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Twin Peaks (3ª temporada)

Fëanor

Fnord
Usuário Premium
A tão aguardada continuação de Twin Peaks está chegando: estreia neste 21 de maio, no Showtime. Serão 18 episódios em uma única temporada (a princípio), retomando a história após 25 anos dos eventos retratados na série original. Por trás do projeto estão os mesmos nomes da produção original: David Lynch e Mark Frost escreveram os episódios, e Lynch é o diretor de todos eles.


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Espero que ele tenha aproveitado essa nova onda de liberdade que a tv vem proporcionando e tenha escrito um texto bem mind-blowing, a nível dos seus filmes mais cabeçudos (ainda mais agora que ele não volta a fazer filmes). Mas é melhor não esperar nada e aproveitar o show :3
 
Eles já disponibilizaram os 4 primeiros episódios. Tratei de assistir todos eles. Minhas (breves) considerações até aqui:

Quem esperava bizarrices e quebra-cabeças lynchianos, pode ficar feliz. Tem muito, inclusive mais do que na série original.

O tom está mais sombrio, não há mais tanto daquele "humor bobo". A trilha sonora também ajuda nisso: temas mais pesados e mais sons ambientes.

A maior parte desses 4 primeiros episódios não se passa em Twin Peaks. Mas isso deve mudar em breve (espero).

A atriz que fazia a Log Lady (Catherine Coulson) faleceu em 2015, mas eles conseguiram gravar algumas cenas com ela <3

Enfim, no geral tô achando ótimo. É um Twin Peaks diferente, atualizado, mas ainda é Twin Peaks.
 
Assisti até o 3º por enquanto e acho que estão exagerando na loucura, na minha opinião. Sem mencionar que não curti muito esse lance
da estória acontecendo em lugares distantes e nada a ver com Twin Peaks, a cidade.
 
A série está meio lenta, e de fato eu gostaria que algumas coisas se desenvolvessem mais rápido, como

a trama migrar logo para focar na cidade de Twin Peaks (o que eu ainda não tenho certeza de que vai acontecer), e que o Cooper voltasse logo a si.

Mas o Lynch disse que essa temporada deve ser encarada como um filme de 18 horas, então o ritmo lento da coisa é em parte compreensível. Ele não elaborou os episódios para criar cliffhangers ao final de cada um. Além de que o Lynch tem um ritmo bastante próprio, e como já estamos vendo que ele teve uma grande liberdade artística para trabalhar, ele não deve ter dado muita atenção para fórmulas tradicionais. Ele provavelmente não conduziria a coisa se não fosse assim. Confio nele e na parceria com o Mark Frost, e acho que não vão decepcionar. Mas ao criar expectativas também é preciso ter em mente as idiossincrasias tanto do Lynch quanto de Twin Peaks.

Ah, e sobre o episódio 6, só quero deixar um comentário:

Diane!!!
 
Eu so vou ver quando tiver todos os episódios para ver :3.
Por enquanto to adorando que tão falando que o Lynch voltou doidão :amor:
 
É, ouvi bastante comparações com Inland Empire, que é meu segundo Lynch favorito. Pior que eu acho que só acaba em setembro, né? Ou eu vi errado?

Acho que é isso mesmo, primeira semana de setembro, parece.
Você será muito estóico se aguentar até lá :lol:
 
E07

Várias surpresas nesse episódio, que andou atipicamente rápido:

- Páginas secretas do diário de Laura Palmer descobertas por Hawk. As páginas fazem menção à uma mensagem que a Annie teria enviado para a Laura em sonhos, sobre o "bom Cooper" ter ficado no Black Lodge. Hawk começa a desconfiar do que pode ter acontecido.
- Doc Hayward apareceu! Ele relembra suas últimas memórias de Cooper. Ele teria ido até o hospital, e Doc conjectura que poderia ser por causa da Audrey, que não morreu na explosão, mas ficou em coma (outra revelação importante! [1]). Mas desconfio que possa ter a ver com aquele anel, que vemos uma enfermeira pegar no Fire Walk With Me.
- E as digitais do Major Briggs, que foram identificadas no corpo sem cabeça?
- E teve mais Diane. Aliás, participação sensacional dela. A cena dela com o Coopelganger foi incrível: tensão em cada segundo, nas palavras ou no silêncio. E o que será que eles fizeram na última noite em que se viram na casa da Diane?
- Dougie-Cooper sofre uma tentativa de assassinato pelo hitman anão (coisas do Lynch), e mostra que os reflexos do velho Coop ainda permanecem afiados. Parece que aos poucos sua velha memória vai se restaurando.
- Aliás, a cobertura da televisão sobre o caso pode ser o caminho para que alguém (do FBI ou de Twin Peaks) veja o Coop e decida ir atrás dele.
- Também vemos o Coopelganger fugindo da prisão - o que era esperado. Afinal, a história precisa se desenrolar para um caminho de confronto ente ele e o verdadeiro Coop.
- Por fim, vemos que o Roadhouse continua nas mãos dos irmãos Renault. E que a bola da vez, Jean-Michel Renault (que inclusive é o mesmo ator que fez o falecido Jacques Renault da série original) também está envolvido em esquemas de prostituição, como seus falecidos parentes (irmãos?).
- E no Roadhouse ainda teve uma cena tipicamente lynchiana: mais de dois minutos de apenas de um cara varrendo o chão. Claro que ficamos livres para interpretar a cena. Apenas uma pausa para respirar após um episódio acelerado? Ou uma analogia à "sujeira" de Twin Peaks, e que devemos ter paciência para ver a coisa toda ser limpa? Ou talvez de que a sujeira persiste/ressurge (nesse caso, a família Renault) e precisa ser continuamente varrida?
- Ah, e um comentário final: a Naomi Watts tá cada vez melhor no papel de Janey-E Jones.

[1]
Já era sabido que ela não morreu na explosão. No livro The Secret History of Twin Peaks consta que ela sobreviveu e foi levada em estado crítico pro hospital. Mas ainda não sabemos em que estado ela ficou após isso tudo. Por enquanto, é um mistério em que condições ela vai reaparecer.
 
E08

Definitivamente um episódio a ser revisto. Cara, que coisa bizarra. E linda. E apavorante. E bizarra. Provavelmente o episódio mais sinistro - e bizarro (eu já disse bizarro?) - que uma série de televisão já apresentou. Lynch no volume máximo.

O episódio mostra uma espécie de "origem" do mal. Com aspas, porque naturalmente o mal não começa ali, na primeira explosão nuclear da história em 1945. Mas o mal de Twin Peaks talvez sim. Com a primeira detonação nuclear, aparentemente criou-se uma oportunidade, uma porta para que entidades malignas adentrassem nosso mundo - entre elas, Bob. No meio da explosão, através daquela viagem psicodélica ao estilo de 2001, vemos o que parece ser uma espécie de mãe humanóide disseminando inúmeros "ovos", incluíndo Bob.

Twin Peaks S03e08 gif1.gif

Vemos depois a eclosão de um desses ovos, e a criatura que sai dele busca por um hospedeiro humano - o que ela encontra no corpo de uma criança, contando com a ajuda de outra entidade maligna, que repete um poema misterioso

Twin Peaks S03e08 gif2.1.gif

Enquanto isso, vemos também o Coopelganger ser enganado e alvejado pelo Ray. Mas, como era de se prever, não seria a hora dele morrer de fato ainda. Uma legião de espíritos (como aqueles que apareceram com a explosão nuclear) surgem em seu socorro, fazendo alguma dança ritualística que o traz de volta à vida(?).

Tem também a cena do The Giant emitindo luzes de onde surge uma orbe com a alma(?) de Laura Palmer. Essa orbe passa para as mãos da outra mulher que acompanha o The Giant na cena, e depois a envia para a Terra. É um sinal de que Laura Palmer é uma espécie de "escolhida" para enfrentar o mal - no caso, Bob?

Ainda digno de nota, são as cenas com a loja de conveniência no posto de gasolina.

Twin Peaks S03e08 img3.png

Não sei se todos se lembrarão, mas a loja de conveniências é mencionada pelo Mike ao Cooper em um sonho, como um lugar onde ele e Bob se reuniam para matar pessoas. No Fire Walk With Me tem aquela cena onde o Mike "ataca" o Leland no trânsito, acusando-o de roubar garmonbozia da loja de conveniência. E também tem a cena dos espíritos no tal lugar:


"From pure air we have descended" -> refere-se, talvez, ao evento de 1945?

Ah, e ainda teve espaço para Nine Inch Nails no Roadhouse.

Por fim, vou deixar abaixo um post do reddit, traçando a conexão da bomba de 1945 com Twin Peaks. Tem spoilers do livro The Secret History of Twin Peaks:

A real-life fact is that the plutonium used in the construction of the nuclear bomb for the Trinity test (as seen in "Part 8") was manufactured at the Hanford Site, a nuclear facility in Washington state.

Within a year, the world’s first large-scale plutonium reactor was in service at Hanford, and by early 1945 shipments of enriched plutonium from the plant’s three reactors were being sent to Los Alamos every five days. This material would be used in the first atomic bomb testing.

The Secret History of Twin Peaks (which includes a two-page photo spread of the Hanford Site on pages 118-119) mentions that that the land on which the Hanford Site was built was seized from the Nez Perce tribe in 1942 and that they were forcibly relocated (which, again, is actually true).

An obvious connection to season 3 is that Hawk is a "full-blooded" Nez Perce and the way he discovered the missing pages of Laura Palmer's diary was through the Nez Perce logo in "Part 6".

But The Secret History mentions that when the Nez Perce were originally removed from their land in the 19th century, Chief Joseph warned one day there would "come a reckoning." Perhaps the bomb (or, more accurately, BOB and the Lodge coming through/from the bomb) was this prophecy coming true, and BOB/the Lodge's malevolent influence on the town was the "reckoning" mentioned by Chief Joseph?

It's also worth noting that the Archivist concludes Harold Dahl's 1947 UFO encounter (which kickstarted the popular "alien" phenomena and UFOlogy) wasn't a UFO at all. It was instead the US Air Force dumping nuclear waste from the Hanford Site into the nearby Columbia River and the local environment, which would have included the nearby Twin Peaks. The town of Twin Peaks again suffers (indirectly) from the Trinity test.

But the most interesting thing of all is exactly where Hanford is located. Its geographical co-ordinates are 435′01″N 119°23′16W. Cooper's doppelganger is looking for co-ordinates from Ray, and ??????? (The Giant) tells Cooper to "remember 430" — not four-hundred-and-thirty, but specifically "four-three-zero".

Also curious is the fact that the degree of longitude Hanford is on is "119", the number Drugged-Out Mother has shouted several times in two separate episodes.

Eu realmente preciso rever esse episódio.
 
Esse é o que eu mais vou ficar ansioso pra ver quando for assistir à serie :3
(A não ser, é claro, que o Lynch venha com outro epi mais bizarro ainda).

Tem povo chamando do que seria The tree of life se fosse feito pelo Lynch...
 
Esse é o que eu mais vou ficar ansioso pra ver quando for assistir à serie :3
(A não ser, é claro, que o Lynch venha com outro epi mais bizarro ainda).

Você, que estava esperando especialmente pela maluquice Lynchiana, muito provavelmente vai pirar com esse episódio :lol:

Tem povo chamando do que seria The tree of life se fosse feito pelo Lynch...

É, até faz um sentido a comparação. A estética visual, combinada com trechos de música erudita [1] lembra um pouco Tree of Life mesmo - especialmente a sequência da criação. Inclusive até dá pra traçar um paralelo entre as cenas: a criação da vida apresentada pelo Malick, e a "criação" (eu diria mais um "ressurgimento") do mal apresentada pelo Lynch.
Mas não sei se o Lynch buscou alguma inspiração na obra do Malick. A comparar com outros filmes dele, e mesmo o final da segunda temporada de Twin Peaks, é como se fosse algo que esteve latente, esperando pela tecnologia adequada para permitir que o Lynch trouxesse à vida essas cenas.

[1] A música que toca na cena da explosão é Threnody for the Victims of Hiroshima, de Krzysztof Penderecki:

 
Eita, deixei de vir aqui postar desde o episódio 09 até o último (12). Aproveitando então para fazer apenas alguns comentários gerais:

O retorno do Cooper continua lento. Vejo muita gente frustrada com isso, e compartilho um pouco do sentimento. Sendo Cooper o principal personagem do show, gostaríamos de vê-lo de volta a si o quanto antes. Por outro lado, não vou julgar as decisões do Lynch baseado numa imagem parcial da série. Depois da história concluída será mais adequado analisar se o ritmo em que certas coisas ocorreram foram boas ou más escolhas.

Aliás, sobre essa questão do ritmo, eu gostei bastante desse vídeo: The Stillness of Twin Peaks

Sobre o desenrolar da trama até aqui, aos poucos algumas conexões estão se formando, mas ainda há muitas coisas obscuras. Algumas das coisas mais importantes / mercantes dos últimos episódios;
  • A mensagem premonitória do Major Briggs para o Bobby
  • A confirmação de que aquele corpo sem cabeça era do Major Briggs - e a revelação de que William Hastings e Ruth Davenport o encontratam. Aliás, olhem o site do Hastings aqui: http://thesearchforthezone.com
  • Gordon e Albert entrando na área onde Hastings e Ruth encontraram o Major Briggs, e as coordenadas no corpo da Ruth.
  • A conexão Diane-Coopelganger (vi algumas teorias de que Diane poderia estar sendo possuída por alguma entidade do Black Lodge)
  • A cena de "família" com Bobby, Shelly e a filha deles, Becky.

Especificamente nesse episódio 12, o que mais me marcou foram as cenas com a Sarah Palmer (o estado deplorável dela é mais assustador do que 99% dos filmes/séries de terror/suspense por aí), a reaparição da Audrey Horne (finalmente!), e o recrutamento da Tammy Preston para o Blue Rose. Aliás, sobre Blue Rose, um vídeo bem legal e fresquinho é esse:

 
Acho que é isso mesmo, primeira semana de setembro, parece.
Você será muito estóico se aguentar até lá :lol:
Viu, até agora não vi nada :3

To agora baixando os 13 episodios (66 gb :3) pra ja ficar prontinho na hd pra eu ver quando tiver na ultima semana :amor:

Btw, o que vcs tao achando ate agora da serie com um todo?
 
Episódio 13:

  • Dougie entrando no escritório com os Mitchum brothers foi hilário :rofl:
  • Coopelganger tocou o terror nos comparsas do Ray e agora é o chefe dos caras. A cena da queda de braço foi ótima :lol:
  • Phillip Jeffries mencionado de novo, o que me deixa triste por pensar que o Bowie iria reaparecer na série =(
  • Jeffries encarregou Ray de matar o Coopelganger e colocar nele o Anel
  • Anthony tentou envenenar Dougie/Coop, mas não teve coragem. Afinal, apesar de cuzão, ele é mais humano do que se esperava.
  • Mais uma vez uma torta de cerejas entre Coop e a morte.
  • Big Ed forever alone =(
  • Sarah Palmer, cigarros, vodka e sua televisão em loop
  • Mais um pouquinho de Audrey Horne
  • James tocando Just You no Roadhouse foi tããão anos 90 e Twin Peaks :lol:

Viu, até agora não vi nada :3

Vosmecê tá de parabéns!

