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[L][Skylink][Retalhos nostálgicos]

Skylink

Squirrle!
Era um teto almiscarado de flores, lívido de reflexos sobre as bases de mármore espelhado. E o vento rodopiava lentamente, zunindo, de repente, por uma fresta na janela amarela e carmim. Vinha carregado com o cheiro de jasmins...

O aroma, porém, se perdia em meio à confusão do suspenso jardim. O chão lhe tragava um último olhar extasiado antes de eleva-lo à condição de um em meio a aquela saleta esquecida, perdida no limiar do tempo e do encantamento.


As paredes brancas não guardavam máculas, apenas sorrisos. A janela carmesim lhe anunciava o fim da tarde, com um fino fio de crepúsculo alaranjado lhe trespassando as frestas. Havia ainda um quadro, com lembranças líricas, e uma luz artificial, automática. Mas eles não eram notados naquela paz encadeada de desligamento.

Apenas o aroma permanecia, suave em seu coração. O doce prazer de rosas e violetas, de sonhos e danças esquecidas; era um toque singelo que desenhava a sua vida – enquanto lá fora, além de sua prisão, as pessoas continuavam a guerra.
 
Re: [Skylink] [Retalhos nostálgicos]

Eu achei bom também... entretanto eu desenvolveria melhor.

Quando achamos que vai ficar ainda melhor e mais "profundo" o texto acaba. (também não sei se não seria essa a intenção, né. :g: )
 
Re: [Skylink] [Retalhos nostálgicos]

Isso foi uma descrição pra escola, pra aula de redação. Ninguém lá aguentaria ler além disso, e um dos comentários mais significativos que eu ouvi hoje na minha sala foi "Não entendi nada". :eek:

Uma outra parte do pessoal achou legal ontem, bonito, non sei mais oq, etc... e tiveram uma cara parecida quando leram o final. A intenção era apenas essa cara.
 
Re: [Skylink] [Retalhos nostálgicos]

Eu acho que tu deveria ter desenvolvido a última frase de uma maneira menos objetiva. Acho que distôou um pouco do conjunto, que é em si bastante belo e subjetivo.
 
Re: [Skylink] [Retalhos nostálgicos]

Hm, faz tempo que não leio nada seu, Sky. Estu de volta =)

Parabéns pelo texto... Concordo com o Striker, o fim destoa do conjunto, mas achei bem interessante o final de toda a coisa.

Meu único porém é o excesso de palavras complicadas como almiscarado, extasiado, saleta, máculas, carmesin, crepúsculo, trespassando... É minha opinião pessoal, como leitor, e você tem todo o direito de discordar, mas acabei não resistindo e comentando. Sabe, não sei se foi a sua intenção, mas quando eu vejo muitas palavras complicadas (que a gente sabe o significa, ok, mas não costuma ouvir) juntas eu tendo a achar a coisa meio pedante, ou talvez presunçosa. Não sei, é só uma idéia. Pode ser que eu esteja falando uma grande bobagem.
 
Re: [Skylink] [Retalhos nostálgicos]

Eu acho que o charme da coisa está no grau mais erudito, que soa melhor aos ouvidos.

O único problema que pode ocorrer é acabar virando um texto prolixo, mas não é o seu caso aqui Sky. =]
 
Re: [Skylink] [Retalhos nostálgicos]

Melkor disse:
Parabéns pelo texto... Concordo com o Striker, o fim destoa do conjunto, mas achei bem interessante o final de toda a coisa.

Meu único porém é o excesso de palavras complicadas como almiscarado, extasiado, saleta, máculas, carmesin, crepúsculo, trespassando... É minha opinião pessoal, como leitor, e você tem todo o direito de discordar, mas acabei não resistindo e comentando. Sabe, não sei se foi a sua intenção, mas quando eu vejo muitas palavras complicadas (que a gente sabe o significa, ok, mas não costuma ouvir) juntas eu tendo a achar a coisa meio pedante, ou talvez presunçosa. Não sei, é só uma idéia. Pode ser que eu esteja falando uma grande bobagem.

Obrigado pelos elogios. Mas essa sua impressão não seria uma antipatia com história ou com gente boba que se impressiona só com isso? Como você disse, a gente não costuma ouvi-las, embora saiba identificar várias delas sem precisar do dicionário. E aí entra um ponto importante: elas ajudam a compor a atmosfera do texto; existe uma certa diferença de assimilação na hora de ler "atravessando" e "trespassando", não só em relação ao número de sílabas como também ao contexto, aos ecos do texto, à impressão de valor que as pessoas dão para as palavras, etc

Além disso, existem algumas sugestões que só essas palavras "incomuns" conseguem passar, como por exemplo a mudança de cores da janela; é um artifício sutil.

Str1ker disse:
Eu acho que tu deveria ter desenvolvido a última frase de uma maneira menos objetiva. Acho que distôou um pouco do conjunto, que é em si bastante belo e subjetivo.
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Uhn, mas a idéia é destoar. Se for analisar os dois primeiros parágrafos seriamente, a impressão que se tem é a de que o personagem (que eu identifico como um príncipe ou princesa de algum país em conflito) está simplesmente tentando fugir da realidade em poesias bobas, tentando ligar qualquer coisa e repetindo o mesmo eco três vezes seguidas no final de uma seqüencia de frases... Definitivamente não é algo imediatamente inspirado, mas processual, gradativo - o tempo vai passando e passando, e o que salva de ser chato talvez sejam as pausas e a mudança de focos.

No entanto, agora eu sinto uma predisposição para continuar a história, e não apenas o enfado de estar na escola. Só é curioso o fato de que, mesmo com todo o absurdo barulho e distração, consegui me concentrar a partir do terceiro parágrafo, e definir realmente o que estava fazendo (embora "educadamente" tenha mandado um colega a merda, coisa de que sinto uma pontada de lamentação...)

Lordpas disse:
O único problema que pode ocorrer é acabar virando um texto prolixo, mas não é o seu caso aqui Sky. =]

Ainda bem. Já me basta o Logan e o Fox me considerando prolixo por causa da entrevista pro insônia.
 
Última edição:
Re: [Skylink] [Retalhos nostálgicos]

Lordpas disse:
Eu acho que o charme da coisa está no grau mais erudito, que soa melhor aos ouvidos.

O único problema que pode ocorrer é acabar virando um texto prolixo, mas não é o seu caso aqui Sky. =]

O problema é que eu sou da opinião que vocábulos raros soam pior ao ouvido do que os comuns. Alias, isso é extremamente lógico, porque não costumamos ouvir "máculas". E não acho que dê um grau mais erudito ao texto. Também não é questão de passar uma idéia mais complicada, né?, porque, afinal de contas, as idéias MAIS complicadas são as que se exprimem com as palavras mais simples, vide Alberto Caeiro, por exemplo.

É claro que é questão de estilo, e foi o recurso que o Sky decidiu usar, não estou contestando isso. Eu só quis discutir algum aspecto do texto e esse foi o que mais me chamou atenção.
 
Re: [Skylink] [Retalhos nostálgicos]

Melkor disse:
O problema é que eu sou da opinião que vocábulos raros soam pior ao ouvido do que os comuns. Alias, isso é extremamente lógico, porque não costumamos ouvir "máculas". E não acho que dê um grau mais erudito ao texto. Também não é questão de passar uma idéia mais complicada, né?, porque, afinal de contas, as idéias MAIS complicadas são as que se exprimem com as palavras mais simples, vide Alberto Caeiro, por exemplo.

Certo, certo... Avalie "solilóquio" e "monólogo" =P

Na verdade a questão nem é a raridade, mas sim a abrangência das associações. A primeira, apesar de incomum, é ligada imediatamente a solidão, solitário, etc; é mais direta... A segunda, apesar de mais usada, é uma junção de "um" com o fim e a tônica de "diálogo", e só adquire a conotação quando se lê as duas últimas sílabas.

Quanto a idéias mais complicadas, certas palavras mais raras são muito mais abrangentes. A exemplo de "Ária", que vi hoje num livro da Cecilia Meireles, e que se refere a todo e qualquer tipo de instrumento que produza melodia, incluindo a voz.

Mas curiosamente da pra se aproveitar dessa complicação que é o uso de algo desconhecido, fazendo com que surja uma espécie de eufemismo. Uma pausa interpretativa maior para a formulação plena da idéia (ou da efetiva consulta ao dicionário). O Gabriel Garcia Marquez meio que faz isso umas várias vezes em "Cem Anos de solidão".
 
Re: [Skylink] [Retalhos nostálgicos]

Copiando o que escrevi para o Sky no MSN:

Eu:
hmm..bom..mas não concordo com o pessoal..curti o final..
Eu:
sabe..eu sei q provavelmente vc não quis dizer nada disso..mas vc pode levar essa situação para um outro aspécto..
Eu:
essa cena descrita pode ser o coração da pessoa, bonito, noentanto perdido e esquecido, preso..
Eu:
e a guerra pode ser simplesmente a vida..
Eu:
afinal viver é guerrear..
Eu:
ele, que está pensando nisso tudo, está preso em si mesmo
Eu:
sei lá..é o meu ponto de vista..eu estou interpretando-o de acordo com a lente dos meus valores e das minhas experiencias...
 
Re: [Skylink] [Retalhos nostálgicos]

Branco papel de estrelas veladas, pálidas e invisíveis ao olho recoberto dos suspeitos. Que intentos revela-me nesta batalha aterradora contra as circuntâncias da espera? Têns a borda corroída apenas, e a grata distração de um olho vago que o fixa, distorcido...

A sala se revela, no entanto, para além dos recantos da imaginação. E toma forma, desenhando lentamente, por uma fresta, a velha e escura cadeira de informática, a face mórbida de um infeliz cochilando em serviço, e as algemas que meus dedos tocam incessantemente. Uma mesa cheia de máquinas que não param seu barulho irritante está à minha frente, enquanto o papel provavelmente já foi carregado por alguma corrente de ar e sumiu em meio ao negrume que envolve quase tudo.

Não chego a escutar os passos que chegam do corredor. O estampido é mais imediato, e chega antes de meu pensamento. Minhas mãos estão livres, mas sei que é inútil tentar resistir agora. As chances são invariavelmente pequenas...

Uma navalha corta pelo centro a venda do meu olho direito, tirando uma lasca de pele até a altura do lábio. O sangue escorre, relutante em jorrar enquanto finjo surpresa e terror com o guarda morto.

A mão que a arrancou se retrai automaticamente, e o prazer neurótico que sinto em seus olhos, por trás dos óculos escuros, relaxa levemente seus ombros.

As armas, porém, continuam fixamente apontadas e engatilhadas. A cotovelada a seguir, tão covarde quanto o primeiro golpe, não me assusta ou surpreende; ainda não é nada, são apenas testes. Rolo pelo chão junto com a cadeira, presa por minhas mãos tensas e inquietas. A cabeça roda para o lado, e, por algum curioso jogo do acaso, encontro o papel novamente. Bom, agora ele está manchado de sangue também...

 
na miña opnião sincera, axei o texto no inicio da pagina exelente, dignu di continuação.
mas essa outro, num sei pq, mas achei um pouco fraco, num tem aquele toque ki faz o leitor colar no texto ateh a ultima linha. Axu ki uns ajustes aki e ali, vai ficar perfect.
 

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