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Crash test: como é testado o que acontece com você e seu carro em acidentes

Fúria da cidade

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São pouco menos de 10 segundos até o impacto. A gente pensa que está preparado para o choque até a hora em que ele realmente acontece. O barulho ensurdecedor é sucedido por um silêncio que dura alguns segundos. E eis um carro totalmente destruído diante dos nossos olhos.

Foi isso que UOL Carros testemunhou em um crash test realizado no laboratório de segurança veicular da Volkswagen, dentro da fábrica de São Bernardo do Campo. A fabricante foi pioneira na realização deste tipo de teste no país, mas a Fiat também possui suas instalações.

Na prática, os laboratórios capacitam as montadoras a realizar todas as fases de um projeto no país. Normalmente, as fabricantes precisam realizar os testes em instalações de outros países, gerando mais custos e atrasando o desenvolvimento de um novo veículo.

Menos testes, menos tempo de desenvolvimento

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Estrutura em Betim (MG) permite que Fiat desenvolva projeto 100% no país Imagem: Divulgação

A Fiat acaba de inaugurar seu centro de segurança em Betim (MG). Chamado de Safety Center, ele é resultado de um investimento de R$ 40 milhões. As obras começaram em maio de 2018 e foram concluídas um ano depois. Antes disso, os testes eram realizados nos laboratórios de Detroit (EUA) e Turim (Itália).
Dentro de uma área de 7.600 metros quadrados há uma pista de 130 metros de extensão e uma infraestrutura completa para os testes, incluindo cinco câmeras de alta resolução, um sistema de iluminação de LED com 100 mil lúmens e acelerômetros.

Atualmente mais de 50 profissionais trabalham no local, que pode realizar testes de colisão com veículos de até 4 toneladas a uma velocidade de até 100 km/h. A fabricante estima ser possível realizar até 96 testes em um ano. Aliás, cada teste tem custo estimado de R$ 200 mil a R$ 500 mil.

Durante o evento de inauguração à imprensa (o local já estava funcionando internamente há um mês), a FCA fez um crash test com uma Fiat Toro 2020. O impacto frontal foi realizado a 48 km/h contra um bloco de 140 toneladas.

Os crash tests, no entanto, são realizados apenas após a realização de vários testes em realidade virtual. A tecnologia reduz custos e tempo de desenvolvimento do projeto, uma vez que o modelo real começa a ser produzido apenas depois de várias análises em 3D.

Segundo a FCA, o novo centro está interligado com a cadeia inteira de desenvolvimento de produtos, que vai da fase de conceito até as provas físicas de homologação, antes do início da produção.

"O espaço é a parte que faltava para que a FCA Latam fosse totalmente autônoma na criação e desenvolvimento de carros", afirma Silvio Piancastelli, gerente de Conceito de Veículo da FCA.
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Fiat Toro foi submetida a impacto frontal a 48 km/h Imagem: Vitor Matsubara/UOL


Pioneira em crash tests no Brasil foi a VW


O Centro de Segurança da FCA segue os moldes do Centro de Segurança Veicular mantido pela Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP). O local nasceu após a criação do departamento de Engenharia de Segurança Veicular em 1970.

O primeiro laboratório surgiu em 31 de março do ano seguinte, ainda no bairro do Ipiranga, em São Paulo (SP). Eram realizados testes de colisão frontal e traseira nos veículos, e os primeiros modelos desenvolvidos de acordo com esses novos métodos foram Variant, TL, 1600 e SP2.
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Montadoras fazem diversos crash tests por ano - e gastam milhões de reais com isso Imagem: Divulgação

A estrutura foi transferida para São Bernardo do Campo em meados dos anos 80 e uma nova pista de crash test foi inaugurada em 1989. De acordo com a VW, o local foi parte importante no desenvolvimento de projetos como o do Fox, a versão do Voyage exportada para os Estados Unidos que passou por diversas mudanças para atender a legislação norte-americana da época.

Segundo a montadora (que abriu as portas do local à imprensa especializada pela primeira vez), o laboratório de segurança veicular é um dos mais modernos e avançados da Volkswagen no mundo e "está apto a desenvolver localmente produtos globais, desde o início do projeto até sua entrada no mercado".

Todas as provas de impacto feitas pela VW no evento aberto à imprensa envolviam o T-Cross. O crash test principal foi um impacto frontal a 64 km/h contra uma barreira deformável descentrada (40%). Lá também são feitos testes de impacto lateral (contra uma barreira deformável montada em um trenó a 50 km/h contra o veículo) e impacto lateral contra um poste, no qual o veículo é lançado lateralmente a 29 km/h em direção a um poste.

Dummy: parte importante do teste

Além do laboratório de crash test, a área conta com câmaras climáticas para análise de acionamento de airbags e dispositivos de tração para testes de resistência em carroceria dos pontos de ancoragens de cintos e bancos.

A fabricante realiza mais de 100 testes de colisão, 200 testes de "trenó" e mais de 500 deflagrações de airbags em apenas um ano. O local abriga também uma área dedicada à realização de testes virtuais.
Assim como no laboratório da FCA, os engenheiros conseguem avaliar os efeitos de uma colisão em veículos virtuais e simulam crash tests em três dimensões. Os programas de computador permitem até visualizar os danos na carroceria em visão de 360 graus.
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Dummies têm sensores que reproduzem efeitos da colisão no corpo humano Imagem: Divulgação

Os dummies, bonecos que fazem as vezes dos passageiros nos testes, recebem cuidados especiais antes de serem colocados nos veículos. Até porque eles são tão caros que a fabricante prefere não revelar o custo de cada boneco antropométrico. Se a curiosidade é grande, saiba que cada crash test realizado tem um custo aproximado de até R$ 400 mil para a montadora.

Os bonecos são "recheados" com sensores por todas as partes do corpo. São eles que simulam a resposta humana a impactos, acelerações, deflexões, forças e momentos gerados durante um acidente. Os dados para o desenvolvimento das respostas do manequim seguem padrões de medições fisiológicas humanas e os dummies possuem diversos tamanhos e pesos.

No caso da VW, os testes são feitos com bonecos adultos de padrões diversos, variando de 1,45 metro de altura e 50 quilos até 1,90 metro e 100 quilos - bem diferente do padrão adotado nos testes do Latin NCAP, por exemplo, nos quais os dummies tem 1,75 metro de altura e 75 quilos. A fabricante também possui manequins que reproduzem crianças.

Testes com pedestres

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Laboratório também simula efeitos de atropelamento em pedestres Imagem: Divulgação

Durante a visita de UOL Carros, conhecemos também um laboratório que reproduz acidentes com pedestres. A VW afirma ser a única fabricante do país a realizar estes testes.

Inicialmente eles são realizados por simulações em realidade virtual para depois serem realizados em ensaios reais. Para esses experimentos, são utilizados com máquinas e sensores que simulam as diferentes partes do corpo humano.

A VW faz três tipos de testes: impacto a 40 km/h nas partes superior e inferior da perna e ligamentos do joelho, impacto da pélvis a uma velocidade de 20 a 30 km/h e impacto da cabeça de adulto e criança contra capô e para-brisas, com massas que variam entre 3,5 kg a 3,5 kg e velocidades entre 35 e 40 km/h.
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T-Cross passou por crash test contra barreira deformável descentrada a 64 km/h Imagem: Divulgação
* Com informações da Auto+
https://www.uol.com.br/carros/notic...-e-fiat-sao-uteis-para-industria-nacional.htm

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Quem trabalha com indústria não tem como escapar das demonstrações práticas do produto.

Atualmente eu trabalho com inspeções em indústrias de alimentos. Depois da papelada (documentos, projetos, licenças, análises de rótulos e embalagens) e depois dos exames laboratoriais (exames de funcionários da Área Limpa), exame de água, exames de análises dos alimentos eu marco uma data para a demonstração prática para ver o fluxo (tem sistemas que só dão pra ser avaliados quando estão em operação da entrada até a saída), rotinas, pontos críticos de controle, etc.... É tipo um "crash test". Com freqüência também tem a parte de testar as características sensoriais do alimento (organolépticas) que deve ficar para o final (comer as amostras, hehehe).

É fogo que tem muita coisa que passa reto por outros órgãos e pelos engenheiros e tem que ir atrás pra cobrar da indústria.
 
Os testes são importantes, mas ainda acho as leis brasileiras ainda muito frouxas em exigências de segurança automotiva. Ainda há muito que melhorar.
 
Direto chegam projetos na minha mão de engenharia que não incluem sistemas de incêndio. Não sei porque raios alguém faria um projeto de planta industrial sem isso. E olha que são engenheiros públicos.
 
Direto chegam projetos na minha mão de engenharia que não incluem sistemas de incêndio. Não sei porque raios alguém faria um projeto de planta industrial sem isso. E olha que são engenheiros públicos.

Eu trabalho muito com projetos de sistemas de iluminação de emergência prediais e o que mais vejo diariamente é descaso em relação a equipamentos de combate a incêndio e a iluminação de emergência é um item importante nesse conjunto.

E o que mais encontro é ausência ou quando ela é presente não funciona adequadamente devido a falta de manutenção preventiva.
 

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