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O Retorno do Rei e o Retorno de Jesus

Silmenel

O Brilho dos Céus!
Em várias partes do SDA, podemos ver traços de semelhanças de algumas passagens com os fatos relatados na Bíblia.
Uma dessas passagens seria o Retorno do Rei, que além de salvar também cura (uma das condições de se conhecer o verdadeiro Rei de Gondor, SDA porém não lembro a página).
Nesta passagem podemos dizer que aludiria à várias passagens Bíblicas como Mateus 24:36-39 relatando a vinda surpresa de Jesus, em Apocalipse 16:16 e em 19:11,12 falando do retorno na batalha do Armagedon e na busca da noiva do cordeiro.
Vários escritores falam sobre essas semelhanças entre o mundo de Tolkien e a Bíblia.
Comentem, postem o que acham? Teria Tolkien se inspirado na possível volta de Jesus Cristo para escrever Aragorn e a sua história?
 
Acho que ouvi muita coisa a respeito quando Narnia saiu, sobre o escritor ser catolico e ter mtas conversas do genero com Tolkien.... Isso esta certo?
 
Não posso falar,pois não conheço muito a Bíblia :/ ...mas deve ter alguma semelhança.
 
Será? Acho que não.... Tolkien realmente era católico e "bebeu" de diversas fontes e diversas mitologias, incluindo a mitologia católica. Mas não creio que O Retorno do Rei tenha sofrido inspiração pelo suposto retorno de Jesus Cristo. Conheço pouco da Bíblia e não me lembro em detalhes sobre textos do retorno de Jesus.
 
Será? Acho que não.... Tolkien realmente era católico e "bebeu" de diversas fontes e diversas mitologias, incluindo a mitologia católica. Mas não creio que O Retorno do Rei tenha sofrido inspiração pelo suposto retorno de Jesus Cristo. Conheço pouco da Bíblia e não me lembro em detalhes sobre textos do retorno de Jesus.
Vc não pode falar "mitologia católica"...mesmo que vc não acredite no Deus Cristão. Trata-se de separar o que, de fato, é considerado uma mitologia e o que é religião.

Mitologia é algo do folclore de uma determinada sociedade. Faz parte de uma tradição cujos aspectos são construídos de acordo com a mentalidade de seu povo (raça). Já a questão da fé católica, que serviu como inspiração para Tolkien narrar vários dos acontecimentos em sua obra, aludindo ou mesmo "homenageando" algumas das características de sua crença, está longe de ser considerada mera mitologia. A crença de Tolkien naquele Deus, é uma crença universal, embora não geograficamente (embora seja a religião predominante no mundo), mas sim no que se refere ao legado histórico por meio da Igreja, e de tudo o que ela valorizou e preservou (inclusive, as obras dos antigos pensadores gregos). A crença de Tolkien é embasada em algo que perpassa os limites da mera fantasia/mitologia. O mundo mitológico procura apenas criar um modelo perfeito de conduta, de atributos e demais naturezas do ser humano dentro de um contexto fantasioso que serve como pano de fundo para o desenrolar dos atos heróicos e de suas lutas contra si mesmo em busca de vários ideais.

Quem me conhece sabe que sou contra o que a Igreja se propos no passado e igualmente no presente. Não concordo com seus ditames equivocados. Mas nem por isso vou passar a considerar a fé católica e tudo o que se concentra na Bíblia, como mera mitologia. Há muito da cultura Hebraica, por exemplo, no Antigo Testamento, com referências reais e verídicas a personagens que existiram, embora sobre outros não haja total comprovação arqueológica ou de qualquer natureza científica.

Mas sobre a volta de Jesus, sim, há claramente várias citações do próprio Cristo sobre a sua volta, nos 4 Evangelhos no Novo Testamento. Mas no Apocalipse é que, através de simbolismos, há total alusão à volta de Cristo, depois dos 1000 anos em que Satã seria solto, etc. Jesus retornaria e traria consigo uma "Nova Jerusalém". Mas vamos separar as coisas: mitologia e fé não se misturam.
 
Última edição:
Tolkien me pareceu mais que católico, ele me pareceu conhecer bem sua religião e eu li em sites do tipo do valinor que ele era católico praticante (ou seja fiel a sua crença, ia a missa, se confessava e etc).
As histórias contadas na biblia de fato são imprecionantes, mesmo p/ quem não acredita em deus, em salvação pelo seu unico filho deveria ler, até porque vários dos fatos documentados nela já tem comprovação cientifica, então se vc não acredita em deus, acredite na ciencia.

Não duvido nada que ele tenha "pescado" alguma coisinha aki e ali da biblia tbm, não seria nada de se assombrar vindo dele, já que sua história nos faz pensar em várias outras histórias que existem deuses envolvidos, tem um topico por aki sobre isso. Pode-se dizer tbm a respeito disso da promessa ao povo né... Ele prometeu que o ultimo de determinado povo (não sei ao certo qual povo, depois peço p/ Reita postar que ele sabe) viria e libertaria seu povo do mal e reinaria naquelas terras a paz. Acho que a volta de Aragorn tá mais p/ essa passagem, já que foi ele quem fez alianças e trouxe reforços.
 
O retorno no rei com certeza não está ligado a Jesus. Isso seria mais ligado ao retorno de Gandalf, que morre e volta como o branco.

Em todo caso, sugiro a leitura dos artigos da coluna do Ives Gandra, na Valinor, que sempre aborda o assunto
 
Eu creio que não tem nada a ver uma coisa com a outra.

Nota-se na obra de Tolkien, pelos valores que transmite (o Bem como salvação contra o Mal), que professava o cristianismo, ou pelos menos o melhor que essa religião tem.

Mas comparar Aragorn com Jesus... é um pouco estranho até. 8-O
Aragorn venceu pela espada; Jesus venceu pela palavra e sacrifício.

Quanto à Biblía, não acho que Tolkien tivesse tal coisa em mente.
Ainda para mais, ele DETESTAVA alegorias e ficava chateado sempre que alguém dizia que Sauron se baseava em Hitler, e coisas assim do gênero.
 
O retorno no rei com certeza não está ligado a Jesus. Isso seria mais ligado ao retorno de Gandalf, que morre e volta como o branco.

Em todo caso, sugiro a leitura dos artigos da coluna do Ives Gandra, na Valinor, que sempre aborda o assunto

Concordo com a opinião de TT1, o sacrifício de Gandalf em Mória para defender a comitiva, e depois surgindo como um "iluminado"... como Jesus se sacrificando na Cruz, e depois surgindo para a sua consagração. Mas é um comparativo ainda distante mas tem estes traços.
 
Vc não pode falar "mitologia católica"...mesmo que vc não acredite no Deus Cristão. Trata-se de separar o que, de fato, é considerado uma mitologia e o que é religião.

Mitologia é algo do folclore de uma determinada sociedade. Faz parte de uma tradição cujos aspectos são construídos de acordo com a mentalidade de seu povo (raça). Já a questão da fé católica, que serviu como inspiração para Tolkien narrar vários dos acontecimentos em sua obra, aludindo ou mesmo "homenageando" algumas das características de sua crença, está longe de ser considerada mera mitologia. A crença de Tolkien naquele Deus, é uma crença universal, embora não geograficamente (embora seja a religião predominante no mundo), mas sim no que se refere ao legado histórico por meio da Igreja, e de tudo o que ela valorizou e preservou (inclusive, as obras dos antigos pensadores gregos). A crença de Tolkien é embasada em algo que perpassa os limites da mera fantasia/mitologia. O mundo mitológico procura apenas criar um modelo perfeito de conduta, de atributos e demais naturezas do ser humano dentro de um contexto fantasioso que serve como pano de fundo para o desenrolar dos atos heróicos e de suas lutas contra si mesmo em busca de vários ideais.

Quem me conhece sabe que sou contra o que a Igreja se propos no passado e igualmente no presente. Não concordo com seus ditames equivocados. Mas nem por isso vou passar a considerar a fé católica e tudo o que se concentra na Bíblia, como mera mitologia. Há muito da cultura Hebraica, por exemplo, no Antigo Testamento, com referências reais e verídicas a personagens que existiram, embora sobre outros não haja total comprovação arqueológica ou de qualquer natureza científica.

Mas sobre a volta de Jesus, sim, há claramente várias citações do próprio Cristo sobre a sua volta, nos 4 Evangelhos no Novo Testamento. Mas no Apocalipse é que, através de simbolismos, há total alusão à volta de Cristo, depois dos 1000 anos em que Satã seria solto, etc. Jesus retornaria e traria consigo uma "Nova Jerusalém". Mas vamos separar as coisas: mitologia e fé não se misturam.

Roy, não vou discutir religião aqui ou em qualquer outro lugar. Creio em Deus sim, mas não me considero católico ou seguidor de qualquer religião. Concordo plenamente com o que você diz sobre o Antigo Testamento. A cada dia a ciência encontra mais e mais evidências sobre fatos relatados na Bíblia.

Entretanto, de acordo com o livro Mitos Paralelos de J. F. Bierlein vários relatos bíblicos apresentam semelhanças com outros mitos de diversos povos. Por exemplo os índios Pés-Negros das Grandes Planícies da América do Norte têm um mito (A História de Poia) que tem vários paralelos interessantes com a história de Adão e Eva. Os Indianos, os Babilônios, os Astecas, os Gregos, os Egípcios e outros povos também têm relatos sobre o dilúvio (como a história de Noé).

E outra coisa; por que na história de Jesus não podem haver passagens míticas ou mitológicas e nas histórias e na fé de outros povos, tudo é mitologia?

Não há uma verdade absoluta. São várias verdades, vários pontos de vista igualmente corretos.
 
Boas indicações de texto! Nem tem mais o que falar... :)

Bom Roy, nessa eu concordo com o Meglin. Nao significa que por ser uma religião não contenha símbolos mitológicos.

E outra coisa; por que na história de Jesus não podem haver passagens míticas ou mitológicas e nas histórias e na fé de outros povos, tudo é mitologia?

Não podem, não: essas passagens existem. Como chamar o episódio da ressurreição de Cristo? Ou a divisão dos mares por Moisés?

Na antiguidade a crença dos deuses gregos não era considerada uma mitologia, mas uma religião de fato. Hoje, chamamos de mitologia aquilo que sabemos criado pelos povos para designar acontecimentos e fenômenos da natureza que não tinham explicação.
Se hoje chamamos o cristianismo de religião, daqui 200 anos ele poderá ser considerado mitologia.

Para quem acredita, pratica e segue, é uma religião. Para quem não acredita [o meu caso, por exemplo], é mitologia.
Mesmo assim, sendo uma ou outra, não interfere no fato de as pessoas utilizarem a fé para se reconfortar ou para ter esperança nas coisas.

É como bem disse o Meglin:
várias verdades, vários pontos de vista igualmente corretos
 
Última edição:
Dá pra dizer que por um detalhe ou outro Aragorn lembra Jesus, mas concordo que a comparação com Galdalf é mais bem fundamentada. De qualquer forma, eu ainda prefiro a comparação com Frodo: ele teve que salvar todo o mundo de um mal que não tinha nada a ver com ele; era o único capaz de realizar o feito, tbm... etc etc etc.
 
realmente frodo é o mais parecido com jesus, e já pensaram que o discipulos podem ter a haver com a irmandade?
 