Btw, o que vcs tao achando ate agora da serie com um todo?

Eu tô gostando bastante. Se vou achar tão bom quanto a original, só com o desfecho da série poderei dizer. Mas até o momento eu acho que o Lynch tem entregue justamente aquilo que eu procuro nas obras dele: uma história não-convencional com uma abordagem bastante ímpar. E, a despeito de eu ter algumas discordâncias pontuais em relação a alguns eventos*, acho que a série está sendo muito bem conduzida. =]

---
* Por exemplo, o tempo em cena de alguns personagens. Como quase qualquer fã, eu gostaria de ver algumas caras da série original com mais espaço na trama. Mas ao mesmo tempo, isso seria querer que o Lynch cedesse justamente em um ponto que eu mencionei acima como uma das coisas que valorizamos nele: a sua maneira distinta de abordar a história. E ele optou por nos mostrar as mudanças em Twin Peaks nesses 25 anos através de pequenos momentos que dizem muito. Por exemplo
através das histórias dos filhos de Shelly & Bobby e Audrey, e não propriamente de seus pais. Quanto a estes, pequenas cenas revelam muito, como a cena em que Bobby e Shelly estão conversando com a filha deles no Double R, e o atual namorado da Shelly chega, e descobrimos então que ela está envolvida com outro bandido (depois do Leo Johnson), isto é, presa nas mesmas condições de duas décadas atrás. No caso da Audrey, o relacionamento bizarro e problemático dela com o misterioso Charlie, o que também evidencia uma decadência na vida da filha do homem mais rico da cidade. Outro exemplo, este muito pungente, ocorreu no último episódio: enquanto Norma e Big Ed conversam no Double R, chega o marido/namorado da Norma, e então ficamos sabendo que depois dos eventos da série original ela e Ed não ficaram juntos, continuando a história de um amor incapaz de se consumar em definitivo, sempre tendo esperar por algum dia. Tem ainda o caso da Sarah Palmer, que mencionei no post anterior e nesse. Enfim, tem muitos outros exemplos nesse sentido, estes são apenas os que mais me marcaram até agora.
 
E acabou. Eu vi os últimos quatro episódios quase em sequência (15 e 16 no domingo, 17 e 18 na segunda), e foi uma boa dose de informação pra cabeça. Quase deu curto. Mas só posso dizer que, ao fim de tudo, a temporada me agradou muito, e foi mais um trabalho incrível do Lynch. Eu adoro essa sensação de dúvida e as mil teorias possíveis para explicar cada evento, e essa temporada foi magistral nesse aspecto. Embora tenha dado respostas, provavelmente deixou todo mundo com mais dúvidas que no início. E nesse sentido é uma obra de arte pura, aberta às inúmeras interpretações do público, mas ainda assim transmitindo um conjunto de ideias em comum. Isso sem falar na estética maravilhosa de toda a temporada. Ótima fotografia, cenas belíssimas, e trilhas bem encaixadas. Eu quase chego a pensar se essa temporada não foi melhor do que a original.

E o final. Que final. Uma das coisas mais incríveis que já vi na telinha. Os dois últimos episódios foram magistrais, mas aquela cena final em especial ainda ecoa na minha mente, e vai continuar ecoando por um bom tempo.

Além dela, teve outras cenas marcantes. Como esta.

Screen Shot 2017-09-07 at 15.23.39.png

I am the FBI

Ou então essa.

Screen Shot 2017-09-07 at 15.27.46.png

- Marry me
- Of course I will.


Meu deus, como faz pra segurar a emoção?

Enfim, poderia mencionar várias outras ainda. No fim das contas, só resta agradecer ao Lynch mesmo.

Depois vou fazer um post trazendo algumas teorias (porque elas nunca podem faltar).
 
Eu vi na semana passada os episódios disponíveis e nessa segunda os dois últimos. Adorei tanto que o Lynch voltou em grande forma, e meio que concordo com ele que isso é mais um filme dividido em partes... Adorei como tudo ali, mais do que exigir que fosse encontre um sentido lógico no que está assistindo, se comunica de maneira extremamente expressiva, com a intenção de deixar uma marca em vc, fazer com que as cenas passem a rodar na sua mente e gradualmente fazer mais sentido, aquele sentido que se sente mesmo, o sentido que vem antes do pensamento (daí que eu discordo um pouco de vc, Feanor, no que pra mim não interessa saber a fundo o que cada detalhesinho quer dizer, quem, no fim das contas é filho de quem, etc).
E são tantas cenas marcantes que tentar nomear todas é impossível. Adorei aquela acho que no final da parte quinze, com uma menina no bar mandada pra fora de seu lugar por dois caras, e, sentada no chão, avança rastejando em direção ao povo em pé e solta um grito. Nada tem a acrescentar à história se vc pensa em termos de enredo, mas contribui pra enriquecer o sentimento da trama, é, como falei (e me repito aqui) tão expressivo que imprime as imagens e sons na sua cabeça. E nenhuma cena é mais assim do a última mesmo, como vc disse, Feanor.
resume de uma vez por todas o tema todo desse The return, trágico e esperançoso ao mesmo tempo de que não se escapa do mal mas o bem vai estar sempre tentando derrotá-lo

E muita gente pode ter ficado chateada com o final, por não ter as respostas respondidas, mas esse nunca foi o ponto, nunca foi saber o que exatamente é caixa de vidro, ou onde exatamente a Audrey está etc. O que o Lynch fez aqui foi uma série de situações que permitem que ele vá adensando os temas que ele quer tratar, cumulativamente, cena após cena enriquecimento a tapeçaria de ideias que passam pela cabeça do Lynch, e porque ele tem um dom de tornar tudo interessante, sua direção sendo tão impecável nesse (e em muitos outros) sentidos, enquanto vamos assistindo vamos sendo envolvidos nessa atmosfera sedutora e inquieta. E talvez também por ele ser tão bom em nós deixar envolvidos por aqueles personagens e aquelas histórias por tão pouco que ele entrega (as cenas do casal da caixa de vidro são poucas mas nos deixa próximos a eles, as da Amanda Seyfried tbm, que só com aquela imagem dela olhando pro céu dentro do carro já ganharia esse Twin Peaks pra mim) é que as pessoas se deixem enganar e esperam uma Resposta. Mas elas não podem deixar de lembrar que não é assim que se assiste ao Lynch...

Eu quase chego a pensar se essa temporada não foi melhor do que a original.
Eu não tenho dúvida de que seja. Inclusive, agora está na quinta posição das minhas obras favoritas dele, depois de, nessa ordem, Mulholland Dr, Inland Empire, Eraserhead e blue velvet...

Até tentei um pouco antes rever a serie original, mas meio que não me empolguei, deixei no segundo episódio, que termina muito bem, mas acho que o conhecimento daquilo que esperava em The Return me fez ver aquilo como muito pouco, rsrs... Mas você deixar a poeira baixar e rever a série dos '90 e o Fire walk with me (Esse é bonzão mesmo :3) porque já quero rever o novo Twin peaks :amor: (e eu quase vi os episódios disponíveis e os revi antes do finale; nos dois primeiros dias não me aguentei e vi 11 partes, hehe, mas achei melhor depois disso ver um por dia no resto da semana, pq por mais delicioso que seja, foi tbm bem inquietante e tava meio que me sobrecarregando, rsrs)
** Posts duplicados combinados **
Ah, e sim, a fotografia foi tão maravilhosa, inigualável mesmo dentre tudo que há na TV e melhor que muita coisa no cinema por aí... Tem uma pegada ultrarealista que chegam as imagens a ser quase tacteis, as imagens tem uma textura agradável demais, até em cenas mais escuras. Troço genial mesmo.
 

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