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Eleições 2006 45 razões para não votar em Alckmin

  • Criador do tópico Fafa
  • Data de Criação
Incrível como os marxistas são atrasados
é mais provável que fiquem repetindo o blá blá blá de sempre dos socialistas utópicos
Você leu Marx, então percebe a besteira que falou? O socialismo utópico não se confunde com o marxismo, que está longe da utopia; tanto é que pôde ser adaptado para a URSS com resultados que creio que nem você irá questionar.

Jedan, não tenho dúvidas de que você sabe mais sobre o lado "bom" do sistema capitalista do que eu, portanto, mesmo acreditando que você esteja por fora do que acontece de fato, vou refutar seus argumentos somente segundo os dados deste texto. Foi publicado na Folha de São Paulo, em setembro do ano passado, e os dados são da ONU, e não de um vermelho.org, antes que você se precipite:


Pobreza e Desigualdade

"O Estado da Desigualdade", relatório divulgado pela ONU na última semana, é um documento de grande relevância por ao menos duas razões: faz um levantamento sem equivalente sobre as condições de desenvolvimento ao redor do globo e chama a atenção para a distinção, nem sempre encarada com o matiz necessário, entre desigualdade e pobreza.

O texto indica que o crescimento econômico experimentado nos últimos anos não se traduziu na redução das assimetrias entre as regiões. De acordo com o relatório, 80% das riquezas do planeta se concentram nas nações mais ricas, ao passo que os 20% restantes se dividem entre os 5 bilhões que vivem nas regiões menos favorecidas. Dos 73 países analisados, a desigualdade cresceu em 48 durante os últimos 25 anos, permaneceu igual em 16 e diminuiu em apenas nove.

O documento da ONU enfoca os desequilíbrios entre crescimento econômico e desenvolvimento social. Nesse sentido, contribui para jogar luz sobre a necessidade de promoção de um desenvolvimento sustentado. Chama à atenção, por exemplo, o fato de que a desigualdade tenha crescido em países como os EUA, o Canadá e o Reino Unido. E que a China, campeã de crescimento nos anos 1990, já seja um dos países mais desiguais do mundo, em que os 10% mais ricos ganham 18 vezes mais do que os 40% mais pobres.

São números que reforçam a necessidade de que as políticas econômicas sejam formuladas de um par com estratégas de inclusão. O aquecimento da economia não basta para a erradicação da pobreza. Da mesma maneira, faz-se necessária uma concentração de esforços para incentivar o multilateralismo comercial. Enquanto os países desenvolvidos não reduzirem as barreiras impostas aos produtos exportados pelos países em desenvolvimento, o ônus continuará a recair sobre os mais pobres.



É totalmente paradoxal se dizer que o capitalismo diminui a desigualdade em um país. Seus princípios imperializam exatamente o contrário. A burguesia ainda existe: ela continua controlando a economia mundial. Sendo que somente países capitalistas/liberais a agregam, é neles que a desigualdade está aumentando. Veja a China: a desigualdade por lá cresceu tão logo foi se extinguindo o socialismo.


Ja viram como estamos fugindo ao tema do tópico? Zero na redação. :dente:
 
Última edição:
Quem disse que não? O americano tem o costume muito maior de investir em ações do que o brasileiro, pode ter certeza que há entre os acionistas das empresas negros e imigrantes legais, afinal, não há, pelo que sei, nenhuma legislação que impeça-os de comprarem ações. Se eles tiverem dinheiro (e há muitas ações acessíveis a grande maioria) por que não poderia comprar?

Porque eles não tem dinheiro...

Você está tomando como exemplo que país, que mal lhe pergunte?
Essas profissões citadas por você como menos "privilegiadas", em países de primeiro mundo recebem um salário mais justo do que aqui. Usar um argumento de "terceiro mundo" contra um de "primeiro" foi um erro seu.

Cito os paises ricos mesmo, porque eu duvido que os jovens que se revoltaram na França ano passado, ou os pobres que foram deixados pra traz em Nova Orleans recebam um salario muito justo, que não sejam explorados, duvido também que tenham ações na bolsa...

Hoje, um cidadão da classe média baixa pode muito bem investir, ainda que muito modestamente, na bolsa de valores. E só essa opção já derruba a tese do Marx.

Nunca li Marx pra saber (antes que fale, não sou marxista nem socialista), mas acho que é pretensão achar que se pode "refutar" Marx facilmente assim sendo que no meio acadêmico ainda se estuda e se respeita suas teses...

Tudo isto esta mudando. Claro que estamos longe demais do ideal e ainda há muita exploração nesse sentido, mas as empresas multinacionais estão se vendo cada vez mais obrigadas a terem consciência social.

"Consciencia social" na fachada mas na pratica continua explorando, é só ver o que a Coca-Cola faz na Colombia, a Nestle em São Lourenço ou a (cliche basico) Nike na Asia, creio que todas elas tenham consciencia social...

O ensino está crescendo por lá, e com o boom econômico pelo qual eles passam, o valor dos salários e a condições dos trabalhadores vai melhor muito, como já vem acontecendo.

Mas o "boom economico" é justamente pelo valor de salarios baixos e a mão de obra semi-escrava, se o valor da mão de obra aumentar as empresas vão pra outro lugar (India, Paquistão, Africa, sempre tem algum lugar pra se explorar o povo)

Enfim, eu até concordo que haja a exploração, mas não da forma como você pensa. Não existe mais a classe burguesa.

O burgues mudou de cara mas não deixou de existir...
Ele não é mais o capitalista de cartola, agora é o banqueiro, o acionista da multi-nacional, até mesmo a velhinha do fundo de pensão :mrgreen:

Ou seja, os donos do capital financeiro, que continuam explorando o proletariado...
 
Você leu Marx, então percebe a besteira que falou? O socialismo utópico não se confunde com o marxismo, que está longe da utopia; tanto é que pôde ser adaptado para a URSS com resultados que creio que nem você irá questionar.
Que besteira? O que eu disse que é que o povo hoje costuma dizer que segue Marx mas se comporta como os socialista utópicos que ele mesmo criticou.

Sobre a URSS, você poderia me dizer que resultados incríveis foram esses? Tem dados deles?

Jedan, não tenho dúvidas de que você sabe mais sobre o lado "bom" do sistema capitalista do que eu, portanto, mesmo acreditando que você esteja por fora do que acontece de fato, vou refutar seus argumentos somente segundo os dados deste texto. Foi publicado na Folha de São Paulo, em setembro do ano passado, e os dados são da ONU, e não de um vermelho.org, antes que você se precipite:
Como assim estou por fora?

O texto indica que o crescimento econômico experimentado nos últimos anos não se traduziu na redução das assimetrias entre as regiões. De acordo com o relatório, 80% das riquezas do planeta se concentram nas nações mais ricas, ao passo que os 20% restantes se dividem entre os 5 bilhões que vivem nas regiões menos favorecidas. Dos 73 países analisados, a desigualdade cresceu em 48 durante os últimos 25 anos, permaneceu igual em 16 e diminuiu em apenas nove.
Primeiro eu ficaria agrecido se você deixasse sempre um link pra fonte.
Segundo, eu realmente gostaria de saber quais foram os critérios adotados nessa comparação. Você possui o relatório completo? Talvez eu tenha tempo hoje e vou dar uma pesquisada.
De qualquer forma, não é porque aumentou a desigualdade em determinados países que necessariamente tenha aumentado a pobreza. O número de ricos pode aumentar ao passo que o de pobres não.
Os países que fazem parte da estatísticas dos que entraram na lista de mais desiguais tiveram a população empobrecida? A qualidade de vida diminuiu? Eles eram mais ricos antes do Capitalismo do que hoje? A taxa de mortalidade infantil aumentou? O número de analfabetos também? A longevidade diminuiu?
Quais países foram analisados?

De qualquer forma, uma nação que possua 10% da população detentora de 90% da riqueza ainda é menos desigual do que uma na qual apenas um pequeno grupo de pessoas que clama para si a representanção do governo, fazendo o que bem entender e matando todos que não concordem com seu regime.

