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MANIFESTO LITERARIO

Denethor II

Pontífice Inquisidor de Gondor
Para todos os admiradores da literatura escrita, vai um pedido pessual: VAMOS TENTAR MELHORAR O SISTEMA LITERARIO BRASILEIRO

Postem aqui o que voces acham que ajudaria a aumentar o volume de titulos brasileiros, o que ajudaria o livro a ficar mais acessivel (ou seja, mais barato) e o que poderia ser mudado nas leis de autoria... Simplesmente: QUE TAL TENTARMOS FAZER O BRASIL A CAPITAL DA CULTURA LITERARIA???

Eu coloco o tema acima como desafio: você se arrisca a postar mudanças?
 
1- Não forçar somente a leitura de classicos na escolas.

2- Lançar livros em encadernação mais simples (papel-jornal).
 
ah sim, redução d custo eh algo urgente nesse país em q livro eh artigo d luxo, mas papel jornal tbm eh sacanagem, hauahuahaua!
aumentar a variedade literária nas aulas d literatura tbm eh urgente....
 
Acho que o melhor jeito é incentivar a leitura nas escolas. Já seria um grande negócio se houvesse uma aula por quinzena, por exemplo, ou por semana, em que os alunos levassem à escola livros de sua escolha, ou revistas, jornais ou gibis para ler. Faziam isso quando eu era do ensino fundamental e eu adorava :mrgreen:
 
"Sistema Literario Brasileiro", vou tentar explicar....
no brasil existe sim um mercado do livro. Por exemplo, ja conheço mais de 3 autores que tem obras prontas. Obras entre elas muito boas, na minha opinião. O "porque" de eles não publicarem é simples: a primazia que se dá na tradução e publicação de livros vindos de outro país. Quando tivermos um autor bom que queira publicar, e ele conseguir publicar, e as pessoas conseguirem ler o que ele leu (ou pelo menos terem a chance de reconhecer o titulo dele na pratileira de uma livraria ou biblioteca), daí sim teremos um sistema Literario brasileiro ideal.
Ideal por que? Porque os bons tem chance de publicar. Sistema Literario por que? pois quando voce cria uma serie de fatores que transformam esse mercado favoravel e lucrativo, voce conegue ter um sistema.
Desculpe se não descrevi mto bem, espero que tenha entendido! ^_^
 
Isso é interessante. É importante que o desejo de mudança e melhora floreça no coração das pessoas - e que haja esperteza para aplicar tal desejo de forma prática e objetiva no cada vez mais exigente mundo nosso.

O mercado procura sempre o lucro, não importa quais os meiuos, e isso é óbvio; há o costume de, ou consumir somente autores estrangeiros ou os clássicos antigos de nossos país.

Sim, deveria haver uma reeducação nacional, valorizando mais o que é escrito aqui; se assim fosse, as editoras dariam preferência à nova literatura nacional.

Portanto, enquanto o Sistema não muda, novos autores brasileiros têm de lutar com mais afinco para se imporem no mercado. Têm de estudar e estudar MUITO para superarem a criatividade e o bom gosto que vem de fora.

Se não escreve bem o suficiente, se não der o sangue pela causa que acredita, não adianta espernear, né...
 
Hum.

Ok, opinião de quem lê, não de quem estuda literatura: o maior problema com a Literatura Brasileira é que autores sentem uma necessidade absurda de imitar o que está acontecendo lá fora, logo, não se trata de Literatura Brasileira.

É só estudar História da Literatura e perceber: todos os nossos movimentos Literários eram ecos de movimentos que já tinham acontecido na Europa. Acredito que apenas com o Modernismo a Literatura tenha adquirido um caráter mais brasileiro, embora esse movimento também estivesse enraizado em movimentos literários da Europa.

Por conta dessa influência massacrante o que temos são dois extremos: livros com personagens, contexto, etc. de padrão tipicamente estrangeiros ou um regionalismo exagerado que sim, é chato quando você não conhece lhufas do lugar que está sendo descrito minunciosamente (e nem tem jeito para Geografia, hehe).

Isso tudo acabou influenciando no mercado literário atual, e um exemplo disso é o "Angus" que as pessoas tanto lêem.

Tão certo quanto dizer "Temos que abrir o mercado para os autores nacionais!!" , é "Temos que abrir o mercado para autores nacionas de fato!". Gente que encontre um equilíbrio e saiba contar histórias brasileiras sem encher o saco com a puxação de sardinha do Regionalismo típico.
 
ja falei aqui algumas vezes q nao gosto muito da literatura nacional... acho q eh por causa do regionalismo mesmo.... mas nao sei bem ao certo...


agora quanto a mudar a nossa literatura... bem primeiro podiamos incendiar a academia Brasileira de letras.. ( de quebra ainda matavamos o Sarnei e o Paulo Coelho, o jo tb esta nao esta? matavamos ele tb) depois deviamos incendiar as fabricas de livro, pois o preço q pagamos nos livros novos sao absurdos.... e por fim terminariamos em praça publica enforcando os editores nas tripas dos criticos....



q tal?


Dwarf
 
O problema do preço dos livros aqui é que, bem, digamos assim... "brasileiro come com os olhos". Se chega um livro com um papel mais simples, ele não compra. Em compensação, livros com capa encerada ou de letras metálicas chamam a atenção e vendem.

É um círculo vicioso: o consumidor só compra desses porque as editoras (para agradar o consumidor) só vendem desse tipo. E isso aumenta bastante o preço dos livros.

Por exemplo, eu tenho duas edições diferentes do Drácula. Uma custou só dez reais na época (é daqueles livros de bolso) e outro custou quarenta e dois reais (só porque era cheio de nhénhé, nota introdutória de cara famoso, etc.). A diferença entre eles?

Basicamente a qualidade do papel da capa, porque o papel do miolo do livro de dez reais não era ruim.

Há uma série de coisas para ser mudada no tal do "sistema literário brasileiro", mas eu sinceramente não sinto que seja uma mudança rápida. Tem muito a ver com educação nas escolas também, acredito eu.
 
Não será uma mudança rápida. A má educação das pessoas deste país é fator determinante. Um reeducação vai demorar.

Contudo, deve-se realmente começar algo. Só de discutir esse assunto já é alguma coisa.

Lovejoy disse:
Tão certo quanto dizer "Temos que abrir o mercado para os autores nacionais!!" , é "Temos que abrir o mercado para autores nacionas de fato!". Gente que encontre um equilíbrio e saiba contar histórias brasileiras sem encher o saco com a puxação de sardinha do Regionalismo típico.
Esse prágrafo me chama a atenção, em especial.

Hmm...
 
Joy e Cabral disseram tudo. O "sistema" também somos nós.

Muito autor brasileiro provavelmente nem tem chance de colocar suas idéias na prateleira, visto que não venderia. E não vende não apenas porque é autor obscuro. Mas porque não vende se não for nos moldes de titia arroz (Anne Rice), Stephen King, Tolkien, etc.

Já falei sobre um material muito bom de RPG das época dos Bandeirantes. Mas o que vende é aventuras com Dragões, Castelos, Ciberpunk. Tanto que no EIRPG outro dia vi que só tinha UMA aventura que saísse do padrão globo de qualidade, que era na China medieval (ambientação por conta da exposição que teve na OCA, enão por conta daquele anime Fushigi Yuugi).

Em termos de literatura, a grande maioria vai atrás apenas do café com leite: titia Arroz, Stephen King, Agatha Christie, Contos medievais e cavalaria. Mas no máximo o nos aventuramos apenas no Sítio do picapau amarelo.

Em anime e mangá a situação é tão crítica quanto: o da vez é Naruto agora... então mesmo com Lobo Solitário sendo publicado, a grande maioria não corre atrás. Tem gente que fica dando risada das obras de Tezuka Osamu, só porque o desenho é simples! Porra, Fushigi Yuugi pode ter um desenho muito muito muito lindo (o que eu pessoalmente não acho), mas comparar FY com qualquer obra de Tezuka Osamu é MUITA covardia.

Dá para ver pelos Zines e doujinshis um reflexo da falta de imaginação, da falta de criatividade. A grande maioria falando sempre a mesma coisa, seja no formato Hollywood, seja formato anime e mangá.

E é isso que é consumido.

No máximo da área de entretenimento aqui de Valinor eu aguento é cinema e quadrinhos, que vejo uma grande diversidade de gostos, e posso saber de algo novo lendo os fóruns.

A área de Literatura e de anime e mangá me dão a mesma impressão Código da Vinci (antes era Brumas de Avalon), onde as pessoas não saem para experimentar outras coisas, e ficam apenas todo mundo lendo a mesma coisa.

Compreendo que ninguém gosta de gastar dinheiro com porcaria e que a melhor forma é perguntar para outros se o livro é bom... mas não entendo como é que em dois fóruns isso funcione para aumentar a gama de alternativas, enquanto que nos outros dois as pessoas parecem contentes em se manter em apenas duas ou três opções. Não me entra na cabeça.
 
Ana Lovejoy disse:
Tão certo quanto dizer "Temos que abrir o mercado para os autores nacionais!!" , é "Temos que abrir o mercado para autores nacionas de fato!". Gente que encontre um equilíbrio e saiba contar histórias brasileiras sem encher o saco com a puxação de sardinha do Regionalismo típico.

Não sei como alguém poderá encontrar tal equilíbrio, uma vez que não existe uma "identidade brasileira", algo coeso que diga respeito a todos os habitantes desse país (futebol à parte, claro), como ocorre com franceses, ingleses e japoneses, por exemplo. O que existe são justamente as identidades regionais, e a literatura nacional acaba pendendo pra esse lado.

O Brasil é composto de vários "pequenos países", cada qual com uma cultura muito própria. Mesmo que alguém tentasse criar uma literatura com um caráter nacional abrangente, seria algo forçado, artificial e, conseqüentemente, um fracasso.

Não conheço nenhum autor brasileiro que tenha conseguido realizar algo do tipo de modo natural; no máximo uma aproximação disso, no caso do Machado. E como as identidades regionais não irão desaparecer com o tempo, não tenho muitas esperanças de ver uma literatura brasileira. E não vou nem falar de autores que possam criar algo de caráter universal: já não tenho mais ilusões disso, fora que não é todo dia que se tem a bênção do surgimento de um Dostoiévski no teu país. :)

De qualquer maneira (e talvez justamente por essa ausência de identidade nacional), não leio muito literatura brasileira, com exceção de alguns autores gaúchos: já que nos resta o regionalismo, obviamente vou ficar com aquele que me diz mais respeito. Uma história sobre retirantes nordestinos simplesmente não me diz nada.
 
Gabriel disse:
Não sei como alguém poderá encontrar tal equilíbrio, uma vez que não existe uma "identidade brasileira", algo coeso que diga respeito a todos os habitantes desse país (futebol à parte, claro), como ocorre com franceses, ingleses e japoneses, por exemplo. O que existe são justamente as identidades regionais, e a literatura nacional acaba pendendo pra esse lado

Tem isso também. Não há como negar, vivemos em um país multicultural e muito embora eu acredite que em certos momentos essas diversas culturas sejam um benefício, no momento de se criar uma identidade brasileira nunca conseguimos montar algo homogêneo de fato, e sequer aceitar "diferenças" de uma cultura para outra.

Com isso entramos naquilo que você falou:

Gabriel disse:
Não conheço nenhum autor brasileiro que tenha conseguido realizar algo do tipo de modo natural; no máximo uma aproximação disso, no caso do Machado. E como as identidades regionais não irão desaparecer com o tempo, não tenho muitas esperanças de ver uma literatura brasileira. E não vou nem falar de autores que possam criar algo de caráter universal: já não tenho mais ilusões disso, fora que não é todo dia que se tem a bênção do surgimento de um Dostoiévski no teu país.

Se bem que já comentei em algum tópico por aqui no Literatura que também depende muito de como o autor usa o espaço na obra. Os livros do Guimarães Rosa costumavam ser extremamente cansativos para mim pelo excesso de importância dada ao espaço, mas pelo menos em "Grande Serão: Veredas" é possível encontrar o caráter universal, sim.

Mas é o tipo de obra que requer uma leitura diferente para quem não está familiarizado com a região retratada, o que muitas vezes significa "esforço" o que, convenhamos, o leitor comum não procura ao ler um livro. Para falar a verdade, eu demorei um tempão para entender que o sertão é o mundo, hehe.
 
Eu acho muito relativo dizer que uma história de retirantes, por exemplo, não se enquadra como tipicamente nacional. Digo isso pq em geral seja o povo gaúcho, paulista, etc, tem muito mais em comum um com o outro do que se pensa ou do que simplesmente se enxerga a primeira vista.

