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Egolatria ou justiça histórica? Conheça o museu que Evo Morales criou em homenagem a si mesmo

Fúria da cidade

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    O presidente da Bolívia (centro), Evo Morales, se emociona ao inaugurar Museu da Revolução Democrática e Cultural, em Orinoca, ao lado de seu vice (esq), Álvaro García Linera
O presidente da Bolívia, Evo Morales, viveu um momento de forte emoção neste mês. Em visita ao distrito de Orinoca, onde nasceu, o líder inaugurou o Museu da Revolução Democrática e Cultural, o maior do país, tributo aos heróis indígenas da Bolívia desde o período pré-colombiano. Entre os diversos personagens da história do país, o que recebe o maior destaque nos 10 mil m² da obra é o próprio presidente, que tem uma seção inteira do museu em sua homenagem.

Mas, se para o presidente e sua base aliada o edifício é motivo de comemoração, para a oposição e parte da opinião pública local, a obra é um exemplo de mau uso do dinheiro público e de utilização do Estado para propaganda política.

Inaugurado em 2 de fevereiro, o museu custou aos cofres públicos US$ 7 milhões (o equivalente a R$ 21,65 milhões) e foi encomendado pelo próprio governo de Morales em 2006, seu primeiro ano de governo.



Freddy Zarco/ABI
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O Museu da Revolução Democrática e Cultural, em Orinoca, cidade natal do presidente da Bolívia, Evo Morales

No acervo, constam mais de 13 mil presentes que o presidente ganhou em seus três mandatos. Ao todo, segundo o jornal boliviano "La Razón", o acervo do local seria composto por 100 mil peças.

Em uma das salas, por exemplo, o visitante é apresentado a uma linha do tempo que enumera os heróis da Bolívia "de Túpac Katari [líder de uma das principais revoltas contra a colonização espanhola na Bolívia, no século 18] a Evo Morales", sem fazer menção a presidentes anteriores.

Morales ainda tem uma seção inteira do museu dedicada a apresentar aos visitantes a história de sua vida.

Entre as atrações do local também estão ao menos duas esculturas do presidente (uma delas em tamanho natural), uma sala de retratos de Evo pintadas por diferentes artistas e um espaço com fotos dele com outros líderes mundiais, como Cristina Kirchner, Fidel Castro, Hugo Chávez, Nicolás Maduro, Pepe Mujica e Lula.



Freddy Zarco/ABI
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O presidente boliviano, Evo Morales, participa da cerimônia de inauguração do Museu da Revolução Democrática e Cultural, em Orinoca

Há, ainda, um mapa-múndi - que ocupa uma parede inteira - ilustrando a origem dos presentes recebidos por Morales em 11 anos de governo por país.

Para a oposição boliviana, a obra é tida como um projeto faraônico de culto à personalidade do presidente. O senador Oscar Ortiz Angelo, secretário-geral do principal partido de oposição a Morales, o Democratas (de centro-direita), afirma que o local é "o museu ao ego, só se explica pelo fomento do culto ao caudilho. É um tipo de adoração à personalidade que só se encontra em regimes autoritários".


Segundo Ortiz, o acervo do espaço carece de valor histórico real. "Em 11 anos no poder, Morales só construiu esse museu, sendo que temos na Bolívia exemplos de patrimônios históricos e culturais muito ricos que não têm um espaço com essas características."




Freddy Zarco/ABI
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Evo Morales no dia da inauguração do Museu da Revolução Democrática e Cultural, em Orinoca

Ele menciona, como exemplo, o sítio arqueológico do forte de Samaipata, declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco em 1998.


O senador critica, ainda, o valor gasto na obra em Orinoca, uma localidade de 3 mil habitantes. "Com US$ 7 milhões era possível construir uma casa popular para cada família dali", afirma.


Na visão do analista político Gustavo Pedraza, ex-ministro do Desenvolvimento Sustentável da Bolívia entre 2004 e 2005 (no governo de Calos Mesa, antecessor e opositor de Morales), a construção não é o único caso em que a veneração ao presidente atual é promovida pelo Estado.



Freddy Zarco/ABI
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Salão com diversos retratos do presidente da Bolívia, Evo Morales, no Museu da Revolução Democrática e Cultural

Como exemplo, ele cita o fato de a casa em que Evo nasceu, também localizada em Orinoca, ter sido declarada como monumento histórico do país por seu governo em 2006.

"Há também casos de livros escolares que contêm elogios ao presidente, e o Ministério das Comunicações também produziu uma radionovela sobre a vida dele", conta.

Segundo Corrales, o fato de iniciativas desse tipo serem promovidas pelo próprio presidente são um agravante e debilitam a institucionalidade do país. "Enquanto em outros países há leis proibindo esse tipo de homenagens aos presidentes, aqui é o próprio mandatário que as induz."

A voz mais radical contra a construção do espaço em Orinoca foi a do deputado Bernard Gutiérrez, do partido opositor Unidade Democrática. Em declarações à imprensa boliviana, ele defendeu o fechamento do museu em um eventual futuro governo da oposição.



Freddy Zarco/ABI
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O presidente Evo Morales observa mostra com presentes que recebeu durante seu governo no museu em Orinoca



Defesa da construção


Evo Morales tem respondido às críticas ao espaço afirmando que seus opositores "querem apagar nossa memória e nossas lutas e queimar nossa história".

O vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, também defendeu a construção do museu. Em entrevista à Agência Boliviana de Informação, afirmou que "nunca antes se retratou em um museu a história do povo. (...) Este museu é a história própria e viva do povo da Bolívia.", afirmou à imprensa.

Segundo o deputado David Ramos Mamani, líder da bancada do partido de Morales na Câmara de Deputados, as críticas da oposição são típicas "de quem não conhece a história da Bolívia".



Freddy Zarco/ABI
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Obras do Museu da Revolução Democrática e Cultural

Para o parlamentar, Evo Morales tem uma importância histórica por ser o primeiro presidente indígena do país. Nesse sentido, o museu "não está dedicado a Evo como pessoa, mas o presidente é a firme evidência da luta de indígenas e camponeses por justiça social", afirma.

Ao ser questionado pelo UOL sobre por quê presidentes anteriores não tiveram seus acervos expostos no museu, David Romero defendeu que o local também representa "a revolução cultural e democrática do socialismo comunitário" de Morales e que outros governantes "jamais desenvolveram políticas para os pobres da Bolívia" e, por isso, não mereceram espaço ou menção no local.


Freddy Zarco/ABI
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Evo Morales olha fotos suas com líderes de outros países em exibição no Museu da Revolução Democrática e Cultural


Para o cientista político e professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) Luis Fernando Ayerbe, embora haja excessos de culto a personalidade no governo boliviano, como o tombamento da casa onde nasceu o presidente, as críticas da oposição à construção do museu são infundadas.

"Ele não é um depósito de acervos presidenciais, a parte dos presentes não ocupa todo o acervo". Para ele, o papel do local seria "resgatar toda a trajetória dos movimentos sociais indígenas antes da colonização". Nesse sentido, defende, o papel de Morales como primeiro presidente de origem indígena é relevante.

fonte

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Obra populista que mistura museu e sala de troféus lembra a casta rica de regimes semelhantes. Se o país tem urgência de outras coisas mais importantes não importa, desde que seja uma obra cultural a favor da revolução. Não admira ser comparado a regime autoritário, a separação física, social e psicológica em relação a pessoas diferentes não só é comum na tradição indígena mas também é a moda popular na esquerda global.
 
Uma coisa é a Bolívia ter uma inquestionável, respeitável e rica história indígena, que diga-se de passagem atualmente é muito mais preservada, valorizada e maior que a nossa, a ponto dos idiomas nativos como Quíchua, Guarani e Aymará serem oficiais, falados e lecionados nas escolas. Até aí até seria justo um museu cultural dedicado a isso já que é um país que verdadeiramente valoriza e preserva suas raízes.

Outra coisa é o Evo querer ser a estrela maior, o deus absoluto do espaço, distorcendo completamente a real importância do museu, numa demonstração do mais puro narcisismo egocentrista pra não ficar atrás de nenhum imperador romano ou egípcio do passado e aparecendo com chapéuzinho (vide primeira foto da matéria) que sugere a mais um novo mandato em 2020 não querendo largar o osso.
 
Para mim é o fim da picada.

O país certamente com inúmeros problemas de saúde, educação e segurança e o cara fica gastando dinheiro público para se auto-promover.

Fora a corrupção que não deve ter rolado nessa obra. Além de se auto-promover deve ter mordido muito.

E o fato do cara ser índio também não o faz melhor que ninguém. Para mim o melhor presidente é o mais preparado, independente dele ser índio, negro, mulher, homossexual, católico, militar, deficiente físico, etc.
 
Bolívia cresceu em média 5,1% ao ano de 2004 pra cá. Só pra avisar.

E verba de cultura não é verba de saúde e educação, como qualquer país do mundo. Galera ama museu ao redor do mundo. Tira mil fotos quando viaja pra museu sobre figuras históricas da França, Inglaterra, Itália e Alemanha. Por que a Bolívia não pode ter um igual?

Como disse o professor da Unesp, no próprio texto do Fúria:

"Ele não é um depósito de acervos presidenciais, a parte dos presentes não ocupa todo o acervo". Para ele, o papel do local seria "resgatar toda a trajetória dos movimentos sociais indígenas antes da colonização". Nesse sentido, defende, o papel de Morales como primeiro presidente de origem indígena é relevante.


Bacana sim. Mas entendo o choro, presidente de esquerda não pode ser respeitado nem lembrado mesmo. Ainda que tenha dado ao país o maior crescimento de sua história.
 
A gente sabe o que acontece a médio prazo com essas economias que crescem baseados em incentivos estatais: fracasso.
Enquanto o gás natural tiver um preço bom e o estado ainda carregar a economia acontece esse crescimento citado por você, mas quando algo sair do trilho a Bolívia se tornará uma Venezuela 2.0.
 
O preço do gás natural vem caindo desde 2014 no mundo todo. Mas em 2016 a Bolívia cresceu 4,2%:

https://br.investing.com/commodities/natural-gas


A respeito do governo:

Bolívia: menos pobreza e desigualdade, mais saúde e educação

No Dia do Estado Plurinacional, que o país andino celebra a 22 de Janeiro, o presidente Evo Morales apresentou um relatório que evidencia o grande crescimento, bem como os avanços sociais e económicos que a Bolívia conheceu desde que ele assumiu a presidência.


Perante o plenário da Assembleia Legislativa, Evo Morales apresentou – durante mais de quatro horas – um relatório «com números irrefutáveis» que comprovam o grande desenvolvimento alcançado pela Bolívia nos 11 anos de «processo de mudança» por ele dirigido, «ultrapassando, em todos os âmbitos, o que foi feito em 180 anos de governos republicanos», informa a Prensa Latina.

Um dos indicadores que melhor reflectem a obra da Revolução Democrática e Cultural será, porventura, a redução da pobreza extrema, que passou para menos de menos metade entre 2005 e 2015 – de 38,2% para 16,8% da população.

Morales precisou que, em 2005, a pobreza extrema em áreas urbanas era de 24,3% e nas zonas rurais era de 62,9%, números que, em 2015, desceram para 9,3% e 33,3%, respectivamente; por seu lado, a pobreza moderada passou de 60,6%, em 2005, para 38,6%, em 2016.

Referiu, ainda, o aumento do rendimento na classe média – de 13% para 32% –, bem como a diminuição da desigualdade de rendimentos entre os 10% mais ricos e os 10% mais pobres: nos últimos 11 anos foi reduzida de 128 a 37 vezes.

Soberania e desenvolvimento
Nas palavras de Morales, estes dados reflectem o desenvolvimento económico do país, que se explica com a recuperação e a defesa da soberania política e económica, e, muito particularmente, com a nacionalização dos recursos naturais e das empresas estratégicas.

Estimativas de organismos internacionais confirmam este desenvolvimento do país: a Bolívia lidera o maior crescimento económico da América do Sul em 2016, com 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB), juntamente com o Paraguai, e ocupa o 4.º lugar na América Latina.

«Esta liderança regional nos últimos anos foi possível graças ao nosso modelo, à nacionalização e à recuperação de recursos naturais e empresas estratégicas, à diversificação dos produtos bolivianos e à sua exportação para 97 países», afirmou Morales, citado pela Prensa Latina.

Mais e melhor Educação e Saúde
O mandatário boliviano reafirmou que a Saúde e a Educação são direitos dos cidadãos e pilares da Revolução Boliviana, agradeceu a Cuba o apoio na Operação Milagre, que devolveu a visão a mais de 676 mil bolivianos, e destacou o trabalho abrangente de cerca de 700 membros da Brigada Médica Cubana em todo o país.

«A redução das taxas de mortalidade infantil e desnutrição crónica são importantes conquistas nesta nova Bolívia, onde são construídos 47 novos hospitais e mais de 3 mil postos de saúde», disse Morales, lembrando que, em 2001, o índice de mortalidade no país ultrapassava os 13% da população e, actualmente, é de apenas 2,8%.

Evo Morales destacou também o facto de o seu governo ter investido mais de 3 mil milhões de dólares para a qualidade de vida e o ensino em todos os níveis. «Depois de Cuba, a Bolívia é o país que mais investe para melhorar a Educação», afirmou, salientando que, no seu período de governação, foram criados 128 novos institutos tecnológicos, mesmo nos lugares mais remotos do país, equipados com tecnologia moderna.

No discurso anual à nação, em que apresentou muitas «provas» do desenvolvimento e do crescimento da Bolívia, a vários níveis, o chefe de Estado declarou: «Em 11 anos, fizemos o que outros não fizeram em 180, graças à unidade do povo boliviano».

«Podemos cometer erros, ter dificuldades; somos seres humanos; não é fácil administrar um país. Todos têm direito a observar-nos, criticar-nos, corrigir-nos, mas o mais importante é que todos pensemos na Bolívia e na forma de acabar com a pobreza», disse Morales no final, dirigindo-se ao seu povo no dia que assinala a sua tomada de posse, a 22 de Janeiro de 2006, como presidente do país, bem como o fim da República e o nascimento do Estado Plurinacional da Bolívia, a 22 de Janeiro de 2010.

https://www.abrilabril.pt/internacional/bolivia-menos-pobreza-e-desigualdade-mais-saude-e-educacao

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Outras fontes:

https://noticias.uol.com.br/ultimas...ncia-que-pib-crescera-ao-menos-42-em-2016.htm
https://br.sputniknews.com/americas/201612277296998-Economia-boliviana-2016-crescimento/
http://g1.globo.com/economia/notici...rescimento-de-5-e-inflacao-de-53-em-2016.html


Mas ok, a mãe Dinah aqui é você. Devia se matricular pra faculdade de ciências políticas. Você tem talento pra prever quedas de economia.

Só melhora esse tom. Escreve parecendo que quer ver o governo Boliviano despencando. Que feio.
 
Bolívia cresceu em média 5,1% ao ano de 2004 pra cá. Só pra avisar.

Legal, só que o realmente interessa para analisarmos é a evolução do IDH do país que mede o que a população teoricamente desfrutaria desse "crescimento" e que vemos no gráfico é que não acompanhou esse ritmo, chegando a ficar estável de 2010 pra cá.

É por essas e outras que não para de chegar continuamente bolivianos ao Brasil, do que vê-los fazendo o caminho inverso. Toda vez que vou a Sampa na região do Brás, Bresser, Av. Celso Garcia, Belemzinho a cada ano que passa cada vez mais eu "tropeço" em bolivianos com seus filhos a tiracolo em varias esquinas. Eles estão com um reduto nessa parte da ZL cada vez maior. Isso sim é crescimento :lol:

E a enorme maioria dos bolivianos que conheço, pois de vez em quando contrato alguns para trabalhos temporários, não pensa em voltar pra lá tão cedo.

E verba de cultura não é verba de saúde e educação, como qualquer país do mundo.

E desvio de verba, desperdício de dinheiro público e elevados índices de corrupção ocorre em qualquer país latino americano.

Galera ama museu ao redor do mundo. Tira mil fotos quando viaja pra museu sobre figuras históricas da França, Inglaterra, Itália e Alemanha. Por que a Bolívia não pode ter um igual?

Essa galera ama porque fica em lugares como Londres, Paris, Roma, Viena, Berlim ou quando não é nelas, fica razoavelmente próximo a elas, por serem cidades que além de história tem estrutura hoteleira, facilidade de transporte e restaurantes e oferecem muitas outras opções de lazer do que apenas ir lá pra ver museus.

Pra quem não conhece Bolívia, onde já estive 5 vezes e não tem a mínima noção do quanto é extremamente complicado se deslocar por lá fora das principais cidades, o Morales escolheu fazer o museu num lugarejo de 3 mil habitantes praticamente perdido nos Andes, com uma péssima infra-estrutura de acesso, distante de qualquer cidade com aeroporto. Seria o equivalente de alguém fazer isso numa vila isolada no meio da floresta Amazônica. O museu periga ser tão elefante branco como alguns estádios da última Copa do Mundo.

Se o Evo quisesse realmente ser melhor e bastante lembrado que tivesse feito isso em La Paz ou Santa Cruz, cidades com uma estrutura minimamente razoável.
 
Legal, só que o realmente interessa para analisarmos é a evolução do IDH do país que mede o que a população teoricamente desfrutaria desse "crescimento" e que vemos no gráfico é que não acompanhou esse ritmo, chegando a ficar estável de 2010 pra cá.

A redução da pobreza eu já postei em link acima.

É por essas e outras que não para de chegar continuamente bolivianos ao Brasil, do que vê-los fazendo o caminho inverso. Toda vez que vou a Sampa na região do Brás, Bresser, Av. Celso Garcia, Belemzinho a cada ano que passa cada vez mais eu "tropeço" em bolivianos com seus filhos a tiracolo em varias esquinas. Eles estão com um reduto nessa parte da ZL cada vez maior. Isso sim é crescimento :lol:

E a enorme maioria dos bolivianos que conheço, pois de vez em quando contrato alguns para trabalhos temporários, não pensa em voltar pra lá tão cedo.

Se formos pra brincar de vivência e ignorar o macro, meu cunhado namora uma boliviana. Sua família veio ao Brasil há uns 5 anos. E estão todos voltando pra lá. :lol:

E desvio de verba, desperdício de dinheiro público e elevados índices de corrupção ocorre em qualquer país latino americano.

Verdade. Tá parecendo o governo PSDB em SP, de tanto que vejo de escândalos nos jornais.

Essa galera ama porque fica em lugares como Londres, Paris, Roma, Viena, Berlim ou quando não é nelas, fica razoavelmente próximo a elas, por serem cidades que além de história tem estrutura hoteleira, facilidade de transporte e restaurantes e oferecem muitas outras opções de lazer do que apenas ir lá pra ver museus.

Concordo. Mas em fonte nenhuma diz sobre construção ou não de uma infraestrutura no lugar. Incrível como não se acha notícias da Bolívia por aqui.

Ou construir isso também seria um erro?
 
Esquece Neithan, o fracasso é iminente. Todo governo do mundo que guinou pra esquerda se ferrou. Ponto final.
Não torço pra nada não cara, torço para que todas as pessoas tenham as melhores condições de vida possível e sejam felizes e etc.
Só não acredito na Bolívia e se eu estiver errado tanto melhor para a população daquele país.
 
Acho ótimo. No caso dos indígenas, merece sim, historicamente, que suas lutas, história e cultura sejam lembrados.

Ainda mais quando o presidente mesmo é oriundo de cultura indígena, um símbolo de uma luta histórica.

Não tem nada que ver com esses autismos LGBT, essas porcarias subjetivistas de direitos do negro de classe média, do trans de universidade, não aqui é uma coisa real. E quem não consegue distinguir lutas políticas reais, como a indígena, de perfumaria esquerdista de universidade, não é só débil politicamente, como um conservador ruim. Ser conservador é ser realista, acima de tudo. Se discorda da política do museu, apresente outras alternativas simbólicas de valorização da cultura.

Ah, vou começar a encher os reacinhas (já que não existe reacionário de verdade por aqui, só uns merdas anticomunas que reagem contra a esquerda mas não tem nenhuma visão política substancial) de péssimos e fails também, pelo menos os recheados de autismo e que substituem argumentos por retórica safada, já que nesse fórum se perdeu a decência e a vergonha na cara em debates políticos há muito tempo e se costuma rebater os posts dos quais se discorda com avaliações negativas. Só pra esclarecer.
 
É inegável que nacionalizar tudo, inicialmente foi ótimo pra Bolívia e pro momento ruim que o país atravessava talvez fosse a melhor opção, pois já não tinham mais o que perder, mas esse tipo de política funciona bem até um certo ponto. O tal "milagre econômico" tem limite e o Brasil já até viveu isso no passado.

Eles tem recursos minerais importantes, mas não tem uma indústria de ponta e muito menos mão de obra altamente qualificada para ser um país que não exporta apenas matéria prima, mas sim transformada num produto de qualidade com tecnologia própria. Fora que a Bolívia, ainda tem uma infraestrutura rodovias e ferrovias péssimas que até hoje dificulta a integração nacional e sem acesso ao mar tudo fica mais difícil.

Ainda que tenha sido positivos alguns avanços sociais, mas que diga-se de passagem já atingiram o teto, sem intercâmbio e investimento estrangeiro a Bolívia vai ter dificuldade de avançar. Nesse aspecto acho ruim um país em que um mesmo governante permanece seguidamente muito tempo no poder, pois fica a mesmice de uma mesma política por vários anos que pode custar caro. Enquanto isso seu vizinho Chile que também compartilha das mesmas riquezas, numa quantidade um pouco menor, por ter optado por uma política mais aberta, tem a possibilidade de vislumbrar um crescimento sustentável a longo prazo bem melhor.
 
O problema não é ficar muito tempo, isso é até melhor desde que se tenha um projeto de país. Eu tenho pra mim que o Morales tendeu a se concentrar em certa áreas do desenvolvimento da Bolívia e não perseguiu outros fronts. Industrialização, por exemplo. Não haverá integração e independência da América Latina sem um projeto continental de industrialização, rompimento da dependência estrutural de capital estrangeiro etc. Aqui ocorreu algo parecido, o petismo nada mais fez que perpetuar a dependência alargando a participação social, via crédito, no sub-capitalismo colonial. Mantém-se no Brasil que não possuímos, ainda, propriamente capitalismo.
 
É inegável que nacionalizar tudo, inicialmente foi ótimo pra Bolívia e pro momento ruim que o país atravessava talvez fosse a melhor opção, pois já não tinham mais o que perder, mas esse tipo de política funciona bem até um certo ponto. O tal "milagre econômico" tem limite e o Brasil já até viveu isso no passado.

Eles tem recursos minerais importantes, mas não tem uma indústria de ponta e muito menos mão de obra altamente qualificada para ser um país que não exporta apenas matéria prima, mas sim transformada num produto de qualidade com tecnologia própria. Fora que a Bolívia, ainda tem uma infraestrutura rodovias e ferrovias péssimas que até hoje dificulta a integração nacional e sem acesso ao mar tudo fica mais difícil.

Ainda que tenha sido positivos alguns avanços sociais, mas que diga-se de passagem já atingiram o teto, sem intercâmbio e investimento estrangeiro a Bolívia vai ter dificuldade de avançar. Nesse aspecto acho ruim um país em que um mesmo governante permanece seguidamente muito tempo no poder, pois fica a mesmice de uma mesma política por vários anos que pode custar caro. Enquanto isso seu vizinho Chile que também compartilha das mesmas riquezas, numa quantidade um pouco menor, por ter optado por uma política mais aberta, tem a possibilidade de vislumbrar um crescimento sustentável a longo prazo bem melhor.

Que falta muito pra Bolívia é óbvio. Mas olha pra Bolívia pré-Morales e como é hoje, e verá que a melhora do país é gigantesca. Morales vem sendo um presidente excelente no país mais pobre da América do Sul. Reclamar dele por ele ser "esquerdista bolivariano foro de sp fora PT" é babaquice.
 
Evo fez muito mais pela Bolívia que o PT pelo Brasil. Muito mais. Com todos os problemas, o governo dele ainda representava um símbolo de esperança de libertação nacional.

Por isso acho engraçado essas acusações de 'bolivarianismo' contra o PT. Quem dera fosse assim. É muito fácil dizer que apoia a união da América Latina enquanto se continua a espoliar os recursos da mesma em função das mesmas relações promíscuas de poder.

O PT é tão bolivarianista quanto o PMDB.
 
Que falta muito pra Bolívia é óbvio. Mas olha pra Bolívia pré-Morales e como é hoje, e verá que a melhora do país é gigantesca. Morales vem sendo um presidente excelente no país mais pobre da América do Sul. Reclamar dele por ele ser "esquerdista bolivariano foro de sp fora PT" é babaquice.

Pra mim é o único líder de esquerda que tenho um certo respeito por ter no momento que assumiu, ter abraçado a causa que a Bolívia estava cansada de ser um país eternamente explorado que via suas riquezas irem facilmente embora e não ter nenhum legado.

Porém o mundo é dinâmico e extremamente competitivo e não dá pra defender o nacionalismo ferrenho a todo custo o tempo todo e esse é o ponto que eu critico ele, pois a Bolívia corre eternamente contra o tempo para passar ao mundo a imagem de um país competitivo e atrativo para grandes investimentos. Quando ainda vejo um expressivo número de bolivianos vindo para ao Brasil todo ano, é sinal que por mais que a situação social lá tenha tido algumas melhoras, o boliviano ainda está descontente porque almeja qualificações profissionais que são pouco desenvolvidas ou que simplesmente não existem por lá. É nisso que Morales tem que focar.
 
Cara, é que a Bolívia é/era muito pobre. Boliviano vê o Brasil como nós vemos Orlando. Os caras acham que vindo pra cá vão ficar ricos e etc. Vou no Brás toda semana quase, só parar e conversar com eles, vêem em São Paulo uma chance de crescer, ficarem ricos, e voltarem pra terra deles. Mas isso não é culpa do Evo, e sim da História daquele país, que sempre foi extremamente pobre.
 

Valinor 2023

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