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Dunkirk (idem, 2017)

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O novo do Nolan

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O filme conta a história da evacuação de Dunkirk (Operação Dínamo) na Segunda Guerra, quando mais de 300 mil soldados foram resgatados da praia francesa após estarem cercados por tropas alemãs.

Estréia no Brasil dia 27 de julho.

Trailer 1:

Trailer 2:

IMDb
 
O que eu mais curti das resenhas: Que parece mesmo que dessa vez o Nolan se conteve na mania de exposiçao dele e por muito tempo não se fala nada ( :amor: )

O que me preocupa: O uso excessivo da trilha do Zimmer (acho que eu vou cansar fácil rsrssrs)
 
Não entendo muito de cinema, mas imagino que o Nolan deve ser um correlato parnasiano da sétima arte. A estética do filme é bonita, a fotografia ficou na medida certa, as cores não ficaram obviamente secas ou cinzentas (existem, aliás, belos contrastes entre um bege da praia e o forte azul do mar) e a sonoplastia é estupenda. O filme me colocou ali na guerra, o tipo de coisa que te deixa angustiado, apavorado, com um nó na garganta. O problema é que o drama das personagens me pareceu nulo, e o recorte dramático idem. Não tem sentimento. É como um soneto cheio de rimas ricas. Entendo que parte dessa secura é um baita ganho estético, seja pra mostrar a desolação da guerra, onde um navio cheinho de feridos desaparece com um raide aéreo, seja pelo fato de que nós não vemos o rosto dos soldados alemães, ou mesmo sua voz, em parte alguma do filme, o que aumenta a angústia de lidarmos com uma ameaça anônima que surge de repente e destrói tudo ao redor. Mas esse drama humano da guerra não significa drama da personagem. São conceitos distintos. Você não se apega e não se envolve inteiramente no filme. Sente a tragédia a nível coletivo, mas a nível individual não. Aprecia, mas permanece distante. Acho que a única exceção é de uma cena onde os três soldados "protagonistas" estão sentados na praia, abatidos e cansados, e observam um outro que calmamente tira seu colete salva-vidas e entra no mar para morrer afogado. A ausência total de comentário ou explicação e mesmo reação nesta cena é o que deixa ela tão pungente.

outra é de quando o soldado resgatado no navio naufragado pergunta para o filho do capitão do navio popular se aquele rapaz que ele acidentalmente empurrou estava bem. Não, ele não estava: acabamos de receber a notícia de que a pancada na cabeça, que já era grave, fez com que ele morresse. Só que o filho não diz isso pro soldado. Ele apenas acena com a cabeça e diz que ele está. A cena é linda. Quase chorei. O garoto não quer culpar o soldado por aquela morte. O soldado já viu e sofreu demais. Seria cruel imputar aquela morte a ele. É num momento assim que vemos como uma personagem pode ser bem construída com pouco, coisa que o Nolan quase não fez nesse filme. Não é necessário contar da infância com flashbacks de uma família feliz. Basta um simples relance pra que você compreenda a dor das personagens.
 
É, to curioso em relação a esse filme pra saber o que vou achar disso: Porque mesmo o Nolan disse que quis tratar desse episodio de forma coletiva, como que a dar entender que na guerra cada um é meio que insignificante. Mas aí resta saber se o Nolan no filme prometeu e se comprometeu mesmo 100% com essa abordagem fria e calculista ou se aqui e ali tentou enganar o publico sendo sentimental... Enfim, to curioso pra ver se funciona pra mim...
 
Última edição:
Ah, se foi esse o propósito dele, então acho que ele conseguiu. Tem umas partes que dá uma agonia e um medo muito grande. Você se pega torcendo de verdade pra que não surja nenhum caça alemão bombardeando os soldados. É desesperador. E ele consegue incutir isso muito cedo no filme. Tipo: o filme engata com menos de 5 minutos. Nesse sentido é realmente incrível!
 
Fangirl que é fangirl vê na estreia... Vi ontem e ainda estou digerindo. Nolan conseguiu fazer poucas nolanzices mas elas são significativas. A mais óbvia é intercalar as timelines. A outra nolanzice é tudo que envolve o personagem do Cillian Murphy (gosto muito da decisão que outro personagem toma em relação a ele). Por isso acredito que terei que ver novamente.

Greg achou chato e da metade do filme em diante começou a reclamar por arrastar ele ao cinema. Mas por mais agoniante e desagradável que seja ver o filme, é uma obra de arte e merece ser visto. A impressão algumas horas depois é que, passada a agonia, preciso passar de novo pela experiência para apreciá-la melhor.

E hanz zimmer... tudo que criticaram o homem n'a origem agora estão elogiando. Achei interessante o tic tac do relógio na trilha. Reparem que não é exclusividade da trama aérea: em cenas em que o foco não é o tempo, para tom hardy, o tic tac some, enquanto aparece aqui e ali para o soldado em terra quando o tempo é o foco da cena. Os sons agudos e dissonantes intensificam a sensação de mal estar e de estar sem saída.

Considero este filme como um oposto perfeito a band of brothers. Band of brothers tem muito mais violência gráfica, mas o foco em cada indivíduo causa um impacto menos ruim ao final. Já Dunkirk não apresenta cada um dos personagens e raramente dá motivos para que o espectador se sinta emocionalmente investido com ele, mas a sensação de perda que ele causa ao final é maior.

Veredito: in Nolan we trust
 
Tão falando tão bem que eu vou ter que ir ver logo, mesmo o ingresso sendo um pequeno assalto aqui: 17 libras. Ao menos é IMAX.
 
Curto comentário sobre o filme:
uma :poop:

depois talvez eu escreva sobre ele. Quem tiver meu fb pode ver minha impressão ao sair da sala. Preguiça de dar ctrl c ctrl v aqui
 
Alguém entendeu pq o Tom Hardy pousou em território alemão? Ele podia ter se ejetado em Dunkirk e tal...
 
Alguém entendeu pq o Tom Hardy pousou em território alemão? Ele podia ter se ejetado em Dunkirk e tal...

Eu tenho a mesma dúvida. Talvez fosse medo de aliados não conseguirem destruir o avião, ou de causar mortes. Mas aí bastava ir para o mar. Realmente não entendi :eh:
Mas deve ter um motivo razoável
 

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