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Palavras que só existem na literatura

Macambúzio é uma palavra que durante muito tempo de minha vida eu só via na literatura, mas que só fui encontrar pessoas que falam ela com frequência somente viajando pelo país.
 
estive pensando esses dias sobre a palavra "garoto". no sul, falamos guri, rapaz, moço, cara, mas garoto só vi por escrito mesmo. em algum lugar do país "garoto" é natural na língua falada?
 
estive pensando esses dias sobre a palavra "garoto". no sul, falamos guri, rapaz, moço, cara, mas garoto só vi por escrito mesmo. em algum lugar do país "garoto" é natural na língua falada?
Sou do interior de São Paulo e uso às vezes. Mas devo dizer que eu falo de um jeito bem diferente da maioria das pessoas aqui. Vejo essa palavra sendo usada de vez em nunca, mas geralmente falam "moleque".
 
eu não uso garoto falando, só piá, guri e cara mesmo. garoto eu só uso escrevendo, e mesmo assim é quando não quero repetir palavra no texto hehehe

exato, por isso penso que é uma palavra meio artificial na nossa língua. não sei se vem mais na tradução ou o quê. só especulação mesmo.
 
estive pensando esses dias sobre a palavra "garoto". no sul, falamos guri, rapaz, moço, cara, mas garoto só vi por escrito mesmo. em algum lugar do país "garoto" é natural na língua falada?
Cá no Sul de Minas usa-se-a alternadamente com <<menino>>. <<Moleque>> é associada a pessoas de classe baixa.
 
estive pensando esses dias sobre a palavra "garoto". no sul, falamos guri, rapaz, moço, cara, mas garoto só vi por escrito mesmo. em algum lugar do país "garoto" é natural na língua falada?

É o tipo de palavra que não é falada tão naturalmente, mas que também não caiu em desuso total.
 
Alva, pulcro, coetâneo, primevo, lúbrico, deveras, todavia, outrossim, lucífero, grandiloquente, glabro, salso, minudências, menoscabo, pletora, imo, cúspide etc. etc. — Há, enfim, realmente, uma infinidade de palavras cujo uso fica restrito quase que exclusivamente à língua escrita (literária ou técnica), seja porque o grosso dos falantes não a conhece, seja porque já soam artificiais na oralidade, seja porque não ocorrem ao falante que as conhece no momento do enunciado (i.e., não compõem o seu léxico ativo).

E não há nada de mal nisso, claro; muito pelo contrário: uma das belezas da língua escrita é precisamente a capacidade de estruturar-se com maior elegância e lógica que a fala espontânea, pela sua própria natureza pensada e meditada, e nisso entram todos os recursos possíveis que conhecemos. E é também próprio da linguagem literária a elevação do idioma muito acima do uso vulgar, mediante figuras de linguagem e de sintaxe etc.

Assim como "escrever como se fala" é rigorosamente impossível se tomado ao pé da letra, sem ferir algumas regrinhas gramaticais, e tampouco desejável por abdicar justamente do seu caráter próprio (sem falar que a poesia estaria morta) — assim também o inverso, "falar como se escreve" seria inconveniente e, ao fim e ao cabo, impraticável.
 
Última edição:
Duas palavras que descobri na literatura:
- Clangor (em O Senhor dos Anéis)
- Ciclópico (vários livros do Lovecraft).
 
- Conquanto

Nunca vi alguém usando essa palavra na linguagem falada.

O único lugar que ouvi foi em São Luiz do Maranhão, que na minha opinião é um dos lugares em que mais ouvi palavras que até então só via nos clássicos da literatura. Não sei se tem haver com algumas tradições do período colonial que ainda estão bem vivas por lá até hoje.
 
Pachola. Quando Brás cubas, em Memórias Póstumas, vai falar sobre seu pai, diz que ele "tinha uns fumos de pacholice". Em seguida, fala algo como: "mas quem não é um pouco pachola nesse mundo?"
 
Pra falar a verdade, não lembro se já ouvi "pachola" fora da minha família. Mas é uma palavra que eu tive bem presente na minha vida, pra indicar alguém que esteja entregue ao prazer da vadiagem, ou, outra expressão paterna: "ao dolce far niente". Por exemplo, este cachorro é evidentemente um baita de um pachola:

img_posicoes_de_cachorros_dormindo_o_que_significam_22415_paso_5_600.jpg
 

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