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Placa Mercosul

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Fúria da cidade

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Mudança começa com ônibus e caminhões. Carros, apenas em 2018
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Por Carlos Cristófalo (Argentina Autoblog) Fotos: Divulgação

Funcionários do governo da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela se reuniram ontem (28) em Buenos Aires para dar sequência ao projeto de unificação das placas de veículos em toda a região. A ideia é que a nova forma de inscrição para o Mercosul comece em 2016, para os veículos de transporte de mercadoria e passageiros. Dois anos depois, será a vez dos carros de passeio.

Os políticos ainda trabalham para definir o layout que irá identificar os 100 milhões de carros. O formato e a composição alfanumérica ainda não foram definidos. O projeto de implantação tem um atraso de dois anos desde que foi anunciado, em dezembro de 2010 - deveria ter entrado em vigor no início deste ano.

Enquanto isso, na Argentina, as combinações possíveis para as placas estão quase esgotadas. Estima-se que o formato de três letras e três números tem apenas mais dois milhões de combinações disponíveis. No Brasil, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), até o fim de 2013 foram utilizadas 81.600.729 das 175.742.424 possíveis. Temos 94.141.695 placas disponíveis, o suficiente para 15 anos.

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S
ou da opinião bem sincera que se isso vier pra realmente ajudar a combater o roubo de veículos que acabam indo facilmente pros nossos vizinhos, além de poder cobrar sem dó multa de argentino, chileno, uruguaio folgado que enfia o pé em nossas estradas e provoca acidentes.. aí sou a favor.

Só quero ver o quanto que isso vai custar no bolso já que toda mudança de emplacamento os Detran´s do país inteiro lucram muito com isso.
 

Anexos

  • PATENTE_MERCOSUR.jpg
    PATENTE_MERCOSUR.jpg
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Última edição:
Não tenho como evitar. Sempre que vejo notícias desse tipo independente dos avanços que possam vir não consigo parar de pensar que pode ser capazes de trazer algo a mais para ter que pagar. Tomara que não venham taxas novas ;_;
 
a gente paga mais. O Brasil sempre foi cavalheiro no acordo com os vizinhos, vide Itaipu.
 
Seria bizarro a ampliação de um fenômeno que já acontece. Em SP devido ao IPVA mais alto muita gente adquire carro emplacado com chapa do Paraná e Minas. Só falta agora quererem carro emplacado no Paraguai :lol:
 
moro em Foz do Iguaçu, aqui pra quem não sabe tem fronteira com Paraguai e Argentina e o pior é que eles geralmente fazem várias cagadas no trânsito e dificilmente são multados, se for pra melhorar isso sou mto a favor tb...
 
Carros zero-quilômetro já terão novas placas do Mercosul em janeiro de 2016

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    Arte mostra novo modelo de placa brasileira seguindo unificação para o Mercosul
O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) tornou oficial, nesta quinta-feira (4), a alteração no sistema de placas de veículos brasileiros a partir de 1º de janeiro de 2016. Todos os carros emplacados a partir dessa data adotarão a nova identificação, padronizada em relação aos demais países do Mercosul (Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela). Além deles, os que solicitarem troca de município ou transferência de categoria também usarão o novo modelo.

A proposta vinha sendo estudada desde 2010 e estava prevista para entrar em vigor já neste ano, mas foi adiada para acerto de detalhes.

Similar ao que existe na União Europeia, o novo sistema terá elementos extras de segurança para dificultar a clonagem, que segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito está com índices "elevados" na região. Além disso, permitirá integrar bancos de dados dos cinco países nos próximos anos.

"A medida permitirá um controle mais rigoroso do transporte de cargas, transporte de passageiros e também de carros particulares entre esses países", garantiu Rone Barbosa, coordenador do Denatran.

Olympiobr/Domínio público
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O Brasil já teve três sistemas de identificação de veículos antes do atual, todos usando placas fixadas à carroceria. O primeiro, de 1901, tinha até cinco dígitos e o prefixo A (aluguel) ou P (particular). Foi substituído, 40 anos depois, por uma sequência de dígitos, que podia ser dividida em duplas e conter de três a sete caracteres, dependendo da frota do Estado. Em 1969 foi adotada a combinação de duas letras e quatro números, cujas regras eram um convite à confusão: os Estados podiam atribuir prefixos às cidades, mas os que tinham mais de 676 delas (limite das combinações alfabéticas) tinham problemas; uma troca de cidade obrigava a uma troca de placa; e, por fim, veículos de Estados diferentes podiam ter a mesma combinação. Já o sistema atual vale para todo o território nacional. PADRÃO

As novas placas terão o seguinte padrão: uma tarja azul na parte superior conterá o logotipo do Mercosul (à esquerda) e a identificação do país, com o nome ao centro e a bandeira no canto direito. A identificação do carro será feita com sete caracteres alfanuméricos dispostos de modo aleatório.
Segundo o Denatran, esta solução permitirá 450 milhões de combinações, contra as 175 milhões existentes no sistema brasileiro atual. Conforme UOL Carros apontou recentemente, o atual sistema com três letras e quatro números duraria no máximo até 2030.

A categoria de cada veículo na nova placa será indicada pela cor dos caracteres: preta (particulares); vermelha (comerciais ou de aprendizagem); azul (oficiais); verde (de teste); dourado (diplomáticos); e prateado (de coleção).

No caso específico do Brasil, serão acrescentados: uma tira holográfica à esquerda (similar àquelas usadas nas notas de R$ 50 e R$ 100, para evitar falsificação), ao lado de um código bidimensional e com a identificação do fabricante, data de fabricação e número de serial da placa; e uma bandeira e brasão dos respectivos Estado e município de registro, à direita.

De acordo com a resolução, a fabricação das placas também seguirá novo padrão. Atualmente, qualquer empresa pode produzir as chamadas chapas semiacabadas, cabendo aos Detrans regionais escolher o fornecedor de preferência para, só então, pintá-las, estampá-las e gravar os códigos alfanuméricos. A partir de 2016, apenas empresas credenciadas pelo Denatran serão autorizadas a produzir essas chapas.

Segundo o Denatran, veículos que já estiverem circulando nos cinco países não precisarão trocar imediatamente suas placas de identificação. Clique aqui para ver a resolução completa.
 
Rio de Janeiro é primeiro estado do Brasil a adotar "Placa Mercosul"
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Placas serão aplicadas em veículos novos e na troca documentação; valores não mudam

O Rio de Janeiro será o primeiro estado do Brasil a adotar a placa Mercosul, conforme UOL Carros havia antecipado em maio. O lançamento foi confirmado pelo Planalto e acontecerá nesta terça-feira (11), em cerimônia realizada com as presenças de autoridades do Ministério das Cidades e governo estadual.

Preço será de R$ 219,35, mesmo valor praticado atualmente no estado, segundo Detran-RJ. Outros detalhes e prazo para início da adoção da nova placa devem ser revelados apenas nesta terça-feira. Mas sabemos que o prazo estipulado pelo Contran para todos os estados adotarem a nova identificação é 1º de dezembro.

Dono da quarta maior frota de automóveis do país, atrás de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, o Rio de Janeiro tem 4,78 milhões de unidades licenciadas, segundo levantamento do Detran-RJ de 2017. Deste volume, 33% são de carros novos, fabricados de 2010 para cá. Só no ano passado, pouco mais de 800 emplacamentos foram realizados por dia no estado.
Esses números dão ideia do contingente de veículos que poderão ser alcançados neste "período de testes" da nova placa, antes da adoção em todo o país.

Inicialmente, as novas placas serão aplicadas somente em veículos novos ou naqueles que realizarem transferência de propriedade, domicílio e alteração de categoria. Mas os proprietários que desejarem também poderão efetuar a troca por conta.

O que é a placa Mercosul


As novas placas do Mercosul são inspiradas no sistema integrado adotado já há vários anos pelos países da União Europeia. Eles serão aplicadas de maneira padronizada a aproximadamente 110 milhões de veículos de cinco países signatários: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela.
Intenção é, no futuro, criar um banco de dados único entre tais países, o que teoricamente facilitará o trânsito e também a fiscalização entre fronteiras.

Por enquanto apenas Uruguai (desde março de 2015) e Argentina (abril de 2016) adotaram o novo sistema de identificação.
Todas as chapas possuem fundo branco e sete caracteres, tendo quatro letras e três números. Na tarja superior azul constarão a bandeira e o nome do respectivo país.

