• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Direitos das mulheres

Falar que isso é normal é o mesmo que falar que o nazismo é normal e a Segunda Guerra foi desnecessária, IMO, afinal, nazismo é uma cultura.

Qualquer um que tenha lido a notícia e tenha achado isso "normal" mostra que não tem compaixão para com os seres humanos, seria capaz de deixar uma criança morrer de fome enquanto come um prato de comida e não se importa dos políticos roubarem o dinheiro público, afinal, já é a cultura dessa corja.

Acho que o Ocidente não deve se intrometer, mas não deve achar isso normal, já que essa lei torna essas mulheres escravas dos maridos e escravidão não é uma coisa considerada "normal" há muito tempo.
 
Pura estratégia política... O cara sabe que fortalecendo o ego masculino consegue votos, uma vez que para a cultura deles isso não seria considerado desumano como nossa visão aqui propõe.

O pólítico prejudica o direito de uma minoria de mulheres e instala na cabeça de uma maioria de homens a promessa de poder sexual. Os homens se satisfazem com a decisão almejando aproveitar do poder autoritário sobre as mulheres.

O pior é que vai acontecer muita coisa, dependendo da cabeça das mulheres desta minoria, elas não vão enxergar isso com maus olhos.

Vamos fazer um exemplo tipicamente brasileiro

Peguemos as marias gasolinas, aquelas bem sem cérebro que tem como único objetivo da vida achar um cara que as banque para engravidarem e assim prenderem o cara.

Agora adicionemos esta lei ao brasil direcionando às mulheres em Geral. Com uma massa de população machista e ignorante isso gerará um novo presidente instantâneo. Tudo bem que temos famílias de bem que nunca irão concordar e mulheres inteligentes que verão como a afronta que é, mas para as Marias Gasolinas será perfeito, elas terão o relacionamento regado a sexo como querem e não precisarão trabalhar.

Apesar de absurdo, já não parece mais tão absurdo assim, não é mesmo?

Esse mundo é realmente muito louco.

By Raphael Silvério
Sistematic???
 
Para nós atualmente essa lei é absurda, mas não podemos esquecer que séculos atrás era tido como 'normal' a violência doméstica contra a mulher no ocidente. A mulher é constantemente desvalorizada, e a religiosidade tem estado por trás disso muitas vezes (vide Idade Média). É triste que leis desse tipo ainda sejam feitas, mas não podemos simplesmente ir lá e mudar tudo. O máximo que o Ocidente pode fazer é apoiar quem se levante contra essa discriminação (ou pelo menos dar refúgio aos que fogem dela).
 
Puxa, essas coisas são tão complicadas.
Realmente, parece absurdo para nossa lógica, o ato dos afegãos!

Sim, eu também concordo com todos! Quem os homens afegãos acham que são pra fazerem isso? Aliás, quem é qualquer um pra fazer isso?

Mas a questão é:
Que direito temos nós de interferir?

É o mesmo que o caso das mulheres africanas (sim, é muito vago isso, infelizmente não lembro de que país elas eram) que tinham o clítoris mutilado.
Gerou grande repercussão, inclusive e principalmente internacional.

Mas é uma coisa muito complicado, como já disse, interferir nessas coisas.
É um costume secular (ou milenar, não sei) desse povo fazer esse tipo de coisa. Como abalaria a sociedade deles se houvesse uma ação internacional?

Um povo que, felizmente, já não ve o Ocidente com bons olhos, como veria essa ação?


Na minha modesta opinião, temos que ser mais ponderados quando comentamos sobre esse tipo de coisa, por mais que nos pareça absurdo.

A realidade não é tão simples.

Sim , sim...Mas convenhamos que o Ocidente também não vê 'aquele' povo com bons olhos, justamente por ter hábitos milenares diferentes dos nossos hábitos seculares.


Independente de hábitos, isso não deixa que alguém não se choque com o que está sendo feito. Isso não deixa que uma mulher não se choque com o que está sendo feito com outra mulher.


Novamente, a realidade não é tão simples assim. Infelizmente.
 