Creio que pode-se falar em mitologia cristã sim, pois tal qual a grega, nórdica, hindu, entre outras, carrega histórias, lendas, visões de mundo, valores, de um povo ou comunidade. O Antigo Testamento, pelo pouco que sei, é a história do povo judeu, com mitos de criação, episódios heróicos, contos de caráter moral, etc - e o Novo é o desdobramento de um profeta originário do mesmo povo judeu. O fato da mitologia cristã ter-se espalhado mundo a fora, ter se difundido e adaptado as particularidades locais não muda qualquer status, o que há é a mitologia cristã, que manteve sua identidade apesar da difusão, com mudanças de caráter secundário entre um grupo e outro. Nem o fato de acreditarem nisso ou não altera nada - e se fundarem uma religião baseada na mitologia grega, ninguém poderá mais referir-se a ela como mitologia? O que pode-se falar, talvez, é que a religião cristã abarca o mito e mais outras coisas, que é o ritual e toda vivência da coisa além da própria crença no mito...

Isso não tiraria o valor do cristianismo, não trata-se necessariamente de uma visão simplória por tratar-se de "mera" (mera?!) mitologia, e nem necessariamente engano, mentira ou ausência de conteúdo histórico, depende da perspectiva e do "objetivo" do mito em questão.
 
Eu creio que mitologia é bem diferente de religião.
Basta dizer que quase todas as mitologias foram "destruídas" pelas grandes religiões.

Mitologia está mais perto do paganismo.
É a minha modesta opinião.
 
Valinorianos de todas as nossë, estou realmente feliz com esse debate.
Adorei as opiniões são sensacionais, esplendidas e magníficas.
Ver Jesus em Gandalf e Frodo realmente não vi por esse angulo a questão e acredito sinceramente que podemos ver dos dois angulos ou quantos aparece.
Eu fico fascinada como cada pessoa tem uma visão de mundo diferente e como cada um de nós mesmo lendo o mesmo livro percebemos situações diferentes que nos remetem as nossas experiências e convicções particulares.
Cada um digamos teria um "óculos diferentes" para enchegar o mesmo mundo.
Porém também tenho minhas opiniões e não concordo também com mitologia cristã, poderia naquela resposta ter sido cristianismo simplesmente, pois mitologia ou mitologico é o conjunto de mitos e crenças de um povo e/ou relativo ou pertinente à mitologia; que não existiu; inventado. E o Cristianismo e a figura de Jesus em sim existiu.
Com relação a comparação com o retorno do rei, peço desculpas, mas acho que não expliquei bem, não fiz uma compoaração com Aragorn em si, mas com o fato de um rei retorno consegui explicar aonde queria chegar.
E mais uma fez excelentes opiniões:rodinha::uhu:
 
Influências Cristãs na obra de Tolkien
De inicio, O Senhor dos Anéis começou com uma "exploração" nos campos da filosofia, religião (catolicismo), conto de fadas, assim como mitólogia nórdica. Eram áreas de interesse pessoal de Tolkien.
Além desses, a obra de Tolkien foi influenciado, de forma crucial, pelos fatos que ocorreram em seu serviço militar durante a Primeiro Guerra Mundial[2].
Tolkien criou um universo fictício completo e altamente detalhado (Eä), onde O Senhor dos Anéis se passa. Muitas partes deste mundo eram (como ele admitia livremente) influenciado por outras origens[3].
Uma vez, Tolkien descreveu O Senhor dos Anéis ao seu amigo jesuíta Robert Murray, como “um trabalho fundamentalmente religioso e Católico, inconscientemente no início, mas ciente disso na revisão [do livro].” [4]
Há muitos temas teológicos subjacentes na narrativa. Há a luta de bem contra o mal, o triunfo do excesso vaidade na humanidade e a atividade da Graça Divina. Além disso o trecho do Pai Nosso “e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal” esteva sempre presente na mente de Tolkien quando descreveu luta de Frodo de contra o poder do Um Anel[5].
 

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