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Polêmica: Remix é ou não melhor que original?

Fúria da cidade

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Pegando um gancho interessante deixado pelo @Eriadan em outro tópico sobre uma música do Dick Dale e que pra ficar uma discussão interessante, vou deixar mais abaixo os principais argumentos que são defendidos pelos dois lados (contra e a favor). Se alguém lembrar outros é só adicionar. Vamos ao gancho em questão:

Misirlou é um CLÁSSICO com todas as letras. Era a faixa #1 de um disco de Surf Music que eu ouvia com 10 anos de idade, e botava para repetir 3x antes de passar para a #2. Morria de raiva com as novas gerações, que conheceram a música pela primeira vez com Pump It e saíam dizendo que a composição era de Black Eyed Peas. >:(

De fato uma versão remixada proporciona uma série de mudanças e este vídeo abaixo do canal Pipocando mostra uma série de outros exemplos comparando versões originais com as versões remixadas. Apesar do vídeo do canal ter uma tendência de defender mais as versões remixadas, vale a pena conferir esse vídeo antes de discutir, pois tem exemplos ótimos e ajuda a compreender melhor. Eis o vídeo:


Em relação as versões remixadas x originais

Pros defensores:

1 - Permite que a música original, caso tenha feito pouco ou nenhum sucesso, possa finalmente ter projeção e "explodir" de vez nas paradas.

2 - Ganha uma sonoridade diferente que de fato até pode ficar mais interessante e atraente do que a original.

3 - Se a versão original até fez sucesso no passado, ele acaba tendo uma segunda chance de explodir em outra época conquistando novas gerações de fãs.

Pra quem é contra:

1 - Passa uma impressão que só quem remixou é o "bam-bam-bam" da história, chega sentando na janelinha e leva todos os louros da glória, ficando o artista original lembrado sempre num segundo plano.

2 - Na questão sonoridade, distorce a proposta de que o artista original queria a que composição fosse conhecida e valorizada pelo estilo que foi feita e não por uma pegada mais eletrônica.

3 - Os que são totalmente contra defendem que as gerações mais novas até podem ter a curiosidade de ouvir pelo menos uma vez o original, mas irão facilmente rejeitar e vão valorizar somente a versão remixada.

E aí o que acham?
 
Alguma hora em que eu estiver menos ocupado eu vejo o vídeo, mas respondendo ao tópico: cada caso é um caso, né? Tem remix que fica interessante e realmente apresenta uma música antiga pra uma nova geração. Já outros são tosquíssimos e seria melhor se nem existissem. Mas em relação às pessoas acharem que quem fez o remix é o autor da música, o mesmo vale pra covers, não? Por exemplo, tem muita música de sucesso que as pessoas nem sabem que é cover. Knockin' on Heaven's Door não é do Guns, Hey Joe não é do Hendrix, etc. Agora, se o remix for ruim e a música original for boa, aí é que dá raiva quando as pessoas acham que o remix é a original haha.
 
, tem muita música de sucesso que as pessoas nem sabem que é cover. Knockin' on Heaven's Door não é do Guns, Hey Joe não é do Hendrix, etc. Agora, se o remix for ruim e a música original for boa, aí é que dá raiva quando as pessoas acham que o remix é a original haha.

Sobre covers como vi muito a MTV desde o inicio dos anos 90, eu nunca fui pego por essa desinformação (Salve Gastão Moreira e "Reverendo" Fábio Massari :mrgreen:), mas antes disso, aí realmente isso era muito pior e hoje com a facilidade da Internet com tanta informação disponível só sendo um vacilão pra ainda não saber o que é e o que não é cover.

Mas eu enfoquei a discussão nas versões remixadas com pegada eletrônica em que a proposta não é colocar outro cantor e/ou banda pra canta-la e assim aproveitar a mesma música, o(a) mesmo(a) cantor(a), mas modificando os chamados b.p.m (batidas por minuto), modificar eletronicamente a afinação de voz entre outras coisas e que tem sido ultimamente o recurso que tem tido mais retorno comercial do que o cover tradicional, até porque não é preciso gravar tudo de novo e sim apenas modificar.
 
Acho que a maioria fica ruinzinho, mas como eu disse, alguns são interessantes e se chegam a apresentar uma música boa para as novas gerações então tá valendo, apesar de não ser na minha opinião o melhor, digamos, método.
 
Na minha opinião, eu não sou contra versões remixadas, mas acho que tem que ser feito acima de tudo com muito e total respeito ao artista da canção original na identificação nominal da canção.

O caso do remix de A little less conversation do Elvis Presley, foi um desses casos em que foi feito toda uma conversação com quem tem os direitos das músicas dele pra obter uma autorização e quem remixou não ficou em maior evidência de destaque de fama, pois o Elvis já é um nome por si só gigantesco na música e nisso acabou sendo uma versão repaginada de um sucesso que o colocou de volta no topo das paradas musicais.

Mas quando a versão remixada ganha projeção mundial, mas é de alguém cujo original nunca fez sucesso, aí é bem mais complicado. Se o artista original nunca for lembrado de forma prioritária na identificação nominal da música, aí acho lamentável.
 
De minha parte considero que remixes sejam uma versão ou visão pessoal do remixador em relação ao produto original e eu sempre avalio a música alterada com relação ao estado mental/psicológico que o remixador quis imprimir na faixa. Os DJs em clubes noturnos costumam fazer isso para conduzir o público em estados mais ou menos hipnóticos para certas emoções. Essas versões pessoais produzem impactos emocionais diferentes em relação ao original e que podem variar no grau de fidelidade para com a música original.

Esses fatores fazem as pessoas procurarem artistas/técnicos remixadores específicos devido as visões deles de músicas originais.
 
Eu praticamente nunca escuto remixes de nenhuma canção. Sei lá por quê.
Acho que é só porque não é como a música foi concebida; assim como eu não leria Pride & prejudice & zombies. :lol:

E embora não seja propriamente um remix, a versão de "The sound of silence" que estourou nas paradas e que todos conhecem não é nem de longe melhor que a original, que era gravada só com voz e violão.
 
Eu acho que é polemico chamar remix, regravações ou versões próprias de uma musica como polemico.

Vou postar algumas que eu gosto:

https://open.spotify.com/track/1oMRkAdlRiuY4jfcUfjb6x?si=b-EA8dD8T52P7Yxu4-6Yrw

Still Loving You - Sonata Arctica

https://open.spotify.com/track/71KtwiEpzcn9WxwlaS7ZJY?si=h_lb-YYGStm2F2WAlzl4vA

Enjoy the Silence - Lacuna Coil

Bonus (não gosto muito, mas pelo ano que foi lançado, não pela musica):

E tem também (a qual não gosto):

The Phantom of the Opera - Nightwish

https://open.spotify.com/album/4FFDudC4xBVF6MYJUynRsN?si=DuP56HYkTBmIHWcdtq9Y8g

As duas primeiras são realmente muito boas, vale a pena dar uma conferida e quem gostou da segunda vai gostar bastante da terceira.
 
Última edição por um moderador:
A partir do momento que existe quem defenda totalmente um ou outro formato, numa polarização de amor e ódio, a polêmica já está estabelecida.

É ai que ta, não existe essa polemica até alguém falar da polemica e criar a polarização de "amor" e "ódio".
 
Última edição por um moderador:
O problema é que existe vários "alguéns" e que não são poucos. Quem é DJ geralmente tende a defender em alguns casos até com todas as unhas e dentes que remixes é a melhor coisa já inventada na face da Terra e os mais eruditos puristas jogam no time oposto.
 
O problema é que existe vários "alguéns" e que não são poucos. Quem é DJ geralmente tende a defender em alguns casos até com todas as unhas e dentes que remixes é a melhor coisa já inventada na face da Terra e os mais eruditos puristas jogam no time oposto.

Interessante.

Me passaram essa a uns tempos atrás, bom aconteceu o mesmo que a outra, época errada. Apesar que essa eu não acho tão interessante mesmo.

