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Desarmamento: você vai votar! (Enquete atualizada.)

O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?

  • Sim

    Votos: 47 41,6%
  • Não

    Votos: 63 55,8%
  • Nulo

    Votos: 3 2,7%
  • Branco

    Votos: 0 0,0%

  • Total de votantes
    113
Nao é questao de fazer uma tese de mestrado. Mas sabe, se alguem quiser aprofundar o assunto para alem do discutido no ponto de onibus, eu acho que alguns parametros e o minimo de fundamentacao deve ser exposto porque se nao, fica no "eu acho isso pq sim, e pq nao".

Sinceramente, eu fico triste quando vem alguem e ignora qualquer possibilidade de se pesquisar algo, de entrar em contato com pessoas que defender uma determinada posicao ideologica e fala que "a verdade é etc etc". Nao dá mesmo.
 
Arnostalion ¥ disse:
Então vamos proibir o comércio de facas, de porretes e qualquer outro tipo de objeto que sirvam para agredir alguém :mrgreen:

Não é que é uma boa idéia?
Você ta pegando o jeito. :mrgreen:
 
Lordpas disse:
Muito bom.

O meu sonho é cuspir na cara do Bolsonaro. :timido:

É sério mesmo. :hihihi:

o seu e o de 99% da população, eu incluso.

Mas se vc parar pra pensar ele é um dos deputados que melhor representa seus eleitores. Poucos são tão fiéis qto a ele. Ele representa uma parte idiota da população, mas ainda assim, é um bom representante.
 
Todos os pós e contras devem ser levados em consideração.
Toda a possibilidade de um acidente é valida mas tb a grande possibilidade de uma arma comprada de uma maneira legal salvar a sua vida.
O reverendo não se trata de "desarmamento" e sim é sobre a comercialização de armas no Brasil, mas por fim indiferente da opção q ganhar não vai haver mudança, o governo atual não se preocupa com a população.

Vou adicionar na msg um texto interessante sobre Lenin:


Em 1913, Lênin escreveu o "Decálogo" que apresentava ações táticas para a Tomada do Poder. Qualquer semelhança com os dias de hoje, não é mera coincidência. Tendo a História se encarregado de pôr fim à questão ideológica, a meditação dos ideais, então preconizada, poderá revelar assombrosas semelhanças nos dias de hoje, senão vejamos:

1.. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual;
2.. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação de massa;
3.. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;
4.. Destrua a confiança do povo em seus líderes;
5. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo;
6.. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no exterior e provoque o pânico e o desassossego na população por meio da inflação;
7.. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
8.. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;
9.. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da
causa socialista;
10.. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa... .
 
Mais uma para a retaguarda do status quo! :cerva:

Pra mim, basta.

Lenin.jpg
 
Uha, são três páginas de mensagens que acabei de ler e não vou fazer quotes bonitinhos... cada um encontra a fatia que lhe pertence (vou tentar identificar o máximo possível e o contexto) ;)

Regente: leia, há algumas páginas atrás, um post meu sobre o "Traficante Xaxim" e coisas similares. Foi uma piada do Cocadaboa (tanto que fizeram essa gravação com o suposto Xaxim). Por um lado, não deixa de ser hilário. "São os ossos do orifício" :lol:

Fallen: sim, notei que foi em sentido figurado o uso da poesia, mas eu não poderia deixar passar em branco (não duvido que você tivesse feito o mesmo). Espero que as "cousas futuras" não se tornem presentes de uma hora para outra, pode ser amargo. Mas aproveite a adolescência com o que ela tem de melhor ;-)

Se não me engano foi você também quem citou o fato de um Físico que não dirige ser capaz de entender melhor um carro que um motorista "leigo", justificando um sociólogo entender mais de violência e criminalidade que um policial. Poderia apelar aqui para a figura do ilustríssimo FHC, mas não vou descer tão baixo. Qualquer pesquisador, tanto o Físico, quanto qualquer pessoa que conduza uma pesquisa (acadêmica ou científica) pode ficar apenas na prova conceitual, sem precisar partir para a implementação prática. Um pesquisador pode criar uma forma inovadora de promover a combustão de forma eficiente e eficaz em um motor, chegando mesmo à prova conceitual através de longas equações, teoremas, corolários e axiomas e seu trabalho será muito bem recebido na comunidade. No entanto, um engenheiro (para aproveitar o exemplo do motor) pode pegar aquele trabalho, começar a construção e chegar à conclusão: não temos tecnologia para alcançar esse estágio, nenhuma liga conhecida no momento suportaria o calor gerado nessa combustão. E um novo ciclo de pesquisas para reverter esse detalhe tecnológico seria iniciado. Onde quero chegar com isso? Quero dizer que existem sim sociólogos que vão até seu "campo de pesquisa" e se envolvem, mas mesmo para essa classe de pesquisadores não é condição sine qua non essa pesquisa de campo. Ciências humanas não são facilmente equacionáveis (estão numa categoria que até alguns físicos que conheço fazem pesquisa: Sistemas Complexos), são completamente não-determinísticas. A diferença entre um policial que "vive" o problema da criminalidade porque não tem outra alternativa é grande com relação a alguém que procura analisar a relação causa e conseqüência e que, muitas vezes, não vai arriscar a própria pele.

Lorpas: sabe qual é o motivo pelo qual não me rendo à autoridade dos números? Não questiono a veracidade deles, mas a completude. E fazendo aqui uma distinção, x% não é estatística, é número: regra de três para calcular porcentagem é vista, em geral, na 6a. série do Ensino Fundamental e estatística muitos só vêem de verdade no Ensino Superior. Nenhum desses números informa quantos homicídios ocorrem com cada tipo de arma (legal, ilegal), quem portava (um cidadão comum, um traficante, um policial, ...). O número estimado também está levando em consideração os arsenais do narcotráfico? Quem entrou lá para contar (e sobreviveu para trazer a informação à luz do dia)? O Terra há algumas semanas atrás noticiou um míssil instalado em cima de uma casa de um criminoso e esse armamento eu não acredito que seja legalizado :)

Outro motivo que me deixa indiferente a eles: existe uma regra implícita na academia que diz que todo tipo de resultado obtido em qualquer medida, experimento ou coisas do tipo deve trazer, sempre que possível, a metodologia usada para alcançar o resultado, as fórmulas, as hipóteses e todo o aparato que permita a um pesquisador independente, se desejar, repetir o experimento e alcançar o mesmo resultado. Não tenho condições de percorrer cada hospital, delegacia e onde mais esses números possam ser coletados individualmente (não o resultado já pronto apresentado). Isso não me dá condições de negar a veracidade, nem alardeá-la como irrefutável. Só me dá condições de optar por acreditar como confiáveis ou desconfiar de sua completude e não orientar minha decisão por eles. Deixando bem claro: não acredito nos números apresentados pela campanha do SIM, muito menos nos apresentados pela campanha do NÃO. Estamos em um processo em que a opinião pública está pressionada pelos dois lados e não há como garantir a verdade em qualquer um dos lados, cada um quer vender sua sardinha. Os números são importantes, mas dado o contexto, não posso me deixar levar por eles.

Minha decisão é baseada em uma análise de toda a situação. E insisto: estamos tentando cobrir um sintoma (dor) oferecendo aspirinas a um paciente com câncer, ou seja, tratando o problema em seus sintomas, não na causa. Voto "não" porque não é pela proibição da venda de armas que toda a população terá acesso a educação pública, laica e de qualidade, visando a formação crítica do ser humano para o exercício pleno da cidadania; a saneamento básico; saúde pública com atendimento rápido e eficaz; cultura e lazer de qualidade; trabalho e emprego; polícia limpa, bem equipada e remunerada decentemente para não se render à criminalidade; e demais serviços públicos necessários para que as necessidades básicas da população sejam atendidas. E o referendo não está buscando solução para esses problemas, é apenas um analgésico comum.

