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William Shakespeare

O melhor de Shakespeare


  • Total de votantes
    979
Também não li muitas obras só A Tempestade, Hamlet, e o eterno romeu E Julieta que pra mim é o melhos desses que li.
 
Eu até gosto... não li todas as obras...acredito que só as mais conhecidas...e alguns sonetos... e algumas, eu acho ele meio dramático demais...ou tudo é muito lindo... ou tudo muito triste, porem em outras obras...ele tem esse equilibrio sobre as palavras... E é nessa, que eu acho ele um grande escritor...
 
e algumas, eu acho ele meio dramático demais...ou tudo é muito lindo... ou tudo muito triste, porem em outras obras...ele tem esse equilibrio sobre as palavras... E é nessa, que eu acho ele um grande escritor...

shakespeare é dono das ironias mais finas de toda a literatura. Isso nós podemos perceber tanto nas comédias quanto nas tragédias. Muito vezes o que parece trágico é tragicômico.
 
Eu acho que o que torna Shakespeare único é o modo dramático como escreve, creio que cada escritor tem um aspecto próprio e o seu é este.
 
Eu não li todos os títulos que estão em votação, mas, eu escolho "A Tempestade".
Aliás, fiquei surpreso por ser a primeira pessoa a votar nessa opção.
 
What Shakespeare Plays Originally Sounded Like

[video=youtube_share;gPlpphT7n9s]http://youtu.be/gPlpphT7n9s[/video]

video bem interessante falando sobre como era a pronúncia do inglês na época de shakespeare. atenção pra voz do ruivinho, eta.
 
Hamlet. Ler Shakespeare é algo que não tem como falar, só lendo mesmo.

Tava pensando nisso hoje: tive dois professores na faculdade que abordavam a personagem do Polônio de formas distintas - um via o Polônio como um velho gagá cheio de frases prontas, nada acrescentando à Corte; o outro via o Polônio como um sábio. A chave para a interpretação de ambos estava no monólogo que ele faz para o Laertes, cheio de recomendações - boas recomendações, algo que se ouve de qualquer pai, mas até aí o Jorge Ben escreveu "Engenho de Dentro" e não disse muito com aquilo, apesar de gostarmos das sacadas que ele teve com as letras. :lol: Fato é: qual a relevância de Polônio na peça? Para meu professor pessimista, uma caricatura da corte dinamarquesa; para meu professor otimista, uma lembrança da glória antiga do Reino.

EDIT: Na minha opinião, "Coriolano". A peça ilustra bem a questão do "bode expiatório" como fundacional - Roma não poderá surgir a menos que aquele mesmo guerreiro que a defende se sacrifique por ela. É um choque trágico dos mais dolorosos e uma bela metáfora da realpolitik em termos seculares - basta lembrar de como Francis Drake, flagelo de Espanha e contemporâneo de Shakespeare, era visto por alguns como um mero pirata-mercenário e por outros como um heroi.
 
Última edição:
É em Hamlet que estão as citações mais conhecidas de Shakespeare: etc.

O resto é silêncio.

Engraçado que analisando o Hamlet podemos ver que ele sente um amor quase doentio pela mãe. Eu acho que ela tem mais ciúmes de Cláudio do que desejo de vingança pela morte do pai em si.

Eu já ouvi que Freud pensou em denominar o complexo de Édipo de complexo de Hamlet, mas não sei se isso procede.


Estou com a edição das obras completas de Shakespeare do Trinity College, mas cade a coragem para começar a ler no original?
 
Última edição:
o problema de dizer que é de hamlet a maioria das citações que conhecemos é que tem MUITA citação de shakespeare que nem fazemos ideia que é shakespeare até ler. :think:

sobre a treta do hamlet com o cláudio, o lance é que o defunto tava morno ainda quando a mãe casou com o tio. um casamento tão rápido só poderia significar uma coisa: que já rolava algo entre eles quando o pai de hamlet ainda era vivo. então parte da vingança que o fantasma pede é também por ter sido corneado pelo próprio irmão. shakespeare já fazia o nelson rodrigues before it was cool.
 
sobre a treta do hamlet com o cláudio, o lance é que o defunto tava morno ainda quando a mãe casou com o tio.

eu achava que era pelo costume do novo rei casar com a rainha viúva.

