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O Brasil queimou – e não tinha água para apagar o fogo: incêndio destrói o Museu Nacional

Bel

o.O
Eu vim ao Rio para um evento no Museu do Amanhã.

Então descobri que não tinha mais passado.

Diante de mim, o Museu Nacional do Rio queimava.

O crânio de Luzia, a “primeira brasileira”, entre 12.500 e 13 mil anos, queimava. Uma das mais completas coleções de pterossauros do mundo queimava. Objetos que sobreviveram à destruição de Pompeia queimavam. A múmia do antigo Egito queimava. Milhares de artefatos dos povos indígenas do Brasil queimavam.

Vinte milhões de memória de alguma coisa tentando ser um país queimavam.

O Brasil perdeu a possibilidade da metáfora. Isso já sabíamos. O excesso de realidade nos joga no não tempo. No sem tempo. No fora do tempo.

O Museu Nacional em chamas. Um bombeiro esguichando água com uma mangueira um pouco maior do que a que eu tenho na minha casa. O Museu Nacional queimando. Sem água em parte dos hidrantes, depois de quatro horas de incêndio ainda chegavam caminhões-pipa com água potável. O Museu Nacional queimando. Uma equipe tentava tirar água do lago da Quinta da Boa Vista. O Museu Nacional queimando. A PM impedia as pessoas de avançar para tentar salvar alguma coisa. O Museu Nacional queimando. Outras pessoas tentavam furtar o celular e a carteira de quem tentava entrar para ajudar ou só estava imóvel diante dos portões tentando compreender como viver sem metáforas.

Brasil, é você. Não posso ser aquele que não é.

O Museu Nacional queimando.

O que há mais para dizer agora que as palavras já não dizem e a realidade se colocou além da interpretação?

Diante do Museu Nacional em chamas, de costas para o palácio, de frente para onde deveria estar o povo, Dom Pedro II em estátua. Sua família tinha tentado inventar um país e o fundaram sobre corpos humanos. Seu avô, Dom João VI, criou aquele museu no Palácio de São Cristóvão. Dom Pedro II está no centro, circunspecto, um homem feito de pedra, um imperador. Diante da parte esquerda do museu, indígenas de diferentes etnias observam as chamas como se mais uma vez fossem eles que estivessem queimando. Estão. É o maior acervo de línguas indígenas da América Latina, diz Urutau Guajajara. É a nossa memória que estão apagando. É o golpe, é o golpe. Poderiam ter salvo, e não salvaram, ele grita.

Nunca salvaram. Há 500 anos não salvam.

As costas de Pedro ferviam.

Quando soube que o museu queimava, eu dividi um táxi com um jornalista britânico e uma atriz brasileira com uma câmera na mão. “Não é só como se o British Museum estivesse queimando, é como se junto com ele estivesse também o Palácio de Buckingham”, disse Jonathan Watts. “Não há mais possibilidade de fazer documentário”, afirmou Gabriela Carneiro da Cunha. “A realidade é Science Fiction.”

Eu, que vivo com as palavras e das palavras, não consigo dizer. Sem passado, indo para o Museu do Amanhã, sou convertida em muda. Esvazio de memória como o Museu Nacional. Chamas dentro de todo ele, uma casca do lado de fora. Sou também eu. Uma casca que anda por um país sem país. Eu, sem Luzia, uma não mulher em lugar nenhum.

A frase ecoa em mim. E ecoa. Fere minhas paredes em carne viva.

“O Brasil é um construtor de ruínas. O Brasil constrói ruínas em dimensões continentais.”

A frase reverbera nos corredores vazios do meu corpo. Se a primeira brasileira incendiou-se, que brasileira posso ser eu?

O que poderia expressar melhor este momento? A história do Brasil queima. A matriz europeia que inventou um palácio e fez dele um museu. Os indígenas que choram do lado de fora porque suas línguas se incineram lá dentro. E eu preciso alcançar o Museu do Amanhã. Mas o Brasil já não é o país do futuro. O Brasil perdeu a possibilidade de imaginar um futuro. O Brasil está em chamas.

O Museu Nacional sem recursos do Governo federal. Os funcionários do Museu Nacional fazendo vaquinha na Internet para reabrir a sala principal. O Museu Nacional morrendo de abandono. O Museu Nacional sem manutenção. O Rio de Janeiro. Flagelado e roubado e arrancado Rio de Janeiro. Entre todos os Brasis, tinha que ser o Rio.

Ouço então um chefe de bombeiros dar uma coletiva diante do Museu Nacional, as labaredas lambem o cenário atrás dele. O bombeiro explica para as câmeras de TV que não tinha água, ele conta dos caminhões-pipa. E ele declara: “Está tudo sob controle”.

Eu quero gargalhar, me botar louca, queimar junto, ser aquela que ensandece para poder gritar para sempre a única frase lúcida que agora conheço: “O Museu Nacional está queimando! O Museu Nacional está queimando!”.

O Brasil está queimando.

E o meteorito estava dentro do museu.

https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/03/opinion/1535975822_774583.html
 
Eu particularmente sempre tendo a achar 99,9999999% dos incêndios em museus, teatros, bibliotecas, galerias de arte, emissoras de Rádio/TV e afins são totalmente criminosos a mando de alguém.

Mas daqui algum tempo, assim como no caso do Museu da Língua Portuguesa em SP, onde botaram a culpa numa lâmpada que queimou vão inventar alguma outra desculpa semelhante também.
 
É A SUA HISTÓRIA QUE ESTÁ QUEIMANDO

Não tem jeito, é pra desistir. “Incêndio atinge prédio do Museu Nacional” é a manchete, mas poderia ser fogo destrói parte inestimável da História brasileira e mundial, incêndio destrói patrimônio cultural único, descaso acaba com a sua História, uma série de opções.

Museu é visto como um luxo, um passeio exótico, um lazer privilegiado. Não é. Não deveria ser. Museus estão nos pilares de sustentação de qualquer sociedade, fios importantes no tecido social. Onde se encontram muitas perguntas e se buscam as respostas: Quem somos? Da onde eu vim, qual a origem do meu nome? Onde estou, o que é esse lugar, o que explica ele estar assim?

E você já foi em um museu? No Brasil, na sua cidade. Imersos em um debate engessado e paranoico direto da Guerra Fria, em que as agendas secretas comunistas, gays, satanistas, o que for, espreitam cada esquina, a História, com H maiúsculo, se torna mais um alvo.

História é doutrinação, Humanas não serve pra nada, professor de História é tudo vagabundo. Corta verba, tem prioridades. Gastar dinheiro com museu em um país em que (cite outra mazela social aqui)? Ao mesmo tempo, reclama-se de que o brasileiro não conhece sua História, não sabe o significado de uma determinada data, não sabe votar, não prestigia seus antepassados, não adquire cultura. Uma coisa, ou outra.

Qualquer destruição de patrimônio histórico é inaceitável, não apenas quando cometida pelo Estado Islâmico contra algo “pagão”. Esse patrimônio pertence a todos, e são os pedaços de quem somos, um a um, sendo arrancados. O Brasil renega sua História, não encara suas cicatrizes, se recusa a reconhecer seu passado, repete erros já cometidos, travestidos de soluções inéditas. Enquanto isso, as possíveis respostas são apagadas, destruídas pelo fogo.

Museu Nacional, Instituto Butantan, Museu de Ciências Naturais, Museu da Língua Portuguesa, dentre outros, são consumidos pelas chamas. O Museu Paulista, da Independência, está fechado tem cinco anos, por risco de desabamento, e assim ficará por ao menos mais quatro. Para ficarmos nos exemplos mais recentes, sem esquecer de que o próprio Estado brasileiro destruiu muitos de seus arquivos.

E, o pior, dirão que esse desabafo é exagerado. Ficarão chateados, mas ninguém liga, a vida segue. Temos outros problemas, mais graves. Que não se negue a existência de uma miríade de outros problemas, não se iluda achando que é o que acontece hoje na Quinta da Boa Vista é algo menor. Para uma sociedade sair do buraco, ela precisa, primeiro, saber que é uma sociedade.

https://xadrezverbal.com/2018/09/02/e-a-sua-historia-que-esta-queimando/
** Posts duplicados combinados **
Isto é só parte do que perdemos para sempre no incêndio do Museu Nacional
Duzentos anos de história e pesquisa, esqueletos de dinossauros, o maior acervo egípcio e o mais antigo fóssil humano já encontrado nas Américas estavam no prédio.
 
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UMA IMAGEM SIMBÓLICA

A figura de Dom Pedro II - o último Imperador, escorraçado do Brasil pelos republicanos, na calada da noite, com a Família Imperial - parece assistir impávida e de costas ao teatro macabro do incêndio que devorou o Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro.

Ali, na Quinta do Boa Vista, a 2 de Setembro de 1822, a Imperatriz D. Leopoldina, então Regente, assinou o decreto de independência do Brasil.

Também num 2 de Setembro, precisamente 196 anos depois, um incêndio de causas desconhecidas, devorou a residência da Família Imperial, onde viveram D. Pedro I e D. Leopoldina, onde nasceram a futura Rainha de Portugal, D. Maria II e o futuro imperador do Brasil, D. Pedro II, que ali foi educado e viveu; onde nasceu também a Princesa Isabel, a Redentora.

Testemunha incomparável da História, o Paço de São Cristóvão abrigava um acervo histórico, cultural e científico incalculável, que as labaredas em sua sanha devoradora não pouparam. Objetos de arte e da Antiguidade doados pela Família Imperial, coleção de mineralogia, peças etnográficas e um acervo bibliográfico, com obras raras, mapas, livros, periódicos, etc., a História do Brasil foi queimada nas chamas da incúria.

Como eximir de responsabilidade de tão grande tragédia os homens públicos que em seus imensos desmandos pilharam o Estado, prostituíram suas instituições, aviltaram nossa História, desonraram nossos heróis, vilipendiaram nossa cultura, contaminaram nossas escolas e universidades com as doutrinas pútridas que subvertem a ordem pública, as instituições jurídicas, os valores culturais e familiares?

A dôr, a indignação e a firme determinação de não permitir que estes desmandos prossigam, marcam hoje uma infinidade de corações verdadeiramente brasileiros.

A imagem da figura digna e impávida do último Imperador do Brasil - um Monarca que tão bem soube encarnar a brasilidade, que deu seqüência à grandiosa obra de formação de uma nacionalidade erigida sob a ação benéfica da Cruz - parece ser a consciência histórica do Brasil a censurar os descaminhos de vergonha e destruição a que os homens públicos de hoje conduziram o País. O Palácio de São Cristóvão arde e o Brasil arde com ele.

A Terra de Santa Cruz merece, por certo, um futuro que reate com sua verdadeira história.

 
Lembrando o que o Fúria postou, por aqui em minha cidade o Arquivo Municipal também sofreu um incêndio de origem criminosa. E não sobrou nada da história. Por sinal o museu principal do estado quase fechou sem verba para manutenção.

Quando eu vi a notícia na TV lembrei da perda no acidente da base de Alcântara que deixou aleijado nosso setor espacial. E esse incêndio é sintoma da mesma fraqueza. O povo vem sendo treinado para não ir atrás do que é importante e por isso não consegue controlar os políticos.

Quando houve aquela greve geral dos caminhoneiros aquilo tomou de surpresa o governo pela falta de representação do setor dentro de Brasília, um tipo específico de apagão cognitivo e que não era dos caminhoneiros, mas da deterioração do ambiente público nacional que inclui os museus e o patrimônio nacional por não haver uma direção política para o problema. Sintomas de mais apagões cognitivos se manifestam numa crise aguda como uma ponte Rio Niterói desabando sem haver reformas. São esperados mais horrores do tipo pela frente dado estado deteriorado da civilização.

Diante do Museu Nacional em chamas, de costas para o palácio, de frente para onde deveria estar o povo, Dom Pedro II em estátua. Sua família tinha tentado inventar um país e o fundaram sobre corpos humanos.

Não acredito que o El País devesse usar isto. A tragédia do incêndio em nossa semana de independência existe sim mas nós existimos porque houve uma onda de independências ocorridas nas américas seguindo exemplo da França que deixaram todos eles e nós pilhas corpos. Não conheço um regime ou país que na formação (monarquia, presidencialismo, democrático ou ditadura, etc...) não produzisse corpos. Os Vikings queimavam os servos, na ásia enterravam os servos vivos. Quanto mais velho o país mais tem corpos por causa de crimes. O que me leva a:

Imersos em um debate engessado e paranoico direto da Guerra Fria,

Li num jornal sobre oficiais britânicos sêniores comentarem do medo da guerra fria ter voltado, então fico com pé atrás quando alguém lança a cartada da paranóia pelo efeito do rótulo quando a mídia tem estado defasada tanto nos dias de hoje. É perdoável pela dor do colunista mas eu pessoalmente considero que certas condições da Guerra Fria reapareceram (podem me sentar a pecha de ridículo quem quiser). Esse é um ponto que os veículos atuais tem ajustar na análise de história deles. Estive vendo um artigo chamado "Sam Harris Horrible Histories" de como alguns porta vozes vistosos podem depreciar o patrimônio histórico legado pelos romanos na cultura ocidental e é mais próximo daquilo que penso estar havendo no Brasil quando falamos em uma "nação laboratório". A cultura ocidental (não apenas a Brasileira) está em risco por negligência e desejo de auto-destruição que são fatores importantes em sociedades complexas que afundam. Em Roma os "amigos do clima bom" são tidos como responsáveis pelos assassinatos dos imperadores.

Aqui na nossa esfera política está cheio deles. Há as brechas, o governo só é obrigado a fiscalizar se houver verba e como não há punição adequada o ambiente público só deprecia.
 
Ironia até bem pouco tempo o grande foco na cidade ultimamente ser o "Museu do Amanhã", mas se esqueceram de não cuidar tão bem de um Museu que preservava justamente o nosso "Ontem".
 
