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[L] Prosas poéticas e poemas curtos [ NON-TOLKIEN ]

Olhem só, ta em ingles, mas acho que ta bom:

And as tomorrow dawns in the new world, the wind and the clouds run away,
the water of the rivers flow to the waterfalls. The ploughs sit as in an awakening sleep.
All the creatures look at the newborn sun, as if it were a souvenir from the old times,
but it is new, for it is made from tomorrow, it is made from the soul of those who are
willing to get up and walk every day and from those whose souls aren't any longer,
those who are willing to become again, and live another day, walking in the clouds
of the new dawn.



o que vcs acham?
 
Não costumo fazer poemas, mas já que não tem nada pra fazer, vou tentar escrever o que estou sentindo. Não sei se vai ficar bom.

Dentro De Mim Eu Posso Sentir

Do que adianta esperar
Num momento onde todos parecem não voltar
Talvez estejam ali do lado eu posso sentir
Mas não estão aqui, dentro de mim

Não consigo saber o que estou esperando
Se estou triste ou pouco me importando
Mas há algo para surgir
Dentro de mim eu posso sentir

Se me deram a boca para falar
E mãos que podem dizer
Por que não aproveitar esse momento
E colocar pra fora tudo o que conseguir

Pois não sei como explicar
Essa sensação que me pertuba e me irrita
Essa sensação tão esquisita, que grita
Dentro de mim eu posso sentir

E talvez posso mostrar
Através de versos e canções
E desse aperto no meu coração
A angústia de um homem solitário e confuso
 
O Dia Seguinte (continuação de "Dentro De Mim Eu Posso Sentir")

Depois disso eu melhoro
Pois da janela eu vejo o sol
Emergir por trás das colinas
Que lançam suas sombras sobre minha cortina

Então a sensação foi embora
Pois agora recebo abraços e beijos
Talvez fosse saudade, tristeza ou ciúme
Mas continuo sem saber a razão

Então eu paro e me pergunto
Qual a finalidade desse sentimento
Mas percebo que assim como a alegria e a tristeza
É apenas um pequeno momento da vida
 
Ristow...VC FEZ ISSO AGORA?!!! 8O

Kra, vc tem talento msmo!!! A sua poesia tah mto boa, mas agora eu fiquei pasma! A ultima vez q eu fiz uma poesia direto ki, axu q eu editei ela umas trinta vezes :lol: ... e ela naum ficou boa :roll: :cry:
Posta mais poesias aki, aí nós ganhamos mais um poeta... :wink: :D
 
Eu já havia postado no Clube da insônia, mas...

Mentiras de dois opostos


A cada hora de desespero
a cada minuto de dor
a cada palavra de destempero
a cada olhar sem amor
Vida e morte se encontram...

A cada decisão equivocada
a cada sorriso mentiroso
a cada lágrima derramada
a cada gesto desastroso
Alegria e tristeza se enfrentam...

A cada filantropia condicionada
a cada traição arrependida
a cada utopia deturpada
a cada emoção ferida
O Bem e o Mal se confundem...

A cada paixão sem futuro
a cada promessa descabida
a cada caminho sem muro
a cada cura paliativa
Ingenuidade e Malícia se aproximam...

O que é a vida em duas antíteses
senão a mentira da ilusão?
Não há dois caminhos diferentes!
Apenas duas estradas ao mesmo grotão.

Fábulas e histórias antigas
nos mostram um único Inimigo
e o que não é este senão um servo da Bondade,
condenando aqueles que agiram pela perversidade?

A luz continua com ele, ardendo nas profundezas
mas que prova há da inexistência
de uma Santa Amizade?
ambos, em seus Santos Ofícios,
seguem combatendo as vilezas
mas os homens ainda não entendem
que não há maldade,
tampouco há bondade.

Porque nada é absoluto e inquestionável
nenhum Deus, por mais justo, escapou da perdição
até Ele brincou com as emoções
de um valoroso servo, que lhe pediu perdão
pedindo para matar seu filho
em nome da submissão
apenas para testar
sua lealdade e adoração.

E Adão e Eva, condenados pela curiosidade?
persuadidos pela serpente,
que usou de suas ingenuidades,
para fazê-los desobedecer
as ordem de nosso Senhor,
que não pôde perdoá-los,
impingindo-lhes mais dor.

Se é bondade esse castigo imoderado
então que se dane! Prefiro a maldade,
mas se é maldade persuadir os inocentes
então que se dane! Volto para a bondade,
mas se bondade e maldade são tão parecidas,
então que se dane, vou para a realidade...

Não há ninguém tão pequeno, que não mereça o perdão
não há ninguém tão valoroso, que não mereça críticas
não há maldade absoluta, apenas caráteres em deformação
não há bondade plena, apenas figuras míticas
que nos fazem alegrar e acreditar,
e poder, e sentir, e vislumbrar,
que a cada dia podemos continuar,
a oprimir nossos demônios,
a elevar nossos espíritos
em direção ao melhor de nós mesmos.
 
Versos simbolistas

Nua, como a estrela noturna
sua, como a valsa diurna
rua, vai por ela taciturna
lua, sob sua luz ela se enfurna
crua, como o vazio de uma urna
chula, como uma prostituta curda.
 
Oiiiiii, eu sou nova por aqui, mas tenho algumas amigas de loooonga data :lol: nesse tópico, como estou com um pouco de vergonha :oops: mas vou postar uma poesia minha aki :D ...

Melancolia

Me sinto triste...
Como se ja nao houvesse por que lutar
Como se ja nao houvesse por que viver
Sem nunca terminar a conta
Dos pingos dagua`que caem chão afora

Carro os dedos na janela
Olho atraves da vidraça embaçada
A chuva ainda desliza fininha na calçada
Aspiro o cheiro da terra molhada
Meu corpo relaxa com preguiça
Enquanto a chuva não passa,
Olho tudo assim, calada
Me imagino em tempos passados
Fazendo barcos de papel
Soltando-os nos córregos
Um resto de chuva escorre no chão
E com ela se vai a tristeza
Do meu coração

Elanor* :wink:
 
Arandelis disse:
Ristow...VC FEZ ISSO AGORA?!!! 8O

Kra, vc tem talento msmo!!! A sua poesia tah mto boa, mas agora eu fiquei pasma! A ultima vez q eu fiz uma poesia direto ki, axu q eu editei ela umas trinta vezes :lol: ... e ela naum ficou boa :roll: :cry:
Posta mais poesias aki, aí nós ganhamos mais um poeta... :wink: :D
Nossa, você gostou mesmo? A última vez que eu fiz um poema foi... Hmmm... acho que nunca tinha feito um poema sério não... a não ser umas bobeirinhas prum trabalho na 4ª série...
E sim, eu fiz na hora, fui improvisando tudo! Que bom que você gostou, hehehe, obrigado! :lol:
 
Hmmm, agora que eu eo vendo as páginas desse tópico... Tem muito talento nisso aqui! Então vou criar mais um... É do estilo de um poeta que eu não to me lembrado, é isso:

Porque Eu Te Amo

Nem que tu não me queiras
Nem que tu não me ames
Nem que tu não me abraces
Nem que tu não me chames

Nem que eu não te veja
Nem que eu não te fale
Nem que eu não te sinta
Nem que eu não te cate

Você pode me bater
Fugir de mim ou correr
Mas não importa a distância
Pois no meu coração você vai estar

Porque eu te amo
Porque eu te amo
Porque eu te amo
Porque eu te amo
 
é, Ristow, vc tá bem! eu não consigo improvisar na frente do PC, só nafrente do papel... hehehehe
aliás, todos os que postaram aqui escrevem muito bem... eu to surpreso, devo reconhecer que quando cheguei aqui achei que todos eram bitolados em Tolkien e que so conseguiam falar e escrever sobre ele... é claro que isso me atraiu muito pra cá, mas fiquei surpreso com o que vejo...
 
Poesia rulez...!

Se já é difícil interpretar, quanto mais escrever poesias de qualidade...
De vez em quanto eu cria minhas "curtas" aqui no Bloco de Notas.. :D

Mas a melhor e mais bonita que eu já li é:

NAVIO NEGREIRO
(Tragédia no Mar)

"'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar -- dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.

'Stamos em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
-- Constelações do líquido tesouro...

'Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...

'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...

Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.

Bem feliz quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo -- o mar em cima -- o firmamento...
E no mar e no céu -- a imensidade!

Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!

Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!

Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia
Orquestra -- é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...
..........................................................

Por que foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira
Que semelha no mar -- doudo cometa!

Albatroz! Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.


II


Que importa do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?
Ama a cadência do verso
Que lhe ensina o velho mar!
Cantai! que a morte é divina!
Resvala o brigue à bolina
Como golfinho veloz.
Presa ao mastro da mezena
Saudosa bandeira acena
As vagas que deixa após.

