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Vestibular: eu TENHO QUE PASSAR!!!!!!!

E eu estou ha 3 anos de sossego na UFRJ. E devo ter mais 1 ano assim.

Daqui há alguns anos vou vender minha história rara de universitário da UFRJ que não passou por greve.
 
Pior são os que reclamam de greve, em vez de reclamar da "contenção de verbas".
 
Nada contra greves, pelo contrário. Se essa contenção continuasse, acharia estranho se não houvesse greves... mas melhor que não haja contenção, ou greves.
 
Só um jabá aqui, que tem a ver com vestibulares, tal: Superpop e bixos. O texto é um pouco longo, mas eu ia gostar de alguns comentários, porque sempre há muito bafafá sobre trotes universitários e pouca gente tentando entender a importância deles.
 
Ahhh... amanhã eu vou para a UfSCar ver se consigo a lista de espera... :timido:

Espero que tudo dê certo! :pray:


Mas....

Caso não dê, já estou com planos para o ano novo em pleno funcionamento e prestes a agir, bastando apenas saber se passo ou não! :joy:
 
Só um jabá aqui, que tem a ver com vestibulares, tal: Superpop e bixos. O texto é um pouco longo, mas eu ia gostar de alguns comentários, porque sempre há muito bafafá sobre trotes universitários e pouca gente tentando entender a importância deles.
Gostei do texto.

Mas é uma coisa meio complicada mesmo.
Já que levar algum segurança ou coisa do tipo pode tirar o espírito do trote. Teria-se que comunicar antes quais seriam os trotes para que fossem analisados ou coisa do tipo, pq senão uma pessoa mais mal-humorada poderia achar que pintar cara é exagero e talz.
Sem contar que o legal tb dos trotes é tentar inventar alguns e talz.

Só que tb não dá pra deixar passar em branco esses casos aí da menor de idade humilhada e quase estuprada.
Lembro de ter visto há uns 2 ou 3 anos na internet uma notícia em que um dos responsáveis do trote que matou esse calouro de medicina reclamava que ainda era meio hostilizado e que as pessoas o viam de forma torta. E que isso até tava prejudicando sua carreira.
Eu achei muito bem feito. E que seja assim por mais um bom tempo.
 
A gente tem que assinar um papel aqui, na hora da matricula, que diz todas as punições que podem acontecer com o aluno por causa do trote.
Pode ser expulso e tal...
 
Mudando totalmente o assunto da discussao:
Meu a retençao de verbas p/ a universidades é um absurdo! O Brasil já tem um investimento precário em educaçao, grande parte da populaçao nao tem acesso às instituições de ensino superior e esse troxa desse governador ainda retem a verba das universidades, acho q eles querem q a populaçao se aliene da vida e se mantenha cega à robalheira geral instituida nos governos do país...
 
Só um jabá aqui, que tem a ver com vestibulares, tal: Superpop e bixos. O texto é um pouco longo, mas eu ia gostar de alguns comentários, porque sempre há muito bafafá sobre trotes universitários e pouca gente tentando entender a importância deles.

Sobre RITOS de passagem, claro que são importantes. Se for levar nesse contexto, muitas civilizações tiveram e ainda tem cerimoniais para sabermos que não mais somos algo, que nos transformamos em algo melhor. Festas de 15 anos (para *oferecer* a menina para os lobos de plantaão), Quarup, etc..

Mas como dizem, temos de tomar cuidado com pau que nasce torto. E o trote começou torto, e nem foi agora no século XX.

Boletim do Instituto de Fisica da USP de 30 de julho de 2004 disse:
http://louvre.if.usp.br/bifusp/bifold/bif0420.html

A invasão da Reitoria na Unicamp
Roberto Romano 1,2

A grande conquista democrática, após a reurbanização ocorrida no fim da Idade Média, é a personalidade jurídica dos cidadãos. Antes disso, um indivíduo só existia no seu estamento (nobreza, clero, corporações). Carentes de carapaça social, os pobres suscitavam até mesmo debates para saber se eram mesmo humanos. Os camponeses viveram tal drama durante milênios. Eram percebidos como entes sem fala articulada ou modos polidos. Para abandonar essa aparência, se pretendiam acompanhar cursos acadêmicos, precisavam ser transformados em gente. Nasce o trote. O pobre sem nome ilustre era assim agredido como "bicho" pelos ricos ou remediados de origem urbana. Só depois recebia o status de universitário, mas sempre em situação inferior aos "bem nascidos".

Ao escapar das garras feudais, os camponeses tentavam a vida nas cidades ("So ar das urbes dá liberdade"), mas encontravam a sólida barreira dos privilégios corporativos diante de si. Eles tinham dificuldades inauditas para conseguir emprego, matrimônio, etc. Seu grande número era dirigido para os trabalhos servís. No mister do quintal, do fogão e de outros menos cansativos e mais degradantes, eram chamados com a fórmula "tu". Seu nome não interessava: estavam alí como autômatos para agradar os mestres, os quais podiam castigá-los do modo como julgassem adequado. Eles seriam irresponsáveis e sem dignidade. Estavam presentes na casa, mas anônimos. A Revolução Francêsa combateu essa tara social. Muitos erros de seus adeptos radicais têm origem nos milênios de ressentimento dos servos que agora podiam dar o troco. Muita injustiça foi cometida em nome do ódio e do rancor acumulados após tanta degradação. Com os eventos democráticos, iniciados nas revoltas camponesas da Alemanha no século 16 e na revolução dos Levellers na Inglaterra do século 17, o Estado passou a garantir uma personalidade a todos os indivíduos. Isso tem nome: cidadania.

(....)

1 Publicado no Correio Popular, edição de 5/7. Reproduzido no Jornal da Ciência, SBPC, 9/7/2004.

2 Texto enviado pelo Prof. João C. A. Barata, Departamento de Física Matemática.

Acho que neste sentido, o trote já nasceu torto. Não acredito que os abastados quisessem "humanizar", ou que fosse um cumprimento "até agora nunca te vi mais gordo, nem sabia que eras gente, agora veja só eu estou dirigindo-te a palavra".

Minha interpretação é a seguinte: o abastado ressentido pela invasão da plebe (quem esse idiota pensa que é?), simplesmente colocou o plebeuzinho no seu "devido lugar". Entrou em Oxford? Tudo bem, mas não ouse pensar que é um igual a mim! Nem pense que pode se tornar melhor que eu!

E neste contexto as vezes acho tudo uma tragicomédia quando vejo os poucos representantes barulhentos (e infelizmente os que chamam atenção) das ciências humanas que defendem Marx 'abaixo o capitalismo' "vive la libertè" etc., desconheçam o lado obscuro e sujo do trote. Não o trote como o conhecemos hoje, que apesar dos excessos e violências ainda tem uma conotação alegre e juvenil, o que não posso dizer da conotação original.

Então o "trote" mesmo quando a gente tenta consertar moldando como "trote cidadão" não parece ter muito futuro. O politicamente correto não tem atrativos, e mais que isso, parece-nos que algo nos impele ao velho caça-presa, onde fico pasma com o bicho-bichete querendo ser "punido" ou "recebido" com trote.

É neste sentido que apesar de concordar com a necessidade de um ritual de passagem, duvido que o trote possa ser consertado.
 
Mas é uma coisa meio complicada mesmo.
Já que levar algum segurança ou coisa do tipo pode tirar o espírito do trote. Teria-se que comunicar antes quais seriam os trotes para que fossem analisados ou coisa do tipo, pq senão uma pessoa mais mal-humorada poderia achar que pintar cara é exagero e talz.
Sem contar que o legal tb dos trotes é tentar inventar alguns e talz.

Olha, não sei se é tão complicado assim. O diretor da Poli estava lá no ato da matrícula, e entregando papéis dizendo sobre a não-obrigatoriedade do trote. O fato de ele estar presente no ato da matrícula com certeza inibe algumas ações. Não inibiu ninguém de rolar na poça, ser pintado, pular na piscininha, nada disso. Tão pouco inibiu a cerveja. Mas de certo que se houvesse alguma reclamação por parte de algum bixo que não fosse atendida, de certo a presença do diretor ali faria alguma diferença.

Primula disse:
Então o "trote" mesmo quando a gente tenta consertar moldando como "trote cidadão" não parece ter muito futuro. O politicamente correto não tem atrativos, e mais que isso, parece-nos que algo nos impele ao velho caça-presa, onde fico pasma com o bicho-bichete querendo ser "punido" ou "recebido" com trote.

É neste sentido que apesar de concordar com a necessidade de um ritual de passagem, duvido que o trote possa ser consertado.

Primula, eu desconhecia essa origem do trote, que é um tanto hostil. Eu imaginava que seria algo assim, mas a bem da verdade, não vejo, de modo geral, o trote dessa maneira. Como você disse, ele é alegre-juvenil, hoje em dia. Por mais que muitos não o apliquem pensando em igualizar a bixarada, eu enxergo como sendo isso que acontece. Ou você não acha que muita gente que ingressa numa universidade, ainda mais numa do dream team, não entra arrogante? Ser chamado de bixo burro e ficar pintado, sujo, ajuda-nos, bixos cheios de si, a percebermos-nos iguais a todos.

O trote nasceu torto sim, mas não, ao menos de maneira explícita, o sentido de diminuição. Ao menos eu não senti isso, na matrícula. Conversei com vários veteranos, vários mesmo, e foram todos receptivos, conversavam tranqüilamente. Afinal de contas, eles já passaram por isso. O trote hoje não é mais algo que acontece a plebeus vindo de nobres. É algo que é passado de quem já recebeu trote pra quem está recebendo trote. Por isso que ele se integra ao rito de passagem, como um todo, do ingresso na universidade. Não é elitizado, é generalizado e, em sua grande parte, respeitoso.

Sei que meu texto ficou bem tendencioso, e bem fraco em muitos pontos, eu escrevi de uma vez mas pra defender mesmo o trote. Acho muito exagero atacar os trotes universitários sem tentar entedê-los, sob nenhuma perspectiva além da ruim. Eu não sabia da origem do trote, como já disse, mas não creio que hoje o trote deva ser tratado como um Sauron do que, na realidade, como a derradeira destruição do Um Anel: o momento em que você realmente finda sua busca.
 
Eu concordo que é um ritual de passagem importante (mesmo ainda não tendo passado por isso), mas o medo que fica é que o povo passe do limite e deixe de ser algo divertido/catártico pra se tornar algo ruim, etc.
Eu por exemplo não ligaria de fazer nada, mas sinceramente não quero que cortem meu cabelo (sim.). Podem me pintar, mandar rolar na lama, mandar pegar dinheiro, etc, mas como saber se vai ser "só" isso? Dá um pouco de apreensão.
(Porque eu tenho baixa auto-estima e me acho horrível sem cabelo, etc)
De qualquer maneira, ainda tem um ano... E dizem que os veteranos da ECA são mais tranquilos quanto a isso, então (acho que) tudo bem...
 
Tomara que eles sejam bem tranqüilos mesmo, porque geralmente o cabelo tá no básico do trote. :lol:

Mas o certo é te respeitarem sim, caso você não queira.
 

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