Uma coisa que nunca entendi foi por que Hamlet não assumiu o trono depois da morte do pai, visto que ele já era maior quando ele morreu.
 
eu achava que era pelo costume do novo rei casar com a rainha viúva.

pode até ter existido um costume do tipo (embora seja importante lembrar que a peça se passa na dinamarca, mas foi escrita por inglês, e aí a questão dos costumes pode ficar complicada já que varia bastante), mas o hamlet é bastante enfático quanto a questão de ser um casamento bem próximo do velório, e das implicações disso. mas lembrando, essa é uma leitura possível, de várias. não é nada definido e há bastante discussão sobre o assunto (como vários outros). até porque ao mesmo tempo que tem quem argumente isso, há quem diga que se gertrude tivesse mesmo traído, hamlet teria mostrado isso naquela peça que ele pede para ser encenada.

Uma coisa que nunca entendi foi por que Hamlet não assumiu o trono depois da morte do pai, visto que ele já era maior quando ele morreu.

eu não entendo muito dessa coisa de linhagem, mas eu acho que a base de toda a tragédia de hamlet é que claudio supostamente usurpa o trono ao casar com gertrude. a implicância dele com o tio não é só pela mãe, mas pelo trono que seria dele. enfim, hamlet tem uma coleção de motivos para odiar claudio, e a aparição do fantasma só piora as coisas.
 
Uma coisa que sempre me chamou a atenção em Shakespeare são os diálogos ou monólogos fodas que ele por vezes coloca na boca de personagens "secundários ou mais simples. Eu simplesmente adoro as tiradas do bobo de Rei Lear, o Mordomo e o assassino em Macbeth e o coveiro em Hamlet.
 
Gente, sobre a identidade de Shakespeare, isto é, aquele lance se ele existiu ou não, alguém tem algum livro sobre a questão? Tenho lido que hoje em dia os pesquisadores já não têm dúvida de que ele existiu, mas nunca consegui ler nada a respeito. O único argumento que já vi desmentirem é aquele do Shakespeare ter sido um bárbaro e talz.
 
10/04/2010
Shakespeare foi Shakespeare
El País
Patricia Tubella
Em Londres

O especialista James Shapiro desmonta as teorias que negam sua existência

Shakespeare escreveu as obras de Shakespeare? A verdadeira identidade do maior dramaturgo de todos os tempos, que legou obras repletas de símbolos universais como a paixão, a ambiguidade, a sátira ou o instinto político, continua dividindo os círculos culturais quase 400 anos depois da morte do bardo de Stratford-upon-Avon (1564-1616). Foi um impostor, uma fraude, a assinatura encobridora de um personagem mais ilustre? As teorias conspiratórias nunca deixaram de estar em voga, mas na era da internet dispõem inclusive de uma melhor tribuna.
Representantes da nata teatral britânica, como Derek Jacobi ou Vanessa Redgrave, aderiram a essa corrente de ceticismo. O diretor Mark Rylance afirma sem recato que a criação de Hamlet, Otelo ou Macbeth foi produto de uma "cabala literária", da qual fazia parte sir Francis Bacon. Antes deles, outras figuras de renome como Mark Twain, Henry James ou Sigmund Freud demonstraram preconceitos culturais semelhantes, apoiando-se em um certo esnobismo e em algumas pistas mais que precárias, na opinião do escritor americano James Shapiro, que desmontou todas essas teorias em seu livro "Contested Will: Who Wrote Shakespeare?" [Testamento contestado: quem escreveu Shakespeare?].
Como pôde o filho de um simples comerciante de lã, açougueiro e meeiro, um homem de estudos limitados que escrevia para pagar suas dívidas e que nunca viajou, entender o mundo de reis e cortesãos, tratar de assuntos de Estado, filosofia, leis, música ou a arte da falcoaria? Shapiro, professor da Universidade Columbia e especialista na obra do autor inglês (a quem já dedicou o livro "Um Ano na Vida de William Shakespeare: 1599"), propõe um percurso histórico por algumas das teorias negacionistas de maior repercussão para salientar, antes de tudo, seu anacronismo: as suspeitas sobre a pluma de Shakespeare só surgem 200 anos depois de sua morte. Ninguém antes encarou a leitura de suas obras levando em conta a biografia do criador.
Denso em histórias e argumentos, ao mesmo tempo que ameno, "Contested Will: Who Wrote Shakespeare?" relata como as teorias alternativas nascem no início do século 19, quando se fortalece a suposição de que os trabalhos artísticos são reflexo das chaves pessoais do autor e devem ser interpretados como uma autobiografia, inclusive espiritual, segundo os românticos.
A americana Delia Bacon, filha de um pregador visionário, afirmou em um estudo publicado em 1857 que Shakespeare era "um iletrado e ator de quarta categoria, simples demais" para ter concebido uma obra que manifesta "os últimos refinamentos da mais alta educação parisiense". Escolheu como alternativa o poeta, filósofo e cientista Francis Bacon (do qual não era parente), com o argumento de que seu ódio secreto ao despotismo monárquico o obrigava a recorrer a um pseudônimo.
Influenciada pelas ideias de Mark Twain - que também afirmava que Elisabeth 1ª era na verdade um homem -, Delia Bacon não trouxe mais que elucubrações para o debate, embora, ao morrer em um hospital psiquiátrico, uma nova geração tenha tomado seu lugar com uma vasta produção de artigos. Em 1920, o professor T. J. Looney atribuiu em um livro a autoria das obras a Edward de Vere, conde de Oxford, baseando-se em seus conhecimentos de falcoaria, na coincidência de que tinha três filhas - como o rei Lear - e outras generalidades. Looney passa por alto que o conde morreu em 1604, antes de ter sido escrito o grosso da obra shakespeariana. Isso não foi obstáculo para que Sigmund Freud abraçasse a teoria como alimento de suas próprias obsessões: relacionou o complexo de Édipo de Hamlet com o de Edward de Vere, impotente diante do casamento de sua mãe com outro homem depois de enviuvar.
Outra tese afirma que o dramaturgo e poeta inglês Christopher Marlowe - assassinado em 1593 - fingiu sua morte para continuar escrevendo sob o nome de William Shakespeare, de quem era contemporâneo. Essa teoria denota, segundo Shapiro, a resistência entre um vasto setor do mundo acadêmico a aceitar que William Shakespeare escreveu várias de suas obras em coautoria. Porque Marlowe foi um desses colaboradores, em uma prática habitual nos tempos do teatro elisabetano. Inclusive hoje, acrescenta Shapiro, os estudiosos estão muito longe de entender como o bardo e seus coautores dividiam tramas e personagens, revisavam seus respectivos trabalhos ou unificavam estilos.
A verdade é que apenas um punhado de documentos confirma a trajetória privada do escritor que deixou tal marca na literatura universal. Nem sequer existe absoluta certeza sobre seus verdadeiros traços físico, objeto de perene controvérsia entre historiadores e especialistas do mundo da arte. Mas o veredicto de Shapiro é uma defesa a toda regra do homem de Stratford. Seu retrato o apresenta como um homem de teatro, que lia, observava, escutava e colocava tudo em obras que refletem o gênio da imaginação. Sim, conclui Shapiro, Shakespeare escreveu Shakespeare.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

http://www.amazon.com/Contested-Will-Who-Wrote-Shakespeare/dp/B0048ELD4G
 

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