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Plano do ensino médio abre mão de artes e educação física e repete meta

Fúria da cidade

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Plano do ensino médio abre mão de artes e educação física e repete meta

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Escola estadual Antonio Vieira de Souza, em Guarulhos, na Grande São Paulo

NATÁLIA CANCIAN
MARINA DIAS

DE BRASÍLIA

O novo modelo para o ensino médio, apresentado nesta quinta-feira (22) pelo governo Michel Temer (PMDB), flexibiliza o currículo da etapa, acaba com a obrigatoriedade de disciplinas de artes e educação física e traz um incentivo à expansão do ensino em tempo integral.

As mudanças propostas serão agora levadas ao Congresso por meio de uma MP (medida provisória), para acelerar a tramitação legislativa.

Reforma do ensino médio
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Análise de Sabine Righetti: Reforma não resolve problemas que desembocam no ensino
Leia perguntas e respostas sobre as mudanças

O texto da MP assinada por Temer provoca a maior alteração já feita na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), de 1996. As mudanças terão implementação gradual nas redes de ensino dos Estados, a quem caberá definir a transição para o novo modelo. A expectativa do governo, no entanto, é ter turmas já com a nova proposta a partir de 2018.

O novo modelo irá prever flexibilização do percurso do estudante. Hoje, todos os alunos do ensino médio devem cursar 13 disciplinas em três anos. Com a mudança prevista na MP, somente parte da grade –equivalente a cerca de 1 dos 3 anos da etapa– será comum a todos. Para o restante, haverá a opção de aprofundamento em cinco áreas: linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e ensino técnico.

Ao aluno caberá a escolha da linha na qual deseja se aprofundar. Mas a oferta dessas habilitações dependerá das redes e das escolas. Ao menos duas áreas, entretanto, devem ser oferecidas.

REFORMAS NO ENSINO MÉDIO
Principais mudanças propostas pela medida provisória do governo Temer

O ensino de língua portuguesa e matemática será obrigatório nos três anos do ensino médio. Mas, ao contrário do que previa a LDB, as disciplinas de artes e educação física deixam de ser obrigatórias nessa etapa. Elas continuam obrigatórias apenas da educação infantil ao ensino fundamental.

O secretário de educação básica, Rosseli Soares da Silva, no entanto, nega a mudança. Segundo ele, as duas disciplinas devem fazer parte da base nacional comum. O texto da MP, no entanto, retirou as duas disciplinas do texto anterior da LDB nos trechos sobre o ensino médio.

"Tudo o que constar na base nacional será obrigatório. A diferença é que quando coloca a [oportunidade de escolher] ênfases, só colocamos os alunos que tem interesse em seguir naquelas áreas. Vamos sugerir o aprofundamento. Não adianta queremos ensinar tudo a todos enquanto as habilidades e competências individuais são diferentes", disse.

'FALÊNCIA'

Em discurso no Palácio do Planalto, o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), disse que a reformulação ocorre diante de um cenário de "falência do atual ensino médio", com baixo desempenho em avaliações como o Ideb e altos índices de evasão. "O desempenho de português e matemática é menor hoje do que em 1997. Os jovens hoje têm menor conhecimento em matemática e português do que na década de 90", afirma.

Segundo ele, uma comparação com o sistema aplicado em outros países mostra que o Brasil está hoje "na contramão do mundo". "Temos aí um exemplo do que é o ensino médio brasileiro, com 13 disciplinas obrigatórias, bastante engessado e que coloca o jovem com disposição de não continuar na vida educacional", disse. "O novo ensino médio tem como pressuposto principal a autonomia do jovem. É muito comum o jovem colocar que aquela escola não é a escola que dialoga com ele."

Segundo o ministro, o governo deve investir de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão em dois anos no projeto de fomento ao ensino integral no ensino médio.

Já a meta é atender 500 mil jovens nessas escolas de tempo integral até 2018. "Teremos a responsabilidade de mais do que dobrar o número de alunos beneficiados", afirma ele, que também disse esperar que o texto da MP seja votado na Câmara e Senado até o fim deste ano.

O país registra 1,7 milhão de adolescentes entre 15 e 17 anos fora da escola -16% da população nessa faixa etária, que seria a ideal para o ensino médio.

INTEGRAL

De acordo com o texto da medida provisória, a carga horária mínima de 800 horas anuais para a etapa deve ser ampliada progressivamente para o mínimo de 1.400 horas anuais. Isso representa 7 horas de aulas por dia, o que caracteriza a educação em tempo integral. O texto afirma que essa ampliação deve seguir as metas já dispostas no PNE (Plano Nacional de Educação).

A previsão do PNE é ter, até 2024, ao menos 25% dos alunos de cada etapa de ensino em tempo integral. O país registra hoje 6% das matrículas nessa modalidade no médio. Dessa forma, de acordo com o texto, o governo não revoga a carga mínima de 800 horas já prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996.

Para expandir a oferta de tempo integral, o projeto prevê aporte financeiro do governo federal, de forma temporária, às redes estaduais que criarem novas vagas na modalidade. No entanto, esse valor –calculado por aluno– só será pago nos primeiros quatro anos e "respeitada a disponibilidade orçamentária para atendimento.

O ensino médio ainda poderá ser organizado em módulos e adotar o sistema de créditos ou disciplinas com terminalidade específica, "observada a Base Nacional Comum Curricular", a fim de estimular o prosseguimento dos estudos.


Assim, se um aluno tiver optado por se aprofundar em uma área, mas quiser mudar de opção, ele poderá solicitar a troca. Neste caso, receberá um certificado parcial a cada módulo concluído. "Ele será o protagonista do seu percurso", disse Mendonça Filho.

O texto também flexibiliza a contratação de professores sem concurso para atender a ampliação do ensino técnico. Permite ainda a contratação de professores sem formação específica na disciplina na qual vão atuar, desde que tenha "notório saber".

Para Eduardo Deschamps, do Consed (órgão que representa os secretários estaduais de Educação), a maior oferta de ensino profissional com o novo modelo de ensino médio "cria um enorme incentivo aos jovens que não seguem diretamente para a universidade". "E o mais importante é que a nova legislação não impõe um único modelo para o ensino médio. Ela permite criar novas formas de oferta sintonizadas com as aspirações dos estudantes", afirma ele, para quem a reforma é "urgente e prioritária".

O formato como o governo encaminhou as mudanças, por meio de uma medida provisória, no entanto, gerou polêmica entre educadores. Questionado, o ministro Mendonça Filho negou que a reformulação tenha sido imposta. "Foi uma mudança discutida", disse.
 
Minha vontade seria a de que dobrassem a carga horária de Língua Portuguesa e Matemática no fundamental. Me causa preocupação e extrema angústia que alunos estejam chegando na faculdade com problemas de insuficiência de base a ponto de comprometer seus objetivos. Sem saberem honrar o estudo de causas simples não importará a disposição, quantidade ou variedade das causas nobres incluindo a atração individual por habilidades específicas. Dependendo da deterioração do ensino o que ocorre é só uma redistribuição dos ignorantes informados.
 
O modelo de ensino é o grande problema, é engessado, feito de cima para baixo e desconsidera solenemente as diferenças regionais e culturais. Matemática e Língua Portuguesas andam juntas nas Linguagens de Programação que utilizam Funções, Matrizes e a Tabela Verdade; para ficar nesses exemplos de matérias que não damos importância lá atrás, mas que são fundamentais na atualidade.

A sensação que tenho quando o Governo lanças esses programas de educação serve somente para produzir um trabalhador tipo Windows: um comando, ele sai executando múltiplas tarefas a um baixo custo e quando fica obsoleto, troca-se por outra versão mais rápida e barata. Seria mera coincidência esse plano de ensino ser anunciado antes do projeto de liberar a terceirização? Sendo que, pelos dados do IBGE, o Brasil está enquadrado no fenômeno do inchaço do setor terceirizado por absorver mão-de-obra em subempregos?
 
Exatamente.

É a diferença entre consultar educadores ou empresários para configurar o sistema de ensino básico.
Um vai formar seres com cultura, conhecimento e criatividade. O outro vai transformar o sistema de educação em um curso técnicozão visando unicamente o mercado de trabalho com pessoas funcionando como máquinas super-especializadas não pensantes.
 
O fato é que algumas mudanças são necessárias.
Mas quando o governo vai anunciar algo sempre tende a prevalecer o sentimento inicial de medo, pois é sempre difícil esperar que o que eles implantarão será o melhor.
 
a mudança é necessária, e muita coisa na proposta parece interessante se corretamente aplicada. o problema é que está cheia de furos que deveriam ser debatidos com a sociedade (e digo sociedade porque não acho que seja uma questão a ser debatida só com educadores) antes de qualquer coisa. o que cagou tudo foi esse caráter urgente, mp e afins. se atropelaram em algo que precisa ser feito com muito cuidado, principalmente quando se vende como algo que busca solucionar os problemas do ensino médio.

por exemplo, a questão do aluno escolher a ênfase dos estudos no ensino médio. de primeira você pensa "uou, que legal, odeio física e química, não serei obrigada a estudar isso aí". hmkay. mas vamos pensar com calma sobre o que diz o texto da mp:

"Art. 36. O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional Comum Curricular e por itinerários formativos específicos, a serem definidos pelos sistemas de ensino, com ênfase nas seguintes áreas de conhecimento ou de atuação profissional: I - linguagens; II - matemática; III - ciências da natureza; IV - ciências humanas; e V - formação técnica e profissional. § 1º Os sistemas de ensino poderão compor os seus currículos com base em mais de uma área prevista nos incisos I a V do caput

percebam aqui o problema: o aluno pode escolher, mas o texto desobriga a escola a oferecer as cinco áreas de conhecimento. eu não duvido que em termos de marketing, quanto maior o número de ênfases, melhor será a "fama" da escola. mas aí paramos na questão orçamentária. a estrutura exigida pedirá mais profissionais para dar aula, e dependendo da área, recursos como material de laboratório, oficina e afins. isso se converte em dois tipos de problemas:

1. para o ensino privado: a consequência é que a mensalidade acabará aumentando o preço (e o acesso ao ensino privado se tornará mais difícil justamente por isso)
2. para o ensino público: para se adequar ao orçamento, a escola terá que apertar o cinto e oferecer ênfases que custam 'mais barato', tipo linguagens, ciências humanas e matemática. e a consequência disso? o aluno não estará escolhendo de fato - em alguns casos terá que aceitar o que lhe foi ofertado. isso não é escolha. é tipo aquela frase do ford sobre escolher a cor que quiser para o carro desde que seja a cor preta.

"ana, o governo falou que vai investir muitocentos reais no ensino médio". sim, está previsto no texto da mp. é "Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral". a escola receberá por aluno matriculado, e tem a ver com a manutenção do ensino integral, não da aplicação de um currículo para determinada ênfase. notem, é a reforma vai precisar de uma CARALHADA de dinheiro para funcionar. dinheiro que provavelmente não virá, caso a pec 241 seja mesmo aprovada. há um choque aqui: o texto da pec fala que é hora de segurar as contas da educação (e demais setores, mas vamos nos concentrar na educação porque é o tópico aqui) e a mp do ensino médio prevê uma reforma que precisará de muito investimento. vocês já sabem no que isso vai dar.

eu tenho mais um monte de pontos aqui que me deixam com a pulga atrás da orelha (olha para o avatar, ri), entre eles:

1. aumento de carga horária: como ficará o turno da noite?

2. ainda sobre o aumento da carga horária: se agora não há mais um número definido de dias letivos, isso significa que as escolas podem esticar o calendário para encaixar as horas a mais?

3. notório saber: se há curso de licenciatura para bacharéis e tecnólogos, porque abrir a porteira logo de cara? isso não dá brecha para que distorçam o texto e aí acabem tornando legal uma prática já realizada pelo estado, de contratar gente que ainda nem se formou mas que tem lá um número mínimo de horas cursado na graduação? porque não dá para ignorar que a razão da "falência do ensino médio" se dá TAMBÉM porque falta profissionais e fato na área. se você fala para um cara de administração que ele tem que fazer um mba para subir na carreira ou aumentar as chances de ser contratado, ninguém acha absurdo. por que seria absurdo exigir um curso de licenciatura de um cara que pretende ser professor?

enfim. muita coisa para sair assim, na base da mp. eu ainda tenho aqui para mim que se o governo se concentrasse em cumprir as metas do PNE já veríamos alguma mudança considerável na educação - até porque o PNE tem metas para a educação como um todo, desde a creche até o doutorado. acredito de verdade que parte do problema das notas do ideb está na base recebida, não apenas em como é trabalhada no ensino médio. eu ouvi relatos de professores de ensino médio que tiveram que fazer um trabalho de alfabetização de alunos antes de começar a trabalhar o conteúdo programado de fato. e considerando que a meta 5 do PNE é justamente "alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do terceiro ano", não dá para descartar esses relatos como isolados. até porque sabe como está a situação do brasil até o momento?

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agora pergunto: entochar um monte de aula de português e matemática nessa galera adianta alguma coisa? é um tempo extra para reparar o que não foi feito lá na base? não seria melhor (E MAIS BARATO PARA O GOVERNO E PARA OS PAIS QUE PAGAM ESCOLA PARTICULAR) trabalhar melhor a base ao invés de ampliar o tempo de estudo?

mas é o mal do estilo de governar brasileiro, querer tudo resolvido rápido para que dê tempo de colher os louros antes das próximas eleições.
 
mas é o mal do estilo de governar brasileiro, querer tudo resolvido rápido para que dê tempo de colher os louros antes das próximas eleições.

