• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Zen e a arte de criar jogos!

Armitage

Usuário
( por falta de um nome melhor, foi esse mesmo.)

Bom, tive a idéia de criar esse tópico a partir da discussão ocorrida no tópico do Arcanjo, "O sistema influencia no cenário e clima do jogo?".

Proponho o seguinte:

1) escolhermos um tema/gênero/proposta.

2) criarmos um jogo sobre esse tema/gênero/proposta.


A ideia é tentar se pôr no lugar dos desenvolvedores de jogos, e ver que tipos de situações e dilemas estes enfrentam ao se criar jogos. Ver o que leva regras serem "a esmo" ou bem boladas; ver o quanto o sistema influenciaria no cenário e clima; etc.

(porém criando coisas simples, rápidas - até porque ninguem ´tem tempo ou interesse de criar um sistema complexo e minucioso dos pés à cabeça! Pelo menos não à princípio!).

- - -

Alguem aí arrisca sugerir o 1º tema/genero/proposta ? :D
 
A minha proposta é a seguinte: ficção científica anacrônica. Anacrônica no sentido de ter aquele ponto de vista que se tinha do futuro nos anos 50 e 60, no melhor estilo Flash Gordon, Buck Rogers e Star Trek TOS.
 
Topado! Alguém tem uma idéia para o sistema básico de regras (tipo o 1d20+X contra Y do D&D)?
Bem, já propondo algumas coisas:
O personagem não deveria ser definido pelos seus atributos físicos. Por mais que ele tenha que se esquivar de tiros, levantar pesos, lutar corpo-a-corpo, arrombar portas, nesse estilo os heróis não se destacam por serem fortes ou rápidos. No lugar disso, deveríamos ter Esperteza, Sorte, Heroísmo... Por exemplo, o personagem tem X pontos de heroísmo que lhe dão pequenos bônus, que ele pode gastar para evitar ser atingido (em uma parte vital); no entanto, ele não pode gastá-los sempre e ao gastar cada ponto ele perde o bônus correspondente.
Já que estamos no assunto, não creio que deveria haver dano. A maior parte das armas simplesmente mata (tiro no dedo mindinho do pé é conseguido gastando heroísmo).
Entre as opções para os personagens, deveria estar o "nível tecnólogico" dele. Um personagem pode usar apenas armas "atrasadas" e ser mais "heróico".
A cultura deve ser um aspecto importante do personagem. Uma cultura militarista daria ao personagem maior habilidade de combate, enquanto uma cultura pacifista daria a ele maior honra (heroísmo), uma cultura cientificista daria ao personagem maior "intelecto": seria capaz de decifrar situações desconhecidas, entender máquinas e criaturas estranhas, etc. (Basicamente, Klingon-Humanos-Vulcanos). A cultura também deveria influenciar muito como os personagens interagem... personagens de uma mesma "raça" tendem a confiar mais em si que em "alienígenas".
 
Hah, que saldade dos tempos do Labirinto... Acho que vou criar alguma coisa pra passar o Tempo.

Deixa eu pensar em um nome, fácil, óbivo e possivelmente idiotamente óbvio que provavelmente já foi usado umas milhares de vezes em outros jogos e sistemas e etc...

*5 segundos depois*...Tornament.

Ok, agora uma história manjada, mas interessante, fácil, e que seja idiotamente clara de entender que é só uma desculpa para o jogo não ter uma história...

*15 segundos depois* ...Numa dimensão paralela foi criado um lugar para seres de diferentes universos lutarem enquanto esperam um dia poderem voltar a seus lares.

Agora regras fáceis...

Tá bom ^_^ As regras vai demorar.

Uma hora dessas eu crio o Tornamento por aqui. Já aviso que não tem muita história, só pancadaria desnecessária e sem sentido mesmo.

By Raphael S
 
Tema escolhido. Legal.

Rafael, não sei se Tournament seria um nome que combine com Anacro-Sci-Fi. Alguem mais concorda?

Achei muito legais as idéias do Elda. Me lembrou um pouco do gênero Pulp. Será que tem a ver? Em especial, a idéia de não existir atributos, mas sim... uh... como se chamaria essas coisas? Stunts? Powers? Aspectos?

Só achei uma coisa estranha - não haver dano. Estou tentando ver qual seria o impacto disso nas partidas...
 
Sim, sim, totalmente pulp!