Última edição:
O Afeganistão sempre foi um barril de pólvora, desde a guerra contra antiga URSS que, para se livrar do jugo soviético, fez aliança com os EUA em troca de armamente e treinamento militar (tal cena é retratada no filme Rambo 3 e não deixa de ser profético, pois há um personagem muito parecido com Osama Bin Laden e que recebeu treinamento da CIA), depois disso, teve outros confrontos regionais antes de cair nas mãos dos Talibãs que impuseram a doutrina sunita sobre a minoria xiita. Foi bombardeado pelos antigos aliados americanos em decorrência dos atentados e agora sofre novos embargos devido a guerra contra o trafico de papoula que voltou a ser plantado pela população como meio de subsistencia e que o regime talibã mantinha controlado até ser deposto.

Como podem ver, devido aos embargos, a nação não tem recursos para comprar alimento e o dinheiro que entra lá é oriundo do tráfico e de nações solidárias com o terrorismo, como Síria, Irã e Gaza. E, infelizmente, este dinheiro é utilizado para financiar o treinamento de novos suicidas que, sem esperanças de melhoria em suas vida - já que o Governo atual e anteriores fizeram pouco ou quase nada em matéria de investimento em infraestrutura e saneamento - preferem chegar ao Céu e ter suas Virgens do que viver em um estado de miséria crescente que é alimentado pelos próprios governantes com palavras de ódio ao Ocidente de Satã.

Um círculo vicioso que só poderia ser quebrado por outras nações do Islã e da influência de antigos aliados como a Russia e a China e uma aproximação com o Irã. E não somente por pressão da ONU e outros países ocidentais.
 
O argumento de que é da natureza de determinada cultura tomar certas atitudes contra a mulher, enxergá-la como objeto ou como tendo uma força inferior ao homem, demonstra nitidamente uma estagnação da evolução, segundo a nossa ótica ; mas seria um grande erro generalizarmos. A cultura ocidental não passa a ser melhor só pq trata a mulher cada vez mais de forma igualitária ao homem. Nunca existirão culturas de nível superior e outras de nível inferior.


As culturas valem por si mesmas, possuem seus modos de enxergar as naturezas do homem e da mulher, de enxergar o tempo e a vida.. Algumas culturas parecem encontrar meios de avançar em pouco tempo em questões que antes eram tabus. No entanto, existem culturas que ainda preservam costumes e valores milenares, e questioná-los não me parece o correto. Temos de avaliar contextos e esmiuçar o que de melhor há em cada cultura. De minha parte, admiro bem mais a cultura oriental que a ocidental. Infelizmente, essas insanidades que vemos envolvendo várias ações coercitivas contra a mulher, têm origens históricas que não se resolvem de uma hora para outra. Cada cultura deve evoluir a seu modo. Umas passam por sucessivas revoluções e encontram melhores meios para se desenvolver. Outras culturas, seja por isolacionismo ou pela própria milenariedade, não tiveram alteradas as suas culturas, nem por interferência de ocupação colonial ou algo do tipo, pois continham raízes mais profundas que nem mesmo os interesses de países europeus conseguiriam modificar.


Podemos criticar à vontade, mas não temos o direito de interferir nessa questão, por mais que estejamos a defender o ser humano, a raça humana, cada sociedade deve tratar de seus próprios problemas. Se um país não deve invadir outro por causa dos conflitos internos (Bush no Iraque, alguém?), tbm não deve acontecer de um país interferir em outras questões, por mais que nos desagradem. Em tais países, órgãos políticos e sociais sofrem de sérios distúrbios e conflitos constantes. Não há tempo para desenvolver a questão dos direitos humanos em muitos lugares no oriente. O fundamentalismo em países islâmicos é algo cultural, sim. Desde antes do estabelecimento do monoteísmo por Maomé havia o fundamentalismo nos países árabes. Isso não seria cultura? Claro que sim. .Mas não necessariamente o fundamentalismo tinha voz dominante. A mesma coisa no Brasil com relação ao crime organizado. Pode não representar bem o que é a nossa cultura, mas está inserida num contexto social, independentemente dos valores. E o fundamentalismo do Talebã e de qualquer grupo radical islâmico, tbm faz parte de uma cultura. Não são apenas as coisas boas que caracterizam uma cultura. Mas a teia problemática de complexidade política e religiosa nos países islâmicos é algo naturalmente enraizado.


O grande problema é que lá as Leis não têm um caráter progressista como as nossas, sobre a emancipação da mulher ou mesmo quanto à modernização dos costumes. Em países islâmicos, as Leis políticas estão abaixo das leis religiosas. Se aqui no Brasil e mesmo em diversos países da Europa o homem ainda tem o domínio da política e da economia, o que diremos dos países que ainda se encontram bastante fechados a essas liberdades tão comuns do ocidente. Devemos aceitar que o ocidente (e o cristianismo como crença dominante) é bem mais avançado nas questões de igualdade em comparação a vários países islâmicos. Mas não acho racional criticarmos com base em valores que temos como exemplares e usuais, para criticar algo que, na verdade, não nos é de conhecimento aprofundado.


Muitos dos abusos de países muçulmanos que chegam através da mídia talvez tenham uma natureza sensacionalista da mesma forma que as coisas que acontecem no ocidente são distorcidas antes de chegarem aos ouvidos dos países muçulmanos. Achamos que a nossa cultura é “evoluída” em comparação às de países do oriente, mas não conseguiremos dimensionar nem sob um esboço, as principais virtudes de tais culturas. Talvez em algumas delas a mulher, que naturalmente tem uma mentalidade e modos de sentir diferenciado das mulheres ocidentais, encare com mais naturalidade as imposições masculinas (não falo deste caso em específico tratado no primeiro post do tópico!). Em todo o caso, em alguns lugares a mulher que trai o marido ou lhe nega a satisfação sexual, tem as mãos amputadas e até as partes íntimas desfiguradas. Claro que esses procedimentos são exceções, e não representam nem de longe os traços gerais nem mesmo dentro de grupos fundamentalistas, por mais “severas” e arcaicas que elas nos pareçam. É fácil estereotipar. Peguem o caso do nosso país, que é tachado de o país das selvas lá fora. Em todas as culturas há boas e más pessoas, seja entre os civilizados franceses ou entre os primitivos aborígenes australianos. Mas no fundo a mulher não é universal; o homem tbm não.


As culturas, mentalidades e valores não são homogêneos. O homem ocidental cresceu numa cultura demasiadamente frívola...enquanto os orientais, incluindo os muçulmanos, tem muito o que nos ensinar. E antes que discriminemos as comunidades tribais ainda existentes em pleno séc XXI, e defendamos as sociedades avançadas científica e politicamente, não vamos nos esquecer que os Romanos tinham um comportamento parecido com relação aos “primitivos” bárbaros invasores . Os romanos impunham suas verdades e modelos a culturas tidas como “atrasadas” , achando que estas eram inferiores à “avançada” cultura romana. E sabemos que não existem santos na história. Em todas as culturas existe o lado obscuro que tentamos ignorar, enfatizando a idéia de que cultura é tudo aquilo que faz o ser humano evoluir ou viver em justiça, cultivando bons modos e valores. Não é verdade. Cultura é um apanhado de tradições, valores, crenças e manifestações sociais.
 
Última edição:
Muitos genocídios e atrocidades foram esquecidos sob o pretexto de "questão cultural".Isso nada mais é que uma desculpa para se poder agir para o bem pessoal ou do grupo.Ignorar esse tipo de coisa sob o pretexto de que isso nada mais é do que a cultura de um povo é irracional.Se fosse assim, não deveríamos ter acabado com o Nazismo, afinal Hitler criou nada mais que um grupo sob uma cultura na qual judeus, ciganos, homossexuais e pessoas mestiças não passavam de lixo a ser queimado e varrido do mapa.
 
Algum país ou algum orgão tipo ONU, interveio nessa lei totalmente absurda??

Intervenção não pode existir. Assim como nenhuma nação interveio nas questões raciais da África do Sul, nas questões dos presos políticos na China ou nas torturas aos presos em Gautamo. O que existe, e nesse caso em volume pequena, na minha opinião, é pressão internacional. É condenação pelos outros países, o processo é lento e depende muito da organização das mulheres localmente, que é muito reprimida como pode imaginar.
Mas a divulgação desse tipo de notícia é um passo importante.

É o mesmo que o caso das mulheres africanas (sim, é muito vago isso, infelizmente não lembro de que país elas eram) que tinham o clítoris mutilado.
Gerou grande repercussão, inclusive e principalmente internacional.

São vários países, e é um costume pré-islamico que persiste. Existe um movimento de mulheres que passaram por isso e tentam evitar que o mesmo aconteça com as filhas, e encontram justamente nas avós suas grandes opositoras.

Mas é uma coisa muito complicado, como já disse, interferir nessas coisas.
É um costume secular (ou milenar, não sei) desse povo fazer esse tipo de coisa. Como abalaria a sociedade deles se houvesse uma ação internacional?

Um povo que, felizmente, já não ve o Ocidente com bons olhos, como veria essa ação?

Na minha modesta opinião, temos que ser mais ponderados quando comentamos sobre esse tipo de coisa, por mais que nos pareça absurdo.

A realidade não é tão simples.

Interferência direta não pode haver. O malefício seria muito maior que o benefício, sem falar que não há nada no direito internacional que justifique uma intervenção. Volto a comparar com a questão racial da África do Sul. O que cabe é pressão externa.

Para nós atualmente essa lei é absurda, mas não podemos esquecer que séculos atrás era tido como 'normal' a violência doméstica contra a mulher no ocidente. A mulher é constantemente desvalorizada, e a religiosidade tem estado por trás disso muitas vezes (vide Idade Média). É triste que leis desse tipo ainda sejam feitas, mas não podemos simplesmente ir lá e mudar tudo. O máximo que o Ocidente pode fazer é apoiar quem se levante contra essa discriminação (ou pelo menos dar refúgio aos que fogem dela).

Infelizmente não era há séculos, nem mesmo anos atrás. Ainda hoje violência contra a mulher acontece no Brasil, em todas as classes e tamanhos de cidades. A diferença é que aqui é ilegal, e existem leis de proteção específicas (se bem que andam querendo mutilar a Lei Maria da Penha)

Mas eu concordo com você. É apoiar a luta delas, dar refúgio se necessário e quando a luta delas estiver madura, partir até para um apoio mais efetivo (de novo a história da África do Sul)

Os dois post do Elring descrevem muito bem a situação do Afeganistão hoje.

http://forum.valinor.com.br/showpost.php?p=1970870&postcount=18

http://forum.valinor.com.br/showpost.php?p=1971087&postcount=25

Ali reina um caos e uma falta de tudo que nós não temos como dimensionar. E uma minoria que tem uma interpretação abusiva das leis da religião deles não define o povo todo, muito mais sofrido e prejudicado pelo ocidente e por essa minoria do que nós imaginamos.
 
Última edição:
Ali reina um caos e uma falta de tudo que nós não temos como dimensionar. E uma minoria que tem uma interpretação abusiva das leis da religião deles não define o povo todo, muito mais sofrido e prejudicado pelo ocidente e por essa minoria do que nós imaginamos.

Eu lembro do caso de uma modelo que vivia num país onde eles faziam aquele ritual de cortar as partes da mulher quando entra na puberdade para ela ser mais submissa. Eu lembro do olhar dela e imagino a felicidade que deve ter sido para ela deixar aquela vida para trás.

Espero que se a lei realmente for aprovada as mulheres consigam sair deste lugar e começar uma nova vida. Eles só vão sentir quando começarem a perder as mulheres de seu país. Infelizmente o que eu falei acima ainda é preocupante, as que podem apoiar a lei e as que não tiverem condições de fugir disso.

(Dúvida rápida: O que será que tem na xícara da Fernanda? Café ou chá?)

By Raphael Silvério
Divergence Eye
 
Sim , sim...Mas convenhamos que o Ocidente também não vê 'aquele' povo com bons olhos, justamente por ter hábitos milenares diferentes dos nossos hábitos seculares.


Independente de hábitos, isso não deixa que alguém não se choque com o que está sendo feito. Isso não deixa que uma mulher não se choque com o que está sendo feito com outra mulher.

Novamente, a realidade não é tão simples assim. Infelizmente.

Não sei. Não acho que o Ocidente não vê 'aquele' povo com bons olhos só por causa dos hábitos milenares. Acho que temos que considerar razões econômicas, políticas e militares também.

E que bom que você concorda comigo que, independente de hábitos milenares ou não, tudo é passível de crítica.

E nesses casos, de espanto (Fiquei em dúvida depois de ler seu post se você entendeu meu post de outro jeito maaaaas... eu não concordo com o costume deles)

O Afeganistão sempre foi um barril de pólvora, desde a guerra contra antiga URSS que, para se livrar do jugo soviético, fez aliança com os EUA em troca de armamente e treinamento militar (tal cena é retratada no filme Rambo 3 e não deixa de ser profético, pois há um personagem muito parecido com Osama Bin Laden e que recebeu treinamento da CIA), depois disso, teve outros confrontos regionais antes de cair nas mãos dos Talibãs que impuseram a doutrina sunita sobre a minoria xiita. Foi bombardeado pelos antigos aliados americanos em decorrência dos atentados e agora sofre novos embargos devido a guerra contra o trafico de papoula que voltou a ser plantado pela população como meio de subsistencia e que o regime talibã mantinha controlado até ser deposto.

Como podem ver, devido aos embargos, a nação não tem recursos para comprar alimento e o dinheiro que entra lá é oriundo do tráfico e de nações solidárias com o terrorismo, como Síria, Irã e Gaza. E, infelizmente, este dinheiro é utilizado para financiar o treinamento de novos suicidas que, sem esperanças de melhoria em suas vida - já que o Governo atual e anteriores fizeram pouco ou quase nada em matéria de investimento em infraestrutura e saneamento - preferem chegar ao Céu e ter suas Virgens do que viver em um estado de miséria crescente que é alimentado pelos próprios governantes com palavras de ódio ao Ocidente de Satã.

Um círculo vicioso que só poderia ser quebrado por outras nações do Islã e da influência de antigos aliados como a Russia e a China e uma aproximação com o Irã. E não somente por pressão da ONU e outros países ocidentais.

Caraca Elring, ótima análise do país!

Intervenção não pode existir. Assim como nenhuma nação interveio nas questões raciais da África do Sul, nas questões dos presos políticos na China ou nas torturas aos presos em Gautamo. O que existe, e nesse caso em volume pequena, na minha opinião, é pressão internacional. É condenação pelos outros países, o processo é lento e depende muito da organização das mulheres localmente, que é muito reprimida como pode imaginar.
Mas a divulgação desse tipo de notícia é um passo importante.

São vários países, e é um costume pré-islamico que persiste. Existe um movimento de mulheres que passaram por isso e tentam evitar que o mesmo aconteça com as filhas, e encontram justamente nas avós suas grandes opositoras.

Interferência direta não pode haver. O malefício seria muito maior que o benefício, sem falar que não há nada no direito internacional que justifique uma intervenção. Volto a comparar com a questão racial da África do Sul. O que cabe é pressão externa.

Infelizmente não era há séculos, nem mesmo anos atrás. Ainda hoje violência contra a mulher acontece no Brasil, em todas as classes e tamanhos de cidades. A diferença é que aqui é ilegal, e existem leis de proteção específicas (se bem que andam querendo mutilar a Lei Maria da Penha)

Concordo plenamente Fernanda!
Meu ponto justamente foi que devemos criticar essas ações, mas conscientes do que estamos fazendo. É fácil chingar e se compadecer do problema dos outros sem conhecer o contexto. Acho que posts como o seu e do Elring ajudam muito a conhecer o contexto da situação do país e de hábitos similares.

Espero realmente que haja pressão internacional para acabar com esse tipo de prática. E espero profundamente que isso aconteça de dentro pra fora, e não de fora pra dentro!
 
Ahhh...
Cultura e civilização existem em função do homem (nesse caso da mulher). Se mulheres estão sendo prejudicadas por formas culturais, que tais formas sejam modificadas, ou (eu prefiro assim) extintas.
Como fazer isso?
 
Espero realmente que haja pressão internacional para acabar com esse tipo de prática. E espero profundamente que isso aconteça de dentro pra fora, e não de fora pra dentro!

Ah! Também eu espero! Mas dessa forma eu acho muito difícil! Mesmo muito difícil!

Sobre a mutilação genital: também assisti a uma reportagem em que uma activista vem mostrar a violação dos direitos humanos no Quénia. Algumas mulheres dizem que as mulheres sujeitas a estas práticas "são mais organizadas", "são mais respeitadas" "são mais mulheres".

Nesta reportagem mostra uma rapariga a ser mutilada. Acho que os gritos dela ficam ma memória de qualquer pessoa.

Fica aqui a reportagem para quem quiser assistir. Chama-se Safari no inferno
 
Com certeza, a questão cultural deve ser levada em consideração (em parte!)...

Porém acredito também, como já foi amplamente dito aqui, que a vida e a dignidade está acima disso...

É importante ressaltar que, apesar de todas as mulheres afegãs sofrerem limitações, o texto refere-se mais especificamente às mulheres da minoria xiita - logo é uma questão política e afronta cultural-religiosa...

Acho que o discurso "cultura" é anulado nessas condições... "Cultura" nenhuma justifica essa situação!!!
Conceitos de justiça, cultura certa ou errada, a própria vida e dignidade são muito subjetivos. Legitimar uma intervenção internacional com base nesses NOSSOS conceitos bem OCIDENTAIS é uma ofensa a essa cultura, como já coloquei anteriormente.
O que está acontecendo no Afeganistão não tem nada de questão cultural, é tirania tribal pura que interpreta erroneamente a Suna do Profeta. Quem utiliza termos como "cultura" para legitimar atos condenáveis está apenas concordando com a truculência de fanáticos que desejam retornar aos tempos de Califado. Nenhuma nação Islã irá concordar com tais atos; infelizmente, uma pequena parcela de políticos mais interessados em controlar a população através do medo e da coação atingiu o poder após a queda do Talibã e agora, para ganhar a confiança dos eleitores masculinos resolveu apertar o garrote ainda mais sobre as mulheres com leis que legitimam o estupro, a humilhação e a violência doméstica. Muito parecido com o que ocorre por estas bandas "ocidentais", mas que poucos prestam atenção.

Religião não é desculpa para barbárie. Alías, ela tem servido de pretexto para que alguns extravasem suas perversões.
Novamente: o que é crueldade, tirania? Porque os governantes não podem controlar seus governados por medo, coação, manipulação? O mesmo ocorre no Brasil, ainda que veladamente. E porque religião não é desculpa? É pior: é instrumento! Feliz do líder que sabe utilizar esse instrumento em seu proveito!
Muitas vezes os oprimidos não censeguem romper com séculos de exploração sozinhos (como no caso das mulheres afegãs ou como os diversos povos indígenas que foram dizimados)...

Sendo a ONU ou outra instituição, acredito que toda ajuda é válida para tentar acabar com isso! Ação direta contra o autoritarismo é mais coerente do que discussões teóricas sobre ética, cultura, etc... afinal, o ser humano vem antes de sua própria cultura, e ver algo tão grave acontecendo e não intervir, é o mesmo que contribuir com tamanha violência!
A ação direta que você propõe não a faz muito diferente de Hitler, Mussolini, Bush. As discussões são sempre bem-vindas, sempre a teoria deve ser discutida. Nossa! Esse amor pela práxis irracional, tão burguês, tão ocidental!
Falar que isso é normal é o mesmo que falar que o nazismo é normal e a Segunda Guerra foi desnecessária, IMO, afinal, nazismo é uma cultura.

Qualquer um que tenha lido a notícia e tenha achado isso "normal" mostra que não tem compaixão para com os seres humanos, seria capaz de deixar uma criança morrer de fome enquanto come um prato de comida e não se importa dos políticos roubarem o dinheiro público, afinal, já é a cultura dessa corja.

Acho que o Ocidente não deve se intrometer, mas não deve achar isso normal, já que essa lei torna essas mulheres escravas dos maridos e escravidão não é uma coisa considerada "normal" há muito tempo.
Não é a mesma coisa.
O nazismo destruía culturas e se afirmava superior a elas. Essa medida nos é nojenta mas não o é para eles, e é o país deles.
Muitos genocídios e atrocidades foram esquecidos sob o pretexto de "questão cultural".Isso nada mais é que uma desculpa para se poder agir para o bem pessoal ou do grupo.Ignorar esse tipo de coisa sob o pretexto de que isso nada mais é do que a cultura de um povo é irracional.Se fosse assim, não deveríamos ter acabado com o Nazismo, afinal Hitler criou nada mais que um grupo sob uma cultura na qual judeus, ciganos, homossexuais e pessoas mestiças não passavam de lixo a ser queimado e varrido do mapa.

Novamente: a 'questão cultural' (aqui enquadramos religião também) é O instrumento de poder. Porque não usá-lo? E se eu digo que isso é cultural ou não eu penso, logo é racional, ainda que não universalmente aceito e refutável como tudo que a mente pensa. Negar categoricamente essa reflexão é que é irracional pois nasce da ignorância e da covardia pós-moderna.