Isso resume bem a questão. Planejar, discutir e executar é para os fracos.
Bom mesmo é entregar o negócio de qualquer jeito pra dar tempo de sair fazendo "V" na foto. E a próxima gestão que se vire pra consertar. :hxhx:
 
Entrevista

"Você tem de ensinar aquilo que é útil para o aluno", diz Janine Ribeiro
Ex-ministro fala sobre as mudanças no Ensino Médio, que devem ser anunciadas nesta quinta-feira por meio de medida provisória

Por: Guilherme Mazui
22/09/2016 - 04h04min | Atualizada em 22/09/2016 - 08h51min


Ministro da Educação no governo Dilma Rousseff, o professor Renato Janine Ribeiro acompanhou em sua gestão as discussões sobre a mudança do Ensino Médio. Favorável à flexibilização do currículo, ele prega uma educação mais conectada com a realidade.
Nesta quinta-feira, o governo federal deve anunciar mudanças nesta etapa escolar. As medidas serão objeto de uma medida provisória. Na quarta-feira, o ex-ministro conversou com a reportagem sobre o tema.

As mudanças no Ensino Médio já eram discutidas no governo Dilma?
As medidas já estavam em discussão. As mudanças viriam pelo projeto e não eram um ponto de divergência. Só considero a MP um caminho péssimo. É um assunto delicado para você resolver mediante um instrumento que pula a discussão do Congresso.


O senhor concorda com a flexibilização do currículo?
É um ponto essencial. Atualmente, você tem um nível de especialização em certas matérias que é desnecessário para o aluno que não pretende segui-las. Você tem de ensinar aquilo que é útil para ele. E nossa educação continua teimando em não ser assim.

Cinco ênfases para a parte aberta do currículo agrada?
Você não pode dar no Ensino Médio uma introdução a uma faculdade que o aluno não fará. Você tem de pensar numa formação que traga o que de física, química e filosofia ele poderá usar na vida, fazendo ou não faculdade nessas áreas. O ponto controverso é decidir quais são as matérias em que não é preciso entrar no detalhe.

Os Estados, que respondem pela maior parte do Ensino Médio público, terão condições de criar currículos eficientes?
O primeiro problema é garantir as ofertas aos alunos. Esse ponto é fundamental e vai necessitar de mais dinheiro. Exceto escolas grandes, haverá alguma ênfase que terá classes pequenas. Em vez de ter um projeto que dá mais liberdade para o aluno, você pode acabar tendo um que exclui, que obriga alunos a fazerem o que eles não querem.

As mudanças podem melhorar os índices?
Na educação, você precisa acompanhar tudo de perto, e os resultados não são rápidos. O Ideb não examina todas as matérias. Ele é um indicador poderoso, mas temos de levar em conta que a educação tem outras facetas. Tenho particular preocupação com o fato de que filosofia e sociologia, se forem bem conceituadas, dão uma formação humana importante.

Uma ideia é dividir o Ensino Médio em módulos, permitindo ao aluno trancar e retomar os estudos. Isso era discutido na sua gestão?
Tinha muita discussão, mas você tem recursos para garantir isso a todos? Se uma pessoa tranca a matrícula e o sistema educacional não previu isso, uma vaga fica ociosa. Se essa pessoa voltar, estará previsto o retorno? Haverá orçamento? Ou você estará oferecendo algo que não vai entregar depois?

Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-...-para-o-aluno-diz-janine-ribeiro-7537018.html
 
Reforma proposta pelo governo Dilma/Temer, vc quis dizer né? :rofl:
Aprovada pelo governo Temer, né? Assim como a lei antiterrorismo. Que foi um erro Dilma ter acatado tal lei, mas foi Temer que fez uso dela. Seja lá a forma como ela seria implantaria, como dito na matéria postada pelo Ricardo acima, seria discutida, não implementada numa canetada. E muito provavelmente não seria aconselhada pelo Frota, ele nem teria sido recebido.

Vocês é que não querem assumir que defenderam isso e querem fugir da raia agora.
 
"Você tem de ensinar aquilo que é útil para ele"

Mas isso deveria ser o básico do básico. Não sei qual é a dificuldade em implementar isso em todas as escolas de forma gradual. Eu, por exemplo, estudei em uma escola Politécnica que tinha aulas de Técnicas Comerciais, Agrícolas, Domésticas (sim, aprendi a bordar e fazer bolo) e Industriais. E tinha aulas normais de Biologia e Química em um laboratório que servia para todas as classes. Isso, a vinte e poucos anos atrás. E olha onde estamos.
 

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