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Mesmo assim, é o tipo de filme cuja força vem do produto final. Quando ele termina, você percebe o leque de possibilidades que ele oferece; aí a potência não vêm da cena x e y, mas da capacidade de reflexão sobre os pequenos atos que vão se somando ao longo do filme.
Harry Potter disse:
É impressionante como você está reclamando exatamente do que eu mais gostei. A graça da cena está justamente na falta de antecipação e na espontaneitade do momento. Perceba que o evento (homem tocando violino) pega tanto a Fernanda Torres quanto o público de surpresa e com impacto. Se houvesse alguma espécie de atencipação, essa parte não teria a força que tem. Embora ela esteja presenciando uma das coisas mais lindas de sua vida, os homens estão completamente alheios às emoções dela, com as quais só o público está compartilhando - o que adiciona uma pitada extra de isolamento ao personagem dela, o que dada as circunstâncias é algo bastante triste/dramático/lindo.