Os números e letras poderão ser dispostos de maneira aleatória. Na Argentina, por exemplo, adotou-se um padrão "LL NNN LL" (sendo L para letras e N para números), a fim de se evitar formação de palavras. No caso do Brasil o padrão inicial será "LLL NL NN" para carros e "LLL NN LN" para motos. O último dígito provavelmente continuará a ser sempre um número, devido à aplicação do rodízio veicular na cidade de São Paulo (SP).
Diferentemente do que ocorre com nossas placas atuais, que sofrem alterações na pintura de fundo, as novas diferenciarão o tipo de veículo pela cor dos dígitos de identificação. As especificações serão as seguintes:
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As cores das placas do Mercosul Imagem: Divulgação

+Preto -- carro particular
+Cinza -- veículo antigo de coleção
+Vermelho -- comerciais ou de aprendizagem
+Amarelo -- diplomático ou consular
+Verde -- especial (como protótipos de testes)
+Azul -- veículos de órgãos oficiais


No caso específico do Brasil as peças terão 40 x 13 cm de comprimento e altura, respectivamente, nos automóveis, e 20 x 17 cm em motocicletas. Também levarão dois elementos extras de indicação de origem: a bandeira do estado e o brasão do município.

Conterão ainda: uma tira holográfica e uma marca d'água, que servirão para dificultar falsificações e clonagens; um código QR (espécie de código de barras bidimensional), que permitirá o acesso rápido aos dados de origem do veículo sem necessidade de documento físico (tal qual já começa a acontecer com a CNH digital); um chip para armanezar e compartilhamento de dados referentes a roubos, furtos e evasões de divisas entre órgãos como polícias Federal, Rodoviária Federal e estaduais, além de Receita Federal e receitas estaduais.

Reboques, semirreboques, triciclos, motonetas, ciclos elétricos, quadriciclos, ciclomotores e tratores poderão ser identificados apenas pela placa traseira.

Quem vai fazer e quanto vai custar


Será de responsabilidade do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) o credenciamento de empresas autorizadas a confeccionar as placas. No sistema atual a autorização é dada pelos Detran de cada Estado, o que gera diferenças de padrão entre uma unidade federativa e outra. Com a mudança, espera-se que as placas brasileiras se tornem uniformizadas.

Ainda de acordo com o Ministério das Cidades, órgão ao qual Denatran e Contran estão vinculados, o novo sistema dispensará o uso de lacres. Preços também são de responsabilidade desses órgãos, mas legisladores já afirmaram deveria menor ou igual aos praticados atualmente, uma vez que os processos de homologação e o total de envolvidos nestes processos é menor.

No total, serão 450 milhões de combinações alfanuméricas (a serem compartilhadas entre todos os países do Mercosul), bem mais do que as 175 milhões de possibilidades das atuais placas brasileiras, que utilizam um conjunto fixo de três letras seguidas por quatro números.

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Placa Mercosul: autoridades discordam sobre QR Code e mudança a cada cidade

UOL Carros mostra nova placa em detalhes e questiona -- de novo -- órgãos responsáveis: respostas são conflitantes
Desde o começo do mês de setembro, o estado do Rio de Janeiro emplaca seus carros seguindo novo padrão, que segue metodologia comum os países vizinhos (Argentina e Uruguai, por enquanto). Nos próximos dias, Acre, Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Sergipe e Rondônia passarão a usar este tipo de identificação também. O restante do país, incluindo São Paulo, estado com a maior frota, tem até dezembro para aderir ao formato.

As dúvidas, porém, seguem existindo. E a discussão sobre a pertinência do padrão -- e de mudanças feitas apenas aqui no Brasil -- se amplia.
Há quase duas semanas, UOL Carros trouxe um tira-dúvidas sobre as chamadas "placas Mercosul", mas apesar das questões respondidas por Denatran (órgão federal responsável pela regulamentação de trânsito) e Detran-RJ, alguns pontos seguiram obscuros para nossos leitores, que até classificaram certas normas como "desnecessárias".

Veja alguns dos comentários daquela primeira reportagem, que separamos por representarem o pensamento de boa parte dos leitores:
"Como sempre o cidadão pagando o pato (a placa). Governo arranjando um jeito de arrecadar mais. Na transferência, pagava-se um valor; agora paga-se o dobro. Vai dobrar a arrecadação". -- Jovaine M de Castro

"Eu seria a favor se parassem com essa bobagem de lacrar placa nos departamento de transito brasileiros. Outra coisa que seria um enorme progresso é se a placa fosse vinculada ao dono do veículo e não vinculada ao veículo, assim, quando vendermos o veículo, basta o vendedor retirar as placas e o atual comprador colocar as placas dele".
-- Thiago Eu

"Gente...[...] Quando trocar de município precisa trocar a placa pra trocar o QR Code... esse não precisa ser alterado, bastaria fazer um QR Code para o veículo, você lendo o código, abrem as novas informações. Vontade e nos fazer pagar mais, como sempre... e tem povo que acredita".
-- HSianodel
Com essas e outras questões em mãos, procuramos novamente Denatran, Detran-RJ e até mesmo o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), órgão ligado à Receita Federal e responsável por desenvolvimento de tecnologias para a administração pública no Brasil -- as ferramentas para a declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física, entre outras tantas, por exemplo, são desenvolvidas pelo Serpro.

Seja por e-mail, seja por telefone e, até mesmo, por mensagens de texto recebidas por nossa Redação, os órgãos nos esclareceram mais alguns pontos... mas também discordaram sobre um tema crucial. O dono de carro precisaria mesmo pedir nova placa (e pagar por ela) a cada mudança de domicílio? Isso não é totalmente contrário à noção de uma placa multiterritorial, justamente o caso da "placa Mercosul"? Vamos às novas respostas.

QR Code precisa mudar?


Logo após a publicação da primeira reportagem com dúvidas sobre o assunto, UOL Carros recebeu mensagens de texto de funcionários ligados ao Serpro, observando que a resposta do Denatran sobre o pagamento e confecção de nova placa a cada troca de município, usando a existência do QR Code como justificativa, não seria procedente. A base de dados da nova placa é do próprio Denatran, mas desenvolvida e hospedada pelo Serpro.
Esta foi a comunicação recebida por UOL Carros, que mantém o sigilo sobre remetentes: "O Denatran atribui a necessidade do cidadão ter que trocar a placa toda e pagar novamente ao QR Code, o que não é verdade. A verdade é que a justificativa tecnológica do Denatran não procede".
Infelizmente, nenhum porta-voz do Serpro quis se pronunciar de forma oficial à nossa reportagem sobre o assunto.

Há duas semanas, o diretor-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, José Aurélio Ramalho, já havia dado opinião semelhante: "É o departamento de trânsito mesmo quem diz que quanto menos eu tiver substituição de placa de um município para outro, menos riscos de fraude eu tenho".

O Denatran, de toda forma, insiste em seu posicionamento, conforme resposta dada por e-mail: "O QR Code identifica a placa e a cada nova mudança de placa estabelecida pela legislação vigente, uma nova seriação de QR Code é adotada para rastreamento".

UOL Carros
tentou usar um leitor comum de QR Code (desses que podem ser instalados em qualquer smartphone) na nova placa, mas não obteve nenhum resultado válido. Acreditamos que leitores específicos deverão ser usados por autoridades de trânsito.

A grande questão aí é que, com o padrão definido pelo Brasil, cada troca de placa, seja por alteração de domicílio ou mesmo de uso do veículo, implica novas despesas.

Se olharmos para os "hermanos", veremos que por lá não funciona assim: na Argentina, não é prevista a troca de placa em caso de mudança de cidade ou província, mas o dono precisa pagar algumas tarifas que podem somar outros R$ 40 ao alterar seu endereço.
Além disso, os dados do novo município ficam no sistema de informação, não são colocados fisicamente na placa.

Para onde vão as placas "velhas"?


Alguns leitores questionaram se as placas anteriores sem validade -- sejam do padrão antigo, sejam do novo padrão do Mercosul, em eventuais futuras trocas de documentação.

Elas não poderiam cair nas mãos de quadrilhas, sendo usadas por golpistas ou criminosos para legitimar veículos "clones" (com placas semelhantes àquelas de carros regularizados)?

Segundo o Detran-RJ, todas as chapas descartadas são destruídas pelo próprio órgão "na hora".

E por que pagar tão caro?


Segundo os órgãos consultados, cada Detran estadual estipula o preço para a nova chapa, que já é obrigatória para veículos zero-quilômetro e na transferência de propriedade/documentação. No Rio, custa R$ 219,35 para automóveis e R$ 90,12, para motos -- exatamente o mesmo valor da placa antiga.

Acontece que poderia ser mais em conta. Esse custo da placa antiga, como já dissemos, ocorre porque ela tem duas chapas metálicas (uma com o alfanumérico, outra com nome da localidade), mais o lacre. A nova placa tem apenas uma chapa metálica e o lacre poderia ser dispensado (já que não há elementos a serem unidos).

Além disso, há o custo do "processo burocrático". No Rio, mesmo que para realizar somente o serviço de troca de placa, é necessário pagar dois "Duda" (a unidade de pagamento de serviços do Detran). Um Duda para confecção de placas e outro Duda como taxa do serviço de troca de placa.

"Vale salientar que a alteração só é obrigatória no ato da realização de alguns serviços, como transferência de propriedade e troca de jurisdição. Nesse caso, só será necessário pagar o Duda pertinente ao serviço que será realizado e o Duda de confecção de placa, ou seja, o Duda da taxa do serviço de troca de placa não se faz necessário", confirmou o Detran do Rio.

Procuramos o Procon-RJ e indagamos se a prática configura cobrança dupla abusiva e/ou venda casada. O órgão informou, por e-mail, que não tem prerrogativa legal para atuar em tais casos. "Como esses são valores cobrados por órgãos públicos, não fica configurada uma relação de consumo, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor".

O Denatran também se justificou jogando o ônus para os órgãos estaduais: "A cobrança de taxas é inerente a cada Detran, o Denatran não tem influência sobre estas cobranças".

Mesmo com todas as respostas, seguimos acreditando que daria para cobrar menos. E olhamos para os "hermanos" novamente: no país vizinho, a placa nova custa o equivalente a R$ 52, enquanto a segunda via da placa (em caso de furto, quebra ou mesmo perda) sai por aproximadamente R$ 36. E, como dito, anotações burocráticos custam o equivalente a R$ 40.

Pelo visto, o "padrão Mercosul" não foi seguido à risca pelas autoridades de trânsito brasileiras, que preferem sobrepor seu próprio conjunto de regras.

* Esta reportagem está sendo republicada por questões técnicas, mas foi revista e ampliada em relação ao texto original, sem qualquer perda de informação original

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Até dezembro, a "placa Mercosul" deverá ser adotada por todos os estados e seus Detrans Imagem: Dikran Junior/Futura Press/Folha

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Esta notícia só confirma o que imaginava. Um novo sistema de placas que não tem nada de excepcional, que não é garantia nenhuma que se o carro for roubado é tão mais fácil de recupera-lo e que pros Detran´s será uma lucrativa forma de arrecadar dinheiro. Confesso que estava torcendo pra isso ser adiado e esquecido, mas não tem jeito.
 
Placa Mercosul: segurança falha gera clonagens e até venda no meio da rua


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Criada para ser um dispositivo de identificação veicular mais seguro, a placa Mercosul não está imune a clonagens, falsificações e comércio ilegal.
Longe disso. Nos últimos meses, têm sido frequentes os casos de veículos apreendidos com placas falsas estampadas no novo formato, além de flagrantes de venda realizada no meio da rua, uma prática irregular, como também comércio de "réplicas" pela internet - conforme noticiado por UOL Carros em agosto.

Em julho, a Polícia Civil de São Paulo prendeu na capital paulista dois homens "por integrarem quadrilha especializada em vendas de carros de procedência ilícita para o crime organizado". Com eles, havia dois veículos roubados no Rio de Janeiro e que estavam à venda, por preço muito inferior ao de mercado, com placas no padrão Mercosul clonadas.
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Polícia de SP apreendeu na capital paulista veículos com placa Mercosul clonada; carros foram roubados no RJ
Imagem: Divulgação
Um mês antes, a Polícia Civil da Bahia prendeu dois suspeitos e desmantelou uma oficina de desmanche em Camaçari, próximo a Salvador, com três veículos roubados prontos para receber placas Mercosul adulteradas.

