com cada tirada maravilhosa e... vinha dos HQs, mas eu tinha um preconceito brabo. Foi preciso que o Slicer, após uma mordida de R$ 60,00 para a compra da História da Delírio, "desenhasse" o conceito para que eu conseguisse tomar gosto novamente por quadrinhos.
Acho que a má sorte de pegar um livro, de um estilo ou autor, mal escrito, pode criar preconceito.

Um exemplo de outro preconceito meu, é terror. Desde que assisti " O Exorcista" quis passar longe e veja que eu sempre adorei filmes de vampiros, mas O Exorcista me apavorou. Não quis mais saber desse genero. Porém, King, Stephen - A Zona Morta li e adorei. Detalhe, eu não vi que o autor era o Stephen King, porque não lia nada desse cara, os livros dele eram horríveis, assustadores. A pouco tempo é que descobri a américa, ou seja, percebi que era dele e caiu a ficha de que vários filmes que eu adoro são baseados nos livros dele.

Há vezes que meu inconsciente resolve quebrar paradigmas me cegando. Graças aos céus, senão continuaria obtusa.
 
Também existe essa coisa de mangá x quadrinhos da Marvel/DC, etc. Não é pouca gente que eu conheço que AMA quadrinhos japoneses mas nunca se prestou a ler algo diferente - e o contrário também acontece. Além disso, embora seja cult, ainda existem muitas pessoas que já pensam "isso é coisa de criança de 12 anos retardada" quando vêem alguém com uma revista dessas na mão. Fora a rivalidade que já existe entre Marvel e DC... não posso falar muito nem defender alguém porque não conheço quase nada de quadrinhos,(e não é preconceito, é porque dói no bolso mesmo, e scans são horríveis) mas já vi muito isso.

E ler por obrigação é um saco. As vezes a pessoa lê com má vontade e acaba tendo uma implicância mesmo, não são poucas pessoas que pensam que "livro para a escola = chato"...
 
kuinzytao disse:
Brincadeira... quando era mais jovem, os quadrinhos eram considerados leitura de indivíduos com pouca cultura, agora é cult. Bastava ser visto com uma revista do tipo em mãos para se perder totalmente o respeito dos "cultos".

Engraçado você dizer essa coisa da HQ ter se transformado em "cult". Isso aconteceu junto aquele processo que transformou os nerd em cult também. Mas de nada isso ajudas as HQ, muito pelo contrário. Hoje em dia você vê alguém sentado na rua lendo Sandman e se pergunta se o cara sabe que aquela mesma revista já existiu em qualidade de papel bem inferior.
 
Eu tenho o meu, nem seria hipócrita de falar que não, mas eu guardo ele para mim. Por exemplo, só de olhar André Vianco me dá náuseas, não gosto da maioria da literatura brasileira tida como "popular" - já li Paulo Coelho e não gosto (mas tb não vou deixar de ler algo que alguém está me indicando só pq não gosto de literatura brasileira, eu estou sempre aberta a opções).

Mas até ai, se alguém falar que gosta, eu vou dizer "po, tem tanta coisa melhor pra pessoa ler, ela vai perder tempo lendo justo isso?" (na maioria das vezes penso assim qdo já li o livro e não gostei) mas não vou menosprezar alguém ou achar que a pessoa está em um nível intelectual abaixo do meu. O maior problema do preconceito nesse meio é aquele que vem de "intelectuais" que menosprezam os outros por causa dos livros que leem. Esses pseudo-cults perdidos por ai acham que só Faulkner, Foucault, Kafka, Dostoiévski e afins são merecedores do precioso tempo deles, e denigrem a inteligência de qualquer outra pessoa que pense o contrário. Po eu acho esses escritores fantásticos, eu os leio, entendo, piro junto, mas não vou deixar de ler Twilight, por exemplo, por causa isso.

Nem todo mundo quer ler críticas sobre o mundo, a sociedade e afins, nem todo mundo quer ler sobre guerra. Pelo menos meu preconceito se limita a minha escolha de livros, ao contrario dessa pseudo-elite-intelectual que adora "arrotar" sobre os livros lidos e menosprezar quem lê algo que não é da sua roda social, mas que na realidade não entenderam metade daquilo que foi lido.

(Aproveitando o tópico pra dar uma desbafada, eu nunca sofri preconceito vindo de cult mas já vi "intelectuais" caçoando e criticando pessoas que gosto por causa do gosto literário e isso me tira do sério =/).
 