Nome? Pensei em XXI - aventuras extraordinárias no mundo do amanhã.

E definitivamente tem que haver dano. Ora, um soco na cara não mata, né? Pode haver uma dose alta de letalidade, mas com dano sim.
 
Eu gostei do nome do Skywalker. Quanto à idéia de dimensão paralela onde seres de diversos mundos "se encontram para lutar", acho que é um pouco limitada...
Uma idéia interessante seria a seguinte: recentemente, após ter avançado bastante na exploração espacial, a Terra descobriu uma nova dimensão conhecida como A Fronteira. Essa dimensão interconecta algumas dimensões paralelas (nada de muito incompatível... nesse estilo uma das marcas é que tudo é meio "human-based": seres humanóides, planetas com atmosferas respiráveis...), e após algumas viagens muito breves de reconhecimento a Terra enviou alguns "Pioneiros" para tentar manter uma missão independente (sem contato direto com a Terra) no local.

Quanto ao dano, eu não tinha pensado em socos e coisas assim... se fosse só armas (em geral, lasers e coisas afins) nem precisava muito, mas socos não deviam matar... Talvez uma escala de letalidade funcione (basicamente, é dano sem dados: armas tecnológicas matam com um hit, armas de corpo-a-corpo causam dano letal e soco dá dano de contusão - mais ou menos no mesmo esquema de Storyteller).
 
Ouch, acho que não prestei a atenção direito no objetivo do tópico... Vocês se reuniram pra criar um jogo, eu só estava tendo uma idéia para um jogo que vou fazer. Sorry. ^_^ Nam tem mesmo haver com o projeto de vocês.

By Raphael S
 
Sei lá... Eu não conheço Superman bem o bastante para conhecer esse mundo bizarro.
A idéia da Fronteira era criar mais possibilidades para a exploração espacial normal - seria como se fosse um espaço onde os humanos não teriam nenhum conhecimento, e que pudesse servir de base para idéias legais que não seriam verossímeis no universo normal.
 
Eu gostei mais da idéia da Fronteira.

Quem sabe o tal Mondo Bizarro pudesse ser uma espécie de dimensão alternativa, alcançavel somente a partir da Fronteira?

E Sky, o nome XXI ficou show. (é referente ao séc. 21 né?).

- - -

Voltando ao sistema...

Repararam que a idéia de trocar atributos por coisas como heroísmo, esperteza, sorte, etc. dá uma reforçada no clima pulp? Acho que começamos muito bem.

Que outras caracteristicas do gênero poderiamos retratar mecanicamente?

O que os herós fazem nesse gênero ?? Existe algum tipo de comportamento que gostariamos que os jogadores seguissem? Podemos bolar alguma mecanica ou regra que promova esse tipo de comportamento?
 
É que, ao menos na minha cabeça, a exploração espacial não seria o TEMA CENTRAL do jogo. Faria parte, é claro. Mas não seria aquele lance de "to boldly go where no man has gone before".

O lance do XXI é referência ao século sim. Porque tinha toda aquela mística em torno do ano 2000, com carros voadores, naves espaciais, etc.

Eu curti a proposta do Armitage em trocar os atributos por heroísmo, esperteza, etc. Poderíamos adicionar coisas como manha, charme, força bruta, ousadia, determinação...

Acho que a gente podia selecionar uns 5 ou 6 básicos pra servirem como arquétipos de personagem e, a partir deles, ir abrindo ramificações de poderes a partir daquele arquétipo.

O típico herói pulp é um canastrão de marca maior, é um personagem bem estereotipado. Acho que a idéia de se trabalhar em cima de arquétipos é interessante.
 
Uau, gostei da idéia! Infelizmente estou em outros projetos do OPERA e vou tentar participar desse projeto também.

Enfim, minha referência é o FATE/Spirits of the Century (que tem como base o meta sistema FUDGE) que tem uma proposta semelhante ao que o Elda sugeriu, por meio dos seus Aspectos (Aspects). Dêem uma olhada nos sites abaixo:

Procurem pelo FATE/AFIM e vocês poderão ver uma das abordagens mais interessantes para esse tipo de herói. Não há atributos fixos mas ele possui uma sugestão de como amarrar os atributos ao cenários que voces criam.

O Spirits of the Century é leitura obrigatória:
Site do jogo: http://www.evilhat.com/home/?page_id=103
SRD: http://www.faterpg.com/dl/sotc-srd.html

Lá existem os Aspectos & Esteriótipos próprios para campanhas pulp;
 
Última edição:
É que, ao menos na minha cabeça, a exploração espacial não seria o TEMA CENTRAL do jogo. Faria parte, é claro. Mas não seria aquele lance de "to boldly go where no man has gone before".

O lance do XXI é referência ao século sim. Porque tinha toda aquela mística em torno do ano 2000, com carros voadores, naves espaciais, etc.

Eu curti a proposta do Armitage em trocar os atributos por heroísmo, esperteza, etc. Poderíamos adicionar coisas como manha, charme, força bruta, ousadia, determinação...

Acho que a gente podia selecionar uns 5 ou 6 básicos pra servirem como arquétipos de personagem e, a partir deles, ir abrindo ramificações de poderes a partir daquele arquétipo.

O típico herói pulp é um canastrão de marca maior, é um personagem bem estereotipado. Acho que a idéia de se trabalhar em cima de arquétipos é interessante.

A idéia era minha, mas tudo bem... agora é de domínio público. :roll:

Bem, os "Atributos Dramáticos" que eu considero mais básicos são:
Heroísmo: sua chance de sair vivo. Afinal de contas, os heróis nunca são atingidos, não é mesmo?
Sorte: chance das coisas darem certo para você - sobretudo idéias mirabolantes, planos malucos e façanhas ousadas
Esperteza: para enganar e não ser enganado (não apenas diretamente - armadilhas e disfarces, por exemplo)
Ciência: tanto o nível de desenvolvimento da sua cultura (vai desde selvagem até civilização transcendental futurista) quanto a sua capacidade de lidar com coisas científicas e tecnológicas em geral
Determinação: capacidade de resistir a dano não letal (ou seja, coisas que não sejam "acertou, matou": socos, facadas, condições ambientais adversas, etc)
Aí ficaria mais ou menos assim os estereótipos: Esperteza seria o herói tipo Scoundrel, que usa de ardis e sempre tem uma carta na manga. Ciência seria bem o tipo Cientista, que sempre sabe com que está lidando, formula hipóteses e lida com equipamento avançado. Determinação seria o herói cabeça-dura, esquentado e brigão. Sorte e Heroísmo se combinariam para fazer o herói típico, mais canastrão, que tudo sempre dá certo para ele, sempre se dá bem... a diferença seria que Sorte seria mais ousado.
Fica a dúvida se precisaria de ter atributos físicos (força, beleza, rapidez, etc) e perícias (coisas que ele sabe fazer). Nesse gênero, isso não faz exatamente diferença. Na hora da porrada, o herói se vira - ele não tem que ser forte. Não tem um herói que seja perito em disfarces, mas se eles querem se disfarçar para escapar eles vão e se disfarçam. A única coisa do gênero que parece ter importância é a "profissão" do herói: artilheiro, mecânico, médico, piloto de avião, linguista...
E, para terminar, não consigo imaginar evolução de personagem neste cenário... talvez mudar um ponto para outra coisa, mas não ganhar mais pontos.

E a idéia da Fronteira não era fazer um mundo de exploração espacial - era fazer um lugar onde as coisas não estão restritas ao universo normal. Dá para encher de mundos estilo Jornada nas Estrelas - mundo Monte Olimpo, mundo Jardim do Éden, mundo Gângster, mundo Guerra Fria, mundo Seja-Testado-Por-Alienígenas... e lugares onde simplesmente se encontram seres de vários mundos, estilo taverna intergalática.
 
Não deveria haver morte. (a não ser para os NPCs, claro)

Heroi de gibi e seriado ala flash-gordon não morre nunca. No máximo parece que morre. Mas sempre retorna triunfantemente depois.
 
Determinação: capacidade de resistir a dano não letal (ou seja, coisas que não sejam "acertou, matou": socos, facadas, condições ambientais adversas, etc)

e

E definitivamente tem que haver dano. Ora, um soco na cara não mata, né? Pode haver uma dose alta de letalidade, mas com dano sim.

e

Não deveria haver morte. (a não ser para os NPCs, claro)

Heroi de gibi e seriado ala flash-gordon não morre nunca. No máximo parece que morre. Mas sempre retorna triunfantemente depois.

