Northern Lad
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[Laurelin Vox][A Caverna]
Taí um texto que eu não gostei muito... Acho que ficou meio chato e confuso. Pr isso queria ver o que vocês acharam.
Eu não sou muito bom em textos sérios., e também escrevi esse muito rápido.
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A CAVERNA
Tudo era escuro. A água pingava suavemente, mas para eles era um barulho ensurdecedor. O som se multiplicava em ecos inumeráveis... A impressão era a de que els não cessava jamais. Os pingos eram muitos, e se chocavam com a pedra fria num intervalo de tempo sempre igual, formando uma canção inquietante.
Não havia saída. A passagem estava bloqueada. O ar era extremamente rarefeito.
- Se não fosse você e sua ignorância - disse Joana - não estaríamos aqui.
- Eu só estava tentando me divertir, tá legal? - respondeu Rafael.
- Não, você só estava querendo mostrar que era superior. O que você quer provar?
- Não quero provar nada... Porque veio, então?
- Eu vim porque não queria ficar sozinha...
- Mas o Manoel ficou em casa.
- Não gosto dele.
- Engraçado, você sempre está falando com ele.
- Isso não é verdade, Rafael! Porque você fica fazendo essas coisas?
- Parece que era você quem queria provar algo.
- Eu não sou desse tipo orgulhoso...
- Você tem uma máscara nesse seu rosto... Porque não a retira?
- E você, diga-me que não tem? Sempre querendo parecer melhor. Sempre querendo ser o mais querido. Porque não deixa as coisas ocorrerem naturalmente? E você deveria ter sido mais prudente.
- Já disse que se não queria vir, que não viesse. Agora arque com as conseqüencias.
- OK, bonzão. Ache uma saída.
- E você vai ficar aí, sem fazer nada?
- Não, é que...
- Não quer sujas suas mãos, né? Então tá, você fica aí.
Nesse momento, um estrondo é ouvido dentro da caverna.
- Não se preocupe - disse Rafael. - Eu vou resolver.
O som da água continuava. A cada hora passada dentro da caverna, era como se a escuridão aumentasse mais e mais. Era como se séculos se passassem. E nada mudava.
Rafael olhou para trás, daonde o som tinha vindo. Viu um vulto, escutou um barulho, e se encolheu. Percebendo que Joana o ouviu com medo, se envergonhou.
- Vá lá, você não disse que ia resolver! - disse Joana.
- Eu estou com medo. Vai você.
- Eu não vou sujar minha roupa...
- Sua roupa é mais importante que as nossas vidas?
- Como pode ser tão egoísta! Se eu for lá, vou morrer!
- Não, mas simplesmente vai estragar sua maldita maquiagem!
E Joana não falou mais nada.
Com eles estava Carla. Sempre quieta, sempre observando. Lá ela foi. Sempre Carla, sempre em seu canto. Sempre retraída, parecendo tão vazia. Mas tão mais plena e bela que os outros. Lá foi Carla, e atravessou o que não era senão uma pedra caída, que abria uma passagem pela qual era possível enxergar uma luz.
- Achei a saída. - disse ela.
Rafael e Joana seguiram Carla, e finalmente puderam sair da caverna escura. Eles, tão mascarados, tão falantes e tão vazios, tão extrovertidos e tão mesquinhos, tão aparentemente confiantes quando o olhar alheiro é o pior de seus medos... Eles, tão perfeitos, tão cheios de problemas. E Carla, tão estranha, tão quieta, mas que a nada teme, pois é o que é. Máscaras destruídas por uma escuridão de caverna, por uma inquietação insufocável... E Carla, sem máscara, a única que achou o caminho. Pouco a pouco, tudo entrou em ruína. Rafael e Joana, sempre tão confiantes, sempre tão fortes, sempre tão fracos. Carla, sempre tão fraca, sempre tão forte. Sempre as aparências e as máscaras impedindo nossa visão.
Taí um texto que eu não gostei muito... Acho que ficou meio chato e confuso. Pr isso queria ver o que vocês acharam.
Eu não sou muito bom em textos sérios., e também escrevi esse muito rápido.
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A CAVERNA
Tudo era escuro. A água pingava suavemente, mas para eles era um barulho ensurdecedor. O som se multiplicava em ecos inumeráveis... A impressão era a de que els não cessava jamais. Os pingos eram muitos, e se chocavam com a pedra fria num intervalo de tempo sempre igual, formando uma canção inquietante.
Não havia saída. A passagem estava bloqueada. O ar era extremamente rarefeito.
- Se não fosse você e sua ignorância - disse Joana - não estaríamos aqui.
- Eu só estava tentando me divertir, tá legal? - respondeu Rafael.
- Não, você só estava querendo mostrar que era superior. O que você quer provar?
- Não quero provar nada... Porque veio, então?
- Eu vim porque não queria ficar sozinha...
- Mas o Manoel ficou em casa.
- Não gosto dele.
- Engraçado, você sempre está falando com ele.
- Isso não é verdade, Rafael! Porque você fica fazendo essas coisas?
- Parece que era você quem queria provar algo.
- Eu não sou desse tipo orgulhoso...
- Você tem uma máscara nesse seu rosto... Porque não a retira?
- E você, diga-me que não tem? Sempre querendo parecer melhor. Sempre querendo ser o mais querido. Porque não deixa as coisas ocorrerem naturalmente? E você deveria ter sido mais prudente.
- Já disse que se não queria vir, que não viesse. Agora arque com as conseqüencias.
- OK, bonzão. Ache uma saída.
- E você vai ficar aí, sem fazer nada?
- Não, é que...
- Não quer sujas suas mãos, né? Então tá, você fica aí.
Nesse momento, um estrondo é ouvido dentro da caverna.
- Não se preocupe - disse Rafael. - Eu vou resolver.
O som da água continuava. A cada hora passada dentro da caverna, era como se a escuridão aumentasse mais e mais. Era como se séculos se passassem. E nada mudava.
Rafael olhou para trás, daonde o som tinha vindo. Viu um vulto, escutou um barulho, e se encolheu. Percebendo que Joana o ouviu com medo, se envergonhou.
- Vá lá, você não disse que ia resolver! - disse Joana.
- Eu estou com medo. Vai você.
- Eu não vou sujar minha roupa...
- Sua roupa é mais importante que as nossas vidas?
- Como pode ser tão egoísta! Se eu for lá, vou morrer!
- Não, mas simplesmente vai estragar sua maldita maquiagem!
E Joana não falou mais nada.
Com eles estava Carla. Sempre quieta, sempre observando. Lá ela foi. Sempre Carla, sempre em seu canto. Sempre retraída, parecendo tão vazia. Mas tão mais plena e bela que os outros. Lá foi Carla, e atravessou o que não era senão uma pedra caída, que abria uma passagem pela qual era possível enxergar uma luz.
- Achei a saída. - disse ela.
Rafael e Joana seguiram Carla, e finalmente puderam sair da caverna escura. Eles, tão mascarados, tão falantes e tão vazios, tão extrovertidos e tão mesquinhos, tão aparentemente confiantes quando o olhar alheiro é o pior de seus medos... Eles, tão perfeitos, tão cheios de problemas. E Carla, tão estranha, tão quieta, mas que a nada teme, pois é o que é. Máscaras destruídas por uma escuridão de caverna, por uma inquietação insufocável... E Carla, sem máscara, a única que achou o caminho. Pouco a pouco, tudo entrou em ruína. Rafael e Joana, sempre tão confiantes, sempre tão fortes, sempre tão fracos. Carla, sempre tão fraca, sempre tão forte. Sempre as aparências e as máscaras impedindo nossa visão.