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[L] [danganf ] [O Cetro]

danganf

Usuário
Autor: danganf
Gênero: Romance
Título: O Cetro


Segui a Introdução do meu primeiro Livro. Sem data de Lançamento ainda. O Livro envolvi uma Trilogia - sendo que o ultimo vi ser uma especie de Prologo.

PS: Para falar a verdade, nem a editora em tenho. Se alguem puder me ajudar com isso?

La vai:

Introdução para o Cetro.


Há quatro mil anos atrás(no livro, os acontecimentos começam no ano 3198), uma longa e sangrenta batalha terminava. Representantes dos sete Clãs dos Homens mortais uniram-se com os membros das treze Tribos dos Elfos, fadados a Imortalidade, contra um mal comum: Arcanus, o Deus Caído, sua vasta hoste de criaturas seculares juntamente com os Bárbaros Negros, os Eternos Corrompidos. Na ultima Batalha, Elros, o Primeiro, trancafiara Arcanus no Mundo Inferior, auxiliado pelos cinco Seres Angelicais, os Värellmar. Uma grandiosa porta de Valinium fora erguida na boca da entrada da prisão lacrando o inimigo comum para todo o sempre. A grande chave utilizada para cerrar a porta fora dividida em sete partes e confiada aos chefes dos Clãs e Tribos que sobreviveram à batalha, em gratidão e memória a seus esforços e perdas.
Os sete Selos – as sete partes da chave - foram então difundidas entre os Homens e Elfos. E os descendentes de cada povo guardavam-nas como relíquias e preciosidades Únicas, como um troféu da tão sofrida Guerra da Libertação. A Lamÿn-Avarad. Os anos seguintes são lembrados pela Paz e bonança. Os Anos da Conciliação. Vários Clãs dos Homens cresceram e se tornaram grandes reinos. Tal como as Tribos de Elfos. Os descendentes de Elros mantiveram uma constante e incansável vigília no Portão da Lamentação, onde Arcanus fora aprisionado. Fato ocasionado ao pedido de Elros, antes deste retornar às Terras Divinas.
Não obstante, na véspera do aniversario de mil anos da Lamÿn-Avarad, os Bárbaros Negros, incansáveis servidores de Arcanus, dados como mortos retornaram da escuridão com ataques sucessivos aos Reinos dos Portadores dos sete Selos. Mas uma nova batalha fora travada e, depois de rios de sangues derramados, a vitória fora novamente alcançada. Mas houve perdas. Os Servos de Arcanus adquiriram a posse de três dos sete selos confiados aos Homens e fugiram para as Terras Negras. Local que nenhum membros de nenhuma raça vivente têm coragem de percorrer. A Terra Maldita do Deus Caído. A Terra de Doamöc.
Os lideres dos Povos marcharam até a Morada dos descendentes de Elros pedindo auxilio. Encontraram somente um dos seus. Este lhes concedeu quatro grandes e leais guardiões. Os Vigilantes dos Selos. Os Zarönd´s. Cada qual protegia um dos quatro selos sobejados.
Desde então, as criaturas de Arcanus vêem diligenciando no propósito de reunir os sete selos. Acredita-se que a união das sete partes, pode abrir o Portão do Mundo Inferior e, assim dar passagem para o retorno de Arcanus. Vendo o crescimento dos servos de Arcanus, os Värellmar ordenaram a Nadrimël a purificação de Evän – o Mundo Vivente -, a fim de exterminar as sementes negras do Malévolo Deus Caído. Salvo as Raças Livres - Os filhos do Agamenon, o Artesão.
Locais antes acessíveis tornaram-se inabitáveis. A paisagem de Evän desfigurara. Montanhas sumiram. Outras surgiram. Vales e fendas racharam a superfície do mundo, outras encerraram-se. Antigos reinos foram soterrados e lacrado até o final dos dias. Assim como as Câmaras da Chave - locais erguidos para abrigarem os Zarönd´s e um dos fragmento da Chave. Um dos quatro selos restantes. Perdidos até mesmo para os seus donos.
Fora deixado assim. Soterrados e seguros. Pois o mundo estava limpo e livre da ameaça do Deus Caído. Seus servos desapareceram dos quatro cantos do Mundo Vivente. Acreditava-se nisso... Acreditava-se! Até agora.
 
boto fé que o livro vá ser publicado, velho! mas ajudar, eu, pelo menos, n tenho como.
 