Acho que não fico presa ao preconceito: junto a isso, tenho uma certa falta de interesse por certos livros. Acho que 'evolui' bastante em relação a isso. Exemplos: eu sempre dizia que todo best-seller era ruim. Até ler alguns e ver que eram realmente bons! Claro, sempre tem alguns títulos ruins no meio, mas isso existe em qualquer gênero, certo? Também tinha preconceito com literatura brasileira, quando abandonei um pouco os livros de criança (coleção vaga-lume e seus semelhantes) e me entreguei a todos os livros do Harry Potter e Senhor dos Anéis. Coloquei na cabeça que só literatura estrangeira prestava, e toda vez que meu pai chegava com um livro de autor nacional em casa eu ignorava. Hoje me arrependo muito, acabei perdendo tempo! Literatura brasileira é maravilhosa e hoje em dia faço questão de me aprofundar nas leituras de autores brasileiros. Acho que foi aí que eu percebi que falar mal sem antes ter contato é bem absurdo. Para mim, preconceito é isso: quando você julga sem ter conhecimento. Não leio auto-ajuda porque simplesmente não me interessa. Eu leio a sinopse e não prende a minha atenção. Como já disseram no tópico, também acho injusto acabar tanto com Paulo Coelho: só li dois livros dele. Julgo o suficiente para saber que não gosto do tipo de livro que ele escreve, mas é pouco para um autor com tantas obras. Também não gosto muito de livros religiosos. Li alguns e não adianta, não consigo me interessar. Então é basicamente isso, não gosto do estilo, não prende a minha atenção, não leio. Mas prefiro não opinar sem antes ter lido.
 
Dizendo o óbvio (e sendo direto): preconceito, literário ou não, é uma puta babaquice.

Segregar sempre causa mais danos que benefícios.
Essa mania de categorizar tudo, inventar nomes malucos para o que quer que seja... sei não, hein?
Isso é ótimo do ponto de vista mercadológico. Você compra o produto tendo alguma noção do que vai encontrar pela frente, e isso é bastante útil dentro da livraria. Fora da livraria, o melhor conselho é esquecer a estante em que pegou o livro. Esquecer mesmo. Ler um livro esperando alguma coisa é o maior erro que se pode cometer.
Se o "estereótipo" basta, para que perder tempo lendo!?
Cada livro é um livro. Se eu fosse acreditar que Eça de Queiroz é uma porcaria pq eu odiei o Crime do Padre Amaro, nunca teria lido aquele que é um dos meus livros favoritos (A Cidade e as Serras).

O discurso deve mudar. Em vez de se dizer: "não gosto de [rótulo]", seria mais saudável: "não gostei do livro [nome do livro]".

Todos já passamos por uma fase muito preconceituosa. Ainda bem que passa.
Eu já encontrei um livro bem interessante numa estante de auto-ajuda (Aprender a Viver, do Luc Ferry). É um best-seller (vende bastante, para um livro sobre ""filosofia"" - ênfase nas aspas), considerado auto-ajuda, é um dos tão difamados livros que promovem a "popularização da filosofia"... Tinha tudo para ser uma bosta. Não é. É lúcido, claro, bem escrito e não fala besteiras. Não substitui, de jeito nenhum, a leitura dos autores sobre os quais versa, mas também nunca se propôs a isso. Também não substitui o estudo de filosofia (que é algo complicado e requer tempo, leituras infindas e muita, muita reflexão), mas, de novo, não se propõe a isso.
Esse é um exemplo de livro agradável (lê-se em um ou dois dias) e que, curiosamente, toca bastante no assunto "quebra de preconceitos".
Luc Ferry repete quase que uma vez a cada 10 páginas que a melhor coisa a ser feita se quisermos começar a estudar filosofia é aprender que, para entendermos o mundo, precisamos não só aceitar o ponto de vista dos outros, mas aprender a efetivamente tentar entender o que aquele pensamento tem de bom, porque é aceito, porque é pensado. O velho e bom clichê: aceitar sem preconceitos que aquilo é válido, e só depois de entender do que se trata, emitir uma opinião sobre. E ter em mente, acima de tudo, que essa opinião é pessoal e, como tal, nunca adquire grau de verdade absoluta para qualquer outra pessoa além de vc (o irônico é que o autor do livro é também autor de uma lei muito polêmica na França sobre o uso de véus em escolas públicas...).


editt: ps: que fique claro que o preconceito a que me refiro é o que a Nanda se referiu com:
já vi "intelectuais" caçoando e criticando pessoas que gosto por causa do gosto literário e isso me tira do sério

Cada um que leia o que quiser, que ache o que quiser, que diga o que quiser e que xingue o livro (veja bem, o livro!) que quiser. Tô pouco me fodendo =D
 

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