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Clube de Leitura 15º Livro - Androides Sonham Com Ovelhas Elétricas? (Philip K. Dick)

Clara

Perplecta
Usuário Premium
Conforme indicações e enquete, o 15º livro a ser lido e discutido no Clube de Leitura Valinor é:
Andróides Sonham Com Ovelhas Elétricas?, de Philip K. Dick.

capasandroides.jpg
(Capas de exemplares das editoras: Francisco Alves e Aleph, respectivamente)

As discussões começam na próxima quarta-feira, 23/03/2016 (cronograma abaixo) enquanto isso fiquem à vontade para postar informações e curiosidades sobre o autor e sobre o livro como edições, traduções etc.
Sempre lembrando que links e informações sobre pirataria não são permitidos no fórum Valinor e que todos os membros cadastrados no fórum podem participar, respeitando as regras e diretrizes contidas neste tópico aqui.
=]


Cronograma:
23/03/2016: Capítulos Auckland até 4
30/03/2016: Capítulos 5 até 8
06/04/2016: Capítulos 9 até 12
13/04/2016: Capítulos 13 até 16
20/04/2016: Capítulos 17 até o final

Atenção: fiz o cronograma de acordo com a versão para e-book (kindle) e como sou meio tapada tenho um pouco de dificuldade em visualizar o tamanho dos capítulos no kindle, peço que me avisem se acharam que as leituras ficaram muito curtas ou muito longas.
 
Última edição:
Androides Sonham com Ovelhas Elétricas? | Conheça o livro que deu origem a Blade Runner

Romance de Philip K. Dick volta às livrarias brasileiras; conversamos com o tradutor Ronaldo Bressane sobre o escritor e as adaptações da sua obra ao cinema
27/04/2014 - 23:13 - Natália Bridi

Meses antes da sua morte, Philip K. Dick aguardava ansiosamente a chegada de Blade Runner - O Caçador de Androides aos cinemas. “Ouvi dizer que o filme terá uma estreia de gala como antigamente. Isso quer dizer que vou precisar comprar - ou alugar - um smoking, não é algo que eu queira fazer. Não é meu estilo. Fico mais feliz de camiseta”, declarou o escritor à The Twilight Zone Magