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Técnica de Estudos de Richard Feynman

Giuseppe

Hey now
Para quem não conhece o Sr. Feynman, eis uma brevíssima apresentação (na página dele na Wikipédia há mais informações biográficas):

Richard Philips Feynman (Nova Iorque, 11 de maio de 1918Los Angeles, 15 de fevereiro de 1988) foi um físico norte-americano do século XX, um dos pioneiros da eletrodinâmica quântica, e Nobel de Física de 1965. É irmão mais velho da astrofísica Joan Feynman.

Fonte: Wikipédia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Feynman)

Recentemente eu encontrei a técnica do Feynman para otimizar a forma de se estudar qualquer matéria que você quiser. Ele descobriu desde cedo que é possível entender bem assuntos complexos se estes forem explicados em uma linguagem simples, e na opinião de Feynman (e de Einstein também), se você não sabe explicar uma coisa de forma simples é porque você ainda não a entendeu totalmente.
Vou explicar aqui como é, mas vocês também podem procurar no Google: Richard Feynman's Studying Technique (Técnica de Estudos de Richard Feynman).

É assim:

Passo 1 - Você escolhe o assunto que você vai estudar, e inicialmente você estuda da forma como sempre faz.

Passo 2 - Quando você souber sobre o que é o assunto, pegue um papel, escreva o nome do assunto, e com as suas próprias palavras, explique o que você estava estudando. Escrever é importante porque ajuda muito a memorizar o conteúdo, e é bom também explicar o assunto para si mesmo em voz alta.

Passo 3 - Reveja a matéria nas partes em que você não soube explicar direito, e quando as tiver entendido melhor, repita o Passo 2, ou seja, escreva explicando isso com as suas próprias palavras também.

Passo 4 - Quando achar que já entendeu bem a matéria, revise e explique tudo para si próprio usando a linguagem mais simplificada possível. Você pode usar metáforas, analogias, desenhos, qualquer coisa que facilite a compreensão.

E é isso aí, amigos!

P.S.: Uma coisa que eu não sei se o Feynman fazia (mas provavelmente sim), e que também é uma boa ideia, é fazer revisões do que você aprender com certos intervalos de tempo (ao invés de rever só uma vez), já que a repetição espaçada também ajuda a reter as informações. Por exemplo, após estudar algo você pode rever a matéria depois de 24 horas, aí fazer outra revisão depois de uma semana, e então outra depois de um mês.

"Se você não consegue explicar algo de modo simples é porque não entendeu bem a coisa." - Albert Einstein

"Estude muito o que mais te interessa da maneira mais indisciplinada, irreverente e original possível." - Richard Feynman

Então vamos aprender com os mestres que o ato de estudar não é pra ser uma coisa chata, e sim algo interessante e divertido (lembrem-se da citação do Feynman ali em cima)!
 
Penso que o lance da revisão funciona bem com aluno que tem autodisciplina. Ler cada capítulo e fazer resumo, e depois de cada capítulo resumido voltar pra ler os anteriores e memorizá-los.

Bem, pessoalmente, a visão que tenho sobre métodos de conhecimento, do ponto de vista de professor, num país como o nosso existem 3 fatores complexos na equação que são a pessoa, o meio e a área. Por vezes a pessoa é ótima e a área é super promissora, mas o meio arrebenta com tudo. É tipo construir um parque Disney em uma cidade detonada na Síria, porque pode haver muito dinheiro e talento apaixonado com disciplina mas o meio impede (uma bala perdida por exemplo). Outras vezes é o material que é ruim ou difícil ou mal escrito já que nem sempre um craque no assunto é pedagógico o bastante e nem escreve bem. Em países como o nosso é mais barato adquirir materiais não tão bons e de baixa eficiência.

Além desses fatores é interessante analisar do ponto de vista estatístico. Se houver uma pesquisa de facilidade de aprendizado com determinado método a maioria tende a cair dentro do intervalo do desvio padrão. Os métodos são feitos para funcionarem bem enquanto estiverem distantes de regimes de guerra civil ou convulsão social. E por maioria candidatos com perfil ideal nós entendemos alunos sob CNTP (condições normais de temperatura e pressão) Aqueles que estiverem do lado de fora do intervalo podem ter dificuldades não porque o método falhou ou porque o professor é ruim, mas porque a pessoa tinha problemas de base anteriores a sala de aula (problema de audição, dificuldades na alfabetização da língua mãe, barreiras de concentração e memória...).

E chegamos a um ponto importante que é o "pula pula" de áreas no Brasil. Se o meio é tóxico suficientemente para bloquear o desejo de alguém ou interesse pela área não significa que a área ficou ruim necessariamente mas que alguma coisa dentro da pessoa continua dentro dela motivando para aquele lugar enquanto questões urgentes esmagam os interesses de aprendizado. É contra isso tudo que uma pessoa luta.
 
Pra mim o grande trunfo do método do Feynman é você explicar pra si próprio a matéria com suas próprias palavras, e simplificar essa explicação o quanto for possível. Antes eu não tinha pensado nisso, eu só estudava usando um livro, fazia os exercícios, acertava, mas aí na hora de fazer um simulado errava tudo, ou por não lembrar direito, ou por não ter entendido bem a matéria de forma aprofundada. A técnica do Feynman é tão simples, tão óbvia, mas muita gente (inclusive eu) nunca tinha parado pra pensar nisso. Agora mesmo eu estava usando essa técnica com um exercício de raciocínio lógico. Fui escrevendo a resolução do problema, passo a passo, e isso ajuda a lembrar melhor, explicando pra mim mesmo como a coisa funciona. Achei que seria bom compartilhar aqui no fórum, pode ser útil pra muitas pessoas que ainda não conhecem esse método tão simples e eficiente.
 
Na minha adolescência no curso de aprendizagem Industrial de eletricista do Senai aprendi um método auto-instrutivo que se não é exatamente igual, é no mínimo uns 80% bem próximo desse ou muito provavelmente baseado nesse, com algumas diferenças voltadas exclusivas pra matemática já que esta não basta apenas decorar fórmulas e regras e sim muita prática.

Já na execução a diferença é que pra mim, como já postei em outros tópicos é que sempre desde infância me acostumei a usar muito gravador que pra mim sempre funcionou de forma mais prática, rápida e mais eficiente, gravando tudo o que lia para analisar a minha assimilação e deixava a escrita apenas para o chamado "resumo do resumo", quando o assunto já estava perfeitamente assimilado e aquele super resumo bem sintetizado era mais do que suficiente pra eu lembrar de tudo. Aí nesse caso mais especifico não foi nenhum método que segui de alguém e sim incorporar algo que já vinha funcionando comigo muito bem.

Por isso que não sigo a risca totalmente uma única forma de estudo. Acho que é sempre bom conhecer se possível outras e depois decidir qual é a forma ou a mescla de formas que lhe permite uma melhor e mais rápida assimilação. O importante é chegar no melhor resultado.
 
Sim, para cada pessoa há um método que é o mais eficaz. Mas pra quem está meio perdido e sem saber direito o que fazer e não tem conseguido muitos resultados, esses métodos passo a passo são extremamente úteis para dar uma orientação. Claro, cada um pode se sentir livre para modificar o plano da forma como achar melhor.
Em relação a gravar, é uma ótima dica. Já vi gente recomendando que se grave a própria voz ou então que filme a si mesmo explicando uma matéria e depois assistir pra ver se você soube explicar bem ou se ficou meio perdido. Caso não esteja muito bom, aí você vai corrigindo, etc.
 
Em relação a gravar, é uma ótima dica. Já vi gente recomendando que se grave a própria voz ou então que filme a si mesmo explicando uma matéria e depois assistir pra ver se você soube explicar bem ou se ficou meio perdido. Caso não esteja muito bom, aí você vai corrigindo, etc.

Olhando por esse lado, nunca me passou sequer em pensamento gravar pensando em dar aula, pois sempre fiz somente pra mim mesmo e ser professor é algo que sempre passou vários anos-luz de ser um sonho profissional pra mim, pois gosto do que faço na eletro-eletrônica. É só pra me auto analisar e ver o que assimilei, mas se fosse visando ser professor acho bem válido, ainda mais na época atual que vivemos onde os celulares com vídeo estão super populares e muito mais acessíveis. Há duas décadas atrás gravar em vídeo era simplesmente uma opção de luxo pra poucos.
 
Olhando por esse lado, nunca me passou sequer em pensamento gravar pensando em dar aula, pois sempre fiz somente pra mim mesmo e ser professor é algo que sempre passou vários anos-luz de ser um sonho profissional pra mim, pois gosto do que faço na eletro-eletrônica. É só pra me auto analisar e ver o que assimilei, mas se fosse visando ser professor acho bem válido, ainda mais na época atual que vivemos onde os celulares com vídeo estão super populares e muito mais acessíveis. Há duas décadas atrás gravar em vídeo era simplesmente uma opção de luxo pra poucos.
Mas é isso mesmo que eu quis dizer, ou seja, não pra dar aulas, e sim pra explicar pra si próprio a matéria pra ver se realmente entendeu bem. Mas claro, pra quem quer ser professor também é uma boa dica gravar a si próprio explicando as matérias.
 
Eu aprendo por engenharia reversa misturada com pesquisas, assim posso aprender de modo autodidata tudo à que me dedicar, se tiver tempo...
 
É bom sempre dedicar uma quantia considerável de tempo para fazer revisões. Às vezes eu até aprendo com uma certa facilidade, mas logo esqueço o que estudei.
 
Entendo e concordo com sua opinião, revisões são muito necessárias. Esta é uma das vantagens do empirismo e da engenharia reversa, você nunca mais terá tanto risco de esquecer algo aprendido quanto o tem com o estudo que não use a compreensão e prática como pilares fundamentais do aprendizado... :)
 
Eu não entro no mérito de discutir detalhes de forma de estudar pois existem várias, o importante é que se a assimilação e o aprendizado estão sendo produtivos e tá valendo a pena, invista, pois o lado de bom de ser autodidata é isso!
 
Eu não entro no mérito de discutir detalhes de forma de estudar pois existem várias, o importante é que se a assimilação e o aprendizado estão sendo produtivos e tá valendo a pena, invista, pois o lado de bom de ser autodidata é isso!

Concordo, eu, por exemplo, subjuguei meu Cérebro Reptiliano ao meu Córtex Frontal por meio da PNL. :)
 

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