• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Cenas de luta e batalha em livros

Como vocês preferem cenas de lutas e batalhas em livros?

  • Ama narração de lutas e batalhas (muita narração) ;

    Votos: 4 40,0%
  • Gosta de cenas de lutas (narração moderada);

    Votos: 6 60,0%
  • Prefere cenas de lutas rápidas (pouca narração);

    Votos: 0 0,0%
  • Não gosta de cenas de lutas (sem narração);

    Votos: 0 0,0%
  • Não sabe opinar (neutro).

    Votos: 0 0,0%

  • Total de votantes
    10

Faora

Usuário
Olá pessoal, sou nova por aqui e gostaria muito da opinião de vocês.
Sou escritora e estou fazendo uma história que tem cenas de luta, mas não quero que os leitores achem massante. Então quem puder votar e me ajudar.
  1. Gosta muito da narração de lutas e batalhas;
  2. Ama cenas de lutas;
  3. Prefere cenas de lutas rápidas;
  4. Não gosta de cenas de lutas;
  5. Não sabe opinar.
Deixe sua opinião ou vote aqui:
http://www.strawpoll.me/13461128
 
Olá pessoal gostaria de saber a opinião pessoal de vocês.
Me ajudará a não colocar um livro chato e massante no mundo, rsrsrs.
 
Acredito que a opção que mais se aproxime de minha opinião seja a última. Mas na verdade gostaria de marcar todas porque já vi bons textos com todas elas. Eu li tanto livros com muita narração e cuja narração fosse boa quanto muita narração e ruins, livros com narração básica melhores do que narrações com muitos adjetivos desnecessários, etc...

Prefiro o foco do autor no resultado geral que pra mim é mais importante, se com isso ele consegue explicar os eventos e cativar/encantar o leitor ao ponto dele imergir nos personagens e história.
 
Isso depende muito da maneira que você quer afetar a sensibilidade do leitor. Às vezes, para incutir um clima de desolação no livro, cenas rápidas e menções indiretas à destruição causada pelas batalhas (por exemplo na conversa entre personagens secundárias) pode ser mais eficiente. Para incluir uma narrativa épica, por outro lado, a narração realmente se torna uma necessidade, onde o escritor comumente se vê diante da obrigação de descrever com enorme minúcia a batalha ou então narrar aquilo de maneira grandiosa, com exércitos imensos se digladiando etc etc.

Eu diria, pra te dar uma resposta mais concreta, que mesmo numa grande batalha é necessário que você intercale as descrições e não trate do conflito o tempo todo. As lutas não ficam épicas quando o nível de destruição é tão grande que os seres humanos mortos se assemelham a bonecos de isopor. Seus leitores perderão o senso trágico fundamental para que uma boa cena de luta exista. Você precisa narrar um pouco e depois falar por exemplo do pai que tenta proteger o filho. Esse tipo de coisa.

Diria também que cenas de luta com narração moderada são as que mais me agradam, mas desde que o escritor saiba conduzir aquilo ali, ou seja, que ele saiba descrever aquilo não de maneira estereotipada, mencionando apenas que existe muito sangue no solo ou que alguém deu um golpe mortal em não sei quem. Que ele saiba pegar os detalhes da cena com minúcia, sabedoria e inteligência. Um exemplo está no Canto II do Uraguai do Basílio da Gama:

Por entre o braço e o corpo
Ao ligeiro espanhol o ferro passa:
Rompe, sem fazer dano, a terra dura
E treme fora muito tempo a hástea.

É a luta entre dois guerreiros rivais. O que o poeta está nos dizendo é que um deles, índio, havia jogado uma lança contra o espanhol, mas ele errou a mira. No entanto, veja que o poeta não diz apenas que ele errou a mira ou que a lança foi para um lado distinto do que o guerreiro indígena pretendia. Não: ele diz: o ferro PASSA "por entre o braço e o corpo" do espanhol. A lança "ROMPE, sem fazer dano, a terra dura / e TREME". Ou seja, os verbos são enfáticos. É uma maneira sutil mas muito eficiente dele dizer que o golpe foi violento, embora não tenha sido certeiro. É a diferença de, no cinema, um caubói tentar acertar o outro e o diretor mostrar a bala errando o alvo e indo espatifar, sei lá, uma garrafa. Situação totalmente diversa seria retratar a mesma cena mas mostrar a bala acertando perto da cabeça do outro caubói, com um enfoque de câmera no estrago que ela causou na parede. É como se ele dissesse: viu só? Eu errei, mas sou um guerreiro feroz que vai te matar.

Enfim. É apenas um exemplo retirado de um grande poeta. Se o escritor conseguir chegar a esse tipo de detalhe encantador, como se ele fosse capaz de enxergar um broche violeta num maremoto de cadáveres, então tudo bem, ele pode se demorar na descrição. Agora se ele for fazer aquilo de maneira banal, aí prefiro que o faça de forma puramente protocolar e passe o mínimo possível numa passagem assim.
 
Agradecida os comentários, estão me ajudando muito.
Acho que avaliar bem o contexto que eu quero passar na história é uma boa pedida.
** Posts duplicados combinados **
Pessoal, se vocês puderem me dar exemplo de algum livro que tenha uma descrição da qual gostaram, para eu possa me avaliar.
 
Teria alguma preferência por alguma época de batalha? Seria de um contra um ou é exército contra exército? Seria um mundo de fantasia, de ficção científica ou é algo mais realista? É prosa ou verso? Ou tem as duas coisas? Hoje os livros e filmes foram se especializando em tipos específicos de batalhas, antes havia conflitos em várias áreas no mesmo tema, na corte marcial/lei militar, no campo, no amor, batalha urbana, etc... Os combates recentes tem se focado em pontos cirúrgicos.

Na fantasia simples, de Tolkien a criança pobre pode chorar ao ver sua mãe curada de uma doença séria e entregar ao benfeitor o último pedaço de pão da casa. Em Martin, que é um ramo especializado da fantasia chamado Dark Fantasy o campo pende para a destruição. No dark fantasy o guarda não morre apenas, ele é incinerado com gasolina na sua guarita para efeito de intimidação ampliando a destruição, o rei não meramente perderia a vida mas também o povo é executado e os animais são mortos, esfolados e deixados para trás para apodrecerem a céu aberto em favor da punição exemplar. No Dark Fantasy o escritor se detém na tragédia.

Variados tipos de combate:

-Livros e filmes do Tom Clancy (guerra moderna)
-Musashi (batalha pessoal, de um homem)
-Livros de batalhas judiciais estilo John Grisham (o carisma pop das lutas da corte e da política que estão por trás da guerra convencional)
-Poesias da época das Guerras Americanas e séculos 18, 19, etc... (o site do projeto Gutenberg tem um monte delas, os autores separam por ocasiões, temas, etc...)

Ex:A Treasury of War Poetry: British and American Poems of the World War 1914-1917
http://www.gutenberg.org/cache/epub/8820/pg8820-images.html

-Textos e livros épicos ou de historiadores.Podem ser er romanos (procure por Flavius Josephus), gregos, nórdicos, chineses, etc... Em casa estou com o Sigurd e Gudrún pelo Tolkien, mas "Os Lusíadas" pode bastar para falar sobre coragem, etc...
-Se tiver contatos no exército considerar olhar livros na biblioteca deles, o Tolkien lia manuais militares para descrever tempos de movimentações de exércitos, mapas, etc...
-Outros livros aparentemente não relacionados, tipo Cold Mountain, misturam um pouco da luta contra os elementos da natureza que também está presente na guerra, o "faça você mesmo" que permite ao homem enfrentar o espírito de seu tempo (do it yourself). A filosofia de vida dos personagens pode ser uma idéia também. Muitas passagens transformadoras na literatura do leste europeu vem de interpretar lutas da bíblia.
-Se houver batalhas mágicas a fonte pode tanto ser fantasia tipo a Marion Zimmer Bradley (As Brumas de Avalon, A Rainha da Tempestade) para algo pouco ortodoxo mas que é usado em fantasia como notícias de jornal, histórias e elementos da vida real. Por exemplo, para fins pessoais eu mesmo coleto na internet relatos sobrenaturais de soldados dos EUA que quase morreram no Afeganistão, Iraque, etc... Dependendo do caso dá para buscar entrevistar ex-soldados americanos, os fóruns da net tem muitos deles.
 
Última edição:
Teria alguma preferência por alguma época de batalha? Seria de um contra um ou é exército contra exército? Seria um mundo de fantasia, de ficção científica ou é algo mais realista? É prosa ou verso? Ou tem as duas coisas? Hoje os livros e filmes foram se especializando em tipos específicos de batalhas, antes havia conflitos em várias áreas no mesmo tema, na corte marcial/lei militar, no campo, no amor, batalha urbana, etc... Os combates recentes tem se focado em pontos cirúrgicos.

Na fantasia simples, de Tolkien a criança pobre pode chorar ao ver sua mãe curada de uma doença séria e entregar ao benfeitor o último pedaço de pão da casa. Em Martin, que é um ramo especializado da fantasia chamado Dark Fantasy o campo pende para a destruição. No dark fantasy o guarda não morre apenas, ele é incinerado com gasolina na sua guarita para efeito de intimidação ampliando a destruição, o rei não meramente perderia a vida mas também o povo é executado e os animais são mortos, esfolados e deixados para trás para apodrecerem a céu aberto em favor da punição exemplar. No Dark Fantasy o escritor se detém na tragédia.

Variados tipos de combate:

-Livros e filmes do Tom Clancy (guerra moderna)
-Musashi (batalha pessoal, de um homem)
-Livros de batalhas judiciais estilo John Grisham (o carisma pop das lutas da corte e da política que estão por trás da guerra convencional)
-Poesias da época das Guerras Americanas e séculos 18, 19, etc... (o site do projeto Gutenberg tem um monte delas, os autores separam por ocasiões, temas, etc...)

Ex:A Treasury of War Poetry: British and American Poems of the World War 1914-1917
http://www.gutenberg.org/cache/epub/8820/pg8820-images.html

-Textos e livros épicos ou de historiadores.Podem ser er romanos (procure por Flavius Josephus), gregos, nórdicos, chineses, etc... Em casa estou com o Sigurd e Gudrún pelo Tolkien, mas "Os Lusíadas" pode bastar para falar sobre coragem, etc...
-Se tiver contatos no exército considerar olhar livros na biblioteca deles, o Tolkien lia manuais militares para descrever tempos de movimentações de exércitos, mapas, etc...
-Outros livros aparentemente não relacionados, tipo Cold Mountain, misturam um pouco da luta contra os elementos da natureza que também está presente na guerra, o "faça você mesmo" que permite ao homem enfrentar o espírito de seu tempo (do it yourself). A filosofia de vida dos personagens pode ser uma idéia também. Muitas passagens transformadoras na literatura do leste europeu vem de interpretar lutas da bíblia.
-Se houver batalhas mágicas a fonte pode tanto ser fantasia tipo a Marion Zimmer Bradley (As Brumas de Avalon, A Rainha da Tempestade) para algo pouco ortodoxo mas que é usado em fantasia como notícias de jornal, histórias e elementos da vida real. Por exemplo, para fins pessoais eu mesmo coleto na internet relatos sobrenaturais de soldados dos EUA que quase morreram no Afeganistão, Iraque, etc... Dependendo do caso dá para buscar entrevistar ex-soldados americanos, os fóruns da net tem muitos deles.

É uma história de fantasia entre Tolkien e Martin (não tão trágico). A época também desse estilo que lembra idade média e antiguidade. Tem três tipos de luta: um contra um, um contra exército e exército contra exército. No momento estou em dúvida de como narrar uma cena de um contra exército, tipo enfatizo a luta ou não? Não quero que os leitores achem massante. Ex: um rapaz tenta protegem as irmãs mais novas de um grupo que os perseguem, na primeira cena ele consegue, na segunda uma delas morre. Tipo assim.
 
Bem, se for enfatizar a luta em mundo antigo de fantasia o jeito é pensar nas regras de cada guerra focada nessa época, cada estilo, equipamentos, desvantagens... Para exércitos o Martin pensou nas regras de cada casa, algumas são bem corruptas como as Lulas de Ferro, outras tem código mais rígido como os Stark e Lannister. Algumas o foco é mais na destruição de alvo militar outras é mais em destruir a moral do inimigo. Como se trata de guerra, aonde vale tudo, pode ser legal criar muitas oportunidades aonde lógica não seja possível para alcançar resultado, alguns usarão de insanidade, vingança, esse tipo de coisa.
 
Boas dicas, vou pesquisar o tipo de guerra dessas épocas e pensar em como elaborar um estilo para cada tipo de personagem. E buscar só descrever o necessário, que precisa ser enfatizado.
** Posts duplicados combinados **
Por enquanto a maioria prefere uma narração mediana.
Se puderem pedir para mais pessoas que tenham contato votarem, eu agradeço. Fica um pouco difícil tirar conclusões com poucos dados.
** Posts duplicados combinados **
Frente ao estilo de descrição, como leitores, vocês preferem tipo Tolkien ou Martin? Ou um mesclado?
Quero opiniões. Não existe melhor forma de decidir do que ouvir direito do leitor.
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo