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[Call of Cthulhu] O Rei em Amarelo [on]

Terminado o ritual, Jim agradece ao pajé. Após a retirada deste, vira-se para seus colegas:

- E agora? Voltamos para a cidade? Procuramos a propriedade do tal Mascarenhas? De qualquer forma, acho que devemos correr, aproveitando ao máximo a luz do dia.
 
Ainda que sua mente estivesse um pouco mais tranquila, a dúvida de Pietro quanto ao que fazer persistia. De fato, era demasiadamente perigoso usar o dito portal, mesmo com a proteção do pajé. Entretanto, tentar adentrar na propriedade de Mascarenhas por métodos mais convencionais poderia dar ainda mais errado. Talvez.

"Sim. Apenas espero que não tenhamos supresas desagradáveis nos esperando na cidade. A invasão do teatro e a morte do taxista podem ser usadas contra nós. Toda cautela é pouca."

"Se pudessemos descobrir algum itinerário de indas e vindas da fazenda, talvez conseguissemos nos infiltrar lá. Enfim, temos todo o caminho de volta para discutir nossos planos."


Acendendo um cigarro e dando uma golada em seu uísque, o italiano caminha até a caminhonete, esperando ao lado da mesma pelos companheiros.
 
Ao mencionar a possibilidade de um caminho alternativo até a propriedade do Coronel, Pietro se lembra das páginas do diário de Silvio Barreto e as tira do bolso, dando uma olhada para conferir se estava certo.

Lê, então, que o jornalista assassinado mencionou que no porto tinha descoberto que carregamentos dos cipós para a preparação da mbaë-ú vinham de barco da fazenda para a cidade.
 
Intercenas

Manaós, 9 de junho de 1910, 6:00-6:25

Investigadores:
Todos


Os investigadores continuam indecisos quanto ao rumo a tomar, mas a sugestão de Jim parecia a mais lúcida no momento: aproveitar a luz do dia e sair da mata o quanto antes. Afinal, cada fio de seus cabelos se arrepiava ao pensar na hipótese de estar naquela estrada de noite, mais uma vez.

Assim, embarcam todos na caminhonete do arqueólogo. Recuperado de sua crise, Jerome retoma a direção, tendo ao seu lado Nagato. Na caçamba vão Jimmy, Pietro e Alberto, menos tensos do que antes, mais ainda assim em alerta a possíveis ameaças. Perceptível no veículo era que o medonho fedor tinha se dissipado, indicando que sua fonte principal devia ser alguma coisa guardada na caixa de madeira levada pelo monstro.

Viajar a luz do sol era sem dúvida muito mais agradável e reconfortante. Em alguns momentos era possível até se dar ao luxo de apreciar um pouco a vegetação nativa e os animais que vez ou outra se mostravam à beira do caminho. Mas isso não deixava enganar nenhum dos ocupantes do carro, que no fundo de suas almas ainda carregavam uma angústia pelo que podia esperá-los quando a escuridão descesse novamente sobre a Amazônia.

Passados quase vinte minutos, essa apreensão toma conta de todos. Logo adiante reconhecem o local onde poucas horas antes tinham sido parados pela queda do corpo do chofer e se defrontado com as estranhas aberrações voadoras. Num misto de curiosidade e temeridade, Jerome diminui a velocidade do veículo e passa devagar por ali, permitindo a eles observar que, em mais uma demonstração de atentado indecente às leis naturais, o processo de putrefação da carcaça da criatura tinha se acelerado de maneira absurda: pouco restava dela além de um grande monte de detritos orgânicos escuros, parecendo uma poça de estrume ou piche derretido, embora ainda exalasse o mesmo cheiro nauseabundo de antes.

Estranhamente, o cadáver do infeliz condutor não estava mais onde o tinham deixado na noite anterior...
 
Última edição:
Alberto dirigia o veiculo por entre as matas virgens que por ali evitavam civilização naquele inóspito local.

Alberto :
- Vamos nos dividir, teremos mais chances de pegar informações importantes, eu estou com vontade de parar numa biblioteca e investigar algo relativo ao que encontramos.
 
Jerome estava surpreso com o que estava vendo, ou melhor, com o que não estava vendo no momento em que diz:

Olhem pessoal, o corpo do monstro já se transformou em pó. Já o corpo do pobre taxista não está mais onde deixamos. O que será que pode ter acontecido? Cada minuto que se passa as coisas estão mais estranhas.

Jerome então fica em silência apenas observando enquanto passa pelo local com o carro esperando os comentários de seus colegas.
 
Jerome passa bem devagar, quase parando, ao lado do local onde estivera o corpo do taxista o que faz com que todos no carro levem as mãos ou lenços ao nariz para evitar aspirar aquele cheiro infecto.
Notam então que há pegadas de algum animal de grande porte vindo da mata até o meio da estrada, e que há um rastro que parece ter sido causado pelo arrastar do corpo naquela direção. Presumivelmente o cadáver foi levado por uma onça ou algum bicho parecido para ser devorado calmamente no interior da floresta. Ao pensar nisso, os investigadores não conseguem deixar de sentir ainda mais pena pelo trágico destino do chofer e de seus restos mortais.
 
Última edição:
- Isto dizer grupo do próximo.

Nagato sorri, era uma piada de humor negro, mas provavelmente por causa do péssimo portugês do Japonês os outros não entenderiam ou demorariam para entender... Dando um pequeno espaço de tempo ele conjecturao que deseja naquele momento.

- Vamos a precisar das mais armas.

E deixa a idéia no ar.
 
Intercenas

Manaós, 9 de junho de 1910, ~ 6:25 – 6:40

Investigadores:
Todos


Tendo deixado para trás o sinistro local do embate com as criaturas, o carro roda por mais uns 15 minutos, aproximando-se já da cidade de Manaós. A mata fechada que circunda a estrada começa a dar lugar a alguns bairros pobres nos igarapés e uma ou outra propriedade de ricaços que se deixam entrever pelas porteiras imponentes. Já quase na vizinhança da civilização, os investigadores reconhecem o lugar onde se separaram do taxista, deixando o carro deste e embarcando todos juntos na caminhonete de Jerome. Lembram então que ele devia estar voltando para Manáos quando fora atacado pelos monstros e presumem que seu carro deve estar um pouco mais adiante. Sem rotas alternativas, não resta nada a não ser seguir pela mesma estrada, e de fato uns poucos quilômetros adiante percebem uma pequena movimentação na estreita rodovia. Notam um veículo tombado no acostamento – que eles reconhecem ser o mesmo táxi que tinham alugado - e um outro carro com a identificação da polícia local, com dois guardas fardados vistoriando o “acidente”. Uma pequena multidão de curiosos, quase todos habitantes pobres da vizinhança, permanecem em volta observando a cena. Não há qualquer bloqueio na estrada.

Off: Vocês podem seguir adiante ou parar para olhar, se quiserem.
 
Intercenas

Manaós, 9 de junho de 1910, ~ 6:40 - 7:20

Investigadores:
Todos


Tendo o grupo decidido que o mais prudente seria passar direto pela cena do "acidente" sem despertar suspeitas, Jerome põe o carro numa velocidade mediana e ultrapassa o trecho da estrada em que o táxi está tombado. Ao cruzar pela multidão, o policial Alberto reconhece os dois patrulheiros que estão vistoriando o carro, e também nota um repórter do Notícias do Igarapé, que costuma cobrir os eventos policiais, conversando com alguns cidadãos e tomando notas em uma caderneta. A caminhonete mal é notada e eles passam sem problemas a caminho do centro da cidade.

Chegando em Manaós, para além do cansaço físico causado pela noite em claro, a preocupação imediata dos investigadores passa a ser a fome. Resolvem que, antes de decidir para onde ir nessa manhã, o essencial seria alimentar-se bem para aguentar as horas que se seguirão. Assim, Jerome dirige até uma cafeteria simples que conhece e estaciona perto dali.

Quando estão indo para lá, veem na esquina um garoto jornaleiro carregando seus pacotes de jornais e anunciando em brados a manchete do dia:

- EXTRA, EXTRA! SAIBAM TUDO SOBRE O INCÊNDIO NO TEATRO AMAZONAS! EXTRA, EXTRA!


Ouvir essas palavras deixa o grupo sobressaltado. Rapidamente Jim tira uma moeda, paga o garoto e pega um dos jornais. Ainda na rua, na porta da cafeteria, o inglês abre apressado o jornal página daquela notícia. Depois de bater os olhos, ele se acalma e a lê, então, para os colegas:

INCÊNDIO DO TEATRO. FOGO FOI CONTROLADO.

No fim da noite de ontem um princípio de incêndio colocou em risco o Teatro Amazonas. Aparentemente o fogo foi causado por um curto-circuito no painel de controle dos bastidores. O zelador informou que, ao acionar os botões para apagar as luzes do palco, faíscas saltaram do painel, incendiando tecidos e madeiras que estavam naquele local. A ação eficaz dos seguranças e a rápida chegada da Brigada de Incêndio impediram que as chamas se alastrassem e uma grande tragédia ocorresse no maior patrimônio de nossa cidade. Felizmente ninguém se feriu, pouca coisa foi destruída e o teatro não corre o risco de ser interditado, o que confirma a estreia da aguardada peça "O Rei em Amarelo" para o dia 21 próximo. A polícia já está investigando o incidente.

Nagato, por algum motivo, foi o que pareceu mais interessado naquele fato.

Ainda com "a pulga atrás do orelha", os cinco resolvem entrar no estabelecimento, sentar-se e fazer seus pedidos antes de discutir os planos imediatos.
 
Última edição:
Jim senta-se, e enquanto pega seu cachimbo da maneira usual, pede ao garçom que lhe sirva chá preto. Com leite - ressalta, lembrando que nas Américas estranhamente a maioria das pessoas tomava a bebida somente com água.

Enquanto os demais fazem seus pedidos, Jim paroveita para preparar o fumo do cachimbo, ao mesmo tempo em que dá uma boa olhada no ambiente ao redor, certificando-se de que ninguém ouvirá o teor da conversa na mesa.

Após isto, comenta com os colegas:

- E essa agora? Seria muita sorte se o incêndio tivesse destruído todo o cenário da peça, mas nesse caso o teatro provavelmente sofreria maiores danos, o que não seria bom. Continuamos na mesma.
 
Jerome assim como os outros toma um susto ao ouvir a notícia mas, imediatamente, percebe que ali abriria uma brecha para o grupo agir. Assim ele se senta e pede o prato do dia para poder pensar melhor de barriga cheia.

Pessoal, está aí uma grande oportunidade pra nós. De fato seria uma perda histórica muito grande o incêndio no teatro mas devemos ponderar sobre o ocorrido e sugiro duas ações.
Quais sejam, primeiro com o envolvimento da polícia Alberto ganha trânsito livre no teatro para "investigação" e segundo podemos usar esta fiação precária do teatro para causar um novo curto circuito e acabar de vez com os planos macabros desse pessoal.
Claro que essa opção deve ser analisada e vista como saída em último caso. O que acham?
 
Jerome ao se lembrar de algo que Nagato havia feito no painel de controle ele pergunta.

-Nagato. Isso aí foi obra sua? Infelizmente não deu completamente certo.
 
Pietro pede um café preto ao garçom, sem açucar, e volta sua atenção ao grupo. Ainda matutando seus pensamentos, ele permanece calado, lançando apenas um olhar de curiosidade quando Jerome parece indicar que o oriental fora o responsável pelo incêndio.
 
