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1 - Sim, as famílias recebem um "salário", mas apenas se o preso em questão contribuiu para a previdência. Sem contribuição, sem auxílio-reclusão. Além disso, o último salário recebido pelo detento não pode ser maior que R$1212,64.

O valores recebidos pela família serão dados por uma média dos últimos salários em que houve contribuição, de modo dificilmente irá superar o valor mencionado acima. E o valor mínimo é de um salário.

O valor do salário mínimo (para pessoas de bem) atualmente está em R$937,00 correto?

E o preso recebe salário até de R$1.212,64...

Como isso pode estar certo?

2- No caso de Manaus, o governo do estado já se posicionou pela indenização dos famílias dos detentos. No caso de Alcaçuz, as famílias dos mortos talvez recebam indenizações. De toda forma, esse tipo de indenização foi estabelecida pelo próprio STF à luz da Constituição.

Pelo mesmo princípio, deveríamos indenizar todos aqueles para quem o estado falha em garantir o que é previsto constitucionalmente.

Como eu disse, isso pode ser discutido. Mas você está disposto a pagar mais impostos para que o governo tenha a grana para indenizar todo mundo?

O Brasileiro pagar mais imposto? Isso seria ainda mais indecente.

Se o governo não tem dinheiro para indenizar as vítimas de seu descaso, então que não indenize ninguém. Nem vítima, nem bandido (muito menos bandido!).

Auxílio-Reclusão para mim é sim privilegiar o bandido que a vítima.

O cara matou alguém, então ele é um herói, o governo tem que inteceder por ele, pagar salário. Já a família da vítima dele que fique a ver navios, para eles não tem direitos humanos.

Veja se o governo não prioriza bandidos. Lembra daquele traficante de drogas brasileiro preso e condenado a morte na Indonésia? Como é que pode a nossa Chefe de Estado, nossa Presidente, a pessoa maior (até então) no país, Dilma Rossef, interceder pelo traficante?! Que loucura é essa? Só porque ele era brasileiro? Quantos foram as vítimas desse traste? Quantas famílias foram destruídas por causa dessa porcaria de droga que esse desumano vendeu para enriquecer ilegalmente? E aí a nossa presidente intercede pelo criminoso? Por que ela não se preocupou em interceder pelas vítimas dele?

Para mim isso é a Sociedade do Ao Contrário.

E também me diga onde estão as garantias mínimas daqueles 40% que sequer foram condenados, que poderiam incluir eu ou você?

Eu não me vejo entre eles. Eu estou entre as vítimas.

Desses 40%, quantos será que são inocentes?

Talvez nem isso, é muito difícil alguém ser preso nesse país. Já vi até entrevista de governador de estado dizendo que naquele estado (era um estado do nordeste, não me recordo qual): "o cara que matou alguém tem que ter muito azar para ser preso". Olha isso!

Tem processos nesse país que rastejam há décadas enquanto os criminosos caminham livres em liberdade enquanto "aguardam julgamento". Fazendo assim novas vítimas.

E a conclusão que o governo chega é que temos que prender menos! Comprar mais tornozeleiras eletrônicas. Gastar mais dinheiro com quem não contribui com nada para a sociedade, apenas lesa a sociedade.

Outra coisa, a primeira prisão é temporária. 30 dias. Depois o advogado do bandido diz que na verdade a vítima dele que pulou 7 vezes na faca dele e o juis solta o vagabundo para responder em liberdade enquanto aguarda o julgamento mais moroso que se pode imaginar. Será que esses 40% não é justamente essa prisão temporária?

E o pessoal fica falando em re-socialização, vocês viram o que os bandidos fizeram nas rebeliões com suas vítimas lá dentro? Arrancaram braços, olhos, mãos, cabeças... Teve um juiz que foi visitar a penitenciária do RN e viu o que chamou de "entulho de corpos", disse que não dava para contar quantos morreram porque estavam desmembrados.

Como é que re-socializa uma pessoa que tem a coragem de arrancar a cabeça de outra?