Acredite. Se Hitler tivesse declarado guerra ao cristianismo, à fraqueza, aos socialistas, aos mendigos, aos pobres e indigentes. Se tivesse criado uma campanha de extermínio a tudo que é forte e viril, sensato e racional, em vez de destilar veneno contra etnias (que podiam esconder talentos de força e vigor), sua cultura seria destruída pelo poder que teria, por inveja dos inimigos (como ocorreu, de fato, afinal os Aliados temiam mais o poder alemão que sua ideologia), ainda assim, eu louvaria Hitler por ter travado a guerra errada mas contra os inimigos certos. Ele travou a guerra errada contra os inimigos errados.

O nazismo é uma anticultura, negava outras. O islamismo radical do tópico tem a ver com uma cultura de um povo, não anticultura.
 
O assunto lembrou o tópico sobre Melkor.8-O

Também acho que o caminho escolhido pelas culturas malignas é sumir.

Como a virulência de uma cultura está relacionada a maturidade de seus líderes uma líderança cultural infantil costuma agir como criança e age com descaso para com a natureza.

Deturpando padrões que não poderiam ser mudados, sem reconhecer as relações da natureza uma cultura virulenta se isola do mundo e caminha em direção ao suicídio, como acontece com organismos que atacam o ambiente onde vivem, tentando levar a própria destruição ao mundo ao redor.

Alguns sinais da infantilidade de uma nação/indivíduo são a intolerância com o tempo, o espaço e a cegueira do reconhecimento da natureza. Nesse ponto a interferência deixa de ser opção adquirindo autoridade através da tutela para limitar os danos apenas aos que escolheram assim.

Certamente um criminoso imagina que está sofrendo violência contra sua "cultura", apesar de ele não saber que a cultura dele começou a interferir nas outras muito antes.
 
Uma coisa é certa: pros caras terem que aprovar uma lei pra obrigar a mulher a fazer amor, é porque esses barbudos devem ser ruins de cama pra caramba.

Seria mais eficaz fazer uma campanha informativa de saúde pública. Alguma coisa como:

"Prazer, eu sou o clitóris. Vamos brincar um pouco?"

E podia-se usar uma cartilha explicativa, com grilos felizes e saltitantes.

Ou se não:

"Marido, você já ouviu falar de preliminares?" - Não, preliminar não é a fase classificatória do campeonato de buzkashi. É uma forma eficiente de estimular sua mulher à cópula. Não tenha pressa: áreas como os mamilos tendem a ser realmente prazerosas. Por que não tira um tempinho, bote sua barba de molho e aproveite um momento especial, hum? Ala não criou o mundo de um dia pro outro.

Ou ainda:

"Marido, não seja tão rígido. Ala fez a pélvis para o homem usá-la"

Enfim...
 
Conceitos de justiça, cultura certa ou errada, a própria vida e dignidade são muito subjetivos. Legitimar uma intervenção internacional com base nesses NOSSOS conceitos bem OCIDENTAIS é uma ofensa a essa cultura, como já coloquei anteriormente.

Não se trata de impor nosso valores ocidentais - será que se abster ao constatar tamanha violência contra estas mulheres não é uma OFENSA ainda maior (a elas)???? (Pergunte a elas se dói - a dor (o conceito do que é dor) está em todas as culturas!!! Será fácil de entender como estas se sentem...)

A ação direta que você propõe não a faz muito diferente de Hitler, Mussolini, Bush. As discussões são sempre bem-vindas, sempre a teoria deve ser discutida. Nossa! Esse amor pela práxis irracional, tão burguês, tão ocidental!


Nossa! Isso foi o que VOCÊ interpretou!!! JAMAIS falei sobre Hitler e Mussolini!
Para esclarecer: procure entender melhor o conceito de ação direta - que por um acaso é um termo que surgiu dentro do movimento anarquista (- que é e sempre foi extremamente bem estruturado, antes que digam que anarquismo resume-se a "bagunça ou falta da ordem) nada tem a ver com o que vc falou!

Além disso, ninguém aqui está defendendo posições políticas como as que vc citou tão erroneamente, e sim o fato de HAVEREM MULHERES QUE PASSAM POR CONDIÇÕES DE EXTREMA VIOLÊNCIA CONTRA SUA CONDIÇÃO HUMANA, e o quanto isso é banalizado pelo mundo Ocidental (e como um todo).

___________________________

Para entender o que significa o termo ação direta e de onde ele provém:

http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/anarquismo/anarquismo-e-filosofia-da-educacao.php

(Há sim, um movimento para se sair dos assuntos propostos em cada tópico... novamente)

 
Última edição:
Esse Decreto é uma infâmia!

O islamismo está naquela fase "inquisitória", fundamentalista e absurda em que o cristianismo também esteve.
Só que o cristianismo esteve nessa fase ... há 400 anos atrás!

Hoje em dia, em pleno Século XXI, essa lei só tem uma designação: É NOJENTA. :disgusti:

Deus me livre bater em mulher. Nunca mais poderia olhar para ela de rosto levantado.
Se há uma religião que defende tal barbaridade, pois fico muito contente em não fazer parte dela.
É contra todos os valores que aprendi nessa vida.
Desculpem, mas não tem como defender uma coisa dessas. :blah:
 
Não sei. Não acho que o Ocidente não vê 'aquele' povo com bons olhos só por causa dos hábitos milenares. Acho que temos que considerar razões econômicas, políticas e militares também.

E que bom que você concorda comigo que, independente de hábitos milenares ou não, tudo é passível de crítica.

E nesses casos, de espanto (Fiquei em dúvida depois de ler seu post se você entendeu meu post de outro jeito maaaaas... eu não concordo com o costume deles)


Bom é claro que não é só pela diferença de hábitos que o Ocidente vê os árabes ( no caso) de modo hostil. Sim, um olhar hostil! Afinal, quem não acha um absurdo que mulheres tenham que andar trajadas dos pés à cabeça, e ser passível de castigo caso não o esteja!

O que acredito ser é que todos esses anos de história de guerra, tenha começado por referência, novamente, aos hábitos.




OBS.:

- Sabe Arwel, eu ainda acho:think: que sei interpretar textos sim, e acredito que tenha lido direito o seu!

- Sim, acho que independente de hábitos milenares ou não, tudo é passível de crítica...e críticas ferrenhas!
 
Esse Decreto é uma infâmia!

O islamismo está naquela fase "inquisitória", fundamentalista e absurda em que o cristianismo também esteve.
Só que o cristianismo esteve nessa fase ... há 400 anos atrás!

Hoje em dia, em pleno Século XXI, essa lei só tem uma designação: É NOJENTA. :disgusti:

Deus me livre bater em mulher. Nunca mais poderia olhar para ela de rosto levantado.
Se há uma religião que defende tal barbaridade, pois fico muito contente em não fazer parte dela.
É contra todos os valores que aprendi nessa vida.
Desculpem, mas não tem como defender uma coisa dessas. :blah:
Nem estou defendendo nem atacando, mas você diz que é contra todos os valores que VOCÊ aprendeu na vida. Valores que não são os mesmos que os dos islâmicos, budistas etc. Revoltado, você se felicita por não fazer parte da barbárie, como eu e tantos outros. Aí é que está a liberdade religiosa, filosófica que, felizmente, caracteriza nosso Estado laico e livre (ainda que teoricamente). Não é cultura islâmica essa laicização, é ocidental, nascida do liberalismo econômico.
Bom é claro que não é só pela diferença de hábitos que o Ocidente vê os árabes ( no caso) de modo hostil. Sim, um olhar hostil! Afinal, quem não acha um absurdo que mulheres tenham que andar trajadas dos pés à cabeça, e ser passível de castigo caso não o esteja!

O que acredito ser é que todos esses anos de história de guerra, tenha começado por referência, novamente, aos hábitos.




OBS.:

- Sabe Arwel, eu ainda acho:think: que sei interpretar textos sim, e acredito que tenha lido direito o seu!

- Sim, acho que independente de hábitos milenares ou não, tudo é passível de crítica...e críticas ferrenhas!
Tudo é passível de crítica? Sim, mas que crítica? Ser objetivo em uma crítica é impossível a meu ver ou possível apenas (e ainda meio imperfeito) às almas de forte consciência filosófica. Estamos sempre sendo condicionados pela religião, ideologia, sociedade etc. É sempre muito subjetivo toda crítica.
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo