• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Babel (idem, 2006)

SPOILERS

alguém me esclareça uma dúvida. A japonesa mentiu para o policial dizendo que a mãe se jogou da varanda e não de um tiro na cabeça. OK, o que eu perdi aqui?
 
SPOILERS

alguém me esclareça uma dúvida. A japonesa mentiu para o policial dizendo que a mãe se jogou da varanda e não de um tiro na cabeça. OK, o que eu perdi aqui?

Alguém me corrija se eu estiver falando algo incorreto (nesse ponto do filme eu já estava dormente de tanta estupidez), mas a mentira da japonesa foi algo como uma fantasia pessoal que ela decidiu expor na forma de uma versão alterada da morte de sua mãe.
 
Estou muito ansioso para ver Babel depois de o filme ter ganhado o Globo de Ouro.
Bom, aparentemente parece ser um ótimo filme, só espero não ter os mesmos clichês de Crash, que ganhou o Oscar no ano passado (não que eu esteja dizendo que Babel irá ganhar, mas é que os filmes possuem aspectos semelhantes).
 
Alguém me corrija se eu estiver falando algo incorreto (nesse ponto do filme eu já estava dormente de tanta estupidez), mas a mentira da japonesa foi algo como uma fantasia pessoal que ela decidiu expor na forma de uma versão alterada da morte de sua mãe.
Você tucanou aí, hein? :lol:
 
SPOILERS

Finalmente consegui ver o filme! E, sabem o que é mais engraçado? Eu gostei! Até reli esse tópico para pensar no que dizer.

Não concordo com quem disse que as histórias são curtas demais e que não dá para se apegar emocionalmente aos personagens. Achei elas na medida. Não consigo imaginar nenhuma vantagem em aumentá-las. E eu, pelo menos, me senti envolvido: não queria que a Susan morresse, não queria que a babá fosse deportada, não queria que os meninos fossem presos, não queria que a japonesa ninfomaníaca pulasse da janela. Não queria um monte de coisa e queria outras, e isso é envolvimento.

Quanto a trilha sonora, ela não me incomodou. Não prestei muita atenção nela, na verdade. Achei bacana.

A história dos turistas veio num momento bom. Alguém disse que seria mais legal se ela culpasse o Brad por tudo o que estava acontecendo. Mas, ok, não sei se é isso que eu faria no meu leito de morte - geralmente, deixamos as coisas irrelevantes para fazer no cotidiano, né? Se eu estivesse morrendo e com o homem da minha vida do meu lado, ali, eu não ia fazer esse tipo de drama. "Cuide dos nossos filhos" é um clichê, ok, mas quantas vezes vocês não dizem clichês, heim? As pessoas vivem dizendo clichês, e é por isso que eles são clichês. A vida real é assim. Essa história rendeu as minhas únicas poucas lágrimas no filme: durante a ligação do Brad para o filho (aliás, aqui entra o muito interessante recurso do aproveitamento de dois tempos diferentes no filme).

A história dos marroquinos é pequena, mas não é de se jogar fora. É preciso que entendamos o lance do ACASO e das pequenas escolhas que levam a danos enormes e irreversíveis. Eles podiam não ter atirado na porcaria do ônibus. Foi uma idéia estúpida, e se eles pudessem prever as consequências, não teriam apertado o gatilho. Mas não podiam, e apertaram. Fazemos isso todo santo dia.

O mesmo digo da babá, cuja história ainda aproveita para dar uma cutucada na imigração ilegal. Ela podia ter deixado as crianças, ou atravessado de manhã com calma. Foi uma idéia estúpida que ela teve, só isso. Ela mesmo confessa isso. E veja lá, a vida dela foi toda transformada. Não acho que tenha sido feito um grande drama em cima disso, mas a mensagem está lá.

Falando da japonesa... Hm, achei tudo muito engraçado, no final das contas. Não fiquei chocado nem me senti tocaaaaado. Gostei principalmente das últimas cenas, em especial a última. Vai, confessem, inserir um personagem surdo-mudo num filme sobre falta de comunicação foi genial. E mostra justamente que a falta de comunicação não é a mesma coisa que a falta de expressão verbal, de forma alguma. É bem além disso.

É importante falar sobre as línguas universais, aliás. A violência, por exemplo. Todo mundo entende a violência do Brad Pitt, no Marrocos. O sexo, para a japonesa. A dor, que leva a velha no Marrocos a cuidar da Cate. O dinheiro do Brad, que o marroquino enfaticamente rejeita. São todas línguas que saem das fronteiras da oralidade, e isso é maravilhoso.

Vai, um último comentário: a única parte realmente forçada do entrelaçamento das histórias foi a doação da arma do japonês, para mim. Mas isso nem me incomodou. Na hora, me pareceu uma grande sacada. Eu não consigo pensar num jeito melhor de unir as coisas, mas eu gostaria, ok, que a união fosse um pouco mais emotiva e não só material e tudo mais.

Não é o filme do ano. Não estou torcendo para que ganhe o Oscar. Mas peloamordedeus, gente, não é tão ruim assim. Achei bem válido assistir, e recomendo ;)
 
Kain, fala sério. Eventuais SPOILERS aqui.

Ótima e melhor do filme a subtrama com a virgem surda-muda nipo-ninfomaníaca. A cena na boate (já cotada pro VFA5) me proporcionou um misto de reações: ora eu piscava ofuscado, ora me caía o queixo com os cortes entre surdez e audição, ora eu ria imaginando as pessoas se levantando das poltronas e fazendo uma rave (sim, eu tenho alguns problemas e rio com facilidade). Não assisti a Dreamgirls e a Notas Sobre Um Escândalo, mas dentre as indicadas ao Oscar de coadjuvante, a Rinko Kikuchi é por enquanto a minha predileta. Acho que ela podia ter sido até mais explorada, quem sabe em mais de diálogos com as amigas (se tem uma coisa que é hipnotizante são a velocidade e a naturalidade dos gestos em conversa de mudo). Eu ficaria mais satisfeito se houvesse uma conexão mais consistente entre Japão e as outras subtramas (como o Melkor disse) e também se o Arraiga tivesse desenvolvido ainda mais o conflito da Chieko, em vez de deixar no ar coisas tipo o bilhete para o policial e a mentira sobre a mãe.

SPOILERS

É importante falar sobre as línguas universais, aliás. A violência, por exemplo. Todo mundo entende a violência do Brad Pitt, no Marrocos. O sexo, para a japonesa. A dor, que leva a velha no Marrocos a cuidar da Cate. O dinheiro do Brad, que o marroquino enfaticamente rejeita. São todas línguas que saem das fronteiras da oralidade, e isso é maravilhoso.

Gostei muito da sua interpretação. Muito da importância que eu dei pra subtrama da japa foi por causa da obviedade da relação dela com aquilo que se espera de Babel: é uma adolescente surda-muda privada de comunicação com o mundo procurando forçar contato das formas mais, uh, peculiares possíveis. Eu não consegui ver nada dessa premissa sobre comunicação nas outras histórias, e isso de "linguagens universais" serve muito bem como suporte pra tudo aquilo (e consolida a nota *** de **** que eu estava relutando em dar pro filme). O Arraiga poderia ter tratado da idéia de uma forma mais explícita, incluindo isto em algum diálogo no final ou sei lá. O roteiro foi meio sem graça mesmo (e eu aposto em Pequena Miss Sunshine pro Oscar de roteiro original), mas felizmente as atuações e a direção trataram de compensá-lo. Não me vejo apto a falar da trilha sonora, mas não boto muita fé em dobradinha de Santaolalla. Já roguei minha praga: é bem capaz de Babel sair de mãos abanando da cerimônia.

PS: Minha namorada detestou Crash de verdade, e gostou de Babel. Fico com Babel também. Se ganhar o Oscar, vai servir pelo menos pra contrastar com o trabalho do Haggis.
 
Não gostei tambem. Alem de todos os clichês que gente que gosta mais de cinema que eu já narrou aqui, tem o fato de que os unicos que ficaram bem foram os americanos ¬¬

Marrocos: o pai aparentemente perdeu o filho mais velho, viu o mais novo ser preso, e teve a desonra de ter uma filha exibicionista pro próprio irmão;

México: o filme não mostra, mas duvido que os americanos tenham feito algo pra ajudar a antiga babá (não que houvesse algo a ser feito..). Sem falar que o personagem do Gael provavelmente se ralou bastante..