Por fim, Bowser (juro que é o último que vou comentar nesse post), no Mestrado não existe "tese". A tese é um documento apenas para o Doutorado. O Mestrado, no Brasil, é tratado como pesquisa de qualidade inferior ao Doutorado e o texto recebe o nome de "dissertação" para refletir isso. É absolutamente imbecil essa divisão, no fundo, ambos fazem pesquisa, mas vai convencer o povo que contra os cursos de Strictu Sensu no Brasil :) Só fiz essa correção porque você pode enfrentar alguém que fará essa distinção de uma forma pior ou o ridicularizando e acredito que muitos aqui também não saibam... Fórum Valinor tem discussões intermináveis mas também tem cultura :lol:
 
Erulasto disse:
Minha decisão é baseada em uma análise de toda a situação. E insisto: estamos tentando cobrir um sintoma (dor) oferecendo aspirinas a um paciente com câncer, ou seja, tratando o problema em seus sintomas, não na causa. Voto "não" porque não é pela proibição da venda de armas que toda a população terá acesso a educação pública, laica e de qualidade, visando a formação crítica do ser humano para o exercício pleno da cidadania; a saneamento básico; saúde pública com atendimento rápido e eficaz; cultura e lazer de qualidade; trabalho e emprego; polícia limpa, bem equipada e remunerada decentemente para não se render à criminalidade; e demais serviços públicos necessários para que as necessidades básicas da população sejam atendidas. E o referendo não está buscando solução para esses problemas, é apenas um analgésico comum.

:clap:

Acho que esse seu parágrafo sintetiza tudo o que eu penso. E é exatamente a minha justificativa para se votar não. O dinheiro gasto com o referendo poderia muito bem ser aplicado em outras coisas mais úteis, mas o que realmente me irrita é o fato de quererem começar um movimento em prol da segurança pública pela última etapa! Que tal dar segurança pública e educação antes de começar a tomar os direitos do cidadão? É mais interessante (entenda-se mais fácil) para o governo perguntar ao povo se ele quer perder um direito do que solucionar os problemas do país.
 
Bom, este tópico está mais dinâmico do que eu consigo acompanhar, então, como já me expressei, estou entrando aqui pela última vez. Nada me desagradou, é só que ele cresce rápido demais...

...resumindo minha opinião, desarmamento soa pra mim o mesmo que:

"Cães de guarda machucam, ferem, matam. Eles são chamados "de guarda" porque servem para ferir e matar. Acidentes com cães de guarda matam pessoas inocentes. O seu cão de guarda vai comer e dilacerar os seus filhos e os amiguinhos deles. Não podemos deixar que os cães dos seus vizinhos devorem os seus filhinhos queridos. Vamos proibir todas as pessoas do país de terem raças consideradas de guarda."
 
Fallen Peacecraft disse:
Não é que é uma boa idéia?
Você ta pegando o jeito. :mrgreen:
deveríamos proibir o tráfego livre de pessoas na rua também então né... afinal... uma pessoa pode simplesmente praticar boxe tailandês, jiu-jitsu e outras artes marciais, ou não, pode ser qualquer pessoa que chegue na outra e passe um mata-leão e mate a pessoa... aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

todos nós somos armas em potencial... vamos acabar com a população!!!!!!!
 
Eu fico imaginando como os fazendeiros escravistas se defendiam na epoca da abolição da escravatura

"Mas ter escravos é um direito, eles estão tirando um direito da gente, o que vem depois?"

ou então

"todo cidadão de bem tem o direito de ter escravos"

:mrgreen:
 
Lordpas disse:
Olha Echtelion, eu creio que ele se referia ao modo como se informa determinadas cosas. Nada que faça a coisa ser triste. Na verdade a política editatorial de alguns jornais dá mó tristeza. Eu já falei que sou a favor do Conselho de Imprensa?



é.




:amem:

A verdade e por favor, leiam todos, a verdade é o que você diz né mesmo? Até porque você falou coisas plausíveis, fez um post muito bem embasado e carregado de... digamos... verdade.

Quase um Ombudsman no sentido literal da palavra, huh?


:clap:


Ps.: Desculpa ombudsman pela referência, mas é quanto a palavra mesmo, não quanto a você... ah cê entendeu. :g:
foi mal por postar 2 vezes mas esse tópico tá indo meio rápido... hmm tu diz q eu acho que eu sou o dono da verdade... nesse aspecto eu estou beeeeem mais perto da verdade do que quem pensa que os sem-terras são "caras-pintadas"... a gente tá falando do MST que invade fazendas... se houvesse um movimento dos sem-tetos e eles invadissem a sua casa... eu acharia errado, a culpa não é sua se eles querem tudo na mão, conheço gente que saiu do 0 também e hoje consegue viver uma vida tranquila, acho q se vc diz q eu sou um "ombudsman" (se for o que eu to pensando) vc q eh o dono da verdade?
 
sDr* disse:
foi mal por postar 2 vezes mas esse tópico tá indo meio rápido... hmm tu diz q eu acho que eu sou o dono da verdade... nesse aspecto eu estou beeeeem mais perto da verdade do que quem pensa que os sem-terras são "caras-pintadas"... a gente tá falando do MST que invade fazendas... se houvesse um movimento dos sem-tetos e eles invadissem a sua casa... eu acharia errado, a culpa não é sua se eles querem tudo na mão, conheço gente que saiu do 0 também e hoje consegue viver uma vida tranquila, acho q se vc diz q eu sou um "ombudsman" (se for o que eu to pensando) vc q eh o dono da verdade?

Nossa, você realmente não gosta de ler o tópico hein? Será que não ficou claro que eu estava me referindo a sua generalização em relação ao MST que só mostra o quanto você desconhece a verdade? Será que é tão difícil clicar em links que estão se não na página anterior, um pouco antes? Será que não percebe que está afirmando coisas como "Sem-terra quer tudo de mão beijada" sem avaliar o Movimento com o devido respeito e coerência? Sem avaliar a história brasileira e as raízes de nossos latifúndios? Sem avaliar antigas leis que se não me engano estão em voga até hoje? Como seria o caso da Lei de Terras de 1850? Poxa, buscar informação para poder contestar algo com algo mais do que "eu estou mais perto da verdade do que você" é um grande passo, não achas?

****

Eu não vou citar ninguém, mas vou fazer um apanhado geral do porquê eu voto Sim no dia 23.

Era uma vez a Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o Tráfico Ilícito de Armas, foi das investigações dessa CPI e da pressão popular que surgiu o Estatuto do Desarmamento. O Referendo não deveria estar acontecendo. Mas isso é desculpa para mim votar Não baseado em que? Na comparação com carros? Ou ainda na idéia de que o referendo (pedido pelo Povo (mães) em passeatas por Brasília) é um tapa-buraco incoerente quando na verdade devíamos estar investindo na base? Nah. Não creio que eu deva jogar dados, que são ulteriores a qualquer idéia de Estatuto ou algo do tipo, no lixo. Não creio que todos estão aptos a reconhecer a diferença entre papel do cidadão e papel do Estado.

Nos últimos 24 anos as mortes cresceram mais de 400% enquanto a população cresceu cerca de 50% segundo dados da UNESCO. Claro, sempre vai ter alguém a dizer: as armas que mataram mais de meio milhão de pessoas eram ilegais. E quem disser isso vai ter a sua razão, mas afirmar isso assim, de maneira simples, é algo leviano.

Três frentes de pesquisa de meu conhecimento comprovam o irrefutável, dados que cercam entre os 70 % e os 80 % referindo-se a armas que entraram na ilegalidade não via tráfico, mas sim via legal. Armas brasileiras, produzidas aqui. Rastreadas pela CPI, por Ongs, por Secretarias, etc... Claro, pode-se duvidar desses dados, ao gosto do freguês acreditar no que se quer e não em mais de uma fonte que provam a mesma coisa.

Uma alegação comum é dizer que os orgão de pesquisa são politizados e servem ao interesse do governo. Mas volto a repetir, as Frentes Parlamentares são MISTAS, não existindo homogeneidade política e nem essa patota de controle governista. Além disso é salutar entender que não existem chances de uma Secretaria ou de um orgão da Polícia Federal ser 100% alienado. A burocracia da instituição não permite e nem o funcionalismo de carreira e concursado é sempre homogêneo para um lado ou para o outro. Do contrário como seriam possíveis as denúncias feitas pela Polícia Federal ou pela Promotoria Pública contra ações dos governos deste país? Querem vender mais uma generalização ilógica para nós: a de que todo orgão público federal ou não está a mercê da politização. Repito: isso não é fato.