É simples, vou usar um dos meus autoes favoritos para exemplificar: Graciliano Ramos. Em Vidas Secas, por exemplo, o cara consegue passar a primeira vista um mero processo de animalização de Fabiano, uma sina comum a um retirante, um regionalismo claro. Mas se olharmos mais a fundo, será mesmo que não conseguimos estabelecer relação alguma com a vida desses outros polos do Brasil? Claro que sim! Basta pegarmos o drama do primeiro capítulo que se repete no último e entre eles uma ligação feito com profundas análises de personagens que são comuns a diversas regiões, personagens tipicamente brasileiros. Ou seja, a obra retrata a vida cíclica que os retirantes tem, a eterna fuga de algo maior, a covardia, a falta do saber, uma ignorancia que beira a classifica-los mais como animais do que como homens e isso é de caráter nacional. Seja em qualquer lugar em que estivermos neste país nos depararemos com esse mesmo problema social.

Enfim, a minha opinião pessoal é que a falta de uma identidade é culpa exclusivamente nossa, pq ela existe sim, basta querermos enxergar o que muitos nos oferecem pelo Brasil afora.

Relações entre essas diversas culturas existem e isso é o fantástico da literatura nacional, conseguir ler um Taunay e conseguir associa-lo com com Távora ou Alencar.
 
numa boa cara... eu leio livro pela Historia.... nao compreendo essa de "se olharmos a fundo " eu NAO quero ler romances com duplos sentidos triplos sentidos... e quando quero leio Shekspere q eh melhor. Volto a dizer, nao gosto da nossa "estetica da miseria" ou dessas coisas q os alternativos adoram q eh inovador.... gosto apenas de uma boa Historia. Acho q estou muito enraizado com a ideia de Bardos medievais mesmo.... a unica coisa importante para eles era dar as noticias e embevecer o povo.

quando eu quer ler uma coisa realmente boa pelio Oscar Wilde pq isso eh literatura de qualidade + uma boa historia . Quando quero apenas ler uma boa Historia leio tolkiem, Doyle.

mas eu acredito q a ideia eh esse, livros feitos para pessoas tem q tem apenas boas historias... eh logico q melhor ou pior escritos muda a vontade q as pessoas vao ler... mas se nao tiver uma historia interessante eh livro pra criticos e intelectualoides.


acredito q o publico em geral nao se importa muito com a forma e sim com a historia.... eu sei q essa pode ser uma visao muito raza do assunto mas eh verdade....

por exemplo... eu AMO SF mas sei q 90% nao presta como literatura de qualidade... no entanto as historias sao fenomenais....

abraços Dwarf
 
PROPONHO UMA MUDANÇA! que era antigamente usada no brasil, e que hoje seria uma coisa um tanto quanto polemica quanto intrigante: OS FOLHETINS

seria interessante os nosssos bons jornais conterem história, ou no mínimo crônicas, em um carderno especial para isso ou na sua area cultural. Isso seria a um veículo diario de leitura e pesquisa, e foi assim que a literatura se sedimentou no espaço nacional de forma mais popular, antes da telenovela!
 
acredito q o publico em geral nao se importa muito com a forma e sim com a historia.... eu sei q essa pode ser uma visao muito raza do assunto mas eh verdade....

Sim eu entendo perfeitamente Logan, e é verdade sim... entramos aí em uma quetsão de gosto... e aqula história de Literatura Universal, etc...

Eu aprecio e muito autores como Verne, sou fã de Shakespeare e ainda mais de Dsotoyevsk e Wilde...

Mas eu também sou um apaixonado pela literatura nacional e isso é um tanto pessoal, o que basicamente queria dizer é que temos sim algo que une de canto a canto o Brasil através de nossos escritores. E sendo um aprciador dos mais diversos estilos eu considero isso fantástico, algo que se bem trabalhado com uma juventude que não liga muito pras raizes culturais pode render bons frutos no futuro... seja em atitude de leitores ou seja na formação de novos escritores.
 
Tipo, Madam Lovejoy, vc faz Letras? Qual Facul? (pergunta pessual neh, mas responde vai :obiggraz: )

PESSU, VAMOS PROPOR MUDANÇAS! =D
 
Tipo, baixou o Denethor (do filme) em você mesmo né?

"As mudanças não podem ser impostas. A pessoa tem de QUERER mudar." (Kingdom Come - Alex Ross, Mark Wald)
 

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