Coréia: a guria não conseguiu se fazer entender, teve a paquera roubada pela amiga (alem d'eu ter ficado esperando alguem estupra-la a qualquer momento), e acho que por muito pouco não pulou da sacada. O pai a mesma coisa, ter uma esposa suicída deve ser dificil demais de se entender. Até essa história foi a unica que sugeriu um final feliz: O pai achou a filha a ponto de se jogar do prédio, e junto se confortaram mutualmente, ou ao menos foi assim que entendi.

EUA: Só isso deu certo. A mulher se salvou milagrosamente, o marido resolveu as diferenças e foi 'absolvido' pela fuga, e as crianças se salvaram com talvez alguma desidratação e queimaduras. A família até se reestruturou com toda a tragédia o_O
 
Última edição:
Não achei ruim como algumas pessoas disseram, e acho que algumas cenas foram mais mal-compreendidas do que necessariamente ruins. Mas eu achei sim que todas foram mal aproveitadas, ou seja, poderiam ter sido mais aprofundadas (talvez não a do México, que foi boa), e as ligações entre as tramas eram bem superficiais, o que praticamente faz sumir uma das premissas do filme de que pessoas muito distantes podem estar interligadas.
 
Essa foi realmente a melhor novela escrita por Sílvio de Abreu. Quanto foi reprisada na sessão "Vale a pena ver de novo" eu quase pirei.

Ainda vejo as pessoas morrendo na explosão daquele shopping. Eu adorava a personagem Sandrinha, de Adriana Esteves, que era cheia de nuances e trejeitos.

Saudade...
 
SPOILERS

Alguém me corrija se eu estiver falando algo incorreto (nesse ponto do filme eu já estava dormente de tanta estupidez), mas a mentira da japonesa foi algo como uma fantasia pessoal que ela decidiu expor na forma de uma versão alterada da morte de sua mãe.


Eu achei que ela se jogaria da sacada, do jeito que mentiu que a mãe tinha morrido. Talvez estivesse dizendo (ou prevendo) o que iria acontecer com ela.

51
 
O filme é um porre, enfim.

É, bem por aí.



Toda a história foi muito forçada. As relações dos personagens, as situações. Tudo foi muito extremo, muito corrido e pouco convincente. Principalmente a história da japonesa, que, apesar de ter razões psicológicas pra ser perturbada, era estúpida além da conta.

Enfim, salva-se uma ou outra cena da trama dos mexicanos, a atuação da mexicana e a do Brad Pitt.

Fora isso, achei bem fraco.

37
 
Vi o filme semana passada, depois eu posto algo mais detalhado a respeito. Por enquanto só tenho duas coisas a dizer:

1 - O filme é cheio de tosquices, mas eu até que gostei no fim das contas. Concordo com muito do que foi criticado aqui (principalmente em relação à direção ruim e confusa e às interpretações), mas discordo de algumas críticas, principalmente com relação à forma de agir dos personagens (suas motivações e etc). Entro em detalhes outra hora, quando estiver com mais tempo pra fazer um post decente.

2 - Como diabos aquela trilha sonora enjoativa e irritante ganhou o oscar?? Não que ganhar o oscar seja algo importante, mas é que aquilo não merecia prêmio de nenhuma espécie. :blah:
 
tá mais pra prêmio de consolação. Mas eu gosto da trilha, ou não tenho nada contra ela, assim como a de Brokeback Mountain.
 
Eu não gostei da trilha, mas ela é considerada boa sim, então dentro do consenso o prêmio foi justo, eu acho... gente, a propósito, o compositor vem dar uma palestra na PUC em breve, se não me engano mês que vem (tenho que verificar). :D
 
Já não tava com vontade de ver o filme ao olhar para o tópico. Piorou ainda mais. Mas, sei lá, vai que vou ter alugar mais um filme na locadora pra ficar com aquelas "promoções". Aí há uma chance.
 
Não me lembro da trilha, então não devia ser grande coisa...Não entendi o porque do Oscar tambem. Que ganhasse o musical, por mais que fosse irritante.
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo