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O ensino literário nas escolas é sério?

Concordo com o Jango. Que tipo de brasileiros serão formados se desconhecerem a cultura (e a história da mesma) de seu país? Os autores portugueses são importantíssimos pelo fato de terem influenciado nossa literatura de forma indiscutível. Machado de Assis e José de Alencar são tão estudados e caem tanto no vestibular em função de serem considerados alguns dos maiores autores da língua portuguesa. Tem que ser estudados. Não é 'puxa-saquismo'.

Agora essa história de ensinar apenas o melhor é bobagem. Acredito que uma visão plena do todo é mais importante que só a visão idealizada.

No meu colégio, se dá privilégio aos autores de língua portuguesa (de todos os tempos), mas estudamos tantos (importantes e quase desconhecidos, que caiam no vestibular ou não) que quase não dá pra reclamar. Autores de outros países são importantes? São. Nós de vez eu quando estudamos alguns franceses e americanos, mas não é grande coisa. Penso que nesse sentido algo de veria ser mudado: ensinar Dostoiévisk, um pouco de Shakespeare, etc, seriam muito bem-vindos, mas nunca negando a importância de nossos autores de língua portuguesa.
 
Sei não. Faz tempo que eu sai da escola, mas que eu me lembre lá só nos passavam autores brasileiros/portugueses. E não acho ruim. Podem chamar de ufanismo, mas há de se levar a língua pátria a frente. Temo por essa idéia de começar a incluir autores estrangeiros. Sei que existem muitos autores bons em língua não portuguesa. Mas como no Brasil o pessoal tem mania de achar que só por que é importado é melhor isso acaba por levar aum esquecimento dos autores nacionais.
Eu por "obrigação" devia ler autores nacionais. Por lazer li o que me dava na telha. O que tinha de melhor na biblioteca. Ai sim eu considero que deva haver um critério diferente. E muito cuidado. Visto que é o governo que aparelha as bibliotecas do país. E ele está gastando muito dinheiro com isso. Resta saber o que está sendo colocado lá dentro.

Nossa língua deve ser levada pra frente com a produção cultural de qualidade. Criar mecanismos para reesguardar e proteger a mediocridade não dá certo de forma alguma. Se nossa língua está morrendo a culpa é de nós que paramos de produzir.

Esse negócio de falar que brasileiro tem mania de falar que só o que importado é que presta não existe. Ao menos nunca senti. Nosso povo é extremamente patriota. Você tem pesquisas que indiquem isso? Quando eu falo que prefiro ler os autores de Administração de Harvard do que os brasileiros, o pessoal me chama de elitista, de "paga pau americano". Na cabecinha deles não conseguem ver que pra mim não importa o país de origem, e sim a qualidade de seu trabalho.

Uma cultura que não se desenvolve realmente não deve ser estudada.
Como já disse, temos autores fantásticos, que coloco entre os melhores do mundo (dos quais já tive o prazer de ler), e eles nos representam muito bem. Acho que já é o suficiente.

Agora essa história de ensinar apenas o melhor é bobagem. Acredito que uma visão plena do todo é mais importante que só a visão idealizada.
E você acha que estudando apenas portguêses e brasileiros teremos uma visão plena? Ah sim, afinal a literatura mundial depende apenas deles né? Claro, estudando apenas estes autores teremos uma visão BEMMMMMM abrangente da literatura.
 
Nossa língua deve ser levada pra frente com a produção cultural de qualidade.

Concordo.

Criar mecanismos para reesguardar e proteger a mediocridade não dá certo de forma alguma.

Concordo.

Se nossa língua está morrendo a culpa é de nós que paramos de produzir.

Quem disse que está morrendo? Paramos de produzir?

Esse negócio de falar que brasileiro tem mania de falar que só o que importado é que presta não existe. Ao menos nunca senti.
Nosso povo é extremamente patriota. Você tem pesquisas que indiquem isso?

Você tem as suas?

Quando eu falo que prefiro ler os autores de Administração de Harvard do que os brasileiros, o pessoal me chama de elitista, de "paga pau americano". Na cabecinha deles não conseguem ver que pra mim não importa o país de origem, e sim a%s de origem, e sim a%.

Muito bom. Você se interessar por aquilo que você considera o melhor.


Uma cultura que não se desenvolve realmente não deve ser estudada.
Como já disse, temos autores fantásticos, que coloco entre os melhores do mundo (dos quais já tive o prazer de ler), e eles nos representam muito bem.

Se você os coloca entre os melhores do mundo e você mesmo diz que devemos estudar o que há de melhor, então eles devem ser estudados.


E você acha que estudando apenas portguêses e brasileiros teremos uma visão plena?

Não. Mas o conhecimento e a análise precisam de um ponto de partida. Para que haja uma comparção entre um conhecimento adquirido e um novo que nós é apresentado.

Ah sim, afinal a literatura mundial depende apenas deles né? Claro, estudando apenas estes autores teremos uma visão BEMMMMMM abrangente da literatura.

Não. Mas já saberemos o que foi produzido aqui. Compararemos com o que foi produzido lá fora e a partir disso teceremos nossas opiniões, preferências e tendências.

P.S: Não há sarcasmo, cinismo ou deboche em qualquer declaração minha.
P.P.S: Como não sei usar direito o Quote eu sublinhei as minhas respostas.
 
Última edição:
Nossa língua deve ser levada pra frente com a produção cultural de qualidade. Criar mecanismos para reesguardar e proteger a mediocridade não dá certo de forma alguma. Se nossa língua está morrendo a culpa é de nós que paramos de produzir.

Esse negócio de falar que brasileiro tem mania de falar que só o que importado é que presta não existe. Ao menos nunca senti. Nosso povo é extremamente patriota. Você tem pesquisas que indiquem isso? Quando eu falo que prefiro ler os autores de Administração de Harvard do que os brasileiros, o pessoal me chama de elitista, de "paga pau americano". Na cabecinha deles não conseguem ver que pra mim não importa o país de origem, e sim a qualidade de seu trabalho.

Uma cultura que não se desenvolve realmente não deve ser estudada.
Como já disse, temos autores fantásticos, que coloco entre os melhores do mundo (dos quais já tive o prazer de ler), e eles nos representam muito bem. Acho que já é o suficiente.


E você acha que estudando apenas portguêses e brasileiros teremos uma visão plena? Ah sim, afinal a literatura mundial depende apenas deles né? Claro, estudando apenas estes autores teremos uma visão BEMMMMMM abrangente da literatura.

o grande problema da produção brasileira, na minha opinião, foi aquele maldito modernismo. Concordem comigo, depois daquilo o povo brasileiro não se importou mais com a poética da história, queriam somente mostrar aquilo que eles chamam de realidade e cultura brasileira. Mas a literatura, ou melhor, as artes em geral, não tem de retratar a realidade, mas sim entreter e inspirar as pessoas. Enfim, o modernismo no início entretia as pessoas, mas voces hão de convir comigo que ficar falando de realidade e cultura brasileira cansa, principalmente se não há nenhuma beleza poética nela. Isso-ainda na minha humilde opinião- traz resultados bem catastróficos, uma vez que ficamos sem heróis para nos inspirar (a não ser que alguém ai considere um índio que só pensa em "brincar" herói)

loth- odeio modernismo, eu não preciso saber se D. pedro I só comprou a nossa independencia, mas gosto de pensar que ele realmente amava o Brasil e lutaria pro ele, me faz sentir mais orgulho do meu país
 
Vocês estão sendo extremamente subjetivos - e eu sei que é a tendência de uma discussão qualquer, mas vocês não podem criticar um sistema de ensino inteiro baseados em obras que adoram ou odeiam.

BTW, já que o assunto foi levantado aqui, o problema da produção literária brasileira atual é dos LEITORES, que COMPRAM porcarias e perpetuam esse ciclo de produzir livro "consumível" para agradar público -> público comprando livro "consumível", ao invés de caçar livros novos e bons.

No final das contas, tudo se resume ao mesmo problema: preguiça.
 
E você acha que estudando apenas portguêses e brasileiros teremos uma visão plena? Ah sim, afinal a literatura mundial depende apenas deles né? Claro, estudando apenas estes autores teremos uma visão BEMMMMMM abrangente da literatura.

O que eu quis dizer é que não devemos estudar exclusivamente os brasileiros e portugueses ou apenas o melhor que vem de fora, mas estudar um pouco de tudo, apresentar estilos dos mais variados mundo afora ao aluno. Tudo isso sem esquecer a cultura do próprio país. Essa é a visão plena do todo a que me referi.
 
Eu posso dar minha opinão sobre o asunto já que sou professor, embora de história, mas tenho contato direto com os clássicos da literatura brasileira.

Um dos grandes fatores pelo o qual os clássicos são bastante citados em provas e nas aulas de literatura e lingua portuguesa é simplesmente o vestibular. Pode parecer engraçado, mas é esta prova que define o ensino fundamental e médio no Brasil.

O uso dos clássicos nada mais é do que uma seleção entre os candidatos por conter expressões complexas, visto que, alguns já tem mais de 70 anos. O aluno deverá ter uma noção de contesto ao analizar tais "documentos", pois não adianta olhar com uma visão crítica do sec. XXI se ele tem ideais e caracteristicas do sec. passado.

Por isso que vemos tantos clássicos e nada de novos autores citados em provas sérias, concursos.
 
Eu posso dar minha opinão sobre o asunto já que sou professor, embora de história, mas tenho contato direto com os clássicos da literatura brasileira.

Um dos grandes fatores pelo o qual os clássicos são bastante citados em provas e nas aulas de literatura e lingua portuguesa é simplesmente o vestibular. Pode parecer engraçado, mas é esta prova que define o ensino fundamental e médio no Brasil.

O uso dos clássicos nada mais é do que uma seleção entre os candidatos por conter expressões complexas, visto que, alguns já tem mais de 70 anos. O aluno deverá ter uma noção de contesto ao analizar tais "documentos", pois não adianta olhar com uma visão crítica do sec. XXI se ele tem ideais e caracteristicas do sec. passado.

Por isso que vemos tantos clássicos e nada de novos autores citados em provas sérias, concursos.


Talvez eu tenha explicado mal, mas a minha idéia é de que a escola forma quase analfabetos (Numa força de expressão), e exige no final grandes autores.
 
Vc não se espressou mal, mas temos que levar que a exigencia sobre esses atores é nada mais que o maldito vestibular, independente da qualidade do ensino dado. O que na minha opnião é um absurdo, mas deixa quieto...
 
Não é por aí. Se fosse isso, ensinam a m* da análise combinatória só por causa "do maldito vestibular". O vestibular retoma o que foi ensinado nas escolas, e não o contrário. BTW, um livro é pedido no vestibular pelo mesmo motivo que é estudado na escola: ele é uma obra que dentro de outras tantas se destacou pela qualidade e pela inovação.

O problema (e acredito que isso responde a pergunta original do tópico) é que a maioria dos professores não sabem explicar o que faz dessa obra algo especial, e prefere cair no terreno perigoso da "análise de enredo" (que seria uma extensão das aulinhas de interpretação de texto que temos nas aulas de Português).

Nesse caso o aluno se obriga a ler um Dom Casmurro, acha a história um porre e conclui o ano letivo sem saber por que diabos pagam tanto pau para o tal do Machado de Assis.
 
A Ana disse tudo.

O grande problema é que os brasileiro não tem o costume de ler e os professores são os grandes incentivadores do ódio à leitura. Quem é que vai ficar lendo alguma coisa que o professor exige um trabalho chato e horroso? Os professores mandam fazer trabalhos e ponto. Não procuram dar uma explicaçãozinha mínima sobre o livro ou sobre o autor, qualquer coisa que fizesse o aluno ter vontade de saber mais, procurar mais, de ler com vontade.

Eles se detém demais em regras, nomes, datas, obra de quem, estilo tal, e deixam de lado o real valor da leitura e do estudo da literatura. Não adianta tentar ensinar alguma coisa à força e muito menos sem tentar fazer o gosto pela coisa surgir da própria pessoa.
Os professores ou aprenderam errado, ou insistem em um erro próprio ou de cópia de estilo, e outros, pior ainda, são teimosos e teimam que a porcaria de método que eles usam é MARAVILHOSA... Além de desatualizados, eles próprios quebram com a literatura, com a arte, com o gosto real que um livro pode trazer.
E falo isso sem sombra de dúvidas, por que conheço umas professoras péssimas, que acham que ensinam um mundo, só por que exigem que o aluno decore os períodos literários, e conheço outras maravilhosas, que pregam o amor pela leitura. Ainda mais por que faço Letras, e vejo de mais perto a realidade disso tudo.
 
talvez seja porque nao tenhamos tecnologia para tornar o ensino eficiente... tipo existe a ciencia, e para aplicacao usamos de engenhosidade (engenharia) para aprimoramento tecnologico da sociedade. Pelo menos em ensino como um todo isso anda sendo problema...
 
Eu adotei uma medida oposta. Passei um livro literário pra ler, mas a intensão era mais pra incentivo. O Arqueiro de Bernard Cornwell.

Pedi pra lerem o livro e quem gostasse, faria uma discução sobre o tema politisando a religião. Os que não gostaram, escolheriam qq livro literário e me mostrariam, assim eu jogaria outro tema.

Eles adoraram e muitos ficaram no Arqueiro, mas o melhor foi quando 4 alunos resolveram começar a ler a trilogia e já tinha comprados os outros dois. Também dei uma série de dicas e livros dos quais eles gostariam.
 
O que é esse ensino de literatura?

Esse ensino literário é sério?[/quote]

Talvez o problema não seja o ensino, mas a maneira como ele é posto... No meu ensino médio tive aulas de literatura que mais me torturavam do que ensinavam...Depois do ensino médio tive um professor que soube mostrar o valor da literatura em nossa própria formação intelectual.
Desde então percebi que devemos ler tudo o que pudermos, se os "portugas" não estudam nossa literatura, azar o deles, não conhecerão Machado de Assis, fundador de nossa academia de letras e reverenciado por vários críticos no mundo inteiro.
O mais importante é estimular o aluno a ler de tudo e por interesse próprio (seja literatura brasileira, portuguesa, inglesa...).
Atualmente ajudo algumas amigas a estudar filosofia, imagine se eu apenas "descarregasse" conteúdos sem fazê-las sentir as indagações dos filósofos...Seria uma droga, um crime contra a inteligência humana!!!
 
:loser:Apenas um comentário: o estudo é importante...
Se o senhor Paulo Coelho fosse além de um bom ficcionista, um conhecedor razoável de sua lingua pátria, certamente faria mais sucesso e teria mais respeito de seus críticos.
 
Vocês estão sendo extremamente subjetivos - e eu sei que é a tendência de uma discussão qualquer, mas vocês não podem criticar um sistema de ensino inteiro baseados em obras que adoram ou odeiam.

BTW, já que o assunto foi levantado aqui, o problema da produção literária brasileira atual é dos LEITORES, que COMPRAM porcarias e perpetuam esse ciclo de produzir livro "consumível" para agradar público -> público comprando livro "consumível", ao invés de caçar livros novos e bons.

No final das contas, tudo se resume ao mesmo problema: preguiça.

:abraco:Sem o grave erro da generalização sobre os leitores brasileiros, concordo com o que foi escrito sobre a preguiça na leitura.

Mas mantenho meu disacordo com relação ao sistema educacional deste país, fui estudante da rede pública e sei que não houve nenhum estímulo à leitura, pelo contrário, só pude entrar na biblioteca da escola quando criei um grupo de alunos que se responsabilizaram pelos livros. Era nossa atribuição catalogar e recuperar livros, além de eventualmente limpar a biblioteca!
Não sei se todas as escolas estão assim, mas no meu caso afirmo que não houve incentivo por parte do corpo docente da escola.
 
Alguns dados:

O Brasil tem 14,6 milhões de analfabetos, 11,6% da população;

Em média o Brasileiro estuda 6,4 anos (uma vergonha comparado aos índices da Europa);

40% dos alunos matriculados no ensino fundamental e médio estão em uma série inadequada para sua idade;

Entre os jovens de 7 a 14 anos 97,2% estão na escola (excelente), mas apenas 65% da população completa o ensino fundamental (vergonhoso);

10% dos jovens chegam a universidade. mas só 1 a cada 8 estudantes conseguem o diploma.
*Fonte:Atualidades Vestibular 2006*
 
Um novo dado que me chocou. No começo do ano, dos alunos que iam no cursinho voluntário do qual faço parte, alguns chegavam até a porta (depois de gastar a passagem de ônibus) para depois voltar para casa. Outros preferiam conversar na aula.

E uns 4 ou 5 sofriam para entender o que o professor fala. (da classe de 40 dá uns 10 % né?)

Há diversos fatores que desestimulam o aluno, claro. Mas fico imaginando se esses 10% que entram na universidade não estão relacionados aos 10% que tentam prestar atenção na aula.

Claro que estou considerando que não há neste caso OBRIGATORIEDADE do aluno vir à aula (é voluntário, para alunos sem condições, etc), o que me deixa mais confusa ainda... afinal nos meus 17 anos, se eu não fosse prestar atenção na aula não-obrigatória, eu fingiria que fui - para mamãe não encher o saco - e iria pro shopping.

Isso é apenas uma decisão lógica, e expliquei isso a eles. Claro que só depois dessa sentença óbvia ser posta diante dos olhos deles, uma boa parte resolveu mesmo seguir a risca meu conselho e deixou os 4 ou 5 que tentavam escutar minha voz prestar atenção na aula.

Quanto ao ensino nas escolas. Não é sério, porque é um reflexo de nossos valores. Não vemos o professor e o ensino como algo a ser respeitado, mas apenas um degrau onde pisamos para chegar no topo. Enfase no PISAMOS.

E assim ele resolve dar o troco, e continuamos não o respeitando.

Quem dera se fosse apenas o salário. Ele é um fator (para o fato de vermos o ensino como degrau): quantas crianças dizem que gostariam de ser professor? (dirão normalmente que gostariam de ser ricos)

Mas isso é algo que teremos de resolver juntos e não esperando que este ou aquele corrija tudo, claro.
 
Na minha opinião, o grande problema do ensino de literatura nas escolas atualmente é que esse ensino não evoluiu. Mudam os autores, as épocas, mas o ensino continua o mesmo: a professora querendo que o aluno interprete um texto que não é da época dele, e que muitas vezes não interessa a ele, e querendo que ele encontre "o significado da obra". O clássico "o que o autor quis dizer com...".

E isso na minha opinião é uma besteira. Cada aluno tem uma história diferente que vai fazer com que ele pense coisas diferentes do mesmo texto, e que por motivos óbvios vão ser diferentes do que o autor do texto pensava, por viver num contexto cultural totalmente diferente. A idéia de que cada obra tem "o significado" que só alguns críticos escolhidos conseguem ver é antiga. A Ana e (não me lembro seu nick, desculpa :oops: ) que estudam Letras também eu acho que chegaram a estudar isso, que lá pelos anos 60 a relação autor X obra foi colocada em questão, pela relação leitor X obra. Pq cada leitor é diferente, e a gente pode ler um livro com 15 e com 20 anos que vai ver coisas diferentes e ter opiniões diferentes. Então cada leitor vai ver um "significado" diferente, e não faz sentido querer que os alunos encontrem um "significado" que não tem como existir universalmente, ele é único pra cada leitor.
E o pior de tudo, essa visão de ensino de literatura não faz o aluno pensar. Ele decora os movimentos literários e as caracteristicas, mas ele não é capaz de ligar um movimento ao outro ou ao contexto cultural em que estava acontecendo. É nesse ponto que eu acho que o ensino de literatura falha. Afinal, se você não ensina os alunos a pensarem, como vai querer que o escritor pense?



E quanto ao autores, acho que até tem autores brasileiros bons sendo lançados ultimamente. Mas aí chega na questão que já tava sendo discutida: quem é que vai ler os autores bons, se está acostumado a ler Paulo Coelho e a Danielle Still que compra na banca de jornal, e acha que é literatura boa?
 
Cada aluno tem uma história diferente que vai fazer com que ele pense coisas diferentes do mesmo texto, e que por motivos óbvios vão ser diferentes do que o autor do texto pensava, por viver num contexto cultural totalmente diferente. A idéia de que cada obra tem "o significado" que só alguns críticos escolhidos conseguem ver é antiga. A Ana e (não me lembro seu nick, desculpa :oops: ) que estudam Letras também eu acho que chegaram a estudar isso, que lá pelos anos 60 a relação autor X obra foi colocada em questão, pela relação leitor X obra. Pq cada leitor é diferente, e a gente pode ler um livro com 15 e com 20 anos que vai ver coisas diferentes e ter opiniões diferentes. Então cada leitor vai ver um "significado" diferente, e não faz sentido querer que os alunos encontrem um "significado" que não tem como existir universalmente, ele é único pra cada leitor.
E o pior de tudo, essa visão de ensino de literatura não faz o aluno pensar. Ele decora os movimentos literários e as caracteristicas, mas ele não é capaz de ligar um movimento ao outro ou ao contexto cultural em que estava acontecendo. É nesse ponto que eu acho que o ensino de literatura falha. Afinal, se você não ensina os alunos a pensarem, como vai querer que o escritor pense?

Ai que está o problema. Não vejo professores querendo que os alunos apresentem "a opinião". Eles querem que os alunos leiam, pensem sobre o que leram e emitam uma opinião/julgamento/explanação. Só que os alunos sofrem de uma preguiça gigantesca e preferem a morte a ter que ativar seus delicados neurônios e efetuar uma análise sobre o que leram, se é que leram.
 

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