Para mim esse cara já passou todos os limites. Ele não é mais um ser humano. Ele não tem medo de mais nada. Não respeita nada. Lamentavelmente ele trilhou um caminho sem volta, cada brutalidade dessa cometida a pessoa se desumaniza ainda mais. Como inseri-lo novamente na sociedade?

Como deixar que um cara desse faça qualquer coisa na sociedade? Como deixar ele dirigir uma van escolar, por exemplo? Você deixaria seu filho pegar uma van dessa se soubesse do passado do motorista?

E outra, depois que esse cara ganhou milhares vendendo droga, por exemplo, ele não quer ser re-socializado. Ele não quer trabalhar o mês inteiro, pagar seus impostos, ganhar seu salário honestamente. Ele não quer, ele encontrou outro caminho, muito mais lucrativo. E o pior, ele não tem medo de trilhar esse caminho.

Bom, cada um tem um pensamento.

Eu respeito o seu pensamento @Fëanor você está de parabéns, argumentou muito bem, tem bastante conhecimento. Esclareceu muito.

Mas eu sou muito contrário a conduta do nosso governo, à conduta dos Direitos Humanos, a pagar salário, indenização para criminosos, etc.

Não me vejo entre esses 40%, sempre me vejo entre as vítimas.

Para mim bandido tem direito demais nesse país.
 
“Esse povinho defensor de bandido… quero ver quando for assaltado.”

Isso me lembra o argumento na mesma linha usado por um pessoal não desprezivelmente correlato à turminha do "bandido bom é bandido morto":

"Quero ver ser ateu na hora em que o avião estiver caindo!"

Das falácias presentes no debate político, poucas - talvez nenhuma outra - são ao mesmo tempo tão simplórias e tão lesivas à vida em sociedade quanto essa de utilizar os impulsos mais imediatos e animalescos do ser humano como critério definitivo para se julgar a validade de assertivas polêmicas.

O populismos fazem isso o tempo todo.

É necessário reconhecer, no entanto, que a academia e o establishment em geral têm sua parcela de culpa - a partir do instante em que a população percebe falhas importantes no modelo de mundo que lhe é repassado pela educação formal e pelos meios de comunicação, o povo se insurge, com parcela de razão, contra a "classe" letrada e volta a recorrer ao bom senso/senso comum para a tomada de decisões políticas.

E é isso que a turma hegemônica anti-bolsominion não tem, ou se tem não divulga: uma proposta de solução de curto e médio prazo para o problema da violência no Brasil. Ninguém quer mais ouvir aqueles clichês de "precisamos educar melhor nossas crianças menos desfavorecidas": tomando-se as medidas em t=0 e fazendo-se tudo certo, os resultados vêm em uns 20 anos, e bem, tem mais de 20 anos que esse discurso é ouvido e repetido pelos campos liberais de um lado a outro do espectro político. Mesmo que a hipótese das "mais escolas, menos cadeias" possa ser verídica em algum grau, não dá para esperar que a população, aterrorizada e de saco cheio, vá seguir apostando as fichas no mesmo caça-níquel. Menos plausível ainda é nutrir a expectativa de que o cidadão comum vá reservar um tempo e consultar toda a literatura acadêmica a respeito, tomando notas sobre as ressalvas e detalhes relativos à execução de tal proposta de intervenção.

Para fazer frente ao discurso bolsonarista de tolerância zero à bandidagem, alguém tem que vir com um papo distinto do vigente, que prega a distribuição de oportunidades como solução definitiva para o problema da criminalidade edêmica. E tem que falar de um jeito que o povo entenda.
 
O valor do salário mínimo (para pessoas de bem) atualmente está em R$937,00 correto?

E o preso recebe salário até de R$1.212,64...

Como isso pode estar certo?

Não é o preso que recebe. É a família. E só recebe acima do mínimo se o salário anterior estava acima do mínimo. E apenas se tiver ocorrido contribuição.

Aliás, para trazer números, apenas 7% das famílias de presos recebem esse auxílio.

E vamos lembrar que o preso pode estar atrás das grades injustamente, pois muitos sequer foram julgados.


Se o governo não tem dinheiro para indenizar as vítimas de seu descaso, então que não indenize ninguém. Nem vítima, nem bandido (muito menos bandido!).

Novamente, quem precisa indenizar as vítimas, quando cabível, são os próprios indivíduos que causaram o dano. Está lá no código civil:

TÍTULO IX
Da Responsabilidade Civil

CAPÍTULO I
Da Obrigação de Indenizar​

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.

Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.

Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.

Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.

Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano (art. 188, inciso I).

Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação.

Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:

I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;

II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;

III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;

IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;

V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.

Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.

Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.

Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.

Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior.

Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.

Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.

Art. 939. O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a lei o permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro.

Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição.

Art. 941. As penas previstas nos arts. 939 e 940 não se aplicarão quando o autor desistir da ação antes de contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver indenização por algum prejuízo que prove ter sofrido.

Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação.

Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932.

Art. 943. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.


CAPÍTULO II
Da Indenização​

Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.

Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, eqüitativamente, a indenização.

Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.

Art. 946. Se a obrigação for indeterminada, e não houver na lei ou no contrato disposição fixando a indenização devida pelo inadimplente, apurar-se-á o valor das perdas e danos na forma que a lei processual determinar.

Art. 947. Se o devedor não puder cumprir a prestação na espécie ajustada, substituir-se-á pelo seu valor, em moeda corrente.

Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:

I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;

II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima.

Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.

Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.

Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez.

Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho.

Art. 952. Havendo usurpação ou esbulho do alheio, além da restituição da coisa, a indenização consistirá em pagar o valor das suas deteriorações e o devido a título de lucros cessantes; faltando a coisa, dever-se-á reembolsar o seu equivalente ao prejudicado.

Parágrafo único. Para se restituir o equivalente, quando não exista a própria coisa, estimar-se-á ela pelo seu preço ordinário e pelo de afeição, contanto que este não se avantaje àquele.

Art. 953. A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação do dano que delas resulte ao ofendido.

Parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo material, caberá ao juiz fixar, eqüitativamente, o valor da indenização, na conformidade das circunstâncias do caso.

Art. 954. A indenização por ofensa à liberdade pessoal consistirá no pagamento das perdas e danos que sobrevierem ao ofendido, e se este não puder provar prejuízo, tem aplicação o disposto no parágrafo único do artigo antecedente.

Parágrafo único. Consideram-se ofensivos da liberdade pessoal:

I - o cárcere privado;

II - a prisão por queixa ou denúncia falsa e de má-fé;

III - a prisão ilegal.

Ao pedir que o estado também indenize, você está pedindo por uma redundância de indenização. Não faz sentido.

Auxílio-Reclusão para mim é sim privilegiar o bandido que a vítima.

Mas o suposto bandido não recebe nada do auxílio-reclusão. Quem recebe é a família dele.

E novamente, não é privilegiar. São fatos diferentes e responsabilidades diferentes.

O cara matou alguém, então ele é um herói, o governo tem que inteceder por ele, pagar salário. Já a família da vítima dele que fique a ver navios, para eles não tem direitos humanos.

Herói como? Onde alguém disse isso?
Como não tem direitos humanos? Olha ali em cima o código civil dizendo em detalhes uma série de reparações cabíveis às vítimas e suas famílias. O cara vai lá e comete um crime contra você. O estado prende o cara, tira grana e/ou bens dele para te indenizar, e aplica uma pena de reclusão. E tipo, é assim em todo país desenvolvido, em todo estado democrátivo de direito. Além dessas ações, o que mais você acha que deve ser feito pelos ~direitos humanos~?

