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As influências off obras são benéficas a nossa interpretação?

As influências off obras nos trazem:

  • Mais benefícios do que prejuízos e ajudam a melhor compreender a mitologia.

    Votos: 27 55,1%
  • Mais prejuízos do que benefícios e atrapalham a compreenção do texto.

    Votos: 0 0,0%
  • Benefícios e prejuízos, mas não tenho certeza para qual lado tende a balança.

    Votos: 22 44,9%

  • Total de votantes
    49
Cara tópico muito bom fazia tempo que não viu um tópico assim.

Eu acho que atrapalha e ajuda, pois as vezes quando sabemos demais, ou vemos coisas demais deixamos de imaginar e pensar, e tbm quando ouvimos as opiniões dos outros talvez possamos ler com certo preconceito e com um ponto de vista já pré estabelecido.Acho que a primeira leitura deveria ser lida sem fatores externos, talvez as ilustrações, ou uma ou duas opiniões gerais, pq por mais q negamos, sempre temos influencias externas. Acho valido dps de ler o livro tentar ler pela segunda sobre outros aspectos, ai sim discutir pois assim veremos coisas q não vemos sozinhos.
 
Só para polemizar, estamos falando de influencias externas, filmes, ilustrações...

E a Valinor (site/fórum)? Para quem não leu ainda e para quem já leu? Como fica nessa "influênciada" toda?

Minha opinião:
Para quem não leu é bem perigoso, por um lado incentiva e cria novos fãs, mas também estraga a surpresa e coloca como o Guilherme disse muitos preconceitos antes mesmo da leitura. Acho que devia existir um aviso (se é que não existe) de: "O Ministério da Valinor adverte: Ler os tópicos deste fórum ou artigos do site podem causar prejuízos à leitura da obra." hehehehehehe

Agora pra quem já leu, eu, como boa puxa saco, acho a Valinor o paraíso porque permite o conhecimento de outras leituras, discussões, esclarecimentos etc...
 
Bom, eu acho que ajuda e atrapalha tanto quanto quisermos que ajude e atrapalhe. Eu considero todas as influências 'off obras' como um banco de dados, um banco de imagens e opiniões ao qual eu posso recorrer ou não.
Por exemplo, achei as músicas dos filmes maravilhosas e sei que nunca imaginaria uma trilha sonora melhor em minha mente.
Exemplificando o contrário, não gosto do Balrog de Ted Nasmith, e por isso eu o ignoro, e na minha cabeça continuo imaginando o Balrog que por mim foi idealizado, que tem um pouco do Balrog do filme e um pouco de outras referências resultantes da minha experiência enquanto leitora de Tolkien.
Acho que vale muito a pena nos utilizarmos de referências off para engrandecer aquilo que imaginamos, para complementar. Também como é importante pq criamos um senso crítico do que pode ser benéfico ou não à nossa interpretação.
Acho as discussões aqui do fórum benéficas, pois como eu sempre gosto de pensar, cada um tem uma forma de ler e algo que mais lhe chama na leitura, e aqui podemos compartilhar isso de forma a engrandecer a nossa interpretação com aquilo que mais agrada ao outro tbm. Pois a obra é vasta demais, e dela cada um pega um pouquinho, e juntos conseguimos compreender mais e melhor.
 
Acho que depende muita da pessoa.
No meu caso, eu evito ao máximo ver imagens baseadas nos livros até que eu tenha uma imagem formada do personagem na cabeça (e sempre que eu vejo um trecho que for do filme, demora para eu lembrar como eu imaginava tal ou qual personagem...).
Agora em alguns casos (como nas paisagens), eu gosto de ver imagens, já que assim como o JPHanke eu me perco nas descrições...
 
Também considero este tópico muito interessante.

Na verdade, antes de os filmes existirem, eu imaginava a Terra Média pelas gravuras dos artistas tolkienianos.
Mas acima de tudo, eu tinha "a minha própria visão" do mundo de Tolkien.
Não sei se era melhor ou pior, mas era diferente.

Mas hoje, já não posso passar sem ouvir "concerning hobbits", "may it be" ou "breaking of the fellowship" sem me emocionar. Músicas como essas, transportam-me logo para a Terra Média.
Estou também sempre deserto que saiam novas ilustrações de Ted Nasmith ou John Howe sobre as obras de Tolkien.

Ou seja, "a minha Terra Média" é hoje mais rica, mais visualizada e com rostos de personagens, com lugares e paisagens que muito honraram a obra de Tolkien.
Howard Shore, John Howe, Peter Jackson, Ted Nasmith, Alan Lee, e outros artistas, estiveram à altura do desafio.
Por mim, já não concebo o mundo de Tolkien sem essas artes.
Porque no fundo é para isso que a arte existe: para complementar os dias demasiado reais, ou, ao invés, demasiado fantasiados.

A "minha Terra Média" de hoje é menos fantasiosa. Talvez menos rica em imaginação.
Mas muito, muito rica em imagens e sons.
 
Devo admitir que para mim tudo que o John Howe desenha é quase canônico, mas acho que é porque analisamos a obra de uma óptica semelhante e, portanto, as ilustrações que ele faz batem com a minha imaginação.

Temos que tomar cuidados é com certas asas incluídas em Balrogs. :yep:

Quanto a musica eu não costumo levar muito em conta, mas gosto por exemplo de imaginar os atores como os personagens, torna mais simples, eu não sou muito bom em tentar imaginar os personagens, normalmente não me preocupo com isso.
Independente de qualquer interpetração;as obras são uma das maiores criações tolken;
Na minha opinião, Anica influência que nos causa; è nos sentirmos dentro do seu mundo,ou seja,sentimos as mesmas dores e alegrias dos
personágens; Aprofundar-me nas obras mim dá um prazer enorme,pois conhecer a vida daqueles guerreiros(herois e bandidos)é bastante prazeroso e não mim fáz pegar uma espada e sair matando gente por ia não; pelo contrário
fico ruendo as unhas para ver e sentir e poder sentir o mesmo sentimento dos que perderam e ganharão; As fico imaginando qual foi a reação de Boromir depois de ter participado do grupo e logo após tentar roubar o anel do próprio amigo,Eu também mim senti como seus próprios amigos por ter cobrado de sí mesma seu próprio erro;Pois é,A unica influência que mim causa é sentir na obrigação de sofrer e sorrir com eles(e isso é muito bom).
 
acho que não traz prejuízos não!!!!!
basta vc saber diferenciar as obras e as influências e assim pode até aprender mais um pouco com os textos paralelos!!!!
 
Também acredito que as influências externas à Tolkien não são prejudiciais por si mesmas. Isso depende do uso que cada um faz delas, como diz o ditado: "uma faca é uma faca, você pode usá-la para ferir alguém ou passar manteiga no pão".

As influências externas são facas também, ou instrumentos, ferramentas que podem nos auxiliar ou deturpar nossa leitura do autor. Mas isso depende do leitor, de como o leitor vai usar essas ferramentas, se ele é incapaz de imaginar o polêmico Balrog com/sem asas só porque aparece de uma determinada forma nos filmes, ou se ele consegue ver o filme, ler o trecho da obra, ler a discussão da Valinor e com base em todas essas influências, decidir qual é a sua própria opinião.

Pensar que as influências externas são negativas por si só é um erro porque se não vamos transformar Tolkien num messias e O Senhor dos Anéis numa bíblia e qualquer coisa relacionada a uma fantasia medieval que não seja a de Tolkien seria uma peversão, plágio ou coisa do capeta, rs. Não podemos nos limitar assim, quanto mais ponto de vistas tivermos, mais ricos seremos e mais rica será a Terra-Média, não se prendendo a apenas um único artista, o professor Tolkien. Fazendo um paralelo com a psicanálise: Freud praticamente foi um Tolkien da sua área, ele de certa forma, descobriu a psicanálise sozinho, nem por isso ela se limita a ele. Muito pelo contrário, muitos anos depois de sua morte a psicanálise continua se enriquecendo e aprofundando cada vez mais com outros autores psicanalíticos, a psicanálise de Freud extrapolou os limites de um homem só, como diria o próprio Freud: "Aqui, onde eu descobri templos, outros descobrirão continentes".

Afinal se formos muito rigorosos nem mesmo nós poderemos ler Tolkien, afinal a leitura que cada um faz das obras já é influenciada pelo próprio leitor. Nós não temos os exatos mesmos sentimentos pelos personagens e situações do livro, exemplo: Gollum e Boromir. Cada um vê e sente esses 2 personagens mais polêmicos de acordo com suas próprias vivências. Tolkien mostrou o caminho, mas quem percorre é o leitor.
 
Aplaudo de pé , Gerbur Forja Quente!!! :)

Acho corretíssima essa sua menção ao fato de que excluir interpretações "externas" da obra limita a compreensão e o riqueza da leitura. Perfeita a sua alusão ao modo com que a Psicanálise de Freud deve ser usada nos nossos dias e sua analogia com o que é , ocasionalmente, feito com o próprio Tolkien na posição fundamentalista e bitolada de algumas pessoas que , por exemplo, acham que Peter Jackson devia ser enforcado por fazer "lavagem cerebral" na cabeça dos expectadores.

Recentemente, por motivos pessoais andei "me pegando" com várias pessoas que acham que praticamente tudo que foi feito depois de Freud é uma invasão do "templo" pelos vendilhões "americanos" ( Melanie Klein que era austríaca e trabalhou na Inglaterra, por exemplo, mas, claro, pra eles isso é só um detalhe), e que tudo que é elaborado em cima dele só tem relevância "teórica" ( como se diversos conceitos de Freud como a inveja do falo não fossem construtos teóricos com pés de barro).

Desde que o mundo é mundo artistas e autores diversos reinterpretarão e "deturparão" o sentido ou contexto de uma dada descrição artística ou de outra natureza, o importante é saber ter senso crítico e a mente aberta pra que a arte ou ciência possa evoluir.

Então, exemplo, o Livro Negro de Arda, a versão Dark do Silmarillion, pode não ser um bom instrumento pra interpretar Melkor ou a Teodicéia de Tolkien mas constitui um tremendo gérmen de obras literárias e cinematográficas que levarão o questionamento sobre a "Justiça de Deus" um passo além pra uma nova geração não familiarizada com a Bíblia usando ou não a mitologia de Tolkien como veículo "didático"..

John Howe pode ter feito um Balrog lutando com Glorfindel com asas e sem fogo e sombra e Ted Nasmith pode ter feito Gothmog lutando com Fingon com crina de fogo e rabo de ratazana e sem asas, mas , no fim, o que interessa é que ambos jogam ingredientes no caldeirão fervente do imaginário, não pra obscurecer nossas perspectivas ou pontos de vista, mas pra aclará-los com possibilidades.

A visão da janela não substitui o passeio no prado mas, por assim dizer , dá no expectador a vontade de sair e pisar lá fora... Interpretações "externas", literárias, plásticas ou cinematográficas são exatamente isso. Janelas pra um prado. Se a pessoa prefere ficar dentro de casa e não sair pra ver o mundo lá fora sem a mediação do vidro isso não tira o mérito da "janela" existir e nem devia fazer ela pensar que ela vê o prado como se pisasse nele..

E devemos lembrar que o gérmen inicial da mitologia de Tolkien foi, justamente, a idéia de recontar ou "interpretar" histórias mitológicas preexistentes "consertando" o que Tolkien pensava ser erros ou inconsistências no original. Foi isso que fez, por exemplo, a Narn I Chîn Húrin nascer do Kullervo do Kalevala.
 
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