Eu percebo uma divisão entre aqueles que acham que é um direito e uma necessidade que os cidadãos de bem tenham uma arma para se defender e aqueles (como eu) que acreditam que a arma é uma falsa defesa e pode muito bem afetar o próximo.

Pouca gente busca informação sobre a realidade de um Brasil na defensiva, numa espécie de auto-defesa or something... e quando o Datasus fornece dados, desconfia-se deles. Sem saber que o Datasus tem auditores internacionais.

Nos EUA aonde Condolezza Rice diz que assim como o acesso a saúde, a arma é um direito do cidadão, pesquisas feitas entre 87 e 92 apontam que não é frequente o uso de armas como autodefesa, embora elas sejam adquiridas com esse objetivo, devido a massiça maioria dos criminosos agirem de maneira furtiva e através do fator surpresa. O estudo vai mais afundo para provar que arma é uma falsa segurança e aponta um ponto não abordado: que se é ponto pacífico que uma arma deve ser bem guardada (longe do alcance de crianças, etc...) é muito mais difícil que se tenha tempo para essa reação. Ainda tenta-se provar que bandido algum se intimida ou analisa se a residência y ou x possui ou não arma, justamente pelo fator surpresa.

Esses dados não são achismos meu, não. São dados de um estudo publicado em 94: Bureau of Justice Statistics: Guns and Crime: Handgun Victimization, Firearm Self-Defense, and Firearm Theft.

Aquele que possui porte de armas pode saber atirar, mas será que está preparado para matar? Eu sei, essa é uma interpretação estritamente pessoal, mas *eu* não acredito que seja uma defesa a reação. Eu fui assaltado a algum tempo a cerca de 150 metros de casa, na hora eu reagi, consegui recuperar minhas coisas com ajuda de um amigo, etc... entretanto nada vale o medo que fica de sofrer retaliação que pode custar mais que uma mochila vagabunda. Estamos aptos a exercer o papel de Lei?

Eu poderia entrar aqui na questão de acidentes com armas, etc... Crianças, ou ainda, poderia relatar caso de pessoas que conheço, mas isso tudo é de uma obviedade tamanha que creio que seja consenso entre as duas Frentes que Acidentes com armas seriam diminutos.

Para fechar essa questão as palavras do Sociólogo Glaúcio Ary Soares: Precisamos de campanhas para demonstrar que as armas em casa matam muito mais gente da família do que assaltantes. Você compra a arma na ilusão de que vai matar um criminoso e descobre que o filho de 8 ano foi brincar com ela e morreu, e aí?

Lembrando que essa frase foi dita baseada em um caso noticiado há alguns anos pelo O Globo.

Ainda tem uma série de pontos que eu levo em consideração, um deles é uma comparação bem simples. Acompanhem.

Os EUA são bastante "armados" e tem toda aquela cultura de uso de armas que vemos em filmes, etc... E ironicamente, mesmo supostamente sabendo usa-las, a reação contra um criminoso através do uso de uma arma de fogo aumenta 185 vezes a chance da pessoa que reage sair mal da situação. No Brasil existe lógica para isso ser diferente? Ou os bandidos estadunidenses são melhores e mais habilidosos que os nossos?

Novamente, não estou inventando dados: Donna L. Hoyert: "Deaths: Final Data for 1999" e dados do FBI da seção de "Homicide Report". Ainda: Hemenway em "Survey Research and Self-defense Gun Use".

Claro, tem os dados brasileiros do ISER que são similares, mas alguns não dão crédito, etc...

Ainda quero comentar sobre o Sofisma: "querem desarmar o cidadão e deixar os bandidos armados".

A primeira premissa é verdadeira, a intenção do Estatuto é desarmar o cidadão sim. Mas a segunda parte é tacanha. A maioria dos artigos do Estatuto do Desarmamento procura dar meios e obrigações as Forças de defesa pública para que elas tenham mais poder combativo em relação ao tráfico de armas, entre outras coisas.

O uso da Frase correta seria: o desarmamento dará mais segurança aos lares, e a implementação do Estatuto mais insegurança aos criminosos.

São duas ações distintas em sua gênese mas que se complementam e podem como consequência de sua prática ajudar uma a outra, como a referência ao combate a fonte legal de armas que sofrem um processo de "ilicitação" que tantas vezes foi citado nesse tópico.

Dados citados do Small Arms Survey ou ainda do Instituto de Segurança Pública podem nos dar ainda mais luz antes de dizer que é balela afirmar que o roubo de armas legais não abastece a bandidagem. Até porque no Rio, segundo essas fontes, a cada 5 horas uma arma legal muda de mãos.

Ignorar essa pequena frente de idéias com o intuito de dizer que o Estado não está apto a dar segurança é incoerente, na minha opinião. Isso é sintoma de um povo acomodado. A coerência estaria na ação de exigir do Estado que faça a sua parte, exigir que cada unidade da federação também faça a sua e que eu, como cidadão de bem, não seja forçado a pensar que através dessa falsa impressão de que a arma defende sem aumentar riscos acabe agindo como um legislador e juiz daquele que de alguma maneira está em estado de marginalização.

Fala-se também em gastos com o Referendo, mas votar Não significa "continuar na mesma". Continuar na mesma significa continuar gastando o nosso $$$ em Saúde pública com as vítimas de Armas de Fogo, não é algo contraditório? Posso garantir que os dados do Datasus apontam para um número exorbitante de dinheiro que poderia ser melhor empregado.

Enfim, mesmo superficial perante o montante de argumentos e contra-argumentos, aí está a minha visão e interpretação pessoal da coisa.

Entre prós e contras, dia 23, eu vou votar Sim e com a consciência tranquila de quem buscou informação antes de tomar qualquer decisão a respeito.
 
ah... parei de discutir... tô perdendo meu tempo, tu acredita em tudo q a imprensa diz? eu tb já deixei claro que me refiro apenas aos sem-terras que não fazem juz ao movimento... não to generalizando
 
Lordpas disse:
Entre prós e contras, dia 23, eu vou votar Sim e com a consciência tranquila de quem buscou informação antes de tomar qualquer decisão a respeito.

E se depois que o Sim ganhar as pessoas continuarem comprando armas ilegalmente, os contrabandistas ficarem mais ricos ainda, e você descobrir que por trás de tudo a intenção do governo era arrecadar dinheiro pro PT de alguma maneira (seja com as multi-nacionais ou o diabo)?

Depois do Mensalão, do Marcos Valério, dos Bingos, do Celso Daniel, como é que eu posso confiar no governo? Macaco velho não mete a mão em cumbuca. Se for levar em conta a aparente irracionalidade do referendo fica mais esquisito ainda: não era melhor gastar o dinheiro numa mega-operação pra prender traficantes, contrabandistas, etc., do que numa votação que caso aprove tem pouco impacto benéfico e ainda vai prejudicar quem precisa de armas?

Eu não tenho nenhuma dúvida: aí tem coisa.
 
Balbo Bolseiro disse:
Eu não tenho nenhuma dúvida: aí tem coisa.

Concordo.

Enquanto isso o ministro da Justiça diz que a intenção do desarmamento não é tirar arma de bandido e o mesmo indivíduo vem comandando a operação abafa nas CPI's...
 
Evidente q todo esse circo q "armaram" sobre o referendo é uma valvula de escape do nosso governo!!!
 
Eu tinha prometido a mim mesmo não mais postar neste tópico, mas a turma do status quo falou tanta bobeira, que eu me reservo no direito de algumas considerações finais:


1 - Que tal se dedicarem em tempo integral aos estudos de Matemática aplicada, tendo em vista a total incapacidade de compreensão das questões sociais?

2 - Não existiu mensalão. Pelo menos até agora, devido a completa falta de provas, não passa de uma hipótese mirabolante. Vale notar que os cidadãos que mais convicção possuem nesta hipótese, são exatamente os que parcamente se informaram sobre o assunto.

Que a Força esteja com vocês! Porque o conhecimento... :jornal:
 

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