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[AXN / Globo] Lost

JPHanke disse:
Tudo fica mais fácil de explicar quando é relacionado ao divino e imaginei que fossem fazer isso quando mostraram os deuses egípcios e tudo mais, mas nem isso eles fizeram... nos deixaram totalmente no escuro.
Bem que desconfiávamos que não teríamos uma explicação científica para aquilo tudo. Só deram um início, com a Dharma e a história do eletromagnetismo, mas logo foi deixado de lado infelizmente.
 
Cara o que mais me deixa frustrado é o tempo que eu perdi assistindo, discutindo e pirando em cima de mil e uma teorias sobre a Ilha e etc. Depois de assistir do primeiro ao último episódio, Lost pra mim provou ser uma série sem história, sem trama, um amontoado de clichês de Sci-Fi sem sentido - a não ser o novelesco que, BAHHHH, foi CHATO PRA CACETE. Ficou na cara que não existia um final planejado, que as coisas foram (mal) arranjadas na pressa. O resultado infelizmente foi essa tosqueira aí e a sensação "Wait what?".
 
Eu assistiria novamente. E quem aqui não teve um relacionamento gostoso que terminou mal?

By Raphael Silvério
Choices of Life
 
Eu assistiria novamente. E quem aqui não teve um relacionamento gostoso que terminou mal?

By Raphael Silvério
Choices of Life

Bem colocado. Apesar do final ruim, não acho que perdi meu tempo assistindo. As 4 primeiras temporadas foram muito boas, com revelações surpreendentes além dos mistérios que eram criados.
 
o mistério foi o combustivel da serie. nada tinha começo e fim.
senti que dariam tudo mastigado, mas não foi bem assim.
sinto tambem que a serie não avançou porque não acreditaram que faria sucesso, faltou criação e sobrou pressão.
 
Para todos que têm preguiça de pensar e continuam com a ladainha de que Lost não respondeu nada, vale ler esse ótimo texto do Ricardo Longo, que traz as respostas que a série deu para cada pergunta relevante que abriu:

Essa é minha tentativa de dar uma interpretação sobre cada uma das grandes questões de Lost.
IMPORTANTE: Tudo aqui é MINHA interpretação da série. E ao que consta, fiquei muito feliz que uma de minhas séries preferidas me deu um fim críptico, misterioso e aberto a interpretações (exatamente como a série sempre foi). Tinha muito medo de não gostar do final; achava que estragariam tudo com algo mais focado nos mistérios inexplicáveis da realidade peculiar da série do que na melhor coisa dela: os personagens. Tive uma grata surpresa.


Assim que Jack fechou os olhos pela última vez, fiquei meio pasmo – muitas dúvidas, tudo muito rápido, muita informação pra digerir de vez. Mas as questões continuaram girando na minha cabeça, as conexões (muitas vezes óbvias, é verdade) continuaram sendo feitas.
No fim das contas, a verdade é que eu considero um fim perfeito para a obra prima que é Lost. Na minha opinião, claro – como todas as respostas a seguir.


• O que é a ilha?
A ilha é onde fica a “luz”. Então a pergunta é: o que é a “luz”? Isso é fácil, respondido na própria série: é a fonte de toda a vida. Segundo Jacob, tem um pouco da luz dentro de cada pessoa – isso, na minha interpretação, é uma alegoria para o que se convencionou chamar de “alma”. Sendo a localização da luz, a ilha tem propriedades bem peculiares, que incluem características de cura, ressureição, imortalidade, distorção do eixo espaço/tempo etc, além dela ser um “hub” de energia eletromagnética. Claro, essa fonte de vida não pode ser deixada à toa, sem um guardião. O que nos leva à próxima pergunta…