Acho que daria para conciliar isso da seguinte maneira: existem heróis e vilões e os peões. Os peões são aqueles que caem aos montes nas mãos dos herois, que eles derrotam enquanto conversam um com o outro e os vilões os inimigos reais podendo haver morte apenas com eles ou nem com eles, mas eles seriam oponentes do nível dos heróis. É bem coisa de capa e espada, mas acho que fica legal. Inimigos reais e inimigos para distração e para que o herói canastrão se gabe, derrotando aos montes.

Criar manobras básicas de combate que além de dano teriam efeitos tais como atordoamento (chega por trás bate o capacete do cara contra a parede, sem dano, ele desmaia (teste) e está fora da jogada), desarme (uma vez sem sua pistola laser o inimigo seria quase inofensivo, perto de alguém armado), perder turno(s) ou só poder se mover quando for um ferimento grave...

Outra coisa legal seria no lugar de morte haver incapacitações: o cara iria morrer, ao inves disso ele é, por exemplo, atingido no braço e perde o braço, ou quebra uma perna, um olho e etc... (algo que ao menos por hora deixa ele fora da jogada, sem representar perigo). Enfim, modos de derrotar o oponente que sejam diferentes de levar seus PVs a zero. Acho que com isso ajuda a simular melhor os combates nesse tipo de cenário que, infelizmente, eu conheço bem pouco.

Não sei se peguei bem o clima que querem, se for o caso me orientem um pouco.

Andava ocupadinho, por isso estava sumido. Mas deu saudade de vocês e das conversas. Até das brigas. Heheh
 
Última edição:
Pelo que eu tinha pensado, as manobras de combate que não dão apenas dano seriam uma jogada de Sorte - a chance de você conseguir um feito legal ou uma idéia mirabolante. É simples o bastante e dá muita liberdade - você quer bater no capacete do cara por trás para atordoá-lo, dificuldade baixa. Você quer saltar da plataforma voadora, agarrar a barra de metal mais abaixo e girar dando um chute com os dois pés na barriga do inimigo para derrubá-lo no poço sem fundo, é sorte também - só que com uma dificuldade maior. Você quer tentar deslizar pela rampa, passando por baixo das pernas de um inimigo, atirar em uma pilastra causando um desabamento, segurar em alguma coisa para parar, se levantar, de um pulo agarrar a mocinha e saltarem juntos para a segurança seria outra ação possível com Sorte - desta vez numa dificuldade absurda, aumentada ainda mais pelo número de ações. Agora, tentar passar despercebidos pelos inimigos para atirar neles pelas costas já usaria Esperteza - você tem que enganar um inimigo. Atravessar um fogo cruzado seria Heroísmo. Fazer algo no estilo McGyver e destruir um prédio com um canivete é Ciência. Em uma das manobras mais difíceis, "reduzir o dano da queda" é Determinação. É ultra-mega simplista, mas acho que dramaticamente seria adequado... desde que a dificuldade de algumas coisas fosse grande o bastante para não se tornar "filme de ação". Afinal, como eu disse, um herói nesse caso não depende da força física, nunca é feio, os tiros sempre passam direto (atingindo um bucha qualquer - em Jornada das Estrelas, alguém com uniforme vermelho), eles se salvam de doenças e debilidades milagrosamente, e o plano mais ridículo engana os vilões.
Agora, o que ainda não tenho nem idéia é o sistema básico. Como se rola Sorte? 1d20+Sorte contra X? Sorte d10 precisando de X passarem de 6? 1d12 tendo que tirar menos que Sorte? Role 4 dados diferentes e cada um representa um aspecto que pode dar errado (um representa o sucesso normal, o outro a chance de você se ferir no caminho, o outro a chance de dar certo mas o vilão escapar, etc)?

Eu gostei da idéia de não haver "morte final". Talvez devessêmos ter um sistema de "destinos", que definem o que acontece quando você morre: você conseguiu prever tudo e mandou um clone no lugar, você se salvou na última hora, sua mente encontrou outro corpo para habitar, você realmente ressucitou, cientistas restauraram seu corpo, você não morreu realmente apenas se feriu inacreditavelmente... Mas o grande problema são os jogadores "ah, eu tenho 5% de chance de sair vivo se fizer isso? E daí, eu volto depois"... como penalidade mínima o personagem deveria ficar uma sessão fora. E os vilões poderiam ter algo do gênero (talvez não todos, mas como um "talento").
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo