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Eleições 2018 - Voto útil: sim ou não?

Voto útil: sim ou não?

  • Sim

    Votos: 6 75,0%
  • Não

    Votos: 2 25,0%

  • Total de votantes
    8

Haleth

Sweet dreams
A Wikipedia tem uma explicação bem didática de o que acontece no voto útil:
"Se um eleitor acredita que o seu candidato preferido não tem chances de ganhar, por exemplo, ele pode optar por votar num candidato que [sic] não gosta com o objetivo de impedir a vitória daquele que detesta."

Então, voto útil: fazer ou não fazer, eis a questão.
Vocês acham que adianta alguma coisa?

Obs.1: Não coloquei a opção "depende" porque, afinal, o voto útil é a materialização do "depende", rs. Por definição, as pessoas só consideram fazer voto útil após identificar um cenário eleitoral desfavorável.

Obs.2: gosto mais quando chamam de "voto tático", mas é só pra salientar a escolha consciente em vez de dar o braço a torcer para o pessimismo, haha.
 
Eu não conhecia esses nomes chiques, antes eu chamava só de "votar no menos pior".
É complicado quando há uma situação em que todos os candidatos, sem exceção, são picaretas.
É tipo uma eleição Darth Vader x Sauron.
#Comofas
 
Eu também não curto muito a definição que deram para "voto útil"
No Brasil infelizmente ele acabou virando um "mal necessário".
 
Eu nunca vi muito sentido nisso, como se alguma eleição fosse ser definida por um único voto. Acho que isso é mais uma ilusão para parecer que nosso voto foi "mais" útil, um truque psicológico para se considerar mais importante kkk

Voto no candidato ou legenda com que mais me identifico independente de chances de vitória.
 
Eu nunca vi muito sentido nisso, como se alguma eleição fosse ser definida por um único voto. Acho que isso é mais uma ilusão para parecer que nosso voto foi "mais" útil, um truque psicológico para se considerar mais importante kkk
Bom, ano passado na Escócia teve um canditado que foi eleito por uma diferença de dois votos :D E recentemente tivemos muitas coisas importantes decididas por uma diferença muito magra de votos. Eu acredito que nosso voto faz diferença, sim. Não no sentido de que o meu voto particular define o rumo de 220 milhões de pessoas, mas no sentido de que meu afluentezinho faz o Amazonas ser o maior rio do mundo, sim. (que raio de analogia)

Confesso que nessas eleições estou considerando fazer voto útil se o cenário estiver mais horrendo do que eu possa tolerar. Não por "inteligência", por desespero mesmo, kkk.

No mundo fantástico de Haleth, pesquisa de intenção de voto seria crime eleitoral. Odeio tudo o que está associado a essa prática: mercado financeiro histérico por meses, chantagem emocional com os eleitores, candidatos que começam a maquiar o discurso, voto útil, enfim. :/ Pode ter muita gente que lucra com pesquisa de intenção de voto, mas duvido que a democracia e o fair play estejam entre eles.
 
Bom, ano passado na Escócia teve um canditado que foi eleito por uma diferença de dois votos :D E recentemente tivemos muitas coisas importantes decididas por uma diferença muito magra de votos. Eu acredito que nosso voto faz diferença, sim. Não no sentido de que o meu voto particular define o rumo de 220 milhões de pessoas, mas no sentido de que meu afluentezinho faz o Amazonas ser o maior rio do mundo, sim. (que raio de analogia).
Ah sim, se for tipo numa eleição para município, isso pode fazer sentido. Eu pensei mais numa eleição presidencial, em que 1% significa centenas de milhares de votos. O Brasil tem 40x a população da Escócia e, se o voto lá não for obrigatório, uma proporção ainda maior de eleitores.

Só pra não confundir as coisas: eu também acho que o voto é importantíssimo, sim! Só acho que, na maioria das vezes, o raciocínio do voto útil não faz muito sentido, concretamente.

No mundo fantástico de Haleth, pesquisa de intenção de voto seria crime eleitoral. Odeio tudo o que está associado a essa prática: mercado financeiro histérico por meses, chantagem emocional com os eleitores, candidatos que começam a maquiar o discurso, voto útil, enfim. :/ Pode ter muita gente que lucra com pesquisa de intenção de voto, mas duvido que a democracia e o fair play estejam entre eles.
Eu concordo. Pesquisa eleitoral tem um efeito muito danoso. Mas ao mesmo tempo é um negócio complicado de proibir.
 
Última edição:
Na realidade se o sistema fosse plenamente justo, se não encontro um candidato que atenda plenamente minhas expectativas e o mesmo coincidir também de ser muitas outras pessoas, se o voto nulo atingir o patamar de 50% + 1 de votos confirmados, ele deveria ser levado em conta como um legítimo voto útil, pois se a maioria de população matematicamente não confia nos candidatos que são apresentados, isso significa que por maioria legítima eles não são dignos de concorrer quanto mais merecer ocupar o cargo em disputa. E nisso a eleição deveria ser anulada e realizar uma nova com outros nomes.
 
Na realidade se o sistema fosse plenamente justo, se não encontro um candidato que atenda plenamente minhas expectativas e o mesmo coincidir também de ser muitas outras pessoas, se o voto nulo atingir o patamar de 50% + 1 de votos confirmados, ele deveria ser levado em conta como um legítimo voto útil, pois se a maioria de população matematicamente não confia nos candidatos que são apresentados, isso significa que por maioria legítima eles não são dignos de concorrer quanto mais merecer ocupar o cargo em disputa. E nisso a eleição deveria ser anulada e realizar uma nova com outros nomes.
Acho que poderia ter isso mesmo. E ainda bem que você falou isso como um deveria ser. É a principal das fake news espalhadas sobre eleições.
 
Na realidade se o sistema fosse plenamente justo, se não encontro um candidato que atenda plenamente minhas expectativas e o mesmo coincidir também de ser muitas outras pessoas, se o voto nulo atingir o patamar de 50% + 1 de votos confirmados, ele deveria ser levado em conta como um legítimo voto útil, pois se a maioria de população matematicamente não confia nos candidatos que são apresentados, isso significa que por maioria legítima eles não são dignos de concorrer quanto mais merecer ocupar o cargo em disputa. E nisso a eleição deveria ser anulada e realizar uma nova com outros nomes.

Pois é. Por um lado eu concordo que deveria existir esse mecanismo, mas isso deveria ser um último recurso. Porque, por outro lado, a gnt corria o risco de ficar sem governo por meses a fio, ou um ano inteiro, ou mais do que isso, devido à insatisfação do eleitorado. Na teoria, isso seria pior do que ter um mau governante naturalmente moderado pelo conjunto dos três poderes. De novo, na teoria, os partidos deveriam fazer uma "seleção natural" dos elegíveis, excluindo automaticamente o Zezinho da Esquina ou a Dra. Mariazinha que não sacam nada de governança pública. Mas infelizmente não é assim que a banda toca.

Nossa democracia é boa na teoria. Pena que na prática, a teoria é outra.
 
Pois é. Por um lado eu concordo que deveria existir esse mecanismo, mas isso deveria ser um último recurso. Porque, por outro lado, a gnt corria o risco de ficar sem governo por meses a fio, ou um ano inteiro, ou mais do que isso, devido à insatisfação do eleitorado. Na teoria, isso seria pior do que ter um mau governante naturalmente moderado pelo conjunto dos três poderes. De novo, na teoria, os partidos deveriam fazer uma "seleção natural" dos elegíveis, excluindo automaticamente o Zezinho da Esquina ou a Dra. Mariazinha que não sacam nada de governança pública. Mas infelizmente não é assim que a banda toca.

Nossa democracia é boa na teoria. Pena que na prática, a teoria é outra.

Sim, poderíamos ter que aturar um governo tampão provisório, até a definição de uma nova eleição, mas se fosse estabelecido por lei que jamais seria por longo tempo. Noventa dias, exagerando já estaria de ótimo tamanho.

Mas em acontecendo, ficaria uma lição bem positiva e clara pra quem for se candidatar nesta "nova eleição" que a população claramente estaria totalmente descontente, muito mais atenta e que não é obrigada a engolir e aceitar passivamente os partidos sempre impõem a torto e a direito como sendo o melhor. Apesar de se pagar um preço de ter que ter um eventual governo provisório, de outro lado valeria a pena aplicar uma lição de democracia e uma sensação de que o voto mesmo numa situação como essa teria um valor transformador muito valioso pra modificar um quadro viciante que temos há muito tempo.
 
Voto no candidato ou legenda com que mais me identifico independente de chances de vitória.
Eu também faço isso, pois é o que eu considero certo. Há quem tem a opinião de "ah, eu queria votar no fulano, mas nunca vai ganhar, então vou votar no ciclano".
Eu voto em quem eu achar o melhor candidato e nem ligo se tem chance ou não.
 
@Haleth, esta eleição é bem ilustrativa da crítica que você faz, e eu concordo com cada vez maior convicção: pesquisas eleitorais fazem um mal enorme à democracia! Acabam tutelando a eleição, porque as pessoas vão desistindo dos candidatos com que realmente se identificam por concluírem que não têm chances, e vão migrando para aqueles com que simpatizam menos mas que acreditam ser mais viáveis. E aí tem dois detalhes: 1) muitas vezes essa decisão é que acaba sendo a causa do distanciamento dos seus candidatos, não o efeito; 2) pesquisas eleitorais variam muito nas últimas semanas e com frequência erram grotescamente. Um exemplo era Marina com 12% a mais que Aécio a duas semanas da eleição de 2014.

E eu falo isso com meu candidato sendo até favorecido, pelo retrato atual das pesquisas, com o voto útil de muitas pessoas que repudiam o cenário Bolsonaro x PT a qualquer custo. Muitos votos que hoje são em Ciro, sem pesquisas, seriam naturalmente Marina ou Boulos, por exemplo. Mas também boa parte dos votos de Bolsonaro seriam em Alckmin e Álvaro Dias, se acreditassem que estes tivessem mais chances do que parecem ter. É uma tristeza, porque o resultado das eleições acaba não refletindo o que a população realmente pensa.

Por outro lado, volta o ponto: como evitar? Complicado proibir.
 
Por outro lado, volta o ponto: como evitar? Complicado proibir.

Na teoria é só a JE (Justiça Eleitoral) ser bem mais rigorosa. De certa forma ela já é controladora obrigando que todas as pesquisas sejam registradas e desde o final dos anos 80 já age com rigor com emissoras de rádio e TV, proibindo-as de fazer suas próprias pesquisas com metodologia própria.

Se a JE fosse rigorosa com os institutos de pesquisa colocaria um freio bem maior.
 
Por outro lado, volta o ponto: como evitar? Complicado proibir.

Bom, eu achava que era impossível proibir coligação, mas pra minha supresa parece que rolou.
A máquina comercial eleitoral pode chiar com uma imposição dessas, mas a história recente (Brexit, Trump e outros) mostra que as pesquisas podem picar a si mesmas conforme o constrangimento ou malícia do eleitor. Aí adeus credibilidade das pesquisas/mídia, adeus coesão social: ganham as teorias das conspiração e as pessoas que duvidam de tudo menos do Whatsapp da família.

Mas pensa só nos efeitos positivos (Fantástico Mundo de Haleth®): a cobertura midiática e as próprias campanhas mudariam muito se não se soubesse quem deve ser perseguido/desconstruído, quem é mosca morta, quem vai pro segundo turno ou mesmo se há segundo turno. Quem sabe a polarização até se diluísse um pouco? Não duvido nada que essa palhaçada eleitoral que o PT fez com Lula/Haddad não teria acontecido nem de longe porque o risco seria vertiginoso sem as pesquisas. De igual forma, também não haveria Bolsonaro ameaçando previamente descredibilizar o resultado eleitoral. Se tem alguém que deve estar acima dessas politicanalhices todas e buscar métodos de preservar e promover a democracia, como bem lembrou o Fúria, esse alguém é a Justiça Eleitoral. Sonhar não custa nada :P
 
Na realidade não sei se há interesses comerciais enormes por trás na realização desses pesquisas, mas uma campanha sem a divulgação massiva e midiática delas seria muito mais emocionante e natural.
 

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