• Quem são Jacob e o “Homem de Preto”?
Irmãos, ambos nasceram humanos, mas foram “adotados” por uma personagem sem nome, chamada apenas de “Mãe”. A “Mãe” era a divindade guardiã da luz. Antes dela, provavelmente existiram inúmeros outros guardiões, sempre passando adiante a função de proteger a ilha quando sua hora chegava. Essa é uma discussão bem ampla, e tentar adivinhar quem foi o guardião original é o mesmo que discutir quem criou o universo. A Mãe adotou Jacob e seu irmão para achar um “sucessor”, quando a hora dela se licenciar de sua função finalmente chegasse. Circunstâncias mostradas no episódio “Across the Sea” levaram a Jacob ser o escolhido, herdando a função da mãe e se tornando efetivamente uma divindade. O “Homem de Preto”, ao ser preterido, se tornou uma espécie de “sub-divindade”, com poderes sobrehumanos e imortalidade (ambos dados a ele pela própria Mãe), mas sem o papel de “árbitro” dado a Jacob. Quem quer simplificar, pode dizer que Jacob ocupou a função do que se convencionou chamar de “Deus”. Note-se que essa versão de “Deus” não significa bondade absoluta ou mesmo onipotência. O próprio episódio “Across the Sea” nos mostrou que essa noção maniqueísta de “bem e mal” não se aplica a Lost. Da mesma maneira, Jacob não parece ser onipotente. Ele tem o poder de arquitetar diversas coisas (como a queda do avião, por exemplo), mas não parece ter capacidade de mudar todos os detalhes (existiam pessoas no avião que não precisavam necessariamente estar na ilha).


• Por que o “Homem de Preto” não podia deixar a ilha?
O “Homem de Preto” optou pelo livre arbítrio, renegando a função preparada pra ele pela Mãe e escolhendo conhecer o mundo além-mar. Porém, sua mãe havia feito dele o seu candidato preferido a ocupar a função de guardião, e por isso não permitiu sua saída da ilha (mais uma vez, uma demonstração de um Deus imperfeito). Uma vez que Jacob herdou o posto de guardião, ele teve atitudes que fizeram seu irmão morrer (vejam, por exemplo, os corpos do Homem de Preto e da Mãe, que viraram o “Adão e Eva” mencionado por Locke). Porém, uma parte dele sobreviveu – o rancor e o sentimento de vingança que ele sentia no momento de sua morte. Assim, nasceu a “fumaça negra”, é uma a personificação dos sentimentos ruins. Sendo originária do “Homem de Preto”, ela mantinha o desejo de deixar a ilha. Porém, são óbvias as implicações de se ter uma personificação dos sentimentos ruins andando livremente pela Terra. Para ele sair da ilha, a “luz” teria que ser destruída, o que provavelmente destruiria a vida e a realidade como a conhecemos.


• Por que o avião caiu na ilha?
Essa também foi respondida com todas as palavras na série. Jacob, como “árbitro”, os trouxe até a ilha para escolher entre eles o seu sucessor. O próprio Jacob explicou, no penúltimo episódio (”What They Died For”) a razão por ter escolhido aquelas pessoas específicas – todas elas eram solitárias de alguma maneira, como ele próprio, e precisavam de um sentido maior em suas vidas.


• O que eram os números?
Jacob tinha uma lista com os nomes de todos os seus possíveis sucessores. Porém, conhecendo o erro da Mãe em escolher ela própria um sucessor, Jacob escolheu deixar o livre arbítrio atuar. Vários nomes foram sendo riscados da lista ao longo do tempo, porque o próprio livre arbítrio dos donos desses nomes os levavam a outros caminhos. Os seis números eram os números atribuídos aos seis últimos candidatos na lista de Jacob – Jack, Sawyer, Kate, Locke, Hurley e “Kwon” (não se sabe se era Jin ou Sun). Alguns desses foram riscados depois – Locke porque morreu; Kate porque virou mãe, e assim deixou de ser uma pessoa solitária. Porém, como o próprio Jacob esclareceu, bastava Kate escolher por livre arbítrio ocupar a função para que ela fosse novamente uma candidata. A lista era um “guia”, e não um livro de regras propriamente dito.


• O que era a “realidade paralela”?
Mais um tópico explicado com todas as letras na série. resposta curta: é o purgatório. Resposta longa: basicamente, é algo que aconteceu muitos anos no futuro, quando todos já estavam mortos. É uma realidade criada coletivamente pelas mentes de todos que estavam na igreja, para que eles pudessem se reencontrar e seguir em frente. No universo da série, só se consegue “seguir em frente” e deixar o “purgatório” juntamente com as pessoas que estiveram presentes nos momentos mais importantes de sua vida. No caso dos que estavam na “igreja”, esse momento era o que aconteceu, muitos anos antes, na ilha. Juntos, puderam seguir em frente. importante notar também que é por isso que personagens randômicos dos 6 anos de série subitamente apareciam na realidade paralela. Eram personagens que tinham a ver com todas as mentes que criaram aquela realidade.


• Então, por que Michael, Ana Lucía e outros não estavam presentes? E porque Ben não entrou na igreja?
Todos esses personagens não seguiram em frente pelo mesmo motivo: ainda tinham assuntos pendentes. Todos cometeram atos cruéis em vida, e ainda não tinham conseguido a redenção por esses atos. Resumindo, eles ainda têm tempo a pagar no “purgatório”. Como disse Desmond, “ainda não estavam prontos”.


• E Daniel Faraday, porque não entrou na Igreja? E Miles? Charlotte?
Porque esses personagens não fizeram parte da maioria dos momentos que levaram aquelas pessoas a estarem juntas na igreja. Eles provavelmente tinham outra “igreja” pra ir, se encontrar (inclusive com Lapidus, talvez), “lembrar e seguir em frente”.


• Por que Desmond conseguia viajar no tempo?
Desmond tinha uma caracteristica peculiar: ele era resistente à energia eletromagnética. No universo da série, esse tipo de energia é o que controla o eixo temporal. Por ser aparentemente um bolso de energia eletromagnética (daí a sua resistência à mesma), Desmond conseguia ter espasmos de viagem no tempo. Porém, como ele mesmo disse inúmeras vezes, “o que está feito, está feito”, o que significa que ele não pode alterar nada no eixo temporal. Isso inclusive ocasionou o melhor episódio da série pra mim, “The Constant”.


• O que isso tem a ver com a capacidade de Desmond em descer até a “luz”?
A resistência à energia eletromagnética fez de Desmond uma peça-chave nos planos dos dois irmãos, porque só alguém com esse tipo de resistência poderia descer até a luz sem ser morto. O “Homem de Preto” precisava de Desmond para descer até a luz e apagá-la pra sempre. Jacob precisava dele para apagá-la por um momento, para que o Homem de Preto perdesse sua imortalidade e pudesse ser finalmente morto (no caso, por Kate e Jack). Feito isso, Jacob precisava de alguém para se sacrificar, voltando até a luz apagada para reacendê-la. Esse mártir veio a ser Jack.


• Por que Desmond conseguia ver a “realidade paralela”?
Isso é nada mais do que algo que Desmond fez a série inteira: ele tinha visões do futuro. Porém, ele não entendia exatamente o que era aquela outra realidade e, como os telespectadores, acreditava se tratar de uma realidade paralela, para onde ele podia levar todos ali. Ironicamente, Desmond achava que, descendo até a “luz”, ele acharia o caminho até essa outra realidade. Ele realmente achou, mas não da maneira que esperava.


• E as pessoas que só existem na realidade paralela? Exemplo: filho de Jack?
O filho de Jack, pra mim, simboliza um desejo que ele nunca pôde realizar. E olha só quem era a mãe: Juliet. Que também nunca pode realizar esse desejo. E que teve um pequeno início de relação com Jack, que também jamais pôde florescer. Coincidência?


• E Walt? CADÊ WALT?
Sinceramente, nunca entendi essa obsessão com esse personagem. Ele era um pirralho paranormal, que foi à ilha com seu pai, mas saiu muito antes de todos os outros, nunca participou dos eventos verdadeiramente grandes na ilha, e teve uma vida inteira pela frente, com seus próprios grandes momentos. Jamais foi de grande importância para a mitologia da série. O que, exatamente, resta de mistério com relação a ele?


• Tá, e o que a realidade paralela tem a ver com a ilha?
Parece que tudo o que aconteceu na ilha em seis anos de série, no fim das contas, não serviu pra nada.?Essa é mais uma questão que eu não entendo. As pessoas, por alguma razão, se sentiram lesadas pelo fato de que a realidade paralela acontecia, na verdade, em um futuro muito distante. A sua única ligação direta com a ilha era a memória dos seus participantes. Isso, pra mim, é ter TUDO a ver com a ilha. A ilha é o centro da vida de todas as pessoas que estavam dentro da igreja. Tudo o que aconteceu na ilha, em seis anos de série, serviu para que aqueles personagens tivessem participado de eventos cataclísmicos juntos, desvendando mistérios sobre a própria natureza de tudo que existe. Esse elo fortíssimo entre os personagens é o que levou a cena final, onde todos têm que se reencontrar. Se não fosse o que aconteceu na ilha, a “realidade paralela” jamais precisaria acontecer.


• OK, mas eu esperava que as realidades fossem se intercalar de alguma maneira (tirando Desmond, que sempre pôde ver o futuro mesmo).
Justamente. Eu também. E foi isso que me deixou boquiaberto ao perceber que não era bem assim. Um plot twist. Os roteiristas levam você por um caminho, para no fim jogar uma revelação que muda tudo. Um dos utensílios mais comuns na arte de se contar uma história. Nada de novo aqui.


• Pelo menos o final poderia não ter sido tão feliz.?Última cena: Jack, vendo o avião se salvar com seus amigos (e o seu amor), fechando os ollhos e finalmente morrendo. Nós, telespectadores, sabendo que ele não vai poder ter uma vida ao lado de Kate, que só vai reencontrar todo mundo ali em muitos, muitos anos. Rapaz, se isso é final feliz, eu não sei o que é fim triste.


****
Percebam que tudo o que eu escrevi aqui tem uma ligação muito nítida: os personagens. A ilha, os mistérios, a origem da vida – tudo isso sempre foi um pano de fundo fantástico para o real ponto forte da série, que é a história pessoal de cada um ali, e como elas se intercalam.


Foi muito gratificante descobrir a resposta pra cada mistério. Porém, mais gratificante foi ver como Jack, originalmente um mártir covarde, fraco e adepto da ciência, se manteve um mártir, mas se tornou corajoso, forte e deu pelo menos um pouco de crédito à fé. Ou como Locke, mesmo com todas as mudanças na sua vida, sempre foi enganado e subestimado em toda a sua vida, até mesmo quando ele imaginava ser realmente especial. Ou como Charlie, originalmente o rockstar presunçoso e cheio de si, demonstrou ser uma pessoa de coração bom e morreu pra salvar a mulher que amava. Ou Richard Alpert, aparentemente um imortal frio e calculista, foi revelado como um sobrevivente de história tristíssima. Não vou nem entrar no mérito das inúmeras redenções de Sayid, ex-torturador do exército iraquiano, ao longo da série.


E o que dizer de meu personagem preferido, Desmond Hume? Pra mim, a verdadeira epopéia que ele sofreu para conseguir estar ao lado de Penny, amor de sua vida, é muito mais significativa e importante do que qualquer explicação que pudessem dar sobre sua resistência ao eletromagnetismo, suas viagens no tempo, e qualquer outro detalhe que tenha a ver com os grandes mistérios da série.
Desenvolvimento dos personagens > explicação detalhada de mistérios sobrenaturais.


Isso é o que eu acho. Fico feliz que Calton e Damon pensaram, aparentemente, da mesma maneira, e conseguiram dessa maneira me dar uma série que provavelmente é a melhor que eu já vi


E como tudo em Lost é aberto a interpretação… qualquer um, claro, tem todo o direito de discordar.

Como ele mesmo diz no fim, todo mundo tem direito de discordar.

Especialmente aqueles que adoram respostas objetivas como a do Arquiteto em Matrix ou dos Midchlorians na nova trilogia de Star Wars, que matou todo o charme da Força.

Com o perdão do trocadilho, nem sempre responder as questões é a resposta.
 
O mais interessante é que muitos dos fãs que estão dizendo que "ah, a série mostrou assim, então nada mais importa", e aceitam de boa, são os mesmos que se matavam para descobrir os mistérios e que diziam que ficariam putos se não fossem respondidos. Simplesmente aceitaram porque jogaram assim, e ficam felizes com isso.

Eu entendo perfeitamente que a série se manteve em mostrar a vida daqueles sobreviventes do voo 815 e que os mistérios eram apenas fatores secundários. Disto, é compreensível que apenas os fatores primários sejam solucionados na série. Por isso não odiei o final. Gostei, até. A questão é que tais fatores secundários tomaram grandes proporções e muita relevância dentro da mitologia e sim, mereciam ser respondidas. Como compreendi que poderiam não caber nos últimos episódios, que pelo menos fossem explicados depois, fora da série, depois de terminada. Ainda aguardo, esperançoso, que isso aconteça.
 
Cara o que mais me deixa frustrado é o tempo que eu perdi assistindo, discutindo e pirando em cima de mil e uma teorias sobre a Ilha e etc. Depois de assistir do primeiro ao último episódio, Lost pra mim provou ser uma série sem história, sem trama, um amontoado de clichês de Sci-Fi sem sentido - a não ser o novelesco que, BAHHHH, foi CHATO PRA CACETE. Ficou na cara que não existia um final planejado, que as coisas foram (mal) arranjadas na pressa. O resultado infelizmente foi essa tosqueira aí e a sensação "Wait what?".

Não acho que perdi meu tempo assistindo LOST, a série tem um começo muito bom e bem tramado. Mas que o final foi digno de novela das 8, ah, isso foi.

Eu entendo perfeitamente que a série se manteve em mostrar a vida daqueles sobreviventes do voo 815 e que os mistérios eram apenas fatores secundários. Disto, é compreensível que apenas os fatores primários sejam solucionados na série. Por isso não odiei o final. Gostei, até. A questão é que tais fatores secundários tomaram grandes proporções e muita relevância dentro da mitologia e sim, mereciam ser respondidas. Como compreendi que poderiam não caber nos últimos episódios, que pelo menos fossem explicados depois, fora da série, depois de terminada. Ainda aguardo, esperançoso, que isso aconteça.

Sei lá, pode ser isto também. Mas o negócio é que, pra mim, LOST perdeu o foco ao longo do tempo. Pode ter sido planejado desde o começo? Claro que sim, assim como "Adão e Eva" estavam (segundo os produtores, pelo menos).

Parece que LOST foi concebida pra ter umas 10 temporadas, mas como a audiência caiu eles correram com a coisa pra mostrar que aquilo teria um final e ver se atraia de volta a atenção dos já descrentes da série. Aí eles se perderam.

O final foi até legalzinho, não foi de todo ruim, mas ainda não vi uma ligação mais forte com o resto da série. Simples assim. E foi exatamente isso que me fez desgostar tanto dele, e não a falta de respostas. Até mesmo porque responderam 90% das coisas e deram margem de interpretação pros outros 10%. E também acho que muita gente já suspeitava que muita coisa ia ficar no ar.

O que eu realmente esperava era um final coerente com ou outros 5 anos de série que tivemos aí.
 
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Para todos que têm preguiça de pensar e continuam com a ladainha de que Lost não respondeu nada

[...]

Especialmente aqueles que adoram respostas objetivas como a do Arquiteto em Matrix ou dos Midchlorians na nova trilogia de Star Wars, que matou todo o charme da Força.

Com o perdão do trocadilho, nem sempre responder as questões é a resposta.

Knolex e sua educação habitual...
 
JPHanke disse:
O final foi até legalzinho, não foi de todo ruim, mas ainda não vi uma ligação mais forte com o resto da série. Simples assim.
É bem por ai.

Muitas coisas que gostaríamos de uma resposta dos produtores, no decorrer dos episódios, não acabaram acontecendo. A maioria das respostas são suposições de muitos fãs e pegos alguns elementos para tentar explicar algo maior, que muitas vezes acabam por não explicar.

Eu não me contentei com o final. Esperava mais e isso é fato. Mas isso não quer dizer que o final ficou ruim para o que eles se propuzeram a fazer.
 
Eu entendo perfeitamente que a série se manteve em mostrar a vida daqueles sobreviventes do voo 815 e que os mistérios eram apenas fatores secundários. Disto, é compreensível que apenas os fatores primários sejam solucionados na série. Por isso não odiei o final. Gostei, até. A questão é que tais fatores secundários tomaram grandes proporções e muita relevância dentro da mitologia e sim, mereciam ser respondidas. Como compreendi que poderiam não caber nos últimos episódios, que pelo menos fossem explicados depois, fora da série, depois de terminada. Ainda aguardo, esperançoso, que isso aconteça.

:sacou:Este é o ponto. A ilha é maior e que a tragédia do Oceanic. Não sabemos de onde veio e qual será seu fim. Talvez seja tão antiga como a Terra. Pra mim não havia nescessidade de solucionar tudo nas temporadas.
Ficamos perdidos como os sobreviventes (se eram realmente sobreviventes ou frutos imaginário de Jack) que tentavam superar seus dilemas.
Lost deveria continuar em livro onde o voo 815 seja apenas um capítulo.
 
Para mim, o final foi digno de Lost.
A primeira vez que realmente me emocionei assistindo algo, porque Lost não se trata de mistérios, e sim de personagens, e a série me fez realmente me importar com eles. Obviamente o final não poderia agradar a todos, mas fez o seu papel que era dar um fim à estória, o que aconteceu, os mistérios que ficaram são o que tornará Lost uma série imortal e fará todos discutir sobre ela ainda daqui a 10 anos (como Tolkien faz conosco).

Pra quem achou que não valeu a pena ficar 6 anos assistindo o maior evento cinematográfico da história pergunte-se se valeu a pena o durante, não o depois: What happened, happened.

(E para os órfãos de Lost, eu recomendo a leitura do livro A Ilha Misteriosa, de Júlio Verne. A obra é simplesmente toda a base da estória da série e podem ser encontradas várias semelhanças (cópias?) gritantes, além de ser uma estória fechada e com todos os mistérios respondidos.)
 
Última edição:
Para começar as teorias post Losti, vou expor as minhas:

- O navio que aparece no final da 5º Temporada não é o Black Rock, é um navio de Magnus Hanso (com o próprio nele) que chegou a Ilha procurando pelo próprio. Lá eles tiveram contatos com suas propriedades misteriosas e Hanso escreveu seu diário. Mais tarde puderam sair dela e assim o diário chegou até Alvar Hanso.

- Os egípcios que foram "atraídos" à Ilha foram quem construíu a estátua e o templo e também deram origem aos hostis. Jacob os ensinou latim para se comunicar com eles (pois era a única língua que sabia, já que era romano) e por isso os Others falam latim.

- Jacob sabia que os candidatos 4 8 15 16 23 e 42 seriam especiais e eram relacionados ao fim do mundo, explicou isso então aos egípcios que assim os inscreveram em vários locais junto com citações sobre o fim do mundo, e muito tempo depois a Dharma chegou à Ilha e descobriu sobre os números (estou ignorando o ARG Lost Experience pois ele também foi ignorado pelos produtores).
 
Última edição:
- O navio que aparece no final da 5º Temporada não é o Black Rock, é um navio de Magnus Hanso (com o próprio nele) que chegou a Ilha procurando pelo próprio. Lá eles tiveram contatos com suas propriedades misteriosas e Hanso escreveu seu diário. Mais tarde puderam sair dela e assim o diário chegou até Alvar Hanso.

Quando o Black Rock encalha na ilha, não há um homem que cita Magnus Hanso, dando a entender que ele estava naquele navio?

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Há uma carta que dizem ser de um dos escritores do Lost. A questão é que não sei se é verdadeira, mas mesmo assim é coerente e parece ser legítima, no fim das contas, segundo o que li. Explica alguns mistérios, segundo seu entendimento. Está em inglês.

First … The Island:
It was real. Everything that happened on the island that we saw throughout the 6 seasons was real. Forget the final image of the plane crash, it was put in purposely to f*&k with people’s heads and show how far the show had come. They really crashed. They really survived. They really discovered Dharma and the Others. The Island keeps the balance of good and evil in the world. It always has and always will perform that role. And the Island will always need a “Protector”. Jacob wasn’t the first, Hurley won’t be the last. However, Jacob had to deal with a malevolent force (MIB) that his mother, nor Hurley had to deal with. He created the devil and had to find a way to kill him — even though the rules prevented him from actually doing so.

Thus began Jacob’s plan to bring candidates to the Island to do the one thing he couldn’t do. Kill the MIB. He had a huge list of candidates that spanned generations. Yet every time he brought people there, the MIB corrupted them and caused them to kill one another. That was until Richard came along and helped Jacob understand that if he didn’t take a more active role, then his plan would never work.

Enter Dharma — which I’m not sure why John is having such a hard time grasping. Dharma, like the countless scores of people that were brought to the island before, were brought there by Jacob as part of his plan to kill the MIB. However, the MIB was aware of this plan and interfered by “corrupting” Ben. Making Ben believe he was doing the work of Jacob when in reality he was doing the work of the MIB. This carried over into all of Ben’s “off-island” activities. He was the leader. He spoke for Jacob as far as they were concerned. So the “Others” killed Dharma and later were actively trying to kill Jack, Kate, Sawyer, Hurley and all the candidates because that’s what the MIB wanted. And what he couldn’t do for himself.

Dharma was originally brought in to be good. But was turned bad by MIB’s corruption and eventually destroyed by his pawn Ben. Now, was Dharma only brought there to help Jack and the other Candidates on their overall quest to kill Smokey? Or did Jacob have another list of Candidates from the Dharma group that we were never aware of? That’s a question that is purposely not answered because whatever answer the writers came up with would be worse than the one you come up with for yourself. Still … Dharma’s purpose is not “pointless” or even vague. Hell, it’s pretty blatant.

Still, despite his grand plan, Jacob wanted to give his “candidates” (our Lostaways) the one thing he, nor his brother, were ever afforded: free will. Hence him bringing a host of “candidates” through the decades and letting them “choose” which one would actually do the job in the end. Maybe he knew Jack would be the one to kill Flocke and that Hurley would be the protector in the end. Maybe he didn’t. But that was always the key question of the show: Fate vs Free-will. Science vs Faith. Personally I think Jacob knew from the beginning what was going to happen and that everyone played a part over 6 seasons in helping Jack get to the point where he needed to be to kill Smokey and make Hurley the protector — I know that’s how a lot of the writers viewed it. But again, they won’t answer that (nor should they) because that ruins the fun.

In the end, Jack got to do what he always wanted to do from the very first episode of the show: Save his fellow Lostaways. He got Kate and Sawyer off the island and he gave Hurley the purpose in life he’d always been missing. And, in Sideways world (which we’ll get to next) he in fact saved everyone by helping them all move on …

Now…
Sideways World:
Sideways world is where it gets really cool in terms of theology and metaphysical discussion (for me at least — because I love history/religion theories and loved all the talks in the writer’s room about it). Basically what the show is proposing is that we’re all linked to certain people during our lives. Call them soulmates (though it’s not exactly the best word). But these people we’re linked to are with us during “the most important moments of our lives” as Christian said. These are the people we move through the universe with from lifetime to lifetime. It’s loosely based in Hinduisim with large doses of western religion thrown into the mix.

The conceit that the writers created, basing it off these religious philosophies, was that as a group, the Lostaways subconsciously created this “sideways” world where they exist in purgatory until they are “awakened” and find one another. Once they all find one another, they can then move on and move forward. In essence, this is the show’s concept of the afterlife. According to the show, everyone creates their own “Sideways” purgatory with their “soulmates” throughout their lives and exist there until they all move on together. That’s a beautiful notion. Even if you aren’t religious or even spiritual, the idea that we live AND die together is deeply profound and moving.

It’s a really cool and spiritual concept that fits the whole tone and subtext the show has had from the beginning. These people were SUPPOSED to be together on that plane. They were supposed to live through these events — not JUST because of Jacob. But because that’s what the universe or God (depending on how religious you wish to get) wanted to happen. The show was always about science vs faith — and it ultimately came down on the side of faith. It answered THE core question of the series. The one question that has been at the root of every island mystery, every character backstory, every plot twist. That, by itself, is quite an accomplishment.

How much you want to extrapolate from that is up to you as the viewer. Think about season 1 when we first found the Hatch. Everyone thought that’s THE answer! Whatever is down there is the answer! Then, as we discovered it was just one station of many. One link in a very long chain that kept revealing more, and more of a larger mosaic.

But the writer’s took it even further this season by contrasting this Sideways “purgatory” with the Island itself. Remember when Michael appeared to Hurley, he said he was not allowed to leave the Island. Just like the MIB. He wasn’t allowed into this sideways world and thus, was not afforded the opportunity to move on. Why? Because he had proven himself to be unworthy with his actions on the Island. He failed the test. The others, passed. They made it into Sideways world when they died — some before Jack, some years later. In Hurley’s case, maybe centuries later. They exist in this sideways world until they are “awakened” and they can only move on TOGETHER because they are linked. They are destined to be together for eternity. That was their destiny.

They were NOT linked to Anna Lucia, Daniel, Roussou, Alex, Miles, Lupidis, (and all the rest who weren’t in the church — basically everyone who wasn’t in season 1). Yet those people exist in Sideways world. Why? Well again, here’s where they leave it up to you to decide. The way I like to think about it, is that those people who were left behind in Sideways world have to find their own soulmates before they can wake up. It’s possible that those links aren’t people from the island but from their other life (Anna’s parnter, the guy she shot — Roussou’s husband, etc etc).

A lot of people have been talking about Ben and why he didn’t go into the Church. And if you think of Sideways world in this way, then it gives you the answer to that very question. Ben can’t move on yet because he hasn’t connected with the people he needs to. It’s going to be his job to awaken Roussou, Alex, Anna Lucia (maybe), Ethan, Goodspeed, his father and the rest. He has to attone for his sins more than he did by being Hurley’s number two. He has to do what Hurley and Desmond did for our Lostaways with his own people. He has to help them connect. And he can only move on when all the links in his chain are ready to. Same can be said for Faraday, Charlotte, Whidmore, Hawkins etc. It’s really a neat, and cool concept. At least to me.

But, from a more “behind the scenes” note: the reason Ben’s not in the church, and the reason no one is in the church but for Season 1 people is because they wrote the ending to the show after writing the pilot. And never changed it. The writers always said (and many didn’t believe them) that they knew their ending from the very first episode. I applaud them for that. It’s pretty fantastic. Originally Ben was supposed to have a 3 episode arc and be done. But he became a big part of the show. They could have easily changed their ending and put him in the church — but instead they problem solved it. Gave him a BRILLIANT moment with Locke outside the church … and then that was it. I loved that. For those that wonder — the original ending started the moment Jack walked into the church and touches the casket to Jack closing his eyes as the other plane flies away. That was always JJ’s ending. And they kept it.

For me the ending of this show means a lot. Not only because I worked on it, but because as a writer it inspired me in a way the medium had never done before. I’ve been inspired to write by great films. Maybe too many to count. And there have been amazing TV shows that I’ve loved (X-Files, 24, Sopranos, countless 1/2 hour shows). But none did what LOST did for me. None showed me that you could take huge risks (writing a show about faith for network TV) and stick to your creative guns and STILL please the audience. I learned a lot from the show as a writer. I learned even more from being around the incredible writers, producers, PAs, interns and everyone else who slaved on the show for 6 years.

In the end, for me, LOST was a touchstone show that dealt with faith, the afterlife, and all these big, spiritual questions that most shows don’t touch. And to me, they never once wavered from their core story — even with all the sci-fi elements they mixed in. To walk that long and daunting of a creative tightrope and survive is simply astounding.
 
Última edição:
Agora todo mundo diz isto.
Não é simples conformismo, eu realmente sempre acreditei nisso e sempre me preocupei mais com a estória dos personagens do que com a da ilha (mas cada um tem sua opinião).

Quando o Black Rock encalha na ilha, não há um homem que cita Magnus Hanso, dando a entender que ele estava naquele navio?

Não me lembro, mas se ele estivesse, o diário nunca teria saído da Ilha e não conteria nenhuma citação sobre ela.
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Gostei da carta, dá uma boa explicação e sentido para a série.
 
Tuor disse:
angiuli disse:
porque Lost não se trata de mistérios, e sim de personagens
Agora todo mundo diz isto.
Todo mundo nada. Eu não cheguei a falar isso e muitos outros também esperavam algo mais científico.

No feriado dou uma olhada na carta, estou meio sem tempo agora.
 
Se Lost (na minha opinião) termina-se simplesmente pro lado científico, seria uma simples série de Sci-fi como Arquivo X. Se termina-se com um lado totalmente místico (do tipo: a Ilha é um grande cemitério indígena) ia ser tosco demais. Então eles escolheram o equilíbrio e decidiram dar um final "filosófico" que nos fizesse refletir além da série e pensar na nossa própria existência.

E pra quem esperava um final científico, como eu falei acima, leia A Ilha Misteriosa. Alguns pontos em comum: ilha misteriosa que não se encontra em nenhum mapa, Vincente, "escotilha", Outros, Henry Gale, fragata, "Jacob"...
 

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