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Série "Discworld" (Terry Pratchett)

Eu ganhei o Pirâmides de Natal e é o único que eu tenho da série e eu não comecei ainda porque tenho um livro para terminar. Só quero saber se dá de ler ele separado tranqüilo ou eu não vou entender nada?
 
Você pode ler todos os livros da série separados, menos o primeiro e o segundo (o segundo é continuação do primeiro).
 
Pode ler o Pirâmides tranqüilo, principalmente porque ele apresenta personagens completamente inéditas da série :wink:
 
a série não é obrigatoriamente pra ser lida na sequencia, mas fazer isso torna a leitura muito mais divertida...já que frequentemente o pratchett recorre a personagens já usados em histórias anteriores e usa os acontecimentos como referência...

Piramides é realmente uma exceção
 
Eu tô lendo Pirâmides pela segunda vez já, por causa de uma coisa que eu desconfiei e acabou se confirmando - o livro tem muitas passagens que só são inteiramente apreciadas em uma segunda leitura, esp. as primeiras menções ao Maior Matemático do Disco, que em sua maioria já se desvaneceram na memória quando a identidade do matemático é finalmente revelada.

De qualquer forma, as primeiras páginas consistem em provavelmente a melhor seqüência que o Pratchett já escreveu, pelo menos entre os 8 livros que eu já li - o jeito como ele pula de um período para outro na vida do Teppic - aumentando o suspense do exame final - é brilhante, principalmente durante a queda, onde ele usa o clichê da "vida passando na frente dos olhos" para alternar entre pequenos trechos da situação presente e grandes flashbacks da vida do Príncipe em Djelibeybi e de seu aprendizado na Guilda dos Assassinos.

É hilário como ele não pára de metralhar piadas sobre a natureza fatal da escola - "O exame de admissão dos Assassinos não era muito rigoroso. Era fácil entrar na escola e sair dela (o difícil era sair na posição vertical)." - e na página 24 o livro já atingiu a marca de 4 notas de rodapé, cada uma mais engraçada que a outra (aquela sobre a Praga do Sapo é especialmente cômica - quebra total de expectativa).

Nos outros capítulos a coisa toma um rumo mais linear, e as soluções de narrativa habituais se fazem presentes, mas a diferença aqui é que são muitos coadjuvantes (o que é irônico, dado o tamanho do reino) e eles não aparecem só para interagir com os protagonistas e depois desaparecer - a história segue vários arcos, cada personagem tem uma jornada a cumprir (os exércitos de Tsort e Ephebe sendo a única exceção, já que até nos mortos há alguns representantes recorrentes).

As situaçãos absurdas vão se desfraldando exponencialmente (a atitude dos sacerdotes durante a aparição dos deuses é especialmente hilária), e depois de inúmeras referências históricas e mitológicas (a "guerra" entre "Tróia" e "Grécia" e a Esfinge sendo as mais notáveis) cada núcleo de narrativa conduz a uma daquelas resoluções onde, mais do que crescer como seres humanos, os personagem têm de se conformar (a aparição do Morte foi a cobertura no bolo). O epílogo foi realmente notável: apesar de envolver uma revelação anterior que eu já tinha previsto há muito tempo, há uma outra reviravolta, e a coisa é explorada de forma bem enigmática e interessante.
 
Eu acabei de ler faz algum tempo e acredito que vou ter que reler em pouco tempo. Não por não ter prestado atenção nem nada do tipo, mas pelo estilo incomum do Pratchett. O estilo dele tem algumas peculiaridades que eu não conseguir pegar num primeiro momento, o que atrapalhou um pouco minha primeira impressão sobre o livro.

Bem, o que importa é que, no final, eu me diverti bastante lendo. Além de ser ainda mais engraçado do que eu esperava, foi o livro que levou o quesito fantasia ao limite máximo, dos que eu li até agora. Vezes ou outras a surrealidade era tanta que eu ria até mesmo quando não tinha piada alguma.

Delicioso de se ler e chamou minha atenção de vez para a série. Agora eu vou ter que caçar os primeiros. Devia ter lido antes, hunf.

V disse:
Eu tô lendo Pirâmides pela segunda vez já, por causa de uma coisa que eu desconfiei e acabou se confirmando - o livro tem muitas passagens que só são inteiramente apreciadas em uma segunda leitura, esp. as primeiras menções ao Maior Matemático do Disco, que em sua maioria já se desvaneceram na memória quando a identidade do matemático é finalmente revelada.
Talvez a coisa mais engraçada sobre o Maior Matemático do Disco é a própria forma fisica dele. Quer dizer, você cria desde o começo uma errada imagem estereotipada de um pequeno homem de óculos, cabelos brancos e jaleco para, no fim, ele ser aquilo. Sem contar os pensamentos totalmente fora do contexto. Calcular a raiz quadrada de um número qualquer no meio de uma perseguição é bizarramente anormal.
 
É por isso que eu adoro o Pratchett. Eu também imaginava que o maior matemático do mundo era aquela figura com ares científicos, e quase caí no chão quando a verdadeira identidade dele é revelada. A quebra de expectativa foi tão enorme que chegou a ser fascinante. :lol:
 
Nossa, mas já? 8O
O que aconteceu com a Conrad, para traduzir o próximo livro assim tão rápido?
Nem deu tempo de ficar com saudade e ansioso pelo próximo número.. :mrgreen:
 
Vou conferir, mas eu não estou tão feliz assim com esse lançamento.

A rapidez pode significar uma tradução ainda mais podre que a de "Pirâmides". :|
 
É, o descuido pode significar uma tradução prejudicada, ou, o que eu realmente temo, uma revisão mal feita.

A Conrad disse que ia lançar dois livros da série em 2005, será que o outro sai no começo do segundo semestre? :eek:
 
Essa notícia não foi tão boa pra mim, já que - além do lance da tradução - eu ainda estou terminando Pirâmides*; e eu sempre preciso comprar os livros do Pratchett no lançamento, já que depois eles somem das lojas.

* Que é excelente, provavelmente o melhor até agora. Mas eu tenho que reler os primeiros da série, já que Pirâmides e Fabuloso Maurício têm uma profundidade bem maior do que eu já tinha visto até agora. Quero dizer, todos são fodas, mas eu notei uma diferença bem grande entre Estranhas Irmãs e Pirâmides (e desses pra Fabuloso Maurício, o que é normal).

Por exemplo, o lance dos mortos foi bem melhor explorado em Pirâmides (até agora), e esse nem parece ser o ponto principal do livro. O estilo dele também ficou mais detalhista e dinâmico (sim, ao mesmo tempo, o que é louvável).

Anyway, é meio complicado falar de estilo envolvendo Pratchett, já que ele costuma usar algumas coisas que normalmente eu consideraria ruins e as deixa hilárias.

Exemplo: o jeito cru que ele utiliza pra descrever alguns detalhes. Eu normalmente não gosto quando fazem isso, mas ele escreve de uma maneira que deixa tudo mais engraçado (o que anula o lado "ruim"). Eu poderia também citar a quebra de expectativa que aparece a todo momento, ou a repetição constante de alguns elementos. Tudo isso sempre aparece nos livros - como se ele estivesse satirizando as "técnicas".
 
Possíveis SPOILERS à frente:

Nob disse:
é excelente, provavelmente o melhor até agora. Mas eu tenho que reler os primeiros da série, já que Pirâmides e Fabuloso Maurício têm uma profundidade bem maior do que eu já tinha visto até agora. Quero dizer, todos são fodas, mas eu notei uma diferença bem grande entre Estranhas Irmãs e Pirâmides (e desses pra Fabuloso Maurício, o que é normal).

Hm, a mudança (seria evolução?) de estilo que eu achei mais gritante até agora foi entre Aprendiz de Morte e O Oitavo Mago. Esse último, mais Estranhas Irmãs, mais Pirâmides são os três melhores até agora imho, excetuando-se O Fabuloso Maurício e seus Roedores Letrados - que eu não consigo ver com um livro do Discworld per se.

Mas Pirâmides (que eu acabei de ler pela segunda vez), é provavelmente o melhor, mesmo.

Por exemplo, o lance dos mortos foi bem melhor explorado em Pirâmides (até agora), e esse nem parece ser o ponto principal do livro.

O tema do livro é Mudança, a necessidade de mudança, as conseqüências, como os Poderes (principalmente religiosos - Dios representa justamente a inexorabilidade) tentam impedi-la de acontecer, etc; é claro que isso também envolve a Morte (curiosidade: a carta da Morte no Tarô representa mudança), ainda mais em se tratando da sátira de uma cultura obcecada com ela.

O "Fantasma do Rei Morto", já utilizado por Practhett, ganha nova dimensão aqui porque o coitado se encontra trancado junto com seu próprio corpo mumificado, e a interação (a princípio unilateral mas recíproca durante os eventos climáticos) com Dil e Gern é mais um toque interessante.

O estilo dele também ficou mais detalhista e dinâmico (sim, ao mesmo tempo, o que é louvável).

A transição entre eventos, tanto paralelos quanto deslocados no tempo, é perfeita.

Anyway, é meio complicado falar de estilo envolvendo Pratchett, já que ele costuma usar algumas coisas que normalmente eu consideraria ruins e as deixa hilárias.

Exemplo: o jeito cru que ele utiliza pra descrever alguns detalhes. Eu normalmente não gosto quando fazem isso, mas ele escreve de uma maneira que deixa tudo mais engraçado (o que anula o lado "ruim"). Eu poderia também citar a quebra de expectativa que aparece a todo momento, ou a repetição constante de alguns elementos. Tudo isso sempre aparece nos livros - como se ele estivesse satirizando as "técnicas".

Eu adoro por exemplo o jeito como ele não menciona certas coisas, mas mesmo assim não deixa dúvidas sobre o que está acontecendo, e isso torna tudo muito mais hilário.

Como, por exemplo, esta passagem, onde o soldado Teleprompter se encontra sozinho junto a um enorme cavalo de madeira:

"Quando a escotilha se fechou acima dele, Teleprompter foi andando de lado até uma das patas pesadas do cavalo e lhe deu um uso que não era seu propósito original.
E foi enquanto ele estava olhando vagamente para a frente, perdido em sua contemplação Zen, como ocorre em momentos como este, que houve um leve estalo no ar e um vale de rio inteiro se abriu diante dele.
Não é o tipo de coisa que deveria acontecer com um rapaz atento. Especialmente um rapaz que tem que lavar o próprio uniforme."

:rofl:
 
Os Livros de Pratchett acabam de uma maneira um tanto misteriosa...e o pior é que não reponhem....mas o incrivel é que agora a banca de revista está distribuindo tambem tais divinas e sátiras obras, Além de ser mais barato_O Mauricio, o fabuloso tambem é muito bem falado...estou doido para ler
 
Já tem "Guardas! Guardas!" na livraria que eu freqüento, mas eu não tinha dinheiro. Agora eu sei como se sentiam aquelas pessoas que caíam no mar porque ficavam perto demais da beirada do píer esperando o próximo capítulo de "Grandes Esperanças". :|

Acho que vou comprar amanhã. :pray:

P.S.: Dizem que esse é o melhor de todos.
 
Eu estou querendo comprar os livros que já saíram, mas não acho nada nas livrarias próximas a minha casa - perto do trabalho , então, nem livraria eu acho.... :osigh:

Estou que nem uma louca, quero muito ler essa série já faz um tempo - daí o TT1 me aparece com um dos livros lá em casa e me deixa passando vontade. :?
 
Guardas! Guardas! já apareceu nas livrarias há um bom tempo. No site da editora e de lojas virtuais, então, nem se fala. Já comprei o meu, vai ser o próximo a ser lido :obiggraz: E é o maior de todos também. Os livros vão ficando maiores \o/
 

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