Bom, quanto ao meu post anterior, esqueçam... ouvi rumores agora... a greve do ano passado não surtiu efeito, nada do acordo foi cumprido ainda. Existem rumores sim de um novo levante.
.{Ascagalad}. disse:
Mas em relação as fucaldades... deve ser paia, você se matar de estudar e bem na hora que você pensa que a situação acalmará na sua rotina... alguns professores indiguinados resolvem fazer greve.
Sorte para os Facultantes. (é esse o termo?
)
Eu ficaria
indignado se tivesse que corrigir uma prova sua com um erro desses de português
. Mas falando seriamente, pelo tom do seu post, você deve estar maluco tentando culpar os professores, né? Ou não conhece nada da realidade das instituições de ensino públicas no Brasil:
- Sucateamento crescente da educação pública
- Verbas que mal dão para manter a Universidade até o final do primeiro semestre letivo
- Salários sem correção (não estou falando em aumento, estou falando em reposição da inflação!) a praticamente 10 anos
- O salário base de um professor doutor não é tão alto assim, deve ficar entre 900,00 e 1200,00 (não me lembro valor exato, ainda não tenho o título), o resto do salário são gratificações por desempenho e outras coisas sinistras
- Todos os professores são obrigados a manter o tripé Ensino/Pesquisa/Extensão, ou seja, não estão na Universidade só para dar aula, mas precisam fazer milagre para conseguir publicar artigos com uma certa periodicidade, senão sua gratificação cai, não consegue aprovar projetos de pesquisa, etc. (e cerca de 90% da pesquisa científica no Brasil é feito nas instituições públicas de ensino)
- Falta de professores, o déficit vem se acumulando ano após ano
- Muitos casos de falta de insumos básicos (papel e giz, por exemplo) pela falta de verba que já citei
Bom, deixo por aqui... Outros poderiam complementar...
Por um lado eu entendo a situação de um aluno, como a do Varatar, é frustrante. Também já fui aluno e enfrentei 2 greves, aulas em janeiro num calor insuportável...
Mas também conheço o outro lado. Sou contra greve porque ela nunca surte o efeito desejado e quem paga o pato é o próprio professor e seus alunos com as reposições. Mas não há outro mecanismo de protesto que atraia a atenção do MEC, MP e tutti-quantti. .{Ascalagad}., tenha em mente que os professores não estão pedindo, em geral, mais que condições decentes de trabalho e as perdas que vêm sofrendo com a inflação nos últimos anos. Dou aulas em faculdade particular também e sei o abismo que separa os dois mundos. Mesmo com greves e todos os tormentos, quem consegue passar numa instituição pública está em uma situação privilegiada em termos de pesquisa, ensino, recursos, capacitação de professores e tudo mais.
E não são facultantes, são estudantes mesmo.