Bad Romance - Lissie (Country/Folk/Rock)

https://open.spotify.com/track/4vdnC0qoyb89SmCow0OT4m?si=3u2qWyCxTKyehasS_EBvhg
 
Última edição por um moderador:
Pra quem prestou atenção e viu o vídeo que postei logo no início do tópico extraído do canal do Youtube "Pipocando", o foco da discussão não está em covers e sim exclusivamente no remix que é tratado como uma alteração dos bpm (batidas por minuto) de modo a deixar a música com uma pegada mais acelerada e adaptada a música eletrônica. Então existe uma pequena diferença disso em relação a versões cover, pois nem toda versão cover é necessariamente um remix e por isso a polêmica de agrado/desagrado é maior em cima dos remixes do que de covers.
 
Pra quem prestou atenção e viu o vídeo que postei logo no início do tópico extraído do canal do Youtube "Pipocando", o foco da discussão não está em covers e sim exclusivamente no remix que é tratado como uma alteração dos bpm (batidas por minuto) de modo a deixar a música com uma pegada mais acelerada e adaptada a música eletrônica. Então existe uma pequena diferença disso em relação a versões cover, pois nem toda versão cover é necessariamente um remix e por isso a polêmica de agrado/desagrado é maior em cima dos remixes do que de covers.

Demorou mas finalmente talvez tenha encontrado uma maneira de tentar explicar minha posição:

O processo de criação de uma musica eletrônica é baseado no remix de sons e outras musicas, não existe "instrumento" a não ser os eletrônicos que ajudam na mixagem ou na remixagem dos samples (de sons e outras musicas). Quando você pega grupos como o Kraftwerk por exemplo, eles começaram exatamente mixando e remixando sons (alguns sendo criados por eles outros já pre existentes).

Então basicamente quando você fala em um remix você esta falando em um cover (levando em consideração o processo de criação). Quando você compara e fala que um remix é algo polemico é a mesma coisa que falar que um cover é algo polemico, é polemico falar que algo é polemico, a polemica existe após alguém falar que é polemico, a polemica e a polarização de "amor" e "ódio" existe após alguém falar da polarização de "amor" e "ódio".
 
Última edição por um moderador:
Demorou mas finalmente talvez tenha encontrado uma maneira de tentar explicar minha posição:

O processo de criação de uma musica eletrônica é baseado no remix de sons e outras musicas, não existe "instrumento" a não ser os eletrônicos que ajudam na mixagem ou na remixagem dos samples (de sons e outras musicas). Quando você pega grupos como o Kraftwerk por exemplo, eles começaram exatamente mixando e remixando sons (alguns sendo criados por eles outros já pre existentes).

Até aqui correto. OK

Então basicamente quando você fala em um remix você esta falando em um cover (levando em consideração o processo de criação). Quando você compara e fala que um remix é algo polemico é a mesma coisa que falar que um cover é algo polemico, é polemico falar que algo é polemico, a polemica existe após alguém falar que é polemico, a polemica e a polarização de "amor" e "ódio" existe após alguém falar da polarização de "amor" e "ódio".

Como mencionei antes, eu jamais colocaria no mesmo patamar de igualdade versões covers regravadas por outros artistas, onde pontualmente pode até ocorrer uma polêmica isolada e temporária caso um artista faça uma versão tosca ou simplesmente muito péssima em relação ao original, mas no geral as regravações são bem aceitas no mercado, ficando muitas vezes com a mesma qualidade ou até superior, já que o cover pode proporcionar mudanças bem mais amplas, profundas e diferentes na melodia da canção. Polarização e polêmicas nesse caso, se vier a ocorrer, são em outro grau podendo ser localizado e temporário.

Já esse remix eletrônico implica em alterar diretamente a obra do artista original. Em todo gênero musical (rock, samba, erudito, etc) sempre haverá os chamados puristas, aqueles que em hipótese alguma não apreciam qualquer tipo de alteração, a ponto de alguns até tolerarem que se façam regravações em um gênero diferente por qual nutrem alguma simpatia, mas não aceitar modificações no original, fora o fato que música eletrônica é um segmento que tem seus admiradores, mas que também tem um grande índice de rejeição devido as características técnicas que você comentou muito bem no início, pois há aqueles que simplesmente não reconhecem o gênero música eletrônica, como sendo música. Aí o ódio deixa de ser algo localizado e temporário e sim permanente.

É por essas e outras que o canal Pipocando levantou bem esse questionamento polêmico, mas sempre focado nos remixes.
 
Em todo gênero musical (rock, samba, erudito, etc) sempre haverá os chamados puristas, aqueles que em hipótese alguma não apreciam qualquer tipo de alteração, a ponto de alguns até tolerarem que se façam regravações em um gênero diferente por qual nutrem alguma simpatia, mas não aceitar modificações no original, fora o fato que música eletrônica é um segmento que tem seus admiradores, mas que também tem um grande índice de rejeição devido as características técnicas que você comentou muito bem no início, pois há aqueles que simplesmente não reconhecem o gênero música eletrônica, como sendo música. Aí o ódio deixa de ser algo localizado e temporário e sim permanente.

Nesse caso então a polemica, seria a polemica sobre o gênero musical, não sobre o remix.

Existem versões de musicas de Heavy Metal gravadas por bandas de axé e brega (gênero musical popular no norte e nordeste). Você pode considerar que não são covers, simplesmente por não reconhecer o gênero, do mesmo jeito que alguém pode considerar que remix não são covers, simplesmente por não reconhecer o gênero eletrônico.

De qualquer modo segue sendo polemica, que de certa forma foi criada com o intuito de ser polemica. (a chamatividade da matéria, do assunto, etc)

É um assunto que eu tenho de vez em quando com algumas pessoas, o "problema" de covers de heavy metal por grupos de axé e brega. Que existem na verdade a um bom tempo.

Eu particularmente não vejo problema em covers, sou um pouco purista com musica eletrônica, tenho tendencia a ouvir coisas autorais, mas em outros casos em outros gêneros não vejo problema e ouço, como os que postei aqui.
 
Última edição por um moderador:
O gênero eletrônico tem uma ligação muito forte e íntima com o remix. Logo a polêmica é em cima deste gênero.

Eu conheço esse caso de versões clássicas em axé e brega, mas são perfeitamente versões cover cantadas por outros artistas que mesmo havendo rejeição fora do Norte-Nordeste, são feitas em gêneros que normalmente algumas pessoas vão declarar que não gostam, mas até aí algo normal

Mas isso não são versões remixadas, mantendo a música com a voz do artista original, preservadas parcialmente ou integralmente e na melodia modificar com alterações na harmonia e inclusão de batidas oriundas da música eletrônica.
 
Eu tenho um ranço profundo de remix encravado em mim. Isso se deve ao fato de que, na rádio da minha cidade, eles tem costume de pegar uma música perfeitamente boa e remixar de uma forma que faz com que a música fique horrível. Eu cresci ouvindo essa bosta (com o perdão da palavra) então sempre tive esse horror a música remixada. Normalmente quando alguém fala pra mim em remix ou vejo a palavra remix nas músicas que eu gosto já me dá um :blah:
Tem umas versões pontuais que eu curto, tem uma única música do Imagine Dragons que eu gosto muito mais do remix do que da música original, mas foi um remix aprovado pela banda. Fora isso, alguns casos de músicas que pegam samples de outra e transformam numa coisa totalmente diferente, não sei se isso se encaixaria na categoria remix também, visto que transforma totalmente a música, muitas vezes acrescentando novas letras, etc..
 
Fora isso, alguns casos de músicas que pegam samples de outra e transformam numa coisa totalmente diferente, não sei se isso se encaixaria na categoria remix também, visto que transforma totalmente a música, muitas vezes acrescentando novas letras, etc..

O sampler é justamente uns dos recursos do remix. Gabrieís Pensadores da vida que o digam né?
 

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