Veja se o governo não prioriza bandidos. Lembra daquele traficante de drogas brasileiro preso e condenado a morte na Indonésia? Como é que pode a nossa Chefe de Estado, nossa Presidente, a pessoa maior (até então) no país, Dilma Rossef, interceder pelo traficante?! Que loucura é essa? Só porque ele era brasileiro? Quantos foram as vítimas desse traste? Quantas famílias foram destruídas por causa dessa porcaria de droga que esse desumano vendeu para enriquecer ilegalmente? E aí a nossa presidente intercede pelo criminoso? Por que ela não se preocupou em interceder pelas vítimas dele?

Para mim isso é a Sociedade do Ao Contrário.

Primeiro, que esse tipo de coisa diz respeito a convenções internacionais e a acordos firmados tanto em caráter multilateral quanto bilateral. Se o quesito é esse, então talvez todos os países que firmaram esses acordos sejam sociedades ao contrário.

Segundo, isso é cherry-picking. Vamos ampliar o número de exemplos. Que tal começarmos falando daquelas centenas de milhares de presos sem julgamento pelos quais ninguém intercede?

Eu não me vejo entre eles. Eu estou entre as vítimas.

Desses 40%, quantos será que são inocentes?

Se você não consegue se imaginar sendo preso por algo que não cometeu, talvez lhe falte empatia. Se você imagina que não possa ser um próximo Amarildo, talvez seja apenas porque você não mora na favela e não convive com abusos frequentes da polícia. E não adianta falar nos traficantes e demais criminosos na favelas, todo mundo sabe que eles existem. Estamos falando do abuso policial, que também existe. Se lhe parece impossível ir parar atrás de uma cela por algo que não fez, é porque essa realidade é mais distante de quem não vive em condições marginalizadas.

Tem processos nesse país que rastejam há décadas enquanto os criminosos caminham livres em liberdade enquanto "aguardam julgamento". Fazendo assim novas vítimas.

Assim como existem muitos que aguardam julgamento atrás das grades, enquanto as prisões já estão superlotadas. Volto a dizer o que já disse: "Tem muita coisa errada no Brasil, com certeza. Mas no que tange a esses princípios (e não sua execução), eles estão alinhados com o de qualquer sociedade desenvolvida, inclusive daquelas que às vezes nos deixam com vontade de abandonar o país."

Sobre todo o resto, ressocialização, etc., vou me furtar de tecer mais comentários, pois estou sem tempo e o assunto já desviou demais. Essa é uma discussão que pode se estender indefinidamente, e cujas opiniões tendem a estar fortemente enraizadas. Mas se quiser se aprofundar mais sobre o comportamento das pessoas atrás de celas em situações degradantes, digo só mais duas coisas: visite uma prisão superlotada e leia sobre o experimento de aprisionamento de Stanford, conduzido com pessoas não-criminosas.
 
Feanor é católico? Se for vai ser canonizado e virará o patrono das pessoas pacientes. Gerbur não quer entender, não vai mesmo mudar de ideia. Prefere a opinião dele do que a realidade e os fatos.
 
Feanor é católico? Se for vai ser canonizado e virará o patrono das pessoas pacientes. Gerbur não quer entender, não vai mesmo mudar de ideia. Prefere a opinião dele do que a realidade e os fatos.

Morfindel, eu tenho minha opinião (e como eu, muitos). Fëanor e você tem outra e tudo bem. Qual o problema?

"Prefere a opinião dele do que a realidade e os fatos"

Então só existe 1 verdade? A sua? E quem pensa diferente "não quer ver a realidade e os fatos"?

É perigoso pensar assim.
 
Agnóstico. Um agnóstico que "defende bandidos". Quem vê até pensa que eu sou de esquerda. :lol:

:abraco: Vem cá camarada! :abraco:

Morfindel, eu tenho minha opinião (e como eu, muitos). Fëanor e você tem outra e tudo bem. Qual o problema?

"Prefere a opinião dele do que a realidade e os fatos"

Então só existe 1 verdade? A sua? E quem pensa diferente "não quer ver a realidade e os fatos"?

É perigoso pensar assim.

Perigoso é criar uma opinião alheia aos fatos. Ignorar dados, números, provas, pra não ter que mudar uma opinião baseada apenas em uma vivência individual.

É como aquela imagem de 2 caras observando um número. De um lado parece um 6, do outro um 9, logo os dois estão certos. E não, não estão. Apenas um está correto. O que deve ser feito é questionar. Ver se existem números próximos, entrar em contato com quem colocou aquele número ali, etc... já que na real aquilo é ou um 6 ou um 9. O que é importante, "ganhar" uma discussão ou alcançar a verdade por meio do debate?

Existem ideologias que sim, podem ser complexas demais para dizer que apenas uma está certa. Agora negar a verdade sobre algo como o sistema prisional brasileiro, ainda mais depois dessa aula gratuita dada pelo @Fëanor , apenas por "opinião", é falta de sabedoria.
 
Agora negar a verdade sobre algo como o sistema prisional brasileiro,
o sistema prisional brasileiro é uma vergonha.
o sistema educacional também.
a saúde também.
a segurança pública também.
e todos as outras coisas que o estado brasileiro deveria nos garantir é vergonhoso.
To pensando em algo que o estado nos fornece com qualidade e não consegui lembrar.
Talvez as grandes universidades públicas sejam boas, mas o orçamento delas é bem maior do que deveria ser.
Enfim, entre gastar com sistema prisional, acho que tem muitas outras coisas para melhorar.
 
Mas a verba existe para todos. Não tem essa de prioridade. Gastar bem com prisão não implica em deixar de gastar bem com saúde.
 
Atualizando o resultado do meu teste:

Economic Left/Right: 4.0
Social Libertarian/Authoritarian: -5.79

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Perigoso é criar uma opinião alheia aos fatos. Ignorar dados, números, provas, pra não ter que mudar uma opinião baseada apenas em uma vivência individual.

É como aquela imagem de 2 caras observando um número. De um lado parece um 6, do outro um 9, logo os dois estão certos. E não, não estão. Apenas um está correto. O que deve ser feito é questionar. Ver se existem números próximos, entrar em contato com quem colocou aquele número ali, etc... já que na real aquilo é ou um 6 ou um 9. O que é importante, "ganhar" uma discussão ou alcançar a verdade por meio do debate?

Existem ideologias que sim, podem ser complexas demais para dizer que apenas uma está certa. Agora negar a verdade sobre algo como o sistema prisional brasileiro, ainda mais depois dessa aula gratuita dada pelo @Fëanor , apenas por "opinião", é falta de sabedoria.

Quem disse que minhas palavras são apenas opinião por opinião?

Por acaso eu também não citei fatos?

Como a Prisão Temporária de 30 dias.

Como a morosidade do sistema para julgar qualquer coisa nesse país (exceção é a Lava-Jato).

Como o fato de muitos criminosos andarem em liberdade enquanto esperam julgamento?

Como vários atos de atrocidade cometidos por criminosos que já nada tem de humanos, não se importam com a vida de suas vítimas nem nada.

Como o fato desse auxílio-reclusão chegar a mais de R$1.200,00 reais e o salário mínimo de um trabalhador honesto ser R$937,00. Portanto, MENOR que o auxílio-reclusão.

Como o fato que as famílias do preso recebem dinheiro do governo e as famílias das vítimas não recebem.

Tudo isso são fatos também, meu amigo. Isso tudo também é a realidade, a verdade.

Acontece que o meu ponto de vista dá mais peso para isso tudo que é o ponto de vista da vítima. Enquanto hoje em dia muito pouco se fala dessas verdades também, hoje em dia o mais comum é tomar o ponto de vista do preso e defender melhorias para essa "categoria". E isso eu acho errado.

Outro dia no programa da Fátima Bernardes ela perguntou a um grupo de pessoas se tivesse 2 feridos e eles pudessem ajudar apenas 1 quem eles ajudariam? O policial ferido, mas não mortalmente ou o traficante ferido mortalmente? Quem eles escolheram ajudar? O bandido. Eu acho errado. Estou cansado de ficarmos o tempo todo escolhendo o criminoso ao invés dos policiais e das vítimas. Os PMs do Rio de Janeiro fizeram até uma Campanha: "Escolha pelo policial". O que eu apoio. Agora isso não significa que não tenham policiais bandidos também. Claro que existem.

Mas eu só acho que gastamos muito tempo e energia para defender direito de quem não se importou com os direitos dos outros.

Tem um pesamento do Victor Hugo que diz o seguinte:

"Quem protege o lobo,
Condena a ovelha".

Quem dera a verdade fosse uma só e imutável. Quem pensa assim são os ditadores que querem ser canonizados enquanto seus inimigos devem ser calados, porque eles não suportam quem pensa diferente.

Eu parabenizei o Fëanor, acho que ele tem bons argumentos. Eu tenho outros, pois defendo um ponto de vista diferente. Mas meus argumentos são também baseados em fatos e em uma realidade que muitos sofrem, os que foram vítimas. E meus pensamentos não são esdrúxulos só porque eu não estou defendendo os direitos dos bandidos como a mídia faz fortemente.

Quer ver como a mídia escolhe sempre pelos bandidos? Recentemente um helicóptero da polícia foi derrubado por traficantes. No dia seguinte algumas pessoas foram mortas na favela. O que a mídia divulga e fica em cima? Se a Corregedoria está investigando os policiais, quem foram os autores dessas mortes na favela, etc. A mídia não questiona quem foram os autores da queda do helicóptero. Interessante, não é?

Se a "verdade e os fatos reais" fossem uma só, então todos pensariam e agiriam da mesma forma. Se há diferentes opiniões é porque há diferentes verdades, fatos, etc.

Mas cada um viveu o que viveu e defende o que defende.
 
Blablabla genérico...

Quer ver como a mídia escolhe sempre pelos bandidos? Recentemente um helicóptero da polícia foi derrubado por traficantes. No dia seguinte algumas pessoas foram mortas na favela. O que a mídia divulga e fica em cima? Se a Corregedoria está investigando os policiais, quem foram os autores dessas mortes na favela, etc. A mídia não questiona quem foram os autores da queda do helicóptero. Interessante, não é?

Acontece que o helicóptero não foi derrubado por traficantes.

https://noticias.uol.com.br/cotidia...nao-foi-atingido-por-tiros-diz-secretario.htm

:roll:

Atualizando, praticamente na "mosca".

Isentão tucano detectado.
 
Esses testes políticos têm problemas de interpretação que vão para além daqueles da validade dos rótulos de "esquerda/direita" e "autoritário/libertário".

No caso do Political Compass, eu nunca sei se os ítens procuram avaliar minha utopia pessoal ou minha preferência para a eleição de amanhã. Ou ainda, se eu tenho que transportar o quiz para a realidade brasileira ou se eu devo fazer de conta que sou um cidadão anglo-saxão, já que várias das perguntas e quase todos os materiais extras do site são voltados para a anglosfera.

Deve ser um exercício interessante responder esses testes várias vezes, adotando um ponto de vista fixo em cada um deles, e ver se dá alguma diferença.

Anyway, tá o meu aqui (sem tentar fixar uma abordagem):

chart
 
Última edição:
No caso do Political Compass, eu nunca sei se os ítens procuram avaliar minha utopia pessoal ou minha preferência para a eleição de amanhã. Ou ainda, se eu tenho que transportar o quiz para a realidade brasileira ou se eu devo fazer de conta que sou um cidadão anglo-saxão, já que várias das perguntas e quase todos os materiais extras do site são voltados para a anglosfera.

Eu respondo considerando a realidade daqui, que consigo julgar melhor. Mas isso pode gerar algum viés mesmo, já que o teste foi desenvolvido tendo um contexto diferente em mente. Por conta desses e outros problemas, o negócio é tomar o resultado como uma mera aproximação. Até porque o resultado do teste dá uma precisão em casas decimais para algo que não é assim tão quantificável, e que tende a sofrer alguma mudança ao longo do tempo.
 

Valinor 2023

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