Sei lá, é um discurso de que não gosto, mas difícil manter a fé no Brasil, né? Nessas horas parece verdadeiro que o Brasil como um todo acabou e que só resta a quem amava o Brasil diluir a sua brasilidade em algum outro lugar, em algum país estrangeiro, em alguma sub-região ou sub-cultura do que mantiver o nome de "Brasil", ou sei lá eu....

E os brasileiros como um todo têm sua parcela de culpa, na medida em que não dão importância ao que existe no país em termos de Ciência, História Natural e História Imperial... E isso ocorre em todos os nichos sociais e de pensamento... Seja....

(1) Na esquerda, que domina boa parte da burocracia acadêmica, mas parece mais movida por questões (a) salariais, (b) políticas e (c) ideológicas do que por questões científicas e historiográficas enquanto tais [desprovidas das questões (b) e (c)]. Tanto é que, aparentemente, grande parte do orçamento universitário ia para pagamento de salários, e a precariedade do Museu era conhecida pelos profissionais que lidavam diretamente ou indiretamente com ele, mas isso nunca foi objeto de grande comoção fora dessa bolha... Mas ameace não aumentar suficientemente os salários, ou terceirizar algum serviço, ou colocar a polícia ostensivamente no campus, ou promover alguma atividade politicamente incorreta na universidade, e terá uma comoção bem maior...

(2) Nos liberais, que em boa parte relegam para segundo plano o que o Brasil possui de caráter histórico e científico. Até a riquíssima tradição liberal do Brasil Imperial é relegada a segundo plano, de interesse mesmo são os países e pensadores anglófonos, e o que o Brasil tinha que fazer é reproduzi-los e consumi-los...

(3) Nos conservadores, que pouco ligam para a universidade, vista como reduto de ideólogos e mamatas, e para a ciência, vista no melhor dos casos como uma atividade de menor importância, isso quando não há dedicação contra a valorização da ciência, especialmente a brasileira.

Essa situação nas principais correntes de pensamento acaba se estendendo à população como um todo, tanto aos ricos que poderiam bancar diretamente empreendimentos de interesse científico e histórico, quanto aos não-ricos que poderiam criar demanda para esse tipo de empreendimento. Sem pressão de nenhum desses lados, não é grande surpresa que o governo brasileiro pouco faria nessas questões.

Dispensável dizer, mas a reflexão que fiz acima diz respeito somente a grupos, é claro que dentro desses grupos há indivíduos que não compartilham desses vícios, mas esses indivíduos não conseguem constituir um grupo por si só, ficam isolados, ainda que sejam eventualmente em grande número...
 
Última edição:
Orçamento para lavar carros de deputados é quase três vezes maior que o do Museu Nacional
Nos últimos cinco anos, gastos da União com o Museu Nacional caíram seguidamente. Agora, gestão Temer promete ajuda de 10 milhões

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Visão do hall de entrada do Museu Nacional na foto do procurador Sergio Suiama.

Um museu relegado ao segundo plano pelo Governo Federal. Desde 2001, a União investe valores ínfimos num dos principais acervos históricos do país. O Museu Nacional, que foi consumido pelas chamas no domingo passado, costumava receber uma verba pública que variava entre 1 milhão e 1,9 milhão de reais anuais. Nos últimos cinco anos, contudo, sofreu seguidos cortes drásticos e a previsão para 2018 era de que apenas 205.821 reais fossem repassados para instituição, que é subordinada à Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os dados foram obtidos junto ao Siga Brasil, o projeto do Senado Federal que acompanha par e passo os gastos o orçamento federal (veja mais no infográfico abaixo).

Apenas para efeito de comparação, atualmente, a gestão Michel Temer (MDB) investe menos no Museu Nacional do que a Câmara dos Deputados na lavagem de seus 83 veículos oficiais ou que o próprio Poder Executivo na manutenção do Palácio da Alvorada, a residência presidencial que está desocupada desde o impeachment de Dilma Rousseff. Neste ano, a Mesa Diretora desta casa legislativa e as lideranças preveem gastar 563.000 reais em dinheiro público para deixar seus carros limpos. O valor é 2,7 vezes de fato destinado ao primeiro museu brasileiro. Já o Alvorada, custa cerca de 500.000 reais por mês, o que inclui gastos com energia elétrica e jardinagem.

Se não bastasse a falta de apoio financeiro direto por parte da União, apenas um dos 49 parlamentares do Rio de Janeiro (somando os 46 deputados federais e os três senadores) demonstrou qualquer preocupação em ajudar com recursos o Museu Nacional. De 2015 para cá, só Alessandro Molon (PSB-RJ) destinou uma de suas emendas parlamentares à instituição. Ele apontou que 300.000 reais deveriam ser repassados ao órgão. Esse valor foi pago em duas vezes. Ao todo, cada congressista pode distribuir 14,8 milhões para a área ou obra que bem entender.

Não surpreende diante da ausência de prestígio político do museu. O último presidente a visitá-lo foi Juscelino Kubitscheck (1902-1976), o mandatário que transferiu a capital federal do Rio para Brasília e governou o país entre 1956 e 1961. Recentemente, nem mesmo os subalternos ao presidente vinham demonstrando qualquer afeição ao órgão. No dia em que se comemorou o bicentenário do Museu Nacional, em 9 de junho passado, o ministro da Cultura de Temer, Sérgio Sá Leitão, estava no Rio (a cidade onde ele se graduou e foi secretário da Cultura), mas não esteve nessas celebrações.

Na segunda-feira, depois da tragédia, Sá Leitão esteve no museu ao lado de seu colega do Ministério da Educação, Rosielli Soares. Ambos anunciaram um plano de recuperação que, em um primeiro momento, vai custar 10 milhões de reais. Além disso, preveem financiar empresas que ajudem na reestruturação do órgão.

https://infogram.com/museunacional1-1h706e7lxqnj45y

Enquanto, isso, no Palácio do Planalto, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, reclamou que, entre os críticos dos baixos investimentos, havia muitas pessoas que pouco ou nada fizeram pelo museu. “Agora que aconteceu tem muita viúva chorando. Eu não tenho visto ultimamente, na televisão, por exemplo, pelo menos em um horário, alguém destacando o museu, para que ele se tornasse mais amado pela nossa população. Está aparecendo muita viúva apaixonada, mas, na verdade, essas viúvas não amavam tanto assim o museu”.

Quando indagado sobre a responsabilidade da União sobre o baixo investimento, Marun disse que o principal órgão responsável por gerir a entidade é a Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Não vou culpar ninguém, não conheço o que a UFRJ priorizou. Só estou fazendo afirmações que condizem com a realidade: a UFRJ tem autonomia financeira, e o orçamento do museu sai do orçamento dela”. Ele só não disse que quem define os valores repassados às universidades é o Governo federal, do qual ele é um dos principais interlocutores e porta-vozes.
 
Vi numa notícia que não tinha sprinklers*. Faz jus o que dizem que projetos de proteção contra incêndio são um alvo vulnerável nos cortes de orçamentos junto da contratação de seguros contra sinistros. O governo cortou a verba nos seguros e nas medidas de proteção. Pior que aqui no Brasil há projetistas que nem sequer incluem nos projetos a parte para incêndio.

Por curiosidade fui atrás de ver quanto ficaria para cobrir 9 mil metros quadrados de área útil e 3 pavimentos. Em dólar achei um orçamento de até 10 dólares por pé quadrado para obras históricas (cada metro dá uns 3 pés e cada metro quadrado uns 9 pés quadrados). Multiplicando tudo dá o quê, uns 800 mil dólares, fora as inspeções para manter.

Num país em que escolas não tem sequer energia elétrica (isso quando a porcaria da companhia elétrica não ferra à vontade com a escola dos alunos e não é punida) é possível imaginar como as coisas chegam nesse nível.

Dada a importância, algumas áreas de um museu podem merecer proteção sem água, com gás inerte para não estragar obras. O que me lembrou que as pesquisas antárticas levaram outra facada agora no incêndio depois de ter a base 70% destruída por incêndio em 2012.

Então quanto custa um sistema de sprinklers importado?

How much does a fire sprinkler system cost?
The price of a fire sprinkler system varies based on the size and type of fire sprinklers you install. In general, here are the costs you can expect:

  • $1 to $2 per sprinklered square foot for new construction projects
  • $2 to $7 per sprinklered square foot for retrofitting existing homes and businesses
  • $2 to $4 per sprinklered square foot for retrofitting high-rise buildings
  • Up to $10 per sprinklered square foot for retrofitting historic buildings

Fire suppression systems for server rooms and data centres are essential to the server room itself. A fire suppression system will automatically extinguish a fire without the need of human intervention. Fire suppression systems for data centres must be suitable for clean air environments, as server rooms and data centres are mostly occupied by personnel.

The designs standards for Fire suppression systems for server rooms and data centres are carried out with strict guidelines, as the fire suppression agents used can be dangerous if not designed correctly.

Fires within these types of environments are suppressed in two different ways:-



Method 1 - Inert gas fire suppression systems for server room and Data Centres - Reduce Oxygen
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This method uses Argon/Nitrogen and sometimes a small element of CO2 to displace the oxygen in the server room. The basis of this method is to reduce the oxygen level to below 15%. By reducing oxygen to this level it will suppress a fire. The design must also consider the safety of personnel and keep oxygen levels to above 12%, this will be sufficient to maintain life within an oxygen depleted environment.

Inert gas fire suppression systems will discharge its payload within 1 - 2 minutes
Will generally have more cylinders than chemical gases
Work with higher pressures, 200 Bar or 300 Bar
Will require Pressure relief venting
Common names of gases, ProInert, IG55, IG541, Argonite and INERGEN


Direct links to inert gases below:-













INERGEN fire suppression systems - IG541. This gas is a mix of 50 Argon, 42% Nitrogen and 8% CO2. Reduces oxygen levels to between 12-14%







PROINERT fire suppression systems - Low pressure IG55. This gas is a mix of 50 Argon, 50% Nitrogen. Reduces oxygen levels to between 12-14%







IG55 fire suppression systems. This gas is a mix of 50 Argon, 50% Reduces oxygen levels to between 12-14%





Method 2 - Chemical/Synthetic gas fire suppression systems for server room and Data Centres - based on cooling
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Most Chemical/Synthetic fire suppression agents have some form of cooling mechanism. These systems generally use less gas and do not significantly reduce oxygen levels. However, as any synthetic or chemical agent, high doses can be toxic, therefor correct designs are absolutely necessary.

Synthetic fire suppression systems will deliver its payload within 10 seconds
Will less cylinders and in some cases the cylinders are larger than inert gas cylinders
Low pressures are used only 25 Bar and 42 Bar
Will require pressure relief venting for both negative and positive pressures during discharge
Common names for synthetic agents are FM200, Halon, Novec1230, Ecaro, HFC227ea and HFC125

Direct links to inert gases below:-







FM200 fire suppression systems - HFC227ea. Concentration levels of 7.9% - 8.5% :- Works by Reducing/Absorbing heat.









Novec 1230 fire suppression systems - FK-5-1-12. Concentration levels of 5.3% - 5.6% :- Works by Reducing/Absorbing heat.







Sapphire fire suppression systems - FK-5-1-12. Concentration levels of 5.3% - 5.6% :- Works by Reducing/Absorbing heat. also known as Novec 1230



A typical server room will require :-
Blank.jpg
fire_suppression_control_panel.jpg
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Fire Suppression Control Panel

A Fire suppression control panel, this is generally made up of two to three fire zones, a gas release button, Auto and Manual key switch and built in batter backup (for power failures)




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Smoke Detection

A minimum of two smoke detectors, irrelative of the room size.


Smoke detectors must be located in all voids, i.e. room, ceiling and floor voids

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Audible Alarms

Bells and Souders, these will indicate an audible alarm for fire which has been detected in the room and alarm warning of an imminent fire suppression gas release






Blank.jpg
Warning Signs:-
Warning signs on doors that you are about to enter a fire suppression controlled area
Warning signs showing manual gas release points

Pressure relief
Pressure relief venting to compensate for both negative and positive pressures during a gas discharge.



https://www.firesuppression.co.uk/fire-suppression-systems-server-rooms.aspx

https://www.guardianfireprotection.com/blog/faq/fire-sprinkler-system-cost/

*https://en.wikipedia.org/wiki/Fire_sprinkler
 
Vi numa notícia que não tinha sprinklers*. Faz jus o que dizem que projetos de proteção contra incêndio são um alvo vulnerável nos cortes de orçamentos junto da contratação de seguros contra sinistros. O governo cortou a verba nos seguros e nas medidas de proteção. Pior que aqui no Brasil há projetistas que nem sequer incluem nos projetos a parte para incêndio.
Não tinha nem alvará do bombeiros
 
É triste ver que o Brasil conseguiu nos últimos 20 anos seja por incêndio ou explosão perder..

O museu Nacional e da Língua Portuguesa
A base de pesquisa científica na Antártida.
A base de lançamento de foguetes em Alcântara no Maranhão.
A P-36 (que já foi considerada a maior plataforma semi submersa de produção de petróleo do mundo)

É difícil ter competência pra fazer preservação histórica e avanço científico no Brasil.
 
Creio que o principal problema no Brasil seja a maneira como as obras são preservadas, pois o próprio IPHAN acaba engessando as possibilidades de uma reforma estrutural do imóvel por causa do "tombamento". Ora, os custos de restauração são exorbitantes e geralmente o dono do imóvel não tem como arcar com isso. Aí fica o jogo de empurra entre o Governo que alega crise na ora de colocar o dinheiro e o interessado em usar o espaço, mas que não pode mexer na fachada... mesmo que apresente o laudo arquitetônico que atesta não ser mais possível manter a estrutura daquela forma.
O resultado são vários imóveis belíssimos caindo aos pedaços aqui em Porto Alegre só aguardando para causarem outra tragédia.
 
Não tinha nem alvará do bombeiros

Começaram a falar de projetos de segurança para museus, mas nesse caso... "Inês é morta.":

https://brasil.estadao.com.br/notic...milhoes-para-patrimonio-historico,70002487507

O governo fica esperando projetos de segurança mas rola trapaça demais. Quando eles simplesmente não roubam os projetos criados por acadêmicos nas faculdades (pessoal do QI) simplesmente não fazem o básico que seria o de enviarem técnicos do Ministério para viajarem com dedicação exclusiva durante o ano e fazer (e refazer anualmente) o levantamento de dados e análises de riscos. Que aliás é um trabalho especializado (seguradoras tem um corpo legal para isso), imagina ter que vistoriar e aplicar verba periodicamente numa instituição de porte nacional para proteger de um exército de inimigos naturais da memória. Exemplos:

-Controle de Pragas (ratos, traças, cupins, mofo, baratas, aranhas, etc...).
-Danos de Tempestades com Vento (telhados, janelas, portas, etc...)
-Danos de Tempestades Elétricas/Magnéticas (para raios, isolamentos, proteção de equipamentos elétricos e eletrônicos, geradores)
-Enchentes (proporcionar locais secos, impermeabilizado e vedado)
-Back-Up de arquivos de computador e proteção dos dados digitais
-Proteção passiva e ativa contra incêndios
-Controles climáticos, de ventilação, umidade
-Seguros de, ao menos, obras essenciais.
-Segurança contra criminalidade (roubo e destruição de obras)
-Reforços contra vibrações/terremotos.
... etc....

Seria interessante fomentar e criar nesses museus nacionais equipes com departamentos de restauração financeiramente fortes o bastante para eles mesmos fazerem as manutenções e proteções da própria casa.

É triste ver que o Brasil conseguiu nos últimos 20 anos seja por incêndio ou explosão perder..

O museu Nacional e da Língua Portuguesa
A base de pesquisa científica na Antártida.
A base de lançamento de foguetes em Alcântara no Maranhão.
A P-36 (que já foi considerada a maior plataforma semi submersa de produção de petróleo do mundo)

É difícil ter competência pra fazer preservação histórica e avanço científico no Brasil.

A pesquisa na Antártida parece que foi para a UTI. Um dinheirão jogado no ralo. Fui no site "The Ancient Home" ver quanto custa uma réplica dessas estátuas de deusas que caíram lá de cima de 1,20 cm para colocar no beiral e é uma nota. 3 mil euros...

 
A putaria da administração do PSOL no Museu Nacional começa a ser desvendada:



QUARTO DE D. JOÃO VI TINHA FRIGOBAR E GAMBIARRA

Fotos obtidas por O Antagonista e que integram denúncia feita ao MPF no mês passado evidenciavam o risco iminente de uma tragédia no Museu Nacional.

São imagens revoltantes: um frigobar vazio e ligado na tomada no quarto que foi de D. João VI, fios remendados e tomadas improvisadas, entulho, além de portas e vitrais quebrados, muitas infiltrações.

O diretor do Museu Nacional, Alexandre Kellner, e o reitor da URFJ, Roberto Leher, precisam ser afastados de seus cargos imediatamente.

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** Posts duplicados combinados **
 
Quem não protege nossa arte deve devolvê-la, diz arqueólogo egípcio sobre incêndio no Museu Nacional


  • Zahi Hawaas / Divulgação
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    O arqueólogo Zahi Hawaas. famoso por sua participação em documentários, defende a repatriação de objetos egípcios

Ex-ministro de Antiguidades do Egito, o arqueólogo Zahi Hawass diz que o incêndio que destruiu boa parte do acervo do Museu Nacional -- que incluía a maior coleção de arte egípcia da América Latina -- foi uma tragédia também para seu país.

"Como pode um grande museu numa cidade tão grande ficar desguarnecido e desprotegido contra incêndios?", questiona Hawass em entrevista à BBC News Brasil.

"Foi uma falha da equipe do museu ou do governo? Não sei, mas foi um crime que nos faz lamentar muito", afirmou.

Segundo o arqueólogo, "todo museu no mundo faz testes de incêndio para garantir que o sistema de alarme funcione". Ele diz que a tragédia legitima o movimento pela repatriação de objetos egípcios em museus espalhados pelo mundo. "Se eles não forem protegidos, deverão voltar à terra mãe", diz.

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Reconstituição do rosto de Luzia, feita a partir do fóssil considerado o mais antigo de um ser humano nas Américas, apresentada no Museu Nacional, no Rio Imagem: Gregg Newton/Reuters

Campanha pelo retorno da arte egípcia


Famoso por suas participações em documentários sobre o Egito Antigo, Hawass ganhou ainda mais visibilidade nos últimos anos ao endossar uma campanha pelo retorno da arte egípcia presente em outros países.

Após dirigir instituições responsáveis por alguns dos principais monumentos egípcios - como as pirâmides de Gizé e as ruínas de Saqqarah e Al-W???t al-Ba?riyyah -, ele foi nomeado em 2002 secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, órgão do governo responsável pela preservação do patrimônio.

Em 2011, Hawass chefiou por alguns meses o Ministério de Antiguidades após a criação do órgão, até a queda do presidente Hosni Mubarak, em meio à Primavera Árabe.

Ele diz que visitou o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, em 2009. "Eu vi como as crianças de escolas corriam para ver as múmias e pude ver que os artefatos eram muito importantes", afirma.

Entre os 700 itens da coleção egípcia, havia sarcófagos, estátuas, amuletos, bronzes e múmias -- a maioria dos períodos mais tardios da história egípcia, como o Reino Novo (1550 AC a 1077 AC) e o Terceiro Período Intermediário (1069 AC a 664 AC).

Segundo Hawass, a melhor peça da coleção era o esquife (sarcófago) de uma cantora do santuário do deus Amun chamada Sha-Amun-em-su. O objeto, com 1,58 metro, data da 23ª Dinastia (cerca de 750 AC) e foi presenteado pelo Quediva (vice-rei) do Egito, Ismail, ao imperador D. Pedro 2º durante sua viagem ao Egito, em 1876.

Antonio Brancaglion/Museu Nacional
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Sarcófago da Dama Sha-Amun-em-su era uma das principais peças da coleção egípcia do Museu Nacional

O arqueólogo destaca ainda a coleção de gatos e crocodilos embalsamados e "uma múmia muito peculiar de uma rainha do Período Romano" (entre os séculos 4 e 6).

Coleção egípcia do Museu Nacional


Hawass diz que as peças do Museu Nacional não estavam entre as coleções que arqueólogos egípcios tentam repatriar, pois "muito desses itens deixaram o Egito como presentes ou num período em que o comércio de antiguidades era legal no país".

Vários objetos que o movimento pretende recuperar saíram do Egito quando a nação era um protetorado britânico (1882-1953) e potências europeias enriqueciam os acervos de seus museus com objetos retirados das colônias.

Entre os itens mais cobiçados estão a Pedra de Roseta, hoje no Museu Britânico (Londres), e o busto da rainha Nefertiti, do Museu Egípcio de Berlim.
Há movimentos pela repatriação de objetos artísticos em vários países. No Brasil, pesquisadores, autoridades e indígenas tentam recuperar vários fósseis e artefatos que estão em museus estrangeiros -- como os mantos tupinambás, exuberantes peças de plumária cujos últimos seis remanescentes estão na Europa.

Embora a coleção do Museu Nacional não estivesse na mira dos arqueólogos egípcios, Hawass diz que a destruição do acervo reforça o movimento pela repatriação de objetos.

Museu Nacional
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Esquife de Hori integra a coleção adquirida por D. Pedro 1º e é provavelmente oriunda de Tebas

"Este incidente nos permite pedir à Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) para que países com coleções no exterior, e museus no exterior, tenham controle sobre essas coleções, para que possamos garantir que esses objetos sejam protegidos e restaurados adequadamente."

E se os museus estrangeiros não forem capazes de garantir a segurança e conservação dos objetos, o arqueólogo defende que sejam devolvidos à terra natal.

"Acho que essa é uma decisão que a Unesco pode tomar, porque o incêndio foi devastador para todos nós."
 
>_> E do lado direito, após pesquisa intensa seguida de descoberta internacional, encontramos o famoso e não menos valoroso frigobar de D. João citado na literatura. Depois de uma noite passada dançando no baile com a imperatriz, não há nada melhor do que beber uma coca cola bem gelada, afinal de contas é para esses modestos confortos que uma pessoa poderia desejar ser rei. Dona Beija quando o viu decidiu que sempre quis ter um desses XD

Essa cena me lembrou dos desenhos animados antigos. Neles havia um rei com os nobres e os súditos mas dentro do castelo tudo era um versão em menor escala da corte. Assim os ratos do castelo tinham um rei e um povo de ratos. Quer dizer, perto do "frigobar real", encontraríamos o "quebra galho real" ao lado dos "cupins reais" devorando a "madeira podre real" do "piso real".
 
Se o antigo quarto de D João VI era atualmente usado como sala do Diretor do Museu, acho perfeitamente normal ter geladeira/frigobar, pois seria onde os funcionários guardariam comida. Salário/bolsa de pesquisador é uma miséria e não daria pra comer em restaurantes, especialmente aqui no RJ.
Mas é óbvio que isso não justifica as gambiarras elétricas, tbm comuns aqui no RJ em geral...
 

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