O documento da ONU enfoca os desequilíbrios entre crescimento econômico e desenvolvimento social. Nesse sentido, contribui para jogar luz sobre a necessidade de promoção de um desenvolvimento sustentado. Chama à atenção, por exemplo, o fato de que a desigualdade tenha crescido em países como os EUA, o Canadá e o Reino Unido. E que a China, campeã de crescimento nos anos 1990, já seja um dos países mais desiguais do mundo, em que os 10% mais ricos ganham 18 vezes mais do que os 40% mais pobres.
Claro, afinal ainda de trata de um país que sofre os efeitos de uma ditadura e que tem no interior do país pessoas vivendo num cenário medieval.

É totalmente paradoxal se dizer que o capitalismo diminui a desigualdade em um país. Seus princípios imperializam exatamente o contrário. A burguesia ainda existe: ela continua controlando a economia mundial. Sendo que somente países capitalistas/liberais a agregam, é neles que a desigualdade está aumentando. Veja a China: a desigualdade por lá cresceu tão logo foi se extinguindo o socialismo.
Defina burguesia e o relacione o seu papel hoje, por favor.

Eu vou colocar aqui alguns dados depois como argumento, que utilizei numa discussão ano passado, baseados no IDH Report e no Economic Annual Report.

Porque eles não tem dinheiro...
Com base no que você diz isso? Se um trabalhador comum consegue até comprar uma casa, como não teria algumas dezenas de dólares para investir?
De qualquer forma, mesmo que ele realmente não queira comprar ações, pode trabalhar numa empresa que tenha como benefício "Participação nos Lucros". No último mês fiz cerca de 10 entrevistas em empresas da minha cidade que possuem essa benefício. Imagino que a quantidade lá seja infinitamente maior. Se o trabalhador recebe mais por trabalhar mais, bye bye mais-valia e proletariado.

Cito os paises ricos mesmo, porque eu duvido que os jovens que se revoltaram na França ano passado, ou os pobres que foram deixados pra traz em Nova Orleans recebam um salario muito justo, que não sejam explorados, duvido também que tenham ações na bolsa...
Eu não estou dizendo que 90% da população possua ações na bolsa, você precisa parar de ser extremista em suas análises.
Os jovens franceses se revoltaram por uma mudança na lei que permitia a empresa demitir por justa causa dentro do período de dois anos os jovens. Eles lutaram por um direito que eles considervam (apesar de eu discordar, acho que essa lei incentivaria mais ainda o desenvolvimento de novos empregos). Mas os franceses tem um histórico de revoltas. É cool se revoltar por lá.

Quanto a Nova Orleans, foi um absurdo o tratamento que eles tiveram. Mas eu não disse que o EUA era o país mais justo do mundo, disso que levantando em conta os conceitos marxistas, ele é o mais "socialista".

Nunca li Marx pra saber (antes que fale, não sou marxista nem socialista), mas acho que é pretensão achar que se pode "refutar" Marx facilmente assim sendo que no meio acadêmico ainda se estuda e se respeita suas teses...
Na verdade há um problema aqui. A maioria dos acadêmicos que estudam economia e etc simplesmente ignoram o socialismo porque pra eles é chuta cachorro morto (acho que pecam pela falta de debate nesse ponto).
Se estuda o socialismo nas faculdades porque ele faz parte de nossa história (e até do presente, de certa forma). Mas com excessão de alguns acadêmicos de Humanas em geral, você não verá ninguém clamando por Marx, Lenin ou amigos. E dificilmente verá um socialista cursando economia. Sabe por que? Porque logo eles começam realmente a estudar, veêm que estão enganados e deixam de ser socialistas.

"Consciencia social" na fachada mas na pratica continua explorando, é só ver o que a Coca-Cola faz na Colombia, a Nestle em São Lourenço ou a (cliche basico) Nike na Asia, creio que todas elas tenham consciencia social...
Não é por nada não, mas várias dessas histórias não passam de hoax espalhados pela internet. Você acredita em gatos presos em potes de vidros?
Tem evidências dessa exploração toda aí?
A Coca-Cola é uma das empresas com o maior número de programas sociais que tem no Brasil, fiquei até assustado ano passado quando pesquisava para um trabalho e descobri isso, porque a maioria eu nem conhecia. Erro da equipe de Marketing deles que devia investir mais em Marketing Institucional.

Mas o "boom economico" é justamente pelo valor de salarios baixos e a mão de obra semi-escrava, se o valor da mão de obra aumentar as empresas vão pra outro lugar (India, Paquistão, Africa, sempre tem algum lugar pra se explorar o povo)
Engraçado, aqui na minha cidade tem ocorrido o contrário. Faculdades vão sendo construidas, pessoas vão se especializando, empresas vão abrindo filiais aqui e os salários só tem aumentado. E eu prefiro muito mais trabalhar nessas exploradas capitalistas malditas que propiciam um ambiente de trabalho agradável, um salário justo do que nas empresas menores e nacionais. E muito menos no funcionalismo público. Aquilo é o terror.
 
Última edição por um moderador:
Os jovens franceses se revoltaram por uma mudança na lei que permitia a empresa demitir por justa causa dentro do período de dois anos os jovens. Eles lutaram por um direito que eles considervam (apesar de eu discordar, acho que essa lei incentivaria mais ainda o desenvolvimento de novos empregos). Mas os franceses tem um histórico de revoltas. É cool se revoltar por lá.

Na verdade estou falando das revoltas no suburbios ano passado, com queimas de carro etc, revolta feita por uma juventude excluida, e sem tanto "historico de revoltas" ja que eles são descendentes de africanos...

Não é por nada não, mas várias dessas histórias não passam de hoax espalhados pela internet. Você acredita em gatos presos em potes de vidros?
Tem evidências dessa exploração toda aí?

A da Nike na Asia é mundialmente famosa, a da Coca na Colombia também, já a da Nestle em SL, tem essa comunidade no orkut que fala mais sobre o caso...

E sinceramente, é ingenuidade achar que as empresas não exploram os trabalhadores, talvez a camisa que nós usamos seja feita pelo trabalho semi-escravos em confecções em SP, os calçados feitos em condições semelhantes em Novo Hamburgo (as condições eram relativamente boas, mas com a entrada na China no mercado os beneficios dos trabalhadores foram cortados pra manter a "competividade") etc

Engraçado, aqui na minha cidade tem ocorrido o contrário. Faculdades vão sendo construidas, pessoas vão se especializando, empresas vão abrindo filiais aqui e os salários só tem aumentado. E eu prefiro muito mais trabalhar nessas exploradas capitalistas malditas que propiciam um ambiente de trabalho agradável, um salário justo do que nas empresas menores e nacionais. E muito menos no funcionalismo público. Aquilo é o terror.

Mas atualmente no Brasil, infelizmente, pra haver essa riqueza precisa haver exploração, ou Campinas não está também cheia de favelas?


E voltando ao assunto do topico/subforum, parece que o Garotinho já era, foi só ele encostar no Alckmin nas pesquisas que a imprensa não perdeu tempo e começou o massacre...
 
A da Nike na Asia é mundialmente famosa, a da Coca na Colombia também, já a da Nestle em SL, tem essa comunidade no orkut que fala mais sobre o caso...
Isso foi piada né? Você não espera que eu realmente leve a sério como evidência uma comunidade no orkut né? :eek:

Mas atualmente no Brasil, infelizmente, pra haver essa riqueza precisa haver exploração, ou Campinas não está também cheia de favelas?
De que forma exatamente as pessoas que vivem nas favelas daqui contribuem para o crescimento dessas empresas?
 
Isso foi piada né? Você não espera que eu realmente leve a sério como evidência uma comunidade no orkut né?

Eu coloquei porque era mais resumido, mas ja que não serve tem esse site e esse texto que explicam bem melhor, com todos os detalhes...

De que forma exatamente as pessoas que vivem nas favelas daqui contribuem para o crescimento dessas empresas?

Fazendo a faxina, lavando os pratos, erguendo os prédios onde estão as empresas, alem de serem os seguranças das empresas, empregadas domesticas dos trabalhadores de classe media etc, ou seja, contribuem fazendo o serviço que os que saem das faculdades não fazem, e por um salario bem baixo...
 
cha_26.jpg
 
Ah, o cartoon é do Marcio Baraldi. Ele sempre foi ligado a movimentos de esquerda, então...

Prefiro esse:

060430.gif
 
Última edição:
eu não li tudo e bla bla bla.

Mas, só uma coisa.

É óbvio que não é aplicável o conceito marxista tal qual era na época. dã. Mas as coisas se adaptam, né mesmo? Interpretações, analogias, temas universais e atemporais continuam a existir. Agora, se você (Jedan) leu Marx e o interpreta ao pé da letra, sinto muito, companheiro.

Entretanto se vc prefere dizer que não existe BURGUESIA no mundo de hoje, ok. Chame de Burguesia da nova era, então? quem sabe? ajudou na sua mente teórica?

E sinto muito pela sua sutil arrogância ao dizer que pessoas que certamente tem maior bagagem cultural, emocional, racional, intelectual e etc que você como filósofos renomados e reconhecidos por pares e ímpares são atrasados e burros. Porque foi basicamente isso que eu entendi que vc quiz dizer.
 
Lordpas disse:
E sinto muito pela sua sutil arrogância ao dizer que pessoas que certamente tem maior bagagem cultural, emocional, racional, intelectual e etc que você como filósofos renomados e reconhecidos por pares e ímpares são atrasados e burros. Porque foi basicamente isso que eu entendi que vc quiz dizer.

Não não, tem muita gente que eu respeito e admiro, acho genial mesmo, que idolatra o socialismo. Acontece que eu os admiro por outras idéias, outros conhecimentos, já que a maioria abraEça o movimento cegamente sem o menor senso crítico.

Você por exemplo é o único que admiro aqui e que está do outro lado, já que tem uma postura bem diferente da do Fallen e parece pensar por si próprio.

Em tempo, mais uma piadinha pra gente entender a mente de um socialista:

[FONT=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif]Estavam dois caipiras, pobres de doer, sentados a beira da estrada. Um deles fala:
- Cumpadi, se ocê tivesse seis fazenda, dava uma pra eu?
- Mais é craro, cumpadi! Ocê vai ser meu vizinho de portera!
- E se ocê tivesse seis trator, dava um pra eu?
- Craro que dava! O que que eu ia fazer com seis trator, cumpadi? Dava um procê e ficava cum cinco!
- E se ocê tivesse seis cavalo, cumpadi, dava um pra eu?
- Magina, cumpadi! Num ia precisar nem pedir! Um cavalo já é seu!
- E se ocê tivesse seis camisa dava uma pra eu?
Mas aí o outro caipira já se empertigou e respondeu em tom mais sério:
- Ah, isso eu num dava não, cumpadi.
Depois de tanta generosidade, o outro ficou surpreso:
- Mais pruquê, sô?
- Pruque seis camis eu tenho!
[/FONT]
 
Jedan disse:
Que besteira? O que eu disse que é que o povo hoje costuma dizer que segue Marx mas se comporta como os socialista utópicos que ele mesmo criticou.
Não ficou claro, já que primeiro você nos chamou de marxistas e depois disse que repetíamos o que diziam os socialistas utópicos. :roll: Mas agora entendo o que quis dizer, embora discorde: a frase que gerou a discussão e na qual você se baseou dificilmente poderia ter sido proferida por um Saint-Simon ou Fourier da vida, uma vez que eles não criam na luta de classes.

Sobre a URSS, você poderia me dizer que resultados incríveis foram esses? Tem dados deles?
Incríveis não, bem críveis. :D Simplesmente óbvio que com a queda do totalitarismo a desigualdade social diminuiria.

Abra em qualquer livro de história de qualidade no capítulo da Revolução Russa - depois da morte de Lenin, aliás. No governo dele explodiu a guerra civil, e infelizmente (por culpa do maldito patrocínio dos países capitalistas, antigos aliados da Rússia na Entente), o país não pôde crescer como poderia; o comunismo de guerra forçado foi terrível. A NEP restabeleceu parcialmente a economia, mas nada grande coisa.

Foi (e aqui eu intensificaria o infelizmente) só com o governo ditatorial de Stalin que a economia do país deu um salto. Sinceramente, estou com preguiça de procurar dados exatos como você gosta, mas isso é totalmente desnecessário, uma vez que tantos livros dizem isso - a não ser que seja um bem radical para o lado capitalista, e assim omita os fatos.

Como assim estou por fora?
Acho que a situação ainda é pior do que você aparenta pensar.


Primeiro eu ficaria agrecido se você deixasse sempre um link pra fonte.
O texto está em uma apostila minha de História, eu não poderia fazê-lo. E desnecessário seria, pois transcrevi o texto inteiro, e garanto que não inventei nem alterei nada. :lol: O texto foi publicado na Folha de São Paulo em 1º de Setembro de 2005.

Segundo, eu realmente gostaria de saber quais foram os critérios adotados nessa comparação. Você possui o relatório completo? Talvez eu tenha tempo hoje e vou dar uma pesquisada.
Não... sendo dados da ONU, imagino que o critério foi a conjuntura dos índices econômicos relacionados à dos índices sociais.

De qualquer forma, não é porque aumentou a desigualdade em determinados países que necessariamente tenha aumentado a pobreza. O número de ricos pode aumentar ao passo que o de pobres não.
É verdade, isso não está presente neste texto; mas está em outro, meio que um prolongamento do texto anterior, pois utiliza a mesma pesquisa com outra análise, e revela alguns outros dados. O último parágrafo deste (também publicado na Folha de S.Paulo, em 26 de agosto de 2005), diz:

"...milhões de pessoas continuam pobres - 'quase um quarto dos trabalhadores do mundo não recebe o suficiente para que suas famílias superem a linha de pobreza, que é de US$ 1 por dia.' A maioria delas, segundo a ONU, está no mercado informal de trabalho e não tem acesso a mecanismos legais de proteção trabalhista."

Se não aumentou, no mínimo se manteve.

Os países que fazem parte da estatísticas dos que entraram na lista de mais desiguais tiveram a população empobrecida?
Sim, tiveram a parcela da população que já era pobre ficando mais pobre e a que era rica ficando mais rica. Ambos os textos relatam a profundidade do abismo da desigualdade social dessa forma.

A qualidade de vida diminuiu?
O segundo texto relata que a renda mundial está sendo cada vez mais mal distribuída, que a desigualdade social aumentou, e sugere que a situação se agravou. Só podemos deduzir que a qualidade de vida dos ricos supostamente aumentou, enquanto a dos pobres ou permaneceu a mesma ou piorou mais ainda.

Eles eram mais ricos antes do Capitalismo do que hoje?
Antes do Capitalismo, realmente não sei. Mas, já que a pesquisa considera os últimos 25 anos, o Capitalismo já estava implantado, não é? EUA, Canadá, Reino Unido... De lá pra cá, a desigualdade aumentou.

A taxa de mortalidade infantil aumentou? O número de analfabetos também? A longevidade diminuiu?
O único dado específico fornecido pelo segundo texto (perdão, é maior que o primeiro, então você deve entender minha pouca disposição para transcrevê-lo :mrgreen:) é o aumento do índice de desemprego. Se o primeiro considera os índices sociais de modo geral, creio que é, como disse anteriormente, uma conjuntura disso tudo.

Quais países foram analisados?
Explicite seu objetivo com esta pergunta, e então talvez eu possa dar uma resposta satisfatória. Pois a pesquisa só cita os países que apresentaram maior crescimento da desigualdade: EUA, Canádá, Reino Unido e China (no segundo texto, diz que, nos países da América Latina, a pobreza e a desigualdade se acentuaram bastante também). Se você quer saber se Cuba, por exemplo, foi analisada, eu realmente não sei.

De qualquer forma, uma nação que possua 10% da população detentora de 90% da riqueza ainda é menos desigual do que uma na qual apenas um pequeno grupo de pessoas que clama para si a representanção do governo, fazendo o que bem entender e matando todos que não concordem com seu regime.
Finalmente uma coisa na qual concordamos! As pessoas costumam associar socialismo com ditadura, e essas coisas não estão diretamente interligadas. Lenin era um grande estudioso de Marx e implantou um regime extremamente democrático, através dos sovietes, para os quais era concedido todo o poder.


Claro, afinal ainda de trata de um país que sofre os efeitos de uma ditadura e que tem no interior do país pessoas vivendo num cenário medieval.
Mas, pela evidência da pesquisa, com a ditadura e o medievalismo a desigualdade era menor.

Defina burguesia e o relacione o seu papel hoje, por favor.
Acredito que a burguesia atual não é senão a nova forma que tomaram os imperialistas detentores de terras e mercados: os grandes banqueiros, empresários, etc., controladores e monopolizadores da economia.

Eu vou colocar aqui alguns dados depois como argumento, que utilizei numa discussão ano passado, baseados no IDH Report e no Economic Annual Report.
:joinha:

Este não é um tipo de discussão (não pra mim, pelo menos) de partes totalmente inflexíveis. Eu formulei meus ideais através da leitura de ambas as partes (apesar de, pela quantidade esmagadora, ter sido sem dúvida mais influenciado pelos ideais socialistas), e esta é uma rara oportunidadee de discutir com alguém que defende o capitalismo com argumentos enfim reflexíveis. Tudo o que você diz, procuro olhar com senso crítico e questionar, para enfim criar, ou manter, uma opinião (talvez ainda não totalmente desenvolvida) acerca do assunto. Você vê que eu não estou usando dados falsos, nem refutando coisas que você diz sem uma idéia no mínimo coerente com idéias já existentes ou com consideraççoes encima de fatos. A amplitude da visão e as interpretações fazem toda a diferença.

já que a maioria abraça o movimento cegamente sem o menor senso crítico.
Certíssimo. Isso remonta ao que eu disse acima.

Lordpas disse:
É óbvio que não é aplicável o conceito marxista tal qual era na época. dã. Mas as coisas se adaptam, né mesmo? Interpretações, analogias, temas universais e atemporais continuam a existir. Agora, se você (Jedan) leu Marx e o interpreta ao pé da letra, sinto muito, companheiro.
Verdade. Tanto é que o socialismo implantado na URSS não foi puramente aquele formulado por Marx; teve de ser adaptado. Já o de Cuba eu diria que não tem nada a ver.
 
Última edição:
É verdade, isso não está presente neste texto; mas está em outro, meio que um prolongamento do texto anterior, pois utiliza a mesma pesquisa com outra análise, e revela alguns outros dados. O último parágrafo deste (também publicado na Folha de S.Paulo, em 26 de agosto de 2005), diz:

"...milhões de pessoas continuam pobres - 'quase um quarto dos trabalhadores do mundo não recebe o suficiente para que suas famílias superem a linha de pobreza, que é de US$ 1 por dia.' A maioria delas, segundo a ONU, está no mercado informal de trabalho e não tem acesso a mecanismos legais de proteção trabalhista."

Se não aumentou, no mínimo se manteve.

Vários estudos, inclusive da própria (e questionabilíssima) ONU deram conta de que o clivo entre ricos e pobres não aumentou nos últimos anos como costuma bradar o senso comum; o que houve, proporcionalmente, foi o aumento do número de ricos. E pelo amor de Deus, não venham falar que um miserável era "menos miserável" há trinta anos atrás.

Sobre trabalho informal/pobreza, tenho plena convicção de que grande parte da mão de obra desempregada ou informal existe em função de cargas e mais cargas trabalhistas em cima dos empregadores.
Muitas exigências trabalhistas configuram-se em dificuldades de contratação.

Basta ver países que aboliram grande parte das "conquistas" trabalhistas abusivas e tributos exagerados ao empregador; um exemplo prático? Cingapura: Onde há um constante fluxo migratório de mão de obra desempregada endógena de países vizinhos com todas as suas gordurosas "conquistas" trabalhistas.


"Finalmente uma coisa na qual concordamos! As pessoas costumam associar socialismo com ditadura, e essas coisas não estão diretamente interligadas.

E ditadura do proletariado é o que?
Socialismo é transição de poder através de ditadura; sinteticamente.


Lenin era um grande estudioso de Marx e implantou um regime extremamente democrático, através dos sovietes, para os quais era concedido todo o poder."

Lenin era tão democrático que instituiu o conceito de campo de concentração moderno; e nunca se fez de rogado ao afirmar que talvez centenas de milhares de mortes, e extinção sumária da "bourgeoise" fossem necessárias para o estabelecimento de sua bela utopia socialista.
Sem contar os regimes famélicos pelos quais fez passar por longos períodos os camponeses soviéticos.

A Cheka, sua polícia secreta, foi responsável pelo que mais tarde foi denominado o "Terror Vermelho". A perseguição, tortura e morte de qualquer um que fosse considerado (sem muito pesar ou investigação) inimigos de classe.

O número de mortes não-naturais nesse período é inestimável; em parte pelo caráter velado em que aconteceram e pelas várias mazelas que então assolavam a população.

Acredito que a burguesia atual não é senão a nova forma que tomaram os imperialistas detentores de terras e mercados: os grandes banqueiros, empresários, etc., controladores e monopolizadores da economia.

A idéia de que um grupo coeso de interesses iguais, que controla a economia e o mercado cai por terra em face a qualquer crise econômica de propagação mundial.
Mercado é jogo de interesses; se não houvessem divergências em escalas e graus diferentes não haveria nem o conceito de mercado.

O próprio conceito de "monopolizadores" já é em si abjeto: se há mais de um, e em posições diferentes, não pode haver monopólio, concorda?
 
Última edição:
1- Em 1995, quando o PSDB assumiu o governo do Estado de São Paulo, a participação paulista no PIB era de 37%. Em 2004, ela era apenas de 32,6% - ou seja, o Estado perdeu 12% de participação na riqueza nacional no tucanato. Isto significa menor crescimento econômico e menos geração de renda e empregos;

Ok, são 45 motivos e eu estou com preguiça então reclamarei só desse.

Todo mundo que teve aulas de geografia recentemente sabe que as pequenas e médias cidades cresceram muito mais do que as grandes cidades atualmente, e que a super concentração de renda em SP é mais um problema do que uma coisa boa - serve para atrair imigrantes internos que não serão absorvidos pela economia e simplesmente vagarão pela cidade, sem emprego ou moradia, na maior parte dos casos.
A menor participação da cidade no PIB nacional, na verdade, é decorrente do crescimento de outras cidades, e não de decréscimo próprio.

E meu maior motivo pra não votar no Alckmin se resume a "OPUS DEI".
Ok, não, mas é um dos. Sei lá. Vou votar nulo.

Kain
 
jean disse:
E ditadura do proletariado é o que?
Socialismo é transição de poder através de ditadura; sinteticamente.

Comunismo é a transição, com a ditadura do proletariado para, gradativamente, o Estado deixar de atuar na sociedade, alcançando o socialismo.



Gente, ser jovem e ser comunista eu até entendo. ser comunista por acreditar eu até entendo, mas ser Stalinista é de matar! :lol:
 
Tonho Hammond disse:
Comunismo é a transição, com a ditadura do proletariado para, gradativamente, o Estado deixar de atuar na sociedade, alcançando o socialismo.



Gente, ser jovem e ser comunista eu até entendo. ser comunista por acreditar eu até entendo, mas ser Stalinista é de matar! :lol:

Desculpe-me, mas está errado.
A fase de transição é o socialismo, uma ditadura, e a fase sem governo onde todos são felizes e pôneis cor de rosa pulam por aí é o Comunismo.

Kain
 
Alckmin se reuniu recentemente com a FEBRABAN. O diretor da famigerada Federação Brasileira de Bancos afirmou que o discurso foi "música para seus ouvidos".


Falando em música, dizem que o Picolé foi visto, após seu ritual de auto-flagelação diária, cantando muitíssimo entusiasmado:

Waiting to cut out the deadwood.
Waiting to clean up the city.
Waiting to follow the worms.
Waiting to put on a black shirt.
Waiting to weed out the weaklings.
Waiting to smash in their windows
And kick in their doors.
Waiting for the final solution
To strengthen the strain.
Waiting to follow the worms.
Waiting to turn on the showers
And fire the ovens.
Waiting for the queens and the coons
and the reds and the jews.
Waiting to follow the worms.

Would you like to see Brazil
Rule again, my friend?
All you have to do is follow the worms.
Would you like to send our colored cousins
Home again, my friend?
 

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