Ponderando sobre o assunto se levanta e segue até o balcão onde solicita brevemente uma xicara de café bem forte, acha que chegou a hora de agir. Voltando a mesa apoia ao ombro de Jerome.

- Posso conseguir entrar lá, e talvez consiga levar um de vocês lá pra dentro comigo desde que use um macacão, se passando por um eletricista para avaliar as possiveis causas do ocorrido, entraremos no ambiente e teremos uma certa qualidade de investigar com calma. Quem se habilita ?
 
Intercenas

Manaós, 9 de junho de 1910, ~ 7:20 - 7:45

Investigadores:
Todos


Nagato responde à pergunta de Jerome apenas com um aceno positivo da cabeça. Logo chega o garçom com os pratos e bebidas solicitadas pelo grupo e os investigadores se põem a comer, calados e pensativos. Assim que Alberto comenta a possível investigação no teatro, ficam a se olhar uns para os outros, decidindo a quem melhor caberia aquela tarefa, se é que concordariam em acompanhá-lo.
 
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Aguardando que o garçom saia novamente para que ninguém possa ouvir a conversa, Nagato apenas completa seu raciocínio...

- Plano funcionado do meio modo, útil. Quando ligar novo problema da relação no teatro e vir os jornais da notícia, pessoas vão ater ao medo novo a um acidente. Produzimos noticia segunda no Kabum... Explosivos.

Enquanto terminava a frase batia com o indicador na notícia do jornal, era a segunda vez que falava de explosivos e se sentia um pouco eufórico por dentro pelas idéias que tinha na cabeça, mas era por estar um pouco perturbado com todo aqueles acontecimentos sobrenaturais que presenciara.
 
Pietro toma um gole do café, e acende um cigarro logo em seguida.

"Alberto, à esta altura seu chefe e os demais provavelmente já sabem que estamos investigando a peça. Vigilância provavelmente não faltará sobre nós. Ainda é um plano viável, mas temos de ter em mente que irão haver olhos a nos observar, o que irá comprometer a qualidade da investigação."

"Quanto aos explosivos, nesse caso ficaria claro que se trata de sabotagem, e não acidente. Isso provavelmente daria a eles todas as desculpas de que precisariam para caçarem os responsáveis com força total. Pode ser uma hipótese viável em último caso, mas tampouco resolveria a raiz do problema, já que Valtrop e cia. continuariam livres para repetir esta história toda em outro lugar."

"Quanto à possibilidade de nos infiltrarmos na fazenda, pouco antes de sairmos da aldeia eu me lembrei de algo nas notas daquele jornalista assassinado. De acordo com ele, todos os dias chegam ao porto carregamentos de um certo cipó, vindos da propriedade de Mascarenhas. Pode ser a oportunidade de que precisamos."
 
Intercenas

Manaós, 9 de junho de 1910, ~ 7:30 - 7:45

Investigadores:
Todos


Investigar de novo o Teatro, explodi-lo, visitar o porto... essas e outras tantas opções passavam pelas cabeças dos cinco homens em volta daquela mesa na cafeteria naquela manhã. Mas os minutos iam correndo e nenhuma resolução era tomada pelo grupo, mesmo com o tempo sendo um adversário cruel e insistindo em "golpeá-los" a cada instante com a batida dos ponteiros do relógio na parede do estabelecimento. E a própria ação proposta por Pietro trazia em si mesma esse obstáculo: afinal, mesmo contando com a sorte de conseguir um barco e partir para a fazenda de Mascarenhas o mais rápido possível, lembravam da distância a ser percorrida - uma viagem de quase seis horas - e ficavam arrepiados ao calcular que chegariam lá talvez perto do anoitecer, o que certamente não seria nada agradável...

Tinham que pensar logo no que fazer, mas uma coisa parecia certa: dividir o grupo àquela altura não era uma boa ideia, tendo em vista o que sabiam das intenções e métodos dos adversários.
 
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