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Estudando Quenya? Tire suas dúvidas!

Mas aproveitando, numa hipótese em que a reformulação não fosse possível, você teria alguma sugestão para o "dever" com a ideia de obrigação ou grande probabilidade, caso o mauya seja apropriado somente para a ideia de "compelido de forma opressiva"? Só consegui achar exemplos com mauya, como aqui e nesta discussão.
Existe uma frase que o CdQ aborda na lição 18. A frase é orë nin caritas (VT41:13). A tradução do Tilion no curso foi "gostaria de fazer assim" ou "sinto-me instigado a fazê-lo", mas literalmente seria "[isto] impele-me a fazê-lo". O or- no aoristo orë seria o verbo "impelir, incitar, instigar". O problema é que o verbo or- é impessoal, então não dá pra fazer uma construção que diga "a escuridão é impelida". Você precisa fazer a abordagem onde a escuridão é um objeto indireto, marcado pelo dativo. Algo do tipo orë morniën auta.
E quanto ao uso do essa para enfatizar o substantivo, você acha possível? Só achei exemplos de pronome enfático usado sozinho, mas em princípio achei que esse seria um uso coerente.
Itself é provavelmente immo, com a possibilidade de ser insa.
Mas vinya não tem um sentido mais puxado para "jovem"?
Vinyamar não é puxado pra jovem. Significa "nova morada". Vinyarië significa "Dia do Ano Novo". Você pode tentar utilizar essa diferença de vocabulário nas suas traduções, mas eu não vejo motivo. Sinya foi criado nos anos 1930 e nunca mais viu a luz do dia, enquanto os outros textos continuaram usando vinya para "novo" e "jovem" até no mínimo 1955.
 
Existe uma frase que o CdQ aborda na lição 18. A frase é orë nin caritas (VT41:13). A tradução do Tilion no curso foi "gostaria de fazer assim" ou "sinto-me instigado a fazê-lo", mas literalmente seria "[isto] impele-me a fazê-lo". O or- no aoristo orë seria o verbo "impelir, incitar, instigar". O problema é que o verbo or- é impessoal, então não dá pra fazer uma construção que diga "a escuridão é impelida". Você precisa fazer a abordagem onde a escuridão é um objeto indireto, marcado pelo dativo. Algo do tipo orë morniën auta.
Hmm, boa! Eu interpretei o orë no curso com uma finalidade bem restritiva: tipo uma vontade latente estimulada, ou um anseio de repente despertado. Não pensei que podia ser bem mais amplo e útil.

Itself é provavelmente immo, com a possibilidade de ser insa.
Itself corresponde a pronome enfático, ou estamos falando de coisas diferentes? O Curso de Quenya sugere esse para enfatizar terceira pessoal pessoal (himself/herself), então achei que dentro da mesma lógica itself seria essa.

Vinyamar não é puxado pra jovem. Significa "nova morada". Vinyarië significa "Dia do Ano Novo". Você pode tentar utilizar essa diferença de vocabulário nas suas traduções, mas eu não vejo motivo. Sinya foi criado nos anos 1930 e nunca mais viu a luz do dia, enquanto os outros textos continuaram usando vinya para "novo" e "jovem" até no mínimo 1955.
Excelente! Esses exemplos que você trouxe deixam bem claro que vinya abrange as duas acepções.
 
Itself corresponde a pronome enfático, ou estamos falando de coisas diferentes? O Curso de Quenya sugere esse para enfatizar terceira pessoal pessoal (himself/herself), então achei que dentro da mesma lógica itself seria essa.
Ok, então eu dei uma olhada na gramática de inglês pra ver o que é que eu estava perdendo. Realmente, existe uma diferença entre "pronome enfático" e "pronome reflexivo" em inglês, só que não é a mesma que existe no Quenya.

Em inglês, o uso específico do pronome enfático é pra se referir ao sujeito para o enfatizar. Por exemplo, "Feanor himself made it". O reflexivo tem a função de demonstrar que algo/alguém fez uma ação para/contra si mesmo. Tipo "Maglor slain himself".

Quando o Helge está falando de "pronome enfático" no Quenya, ele está falando por exemplo do elyë em "Nai elye hiruva!" A ideia é "que [até mesmo] você encontre [o caminho para o Oeste]". É tipo "você, ó, você mesmo, você aí, tô apontando! 👉👉👉👉👉 isso mesmo, você!" :mrgreen:

Desculpa o exemplo exagerado. Mas como le seria um nada enfático "você", elyë é pra chamar a atenção. Da mesma forma, essë é possivelmente um outro pronome desses que chama a atenção, comparado com o simples pronome se.

Mas o reflexivo existe. A frase que eu tinha usado antes, "Maglor slain himself", vira "Makalaurë nahtanë immo".
 
Boa tarde,
O meu nome é Carla Sofia e queria traduzir mas n estou a conseguir.
Vi aqui no forum q a tradução de Carla é Mirima, mas n encontro Sofia nem tradução por sabedoria.
Será q me podiam dar 1 ajudinha?
Desde já o meu muito obrigada!
 
Boa tarde,
O meu nome é Carla Sofia e queria traduzir mas n estou a conseguir.
Vi aqui no forum q a tradução de Carla é Mirima, mas n encontro Sofia nem tradução por sabedoria.
Será q me podiam dar 1 ajudinha?
Desde já o meu muito obrigada!
Sofia é Nólië.
 
boa noite, não sei se o tópico ainda está ativo, mas estou com uma dúvida de tradução. queria traduzir a frase "sou abençoado pela paz". tentei com meu pouco conhecimento traduzir, cheguei a seguinte tradução: "inyë na aman lo rainë"
se alguém com maiores conhecimentos puder me dar uma luz agradeço :)
 
boa noite, não sei se o tópico ainda está ativo, mas estou com uma dúvida de tradução. queria traduzir a frase "sou abençoado pela paz". tentei com meu pouco conhecimento traduzir, cheguei a seguinte tradução: "inyë na aman lo rainë"
se alguém com maiores conhecimentos puder me dar uma luz agradeço :)
Olá, você ainda tá por aí? Acho que eu consigo desenferrujar um pouco pra traduzir essa frase, mas me fala se ainda há interesse. :dente: (@Slicer, não roube a minha glória, deixe para corrigir depois).
 
Última edição:
@Arÿala "colar cintilante" é tinta firinga. Creio que o quenya não admitiria unir essas duas palavras. Uma alternativa é usar "jóia" em vez de "colar" e formar tintamírë, tipo o nauglamír (que em quenya ficaria algo como naucomírë).
 
boa noite, não sei se o tópico ainda está ativo, mas estou com uma dúvida de tradução. queria traduzir a frase "sou abençoado pela paz". tentei com meu pouco conhecimento traduzir, cheguei a seguinte tradução: "inyë na aman lo rainë"
se alguém com maiores conhecimentos puder me dar uma luz agradeço :)
Acho que eu consegui sem precisar recorrer ao livro. Eu traduziria laitanyë (ou laitan) séren ("abençoado pela paz" ou "eu sou abençoado pela paz").

Use o inyë ná ("eu sou") se você fizer questão de enfatizar o pronome, mas o mais comum é sufixá-lo no adjetivo mesmo, e omitir o verbo de ligação.

Edit. Talvez amanya seja até mais apropriado do que laita, que apareceu mais no sentido de "louvar", o que sugere a existência de alguém praticando a benção/louvor, que não é o caso - daí a frase ficaria amanyan séren. Mas aman era usado somente para designar a terra dos Valar. Também são atestados alya e almarë, mas eu entendo o "abençoado" que eles exprimem num sentido mais terreno de riqueza, prosperidade.


[@Slicer , gostaria de um parecer aqui também. :mrgreen: E @Fúria da cidade também, para insinuar religiosamente que você deveria estar cobrando por isto.]
 
Última edição:
-nen caso instrumental
Putz, melhor eu parar de arriscar traduções sem estar com o livro na mão kkk Na minha memória tinha ficado que o caso instrumental era um sufixo -n, não lembrava que era na verdade um pouquinho maior.

Miril é a palavra para "shining jewel".
Então mírë a gente usa para jóia que não brilha? :dente:

No Aia María (Avē Marīa) o Tolkien traduz L. benedictus como Q. aistana.
Aistana sérenen.

aistana "abençoado"
Pois é, aqui a minha memória pode estar me traindo novamente, mas eu me lembro do Helge se posicionando contra o uso amplo dessa expressão. Ele disse algo no sentido de que Tolkien usou aistana para se referir a ninguém menos que a Virgem Maria, então seria meio que pretensioso demais - ainda mais em se considerando o quão religioso ele era - alguém que não fosse pelo menos um ainu se dizer aistana. Não sei se vocês se lembram dessa mesma passagem ou tiveram uma interpretação diferente. Quando eu recuperar o livro vou procurá-la.
 
Pois é, aqui a minha memória pode estar me traindo novamente, mas eu me lembro do Helge se posicionando contra o uso amplo dessa expressão. Ele disse algo no sentido de que Tolkien usou aistana para se referir a ninguém menos que a Virgem Maria, então seria meio que pretensioso demais - ainda mais em se considerando o quão religioso ele era - alguém que não fosse pelo menos um ainu se dizer aistana. Não sei se vocês se lembram dessa mesma passagem ou tiveram uma interpretação diferente. Quando eu recuperar o livro vou procurá-la.
Se essa foi a interpretação dele, eu não acho que seja baseada em nada. Tem muita gente que critica o Helge (e ele critica também gente demais), mas não acho que ele teria cometido essa temeridade.

A análise do Roman Rausch indica que Eruanna nunca deveria ser usado por conta da proibição do nome de Eru em vão e *Valanna seria uma tradução mais correta do nome hebráico חַנָּה (Hannah).

A análise do Roman é baseada em fatos bem claros: em MR:211, diz-se que no casamento élfico "o nome de Eru era pronunciado (como era raramente feito em qualquer outro momento)". No Contos Inacabados (p. 422 da HarperCollins), fala-se sobre o uso do nome de Eru pelos homens no contexto do Juramento de Cirion: "Considerava-se lícito que somente o Rei de Númenor invocasse Eru por testemunha, e mesmo ele apenas nas ocasiões mais graves e solenes." Portanto, é bem provável que ninguém em Gondor ou Arnor fosse tão egocêntrico ao ponto de usar Eru como primeira palavra do composto, preferindo Vala como substituto, como o próprio Tolkien usou nas traduções de Godwin (Valandil) e Godhelm (Valacar).

O VT43 tá de graça em https://www.elvish.org/VT/sample.html. Leia a análise do Carl Hostetter, páginas 37-8. É um bom compilado dos fatos sobre a evolução do uso dessas palavras do Qenya Lexicon em diante.
 
Vou dar uma olhada, @Slicer! Mas repare, naquele dicionário que você me passou (não sei quem é o autor) há este trecho, que vai no mesmo sentido da opinião do Helge (ou do que me lembro dela):

The passive participle aistana "blessed" (see below) argues the existence of a verbal stem #aista- "to bless", but this verb seems etymologically connected to airë "holy" and should probably only be used with reference to more or less "divine" persons (aistana refers to the Virgin Mary in the source), who are "blessed" in the sense of having their holiness recognized and respected.
 
Acho a decisão do Helge baseada em nada exceto especulação. Usaria aista- pra qualquer contexto de fé, inclusive nesse de "bênção da paz".
 

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