De acordo com empresas fabricantes e estampadoras de placas, por trás do problema está a falta de controle adequado do processo de produção, instalação e rastreamento das novas placas pelos Detrans (Departamentos Estaduais de Trânsito) nos quais o novo padrão já está vigorando.
Hoje, a nova placa é emitida no Rio de Janeiro, onde estreou em setembro de 2018, além de outros oito Estados: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e, mais recentemente, Piauí e Paraíba. O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) determina que o formato seja adotado em todo o território nacional até 31 de janeiro de 2020.

Esses procedimentos estão previstos na Resolução 780/2019 do Contran, em vigor desde 26 de agosto, a mais recente a tratar das diretrizes para produção e comércio do novo padrão veicular - que, ao menos em tese, deveriam ser bem mais rígidas em relação às adotadas para a placa cinza.

'Falta rastreabilidade total'


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UOL Carros flagrou venda de "réplicas" da placa Mercosul em site de classificados; anúncio foi removido
Imagem: Reprodução

"Os Estados não estão cumprindo a rastreabilidade total da fabricação, da estampagem até a colocação das placas, com possibilidade de auditar o processo até que a placa seja vinculada ao veículo. Além disso, em vários Estados a comercialização é feita por atravessadores, elevando o preço ao consumidor final, e não há controle da emissão de nota fiscal eletrônica, abrindo margem para sonegação", afirma Danilo Costa, advogado da ANEPV (Associação Nacional de Estampadoras de Placas Veiculares)

Segundo Costa, "os Detrans deveriam fiscalizar a regularidade das atividades das estampadoras [as empresas que inserem os elementos gráficos e os caracteres das placas] com controle e gestão do processo produtivo". "Só que hoje a gente vê que os Detrans não têm capacidade de pessoal nem sistêmica para fazer essa fiscalização", critica.

"Já temos notícia de que estampadoras cadastradas e credenciadas têm um local em que fornecem sua senha e login a um terceiro, que, em endereço diverso daquele autorizado, faz a confecção da estampagem. Por fim, há Estados, como a Bahia, que implantaram a placa Mercosul, mas ainda sem qualquer regulamentação. Isso inviabiliza o controle, a gestão e a fiscalização", conclui.

Além das prisões na Bahia por clonagem, no mês passado uma empresa foi flagrada comercializando placas Mercosul no meio da rua em Salvador, prática proibida pela legislação. Duas funcionárias foram fotografadas anunciando o item em um semáforo, em meio aos carros parados.

Detrans cobram esclarecimentos do Denatran


Já a AND (Associação Nacional de Detrans) afirma que está aguardando até hoje reposta do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) a um ofício, enviado no fim de julho, com "dúvidas técnicas, jurídicas e administrativas encaminhadas por todos os Departamentos Estaduais de Trânsito". A associação também diz que falta, inclusive, uma padronização do processo para reconhecimento de clonagem de placas de parte do órgão federal, para aplicação pelos Detrans.

"O questionamento feito pela AND ao Denatran após a Resolução 780 não foi respondido até agora. No recente encontro de diretores foi aprovado unanimemente que reiterássemos esse ofício e cobrássemos as respostas devidas", pontua Larissa Abdalla Britto, presidente da AND e diretora do Detran do Maranhão, que ainda não começou a adotar o novo padrão veicular.

Segundo Britto, o ofício cobra esclarecimentos sobre a ausência até hoje de uma base de dados operante para consulta das placas, compartilhada pelos países integrantes do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), prevista na resolução do Contran. A associação também questiona a obrigatoriedade de credenciamento das empresas fornecedoras das placas, substituindo a licitação; e como será feita a fiscalização desses fornecedores.

"O sentido da Placa Mercosul não é só a placa, mas a integração das bases entre os países integrantes do bloco. Nada foi feito nesse sentido, o que é primordial para os Detrans dos Estados que fazem fronteira com outros países, por questão de fiscalização de trânsito e, principalmente, de segurança. Perguntamos se isso ainda será feito, como e quando", salienta a presidente da AND.

Especificamente quanto à fiscalização de clonagens, Britto afirma que "nunca foi padronizado o processo administrativo de reconhecimento de clonagem de placas" após a constação de uma fraude, o que possibilitaria sua troca por outra pelo proprietário legítimo, para evitar transtornos. "Cada Estado tem o seu procedimento próprio. Gostaríamos de ter um procedimento único para todos".

Ainda de acordo com a associação dos Detrans, a resolução determina que haja credenciamento para a implementação das placas, mas os tribunais de contas e as procuradorias gerais de alguns Estados querem via licitação. Entendemos que os Estados devem ter autonomia para decidir como fazer e não a União", completa.

Denatran não se manifesta


UOL Carros
questionou durante mais de um mês o Denatran sobre as questões enviadas pela AND e as críticas da associação de estampadoras, sem obter resposta.

Por sua vez, o Detran da Bahia, onde mais de 500 mil veículos já rodam com a placa Mercosul, afirma que "tem trabalhado junto com o Ministério Público e cinco associações de estampadores de placas, na elaboração de uma portaria estadual para a regulamentação de questões procedimentais".
Quanto à denúncia de sonegação no processo de envio da nota fiscal eletrônica, o Detran-BA respondeu que "já provocou a Secretaria da Fazenda do Estado para que seja feito o acompanhamento dos mecanismos de controle e a avaliação da necessidade de notificações". Sobre o alegado repasse de login e senha a terceiros, de parte de estampadoras credenciadas, o órgão estadual diz que "não tem conhecimento do fato".

Placa perdeu elementos de segurança


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Desde a estreia, padrão Mercosul perdeu itens de segurança como lacre, efeito ótico e identificação do município
Imagem: Divulgação

Um dos aspectos que pode dificultar a fiscalização de clonagens é que hoje existem quatro tipos de placas Mercosul. Isso acontece porque, desde sua estreia no Rio, há pouco mais de um ano, o padrão original foi sendo modificado, com a retirada de itens físicos de segurança e identificação - sempre com a alegação, de parte do governo federal, de reduzir custos e burocracia.

Na última atualização, determinada pela Resolução 780, a placa perdeu o efeito difrativo, semelhante a um holograma, aplicadas sobre os caracteres e na borda externa; e as chamadas "ondas sinusoidais", grafadas no fundo branco do equipamento. No lugar do efeito difrativo, as inscrições passam a vir na mesma cor dos caracteres, praticamente desaparecendo.

O padrão Mercosul passou por outras duas modificações visuais, também relacionadas a itens de segurança.
A primeira delas aconteceu já em setembro do ano passado, por meio da Resolução 741, que retirou o lacre, utilizado até hoje na placa cinza e substituído pelo QR Code - que permite rastrear todo o processo de produção da placa. O fim do lacre, de fato, ajudou a reduzir o preço da placa Mercosul no Rio.

Em novembro de 2018, outra resolução (748) do Contran determinou a exclusão da bandeira do Estado e do brasão do município de registro do veículo.

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Finalmente opinando..

Confesso que passado algum tempo em que há agora um razoável número de veículos circulando com essa placa, não vejo o menor sentido em:

1- Se já está escrito o país (Brasil), pra que ser tão redundante colocando a bandeira e mais ainda "BR" no canto inferior esquerdo? Precisa disso tudo pra provar que é carro emplacado no Brasil? Se tivessem adotado naquela faixa horizontal no topo a cor verde (que no Mercosul só o Brasil tem) e a bandeira lá no cantinho já dava uma identificação diferenciada muito melhor, já que o azul é mais a cara de Argentina e Uruguai. O que não acho legal é que todos os países fiquem com essa cor. Seria mais interessante diferenciar.

2- Não ter o nome da cidade e estado de emplacamento: por mais que seja uma vantagem pra que a pessoa caso mude de cidade não precise emplacar novamente, era um dos poucos diferenciais que o Brasil tinha em relação a vários países, pois num país continental como o nosso era um destaque ver um carro de um lugar bem distante ou que nunca ouvimos falar circulando e era também um parâmetro excelente em cidades turísticas em época de grandes feriados, saber com facilidade de onde eles vinham. Enfim matou-se completamente uma bela tradição.
 
1- Se já está escrito o país (Brasil), pra que ser tão redundante colocando a bandeira e mais ainda "BR" no canto inferior esquerdo? Precisa disso tudo pra provar que é carro emplacado no Brasil? Se tivessem adotado naquela faixa horizontal no topo a cor verde (que no Mercosul só o Brasil tem) e a bandeira lá no cantinho já dava uma identificação diferenciada muito melhor, já que o azul é mais a cara de Argentina e Uruguai. O que não acho legal é que todos os países fiquem com essa cor. Seria mais interessante diferenciar.

2- Não ter o nome da cidade e estado de emplacamento: por mais que seja uma vantagem pra que a pessoa caso mude de cidade não precise emplacar novamente, era um dos poucos diferenciais que o Brasil tinha em relação a vários países, pois num país continental como o nosso era um destaque ver um carro de um lugar bem distante ou que nunca ouvimos falar circulando e era também um parâmetro excelente em cidades turísticas em época de grandes feriados, saber com facilidade de onde eles vinham. Enfim matou-se completamente uma bela tradição.

1. Acho redundante também, pensei isso na primeira vez que vi.

2. Agora você pode olhar a placa e falar "olha essa é o paraguay, olha essa é do uruguai, olha essa é da argentina", ainda não temos um mercosul tão grande, mas se crescer provavelmente outros paises terão também e você podera fazer a mesma coisa.
 
1. Acho redundante também, pensei isso na primeira vez que vi.

2. Agora você pode olhar a placa e falar "olha essa é o paraguay, olha essa é do uruguai, olha essa é da argentina", ainda não temos um mercosul tão grande, mas se crescer provavelmente outros paises terão também e você podera fazer a mesma coisa.

Veículos de países vizinhos do bloco Mercosul circulando aqui é mais comum em cidades próximas de fronteira e em especial na região no Sul que geograficamente tem elevada proximidade com nossos vizinhos. Já no Centro-Oeste/Sudeste é bem escasso e no Norte/Nordeste então é que nem achar pulga em um camelo.

Já o Brasil é um país-continente e a grande graça das placas informando a cidade e estado era poder ter uma noção mais próxima possível do real de como o brasileiro circula pelo seu país e a sua procedência. É claro que existe a ressalva que devido ao fato do IPVA variar muito de estado pra estado, isso distorcida um pouco no caso de veículos de locadoras ou de pessoa jurídica com placa de Belo Horizonte, já que Minas cobra apenas 1% de IPVA pra pessoa jurídica.
 
Veículos de países vizinhos do bloco Mercosul circulando aqui é mais comum em cidades próximas de fronteira e em especial na região no Sul que geograficamente tem elevada proximidade com nossos vizinhos. Já no Centro-Oeste/Sudeste é bem escasso e no Norte/Nordeste então é que nem achar pulga em um camelo.

Já o Brasil é um país-continente e a grande graça das placas informando a cidade e estado era poder ter uma noção mais próxima possível do real de como o brasileiro circula pelo seu país e a sua procedência. É claro que existe a ressalva que devido ao fato do IPVA variar muito de estado pra estado, isso distorcida um pouco no caso de veículos de locadoras ou de pessoa jurídica com placa de Belo Horizonte, já que Minas cobra apenas 1% de IPVA pra pessoa jurídica.

Depende, se a ideia é o Mercosul crescer e a integração entre os paises do Mercosul crescer, é possivel que em tempos de maior integração carros com placas de outro pais sejam mais faceis de encontrar em varias cidades brasileiras e não só em capitais ou cidades com fronteira.

O Brasil é realmente um pais continental, mas é diferente dos Estados Unidos que tem 2 fronteiras, nós temos 10, que se extendem por todo nosso territorio.

Claro que isso depende de varios fatores, a Bolivia esta em processo de entrada no Mercosul mas a politica la ta uma bagunça e a Venezuela que entrou no Mercosul a alguns anos atrás esta suspensa. Mas caso esses dois paises estivessem mais estaveis, mais fronteiras com o Mercosul o Brasil teria.

O Chile que pra mim, após a constitucional, vai se tornar um pais forte candidato a fazer parte do Mercosul e com essa placa vai ter um facilitador para integração com a Argentina e o Paraguai.
 
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