Do Espanhol as cantilenas
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Veneza dormente,
-- Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão!

O Inglês -- marinheiro frio,
Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio,
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
De Nelson e de Aboukir.. .
O Francês -- predestinado --
Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir!

Os marinheiros Helenos,
Que a vaga jônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
Vão cantando em noite clara
Versos que Homero gemeu ...
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu! ...


III


Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais ... inda mais... não pode olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!
É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ...
Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!


IV


Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...

Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!

E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...

Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!

No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."

E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...


V


Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!

Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...

São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .

São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma -- lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.

Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
... Adeus, ó choça do monte,
... Adeus, palmeiras da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!...

Depois, o areal extenso...
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p'ra não mais s'erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer.

Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...

Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
-- Férrea, lúgubre serpente --
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...

Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...


VI


Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...

Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...

Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!"

ALVES, Castro. Poesias Completas.
Rio de Janeiro: Ediouro, 1996, p 133-138.


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PS: Não tem align nesse fórum?!

PPS: Minha parte favorita é essa:

"[...]Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...

Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...[...]"


Abraços, Drizzet
 
Tinha criado um tópico para perder a inibição, agora acho que já estou mais seguro. Tava pensando em mandar uma poesia romântica, rimadinha, aí bateu uma ciumeira sem fim e sem motivo. Lembrei que tinha escrito este poema que tem tudo a ver com meus momentos de ciumeira sem sentido.

Protagonista

Não posso mais me concentrar
Paro fitando onde não há nada
Remoendo e ruminando este fato
Que só aconteceu em minha mente
E que por isso mesmo, paulatinamente,
Em constante metamorfose
Toma grandeza megatônica.

Mas esta bola de neve
Rolando montanha abaixo
Não foi fato de combustão espontânea,
Houve uma primeira centelha.

Quando soube, não da sua boca,
Que você vagou longe dos meus olhos
Inventei razão para desconfiar
Não daquilo que disse
Mas do que não me confirmaram.

Quando me contou
Sem firmeza nas palavras
Escorreguei pela frouxidão do seu relato
Recaindo em canto obscuro da mente
Domínio da insegurança e do medo.

Mas se tenho em ti toda confiaça,
Por quê, ainda assim,
Cambaleei por tal caminho ?

Porque sou pessoa insegura ?
Porque o mundo vacila ?
Porque, simplesmente, tenho medo ?

Ou no fundo, sei que na verdade,
Se eu não te amasse tanto
E deixasse fluir o que há de pior em mim
Seria eu o protagonista.
 
Que bom um tópico sobre poesia! :) No antigo fórum nós tínhamos um desse, mas vivia as moscas... A nova safra de usuários parece apreciar mais essa forma tão sublime de expressão...

Vou estrear com uma do Drummond que é fabulosa; uma de minhas favoritas! É uma poesia bastante singular em sua obra pois foge bastante ao estilo do poeta. Digam oq acharam dela.


RECONHECIMENTO DO AMOR

Amiga, como são desnorteantes
os caminhos da amizade.
Apareceste para ser o ombro suave
onde se reclina a inquietação do forte
(ou que forte se pensava ingenuamente).
Trazia nos olhos pensativos
a bruma da renúncia:
não querias a vida plena,
tinhas o prévio desencanto das uniões para toda vida,
não pedias nada,
não reclamavas teu quinhão de luz.
E deslizavas em ritmo gratuito de ciranda.


Descansei em ti meu feixe de desencontros
e de encontros funestos.
Queria talvez - sem o perceber, juro -
sadicamente massacrar-te
sob o ferro de culpas e vacilações e angústias que doíam
desde a hora do nascimento,
senão desde o instante da concepção em certo mês perdido
[na História,
ou mais longe, desde aquele momento intemporal
em que os seres são apenas hipóteses não formuladas
no caos universal.


Como nos enganamos fugindo do amor!
Como o desconhecemos, talvez com receio de enfrentar
sua espada coruscante, seu formidável
poder de penetrar o sangue e nele imprimir
uma orquídea de fogo e lágrimas.
Entretanto, ele chegou de manso e me envolveu
em doçura e celestes amavios.
Não queimava, não siderava; sorria.
Mal entendi, tonto que fui, esse sorriso.
Feri-me pelas próprias mãos, não pelo amor
que trazias para mim e que teus dedos confirmavam
ao se juntarem aos meus, na infantil procura do Outro
o Outro que eu me supunha, o Outro que te imaginava,
quando - por esperteza do amor - senti que éramos
[um só.

Amiga, amada, amada amiga, assim o amor
dissolve o mesquinho desejo de existir em face do mundo
com olhar pervagante e larga ciência das coisas.
Já não defrontamos o mundo; nele nos diluímos,
e a pura essência em que nos transmutamos, dispensa
alegorias, circunstâncias, referências temporais,
imaginações oníricas,
o vôo do Pássaro Azul, a aurora boreal,
as chaves de ouro dos sonetos e dos castelos medievos,
todas as imposturas da razão e da experiência,
para sentir em si e por si,
à revelia de corpos amantes,
pois já nem somos nós, somos o número perfeito:
UM.


Levou tempo, eu sei, para que o Eu renunciasse
à vacuidade de persistir, fixo e solar,
e se confessasse jubilosamente vencido,
até respirar o júbilo maior da integração.
Agora, amada minha para sempre,
nem olhar temos de ver nem ouvidos de captar
a melodia, a paisagem, a transparência de vida,
perdidos que estamos na concha ultramarina de amar.
 
Arandelis , tem mais lembranças ruins do q boas na minha cabeça , mas eu cansei das ruins e só lembro das boas!isso q eu quis dizer mesmo na poesia!nossa , se eu fosse dizer das ruins eu acho q iria dizer c/ as lágrimas1uma coisa q eu aprendi na vida é dar a volta por cima , tem uma frase q é assim;
´´Na vida você encontrará o fracasso e a dor , mas siga em frente para vencer com o fracasso e para prender com ele.´´
e outra assim ´´No mundo encontrarás dificuldade , mas não tema , eu venci o mundo.´´(Jesus)
Gente , vamos levantar a cabeça e seguir em frente , se nós não seguirmos em frente , ninguém seguirá por nós!
 
Gente , cada vez q eu entro aki mais emoção eu tenho ,qdo eu criei esse tópico achei q ñ ia fazer sucesso , q o povo ñ ia levar a sério ou colocar só bobagens!Mas aconteceu o contrário!É maravilhoso tudo q está escrito , vcs todos são uns verdadeiros poetas!Nossa , se eu tivesse dinheiro p/ publicar um livro de poesia só de vcs , eu ñ pensava 2 vezes!
Todos vcs eu adimiro , mesmo qdo ñ faço comentários pessoais , mas é difícil falar , se expressar , poesia é mais sentimento mesmo , eu leio e sinto!Q bom q vcs tb adoram aki , eu me sinto realizada , mas ñ só por mim ,mas por vcs tb!Eu até acho q disse , ñ lembro q o tópico é de vcs e ñ meu , eu só dei a iniciativa , qdo eu puder eu posto mais poesias!
Bjos Amiguinha Wood
 
Pessoal, venho aqui fazer um pedido. Desculpem-me pelo abuso, mas eu estou precisando de ajuda com um trabalho. Preciso de dois poemas sobre Memorias. Se alguem achar algo, fico muito agradecido!
 
de que adianta a vida se não são lembranças ruins?
vou até tentar improvisar alguma coisa:

você evolui,
e esquece;
você cresce,
já não é mais;
você não se lembra
mas o passado está logo ali atrás;
você ignora
por um acaso da surpresa,
é apunhalado;
você supera
por uma acaso da tristeza,
não é mais lembrado;
você é o melhor
por um acaso do destino,
é derrubado;
você se mantém de pé
por um acaso da bala perdida,
é assassinado...


foi mal mas eu não tinha idéia melhor pra esse final... hehehehehe :P
 
Realmente, naum podemos nos afogar no passado... na realidade, as lembranças boas sempre tem sabor de mel (huuuuumm), mas tbem eh util se lembrar das más, pra melhorar kda vez mais, se libertar.... pena q tem gente q naum consegue essa dádiva :!: :roll: Aliás, uma boa filosofia d vida eh a do "viva como se hj fosse o ultimo dia da sua vida..." (mas sem excessos :lol: )...

Janeiro
E vienes tu,
Enero...*
Quero me libertar
Do ano que já passou
Mas o tempo não acabou...
Venha, venha comigo
Vamose esquecer de tudo,
Vamos dominar o mundo...
Dos sonhos com girassóis
Pois é Janeiro
O mundo não acabou
A saga só começou
Só temos que aproveitar
Arandelis


*eu naum tenho mta prática com espanhol, se isso estiver erradi, me corrijam... :wink: :lol:
 

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