Quando você deixar de tentar seguir Tolkien, quando abandonar esse lado que engessa seu trabalho, com certeza você pode ambicionar alguma coisa maior.

Mas agora, seu texto está confuso, muito aglomerado e praticamente sem sentido.

Ou você dilui esse texto ou o descarta, que ele não faz o menor sentido.
 
OLa! Mas o presente textoé apenas uma ideia geral do livro, não deve-se levar em consideração o conteudo da historia. escrevi rapidamente esta introdução para postar no forum, ele nem vai entrar na publicação, se um dia for! Mas todo o tipo de comentario me é de muita valia, mesmo negativo. Irei postar mais textos que fazem realmente parte da historia e espero que vcs comentem com vem sendo feito. UM ABRAÇO.
 
OLA! Segue abaixo um pequeno trecho do meu livro: Trata-se de um parte avulsa da historia. Leiam e comentem, duvidas podem perguntar:

"Annael, depois de percorrer freneticamente o pequeno espaço de relva verde que separava a estrada da floresta, viu-se entre altas árvores verdes de troncos amarronzados. Encostou-se numa arvore, com a mão levada ao peito arfante, buscando loucamente o ar que teimava em sumir. Lá o silêncio era o rei. Seu domínio era quebrado somente pelo farfalhar das folhas ao vento e do som abafado das águas do Veuz contra as pedras. Lyro olhou na direção da estrada. Não avistou nada. Havia penetrado muito na floresta. Apurou os ouvidos, tentando escutar alguma coisa da peleja. Nada também. Não sabia o que fazer. Se voltasse poderia ser pego. Ele não era páreo para o mercenário. Se não fosse por R`ger, ele já teria sido apanhado... Apanhado! – repetiu a palavra em sua mente – De uns dias para cá, ele ficara famoso. Todos queriam tê-lo, de alguma forma. Tentara imaginar onde tudo começara. E, não se sabe bem o porquê, a primeira coisa que veio em sua mente foi o incidente da caverna. Talvez por que logo em seguida, os Bárbaros apareceram. Aí, toda a sua visa começou a se agitar. Ficar mais corrida.
Na estrada, Huthon resistia bravamente às investidas do mercenário. A luta de Ümbar e Däiw apontava para um empate, tamanha técnica e destreza dos oponentes.

- Por que você luta, soldado? – inquiriu Ümbar, dando um pouco de trégua a luta. – Isso nada tem haver com você. Deixe-me pegar o pequeno antes que um grande mal ocorra aqui. Basta um sinal meu e a estrada será invadida por mais mercenários que você possa dar conta.

- Qual o seu interesse no menino? Você esta mexendo com os Elasell. Caso seu bando saia daqui vitorioso, os Azariks serão casados por todos os cantos de Evän. Caçados pelo próprio rei, pelo próprio Tryrad.

- Já falei que o seu Rei não me mete temor. Após este dia, nosso Clã será temido até pelos Tyarianos. Reuniremos mais membros que qualquer Clã existente. Aí, pode vir todos os homens da Floresta Verde que de nada adiantará.

- Vocês são muito presunçosos. – disse o Lanceiro friamente - Seu Clã nasceu de um fato lastimável. Iniciaram-se numa tarefa árdua, porém digna e respeitável. Mas, suas mentes cheia de orgulho e cobiça, tiraram seu bando do caminho certo há muito tempo. Veja a que ponto os Azariks chegaram! Estão caçando crianças indefesas. A troco de que? De nada vale isso...

- Calado! – gritou Ümbar, interrompendo Däiw. Seus olhos demonstravam raiva e rancor. – O que você sabe sobre nós? Você, que nasceu e cresceu sob um teto quente e acolhedor, envolta de amigos e familiares, enquanto nós vagávamos por terras selvagens e inóspitas, atrás de vingança. Não me venha com moralidade agora. - Atacou novamente Däiw. Suas espadas se chocaram. Mas desta vez, de forma diferente.

Huthon acabara de derrubar seu oponente. Inconsciente. Virara rapidamente. Não avistara o filho. Olhou para o amigo. Eles estava parado, a alguns passos à frente. Encarava um dos mercenários. Neste momento dera falta de algo. Olhou novamente em volta. Cadê o outro? – se fez a pergunta. Tratava-se de Zähez. O chefe da vila avistou um vulto penetrando na floresta, apressado. R`ger havia sumido também.

Instante antes, Lyro, que ainda se encontrava pensativo encostado num tronco de arvore – indeciso com o que fazer – fora abordado por R`ger. O cavalo viera pelo mesmo caminho que ele. Montara no animal e resolvera retornar para a estrada, para perto do pai. Queria ajudar; Fazer alguma coisa.
Foi ai que, novamente, a Pedra Luz brilhara, do mesmo modo que na noite passada. Annael ainda a segurava. Soltou-a logo em seguida, tamanha seu ardor. Caiu na relva verde, cintilante, quebrando a penumbra da noite que finalmente chegara. Desmontou do cavalo. Sua mão ardia. Agora essa! – pensava ele – O que será que vem agora?.
Outra vez, o frio infestou-lhe a barriga. Pois avistara uma coisa que não queria ver de novo. Uma coisa que desejava, do fundo do coração, esquecer. A poucos passos dele, vindo do norte, pela borda do rio, estava o Lobo Branco. R`ger ficara nervoso; relinchava exaltado com suas ventas dilatadas.
O terrível animal fixava os olhos não em Lyro, mas na pedra caída. Facilmente visível pela escuridão. Percebendo, Annael tentara pegar o objeto, mas ela ardia mais que as cálidas forjas de pedra da Vila dos ferreiros.
Ao tentar isso, aconteceu o que Lyro não queria que acontecesse. A atenção do lobo voltou-se para ele, como se animal o tivesse visto agora e não antes. Abrira sua bocarra, revelando duas fileiras de dentes brancos e afiados. E algo estranho aconteceu.
Um som em forma de palavras saíra da boca do lobo. Palavras que Annael entendia e compreendia perfeitamente.

- Saia de perto do objeto, pequeno estranho! – ordenou a voz. A voz era vultosa, ao mesmo tempo baixa e soberana. A boca do animal permanecia aberta, sem se mover. Os dizeres apenas saiam. – Ele não te pertence mais.

O lobo branco deu duas passadas em sua direção. Lyro recuou assustado. Como na ultima vez, o animal não conseguiu aproximar-se da pedra. Ou pelo calor ou por receio do objeto. Annael não sabia ao certo. Aparentemente não era ele que o lobo queria e sim a pedra. Mas como ele a teria se não conseguia chegar perto?
A luz cintilante aumentava a cada nova tentativa de aproximação do lobo. Diminuindo logo que ele se afastava. R`ger continuava alterado, nervoso. Aparentemente o lobo tinha o mesmo efeito sobre ele como tinha em Lyro. Para complicar ainda mais a situação, os olhos do menino caíram sobre um vulto alto, bem atrás do animal. Seu coração acelerou desvairadamente, parecendo àqueles tambores que antecedem as batalhas, com suas batidas secas e intensas dando ritmo aos passos dos soldados.

- Desista, Jarrök! A proteção da Senhora é forte aqui. Temos que levar o menino conosco. – a voz parecia vir do vulto. O lobo recuou.

Novamente a voz ressoou:

- Peguem ele! – ordenou.

De trás das árvores surgiram vários outros mercenários. Todos portando espadas afiadas. Um odor sinistro veio em seguida. Annael tentou montar em R`ger e voltar para a estrada, mas tropeçara numa raiz, tamanha o espanto e afobação que o dominava, caindo de costas no chão. Nunca estivera com tanto medo em sua vida. E para piora, se fosse possível, estava sozinho, sem chance de fuga e salvação. Olhava em volta, se arrastando na relva, sem forças para se levantar. Não achava meios para fugir.

- Peguem a maldita pedra e vão! – arriscou Lyro. – Me deixem em paz.

O vulto começou a andar, a passos pequenos, em direção há Annael. Mas ainda não era possível vislumbrar quem era, ou o que era. Os mercenários permaneciam parados, apenas a observar o ferreiro, sem ao menos ameaçar um ataque. A figura voltou a falar:

- Você acha que se eu pudesse já não teria o feito? As coisas são mais complicadas que isso, moleque. Meu temeroso pai, mesmo fora do mundo, ainda impõe a sua comparência, de alguma forma. Para o seu infortúnio a Jovem ainda prevalece também, mostra-se presente nesta Floresta. Se não fosse isso, eu já teria obtido o que busco há muito tempo.

- Eu não entendo! – desabafou Lyro, levantando da relva verde, apoiando-se numa árvore.

- Poucas pessoas vivas entendem o que se passa de verdade aqui. Agora vamos terminar logo com isso, já perdi tempo demais com essa tarefa. – voltou-se para os mercenários - Peguem-no!

Em pouco tempo, todos os mercenários estamos em cima dele. Cada um segurava uma parte do seu corpo. Braços, pernas e pescoço. Agarravam-no com força. Com raiva.
Somente agora, Annael percebeu as fisionomias dos mercenários. Seus semblantes revelavam a angustia. Seus olhos revelavam o sofrimento, o pavor. Como se uma amargura os assolassem.

- Peguem a pedra e tragam-na à mim! – ordenou o Feiticeiro.

Um mercenário de pronto obedeceu. Tratava-se de Hammür. Abaixou para recolher a pedra. Não conseguia olhá-la fixamente. Seu fulgor o cegava. Ao tocá-la, sua mão ardeu. Puxou-a em seguida emitindo um rugido de dor.

- Não tem como, feiticeiro! Seu brilho queima.

- Use isso! – o feiticeiro jogou um manto negro. Mesmo pela distância, ele caíra aos pés de Lyro, como se fosse uma pedra arremessada com força. Sua cor negra era tão intensa que se assemelhava ao céu noturno, desprovido totalmente de estrelas. – Use o Véu da Noite para envolvê-la, depois tragá-a até mim, junto com o pequeno.

Hammür pegou o Véu e envolveu a Pedra Luz. Imediatamente, seu brilho sumiu. Envolvido pela escuridão. Aquele ponto da floresta fora engolido pelo negrume da noite, fora alguns feixes de luz pálida da lua que penetrava por entre os galhos das árvores.

- Ande homens! Vamos terminar com isso de uma vez. – disse Hammür indo em direção ao feiticeiro. Os outros levavam Lyro. A cada passo, um medo descontrolado invadia o coração de Annael. O vulto do homem tornava-se visível.

Chegando em fim à menos de dez passos do feiticeiro, os mercenários pararam receosos em se aproximar mais do homem. Lyro teve tempo de olhar com atenção para ele. O feiticeiro usava um manto rubro, de pele grossa e gasta, o mesmo que estivera na ocasião do encontro com Ümbar no Trevo dos Ermos. Não era nem alto, nem baixo. Mas era muito magro. As abas da manga do manto eram largas na altura das mãos, o que revelava braços finos e fracos. Não conseguia vislumbrar com nitidez o rosto do homem que estavam cobertos por um capuz pontudo, também vermelho. Pequenas e discretas fumaças saiam da escuridão que era seu rosto.

- Muito bem, pequeno! – disse por fim – Vamos fazer uma pequena viajem.

- Pare de me chamar de pequeno! – Lyro tentava mostrar-se corajoso, mas no fundo, o contrario lhe consumia. – Meu nome é Annael e me deixe em paz.

- Feiticeiro! – chamou Hammür. – aqui está o Véu. Nossa parte esta feita. Cumpra a sua agora.

- Cumprir a minha parte? – ironizou o feiticeiro, dando o que pareceu ser uma risada. Virou-se para ele – Quem o pegou fui eu. Seu líder de nada conseguiu. Não deu cabo de um simples soldado. Ele é fraco e estúpido. Sem a minha ajuda, vocês teriam falhado. – Mais rápido que o vento, ele se apossou do Véu da Noite e com um movimento das mãos, empurrou Hammür para longe. Ele caiu no chão verde, assustado. Os outros olhavam sem saber o que fazer. Só sabiam que, se ameaçassem uma investida, seus corpos seriam novamente paralisados.

- Vocês nunca obterão sucesso com as suas causas desse modo. – continuou ele - Falhando com serviços tão pequenos como este. Deixarei aquele pagamento adiantado com um subsídio. Como uma pequena compaixão minha. – montou em seu cavalo. Mas antes, prendeu Lyro em grossas cordas cinza que pareceram envolvê-lo com vontade próprias.

Neste momento, Huthon aparecera. Os mercenários olharam para ele, estáticos. Não sabiam se o atacavam ou se juntavam há ele. Mas o chefe da vila não sabia desta duvida e partiu para cima dos primeiros homens que encontrara. Hammür há um canto, conversava com Zähez, que chegara quase no mesmo instante.

- Onde esta Ümbar? – perguntou ele.

- Esta na estrada, ocupado com um dos viajantes. Onde esta o pequeno?

- Lá com o feiticeiro, olhe! Mas o maldito não quer pagar o restante. Diz que conseguiu tudo sozinho. O que vamos fazer?

- Oras! Só tem uma coisa há fazer. Vamos pegar a força. – disse partindo para cima do feiticeiro.

Nesse meio tempo, Huthon já havia avançado muito. Os mercenários apenas se defendiam, abrindo passagem quando possível. Lyro via-se sufocado a cada tentativa de livrar-se da corda. Seus braços doíam muito. O chefe da vila, livrando-se de dois mercenários, erguera os olhos e avistara o filho amarrado no lombo de um grande cavalo. Um dos mercenários, aquele que os cercara na estrada, partia em sua direção, portando uma grande espada.

- Deixe-o em paz! – berrou ele, tentando chamar a atenção do homem.

Zähez parou, livrou-se. Percebendo que se tratava do pai do pequeno, disse:

- Não quero nada com o seu filho! Pode pegá-lo, se conseguir. Meu problema agora é com outra pessoa. – então partiu novamente para cima do feiticeiro. Mas Huthon não levou fé e, correndo em sua direção, desferiu um golpe no mercenário. Sempre atento, Zähez defendeu-se, interrompendo a corrida. Encarou-o.

- Você esta atacando a pessoa errada, homem! É ele quem esta com o seu filho, não eu. – indicou com um leve aceno de cabeça o feiticeiro que estava montado em seu cavalo, tento Lyro preso e deitado na parte da frente do animal, atravessado. Olhava curioso e tranqüilo o desfecho daquilo.

- Foi você quem nos atacou há pouco, não ele. – respondeu Huthon - Eu não o conheço, nem nunca vi. Mas aparentemente é ele quem esta tentando resgatá-lo de vocês. Os Azariks não são confiáveis. Nunca foram e nunca serão.

- É uma pena! – respondeu Zähez erguendo os ombros em desdém. Logo em seguida, traçou um arco com a lâmina da espada na direção de Huthon. Desferiu seqüências de golpes em cima dele, mas todos terminaram contra a espada de homem, produzindo fagulhas amareladas. Com o ultimo golpe, jogando o chefe da vila longe, veio um certeiro chute na boca do estômago, tirando todo o ar dos seus pulmões.

Zähez virou-se e continuou a corrida. O feiticeiro olhava-o com um pequeno sorriso no rosto. Um sorriso de satisfação. Puxou seu cajado, que estava preso ao corpo do grande cavalo. Levantou-o. Novamente, há poucos passos dele, Zähez parou, congelado.

- Você é valente e destemido, mercenário. Diferente dos demais. Pergunto-me por que este desejo de conseguir as pedras azuis? Vejo em seus olhos que não são para o bem do Clã... São para outros propósitos. Intentos pessoais. Até um cego veria isso! Diga-me e talvez eu possa lhe ajudar.

- Quer me ajudar? Entregue-me o combinado e vá embora. – deu um passo para frente. Mas foi só isso que conseguiu fazer. Seu corpo estava paralisado.

- Farei um acordo com você. Mate o pai do pequeno e livre-o do sofrimento da perda do filho. Pois ele nunca mais o verá. Feito isso, lhe entregarei o restante do pagamento. E pense bem, será todo seu! Livre para fazer o bem quiser.

- Suas palavras são falsas, velho! Avisarei novamente, deixe as pedras valinium. – olhou para a expressão de pavor nos olhos de Annael. – E desta vez, deixe também o pequeno.

- E o que você fará? – perguntou friamente o feiticeiro.

Zähez ameaçou andar. Desta vez teve sucesso. Sua imobilidade sumira, dando de volta seus movimentos. Pela primeira vez, a fisionomia do feiticeiro mudara, algo acontecera. Algo que ele não esperava. Era uma miscelânea de surpresa com ressentimento.

- Estou vendo que seus interesses mudaram. Caso contrario, você ainda estaria preso ao meu feitiço.

Talvez pela mudança de humor do feiticeiro, as cordas que prendiam Lyro afrouxaram-se. Liberando parte do braço. Aproveitando isso, Annael puxara o Véu da Noite, descobrindo a Pedra Luz. O fulgor dos raios irritaram ainda mais o homem. O cavalo empinará, derrubando Lyro. Mas somente ele. O feiticeiro continuava ali, austero e feroz. O Véu da Noite e a Pedra Luz também caíram na relva verde.
Com a sua espada, Zähez cortara a corda que prendia duas sacolas na cintura do feiticeiro. Era somente isso que lhe interessava. Annael, caído no chão, arrastara-se até elas. Em meio aos relinchos de favor do grande cavalo. Pegando-a, guardou uma delas no bolso da camisa. A pedra luz ainda brilhava, solitária em meio ao seu esplendor. O lobo branco que antes estivera todo o tempo ao lado do cavalo, fugira para longe, com sua grande calda branca entre as pernas; pavoroso.
Zähez tentara mais uma investida contra o feiticeiro, mas o cajado fora posto na frente. A lâmina da espada partira em um festival de fagulhas cintilantes. Sobrando somente o punho. O mercenário recuara assustado.
O feiticeiro atiçou seu cavalo e partiu, seguindo o lobo. Antes pegou a ultima bolsa de Valinium, virou-se para Zähez e disse:

- Tu te arrependeras pelo que fez. O pequeno não terá chances da próxima vez. Minha fúria caíra sobre ti. Derramarei sofrimento e amargura sobre sua vida ao dobro do atraso que me arranjastes. Até breve, pobre nÿrn. Pois a Senhora não reina em toda Evän.
"
 
achei muito legal ,uma pequena dúvida e na Terra-Média que se passa?ou vc criou uma terra específica ,mas esta ótima e bem criativa espero que vc consiga editar seu livro..
 
Ola! Fico muito agradecido pelo comentario, §Etuerpe§. Estou me empenhando drasticamente em tentar terminar o primeiro livro... Respondendo sua pergunta: Não! É um outro universo, diferente o da Terra-Media. Coloquei, logo abaixo, um link do mapa de Evän, local onde se desenrola a estória. Não repare muito na qualidade... Tentarei postar mais parte do conto... UM ABRAÇO!!!

link: http://paginas.terra.com.br/lazer/mapa_evan/mapa_evan.jpg
 
Aproveitando meu tempo livre aqui no trabalho, postarei, logo à baixo, o primeiro capitulo do meu livro... Aguardarei comentario. Todos serão bem vindos, mesmo as criticas!!!XD

Cap. 1

Lembranças


Lyro respirou fundo. Com a manga da camisa, que um dia já fora verde clara, sem furos e rasgados, ele enxugou o suor que teimava em descer da testa. Olhou para frente. Contemplou um largo tapete verde, salpicado de manchas amarelas, até aonde sua visão podia alcançava. O fim de sua longa jornada. Teve certeza que Myriän podia discernir melhor o extremo oposto da Planície de Mahju, à frente. Várias vezes, ao longo de sua jornada, ela confirmara a fama da visão aguda dos Elfos.
Olhou para o céu. O dia estava belo, o céu claro, de um azul forte e intenso. O sol brilhava feliz, com ardor, sobre ele e seus amigos, como se nenhuma perversidade pudesse acontecer naquele dia. Mas estava prestes a acontecer, Lyro sabia.
Novamente, respirou fundo, percebendo o contraste que seus olhos viam. Um dia tão belo como aquele, que normalmente seria perfeito para pescar no Veüz, à sombra das arvores da Floresta de Ckapar ou até mesmo tirar um majestoso sono, deitado na relva verde, após uma bela refeição... Mas não seria aquele dia que aconteceria aquilo. No decorrer que as coisas iam, Lyro até duvidava se os seus pensamentos se tornariam realidade um dia. De algum canto da daquela planície, soprada pelo vento, seus ouvidos escutaram uma voz familiar. Uma voz que o ajudara a chegar até aquele momento. E essa voz dizia, em tom atinado:

“Meu filho! Pensamentos negativos trazem e manifestam ações que não almejamos. Tente sempre ter em mente, coisas boas, que possam lhe trazer conforto e paz de espírito”.

Mas fazia tempo que Lyro não tinha paz de espírito. Nem como conseguir tal feito, ao vislumbrar o que viria a seguir... Um som de metal retinindo cortou seus pensamentos e Lyro olhou em volta, como quem desperta de um sono profundo.
Avistou uma longa fileira de soldados, com suas vestiduras metálicas, batendo, com brutalidade, suas espadas contras seus escudos, em sinal da aproximação da peleja. Junto de si, tanto em seu flanco direito, quanto do esquerdo, jaziam seus companheiros; Jaziam seus amigos, prontos para mais uma, e a ultima batalha, se assim o Criador permitir. Não importando como ela terminasse.
Olhando para o seu lado direito, avistou o pequeno Thor, com sua longa barba cinza amarada à cintura. Mantinha os olhos semi-cerrados, fixos à frente, tamborilando seus dedos grossos no punho do seu machado. Ao lado dele, estava Myriän, com sua bela e sempre tranqüila face elfica voltada para o perigo vizinho. Portava sua inseparável adaga, constantemente afiada e, preso às costas, lá estava seu comprido arco verde com suas setas sempre prontas a caçar um alvo. Ao olhá-la, o que mais incomodou Lyro, não fora a sua fisionomia plácida diante da ameaça, mas como ela mantinha, não importando as aventuras, aquele rosto sempre liso e asseado.
Do seu outro flanco, alisando a crina de R`ger, jazia Daiw. Seu rosto parecia mais velho e gasto, comparado com o dia em que partiram da Vila. O que mais diferenciava era aquele fino e profundo corte na face esquerda.
Ao ver aquilo, lembranças salpicaram na mente de Lyro. Lembranças que ele vinha tentando esquecer retornaram novamente, como uma mosca teimosa, rodopiando seu rosto.
Olhou para o lado de Däiw. Havia um espaço vazio ali, entre ele o um outro soldado. Um vazio proposital, em homenagem aos que não puderam chegar ali, no fim de todas as coisas.

- Prontos Homens?! – vociferou Garlàn, chamando a atenção de Lyro. – Está é a hora. – voltou-se para ele. – Pequeno Amigo! Fique junto a mim. Sua vida tem grande importância, tanto para o meu coração, quanto para o destino desta negra peleja. O que tu portas selara para sempre o Mau.

Lyro levou a mão ao bolso da camisa. Puxou um objeto dourado em forma de uma extensa chave inacabada, como se um artesão, que a tenha criado, parou na metade do trabalho, interrompido. Depois levou a outra mão ao pescoço, revelando um fino cordão de prata, tendo como pingente, uma pedra oval escura.
Aqueles dois objetos eram os motivos daquilo tudo. Lyro só os carregava por saber da importante deles e, não tão menos imperativo, pela promessa que fizera tempos atrás. Duvidava que, se não fosso por ela, ele teria ido em frente? No fundo, ele achava que não, mesmo que os outros falassem o contrario.
Tentou trazer à memória onde tudo aquilo começara. E, por mais que se esforçasse tudo levava a um ponto. Ponderou o dia na Coluna das Nuvens, onde tudo se encaixara. Como seu avô dizia: “Onde tudo fora posto à mesa”. Onde os mistérios foram revelados... Lyro sacolejou a cabeça, negativamente, “não fora ali”, pensou. Mesmo tendo sido lá, que a verdadeira aventura teve início, não fora onde começara realmente. Ele riu, voltando sua mente para dias atrás. Dias que antecederam aquele.
Se soubesse que aquela pequena excursão que fizera, transcorreriam várias outras, como ocorrera realmente, ele nunca teria se levantado naquela manhã de Dia-Livre... Mas alguma coisa nele lhe dizia que de nada adiantaria.

Tinha que ser eu mesmo! – concluiu.

Fizera então outro juramento, ali, parado no sopé da Planície, que se morresse na batalha, a primeira coisa que “faria” após chegar ao Outro Lado, era procurar Elros e lhe perguntar, da forma mais simples possível:

“POR QUE EU?”

Então seus pensamentos flutuaram àquela manhã corriqueira...
 
Última edição:
invista nos nomes.
ponha fios no cérebro dos seus personagens e os eletrocute; obrigue-os a dar o melhor deles.
faça o mesmo com você. há mais genialidade aí dentro do que você tem demonstrado, pode ter certeza.

quando seu livro for publicado prometo a ser o primeiro a falsificá-lo :)
 
OLa, pessoa. Cervus, não sei se eu nao entendi seu post mas, vc fez uma critica ou um elogio da estoria???????? Mas mesmo assim agradeço a paciencia por ter lido!!

PS: espero q vc nao falsifique-o!!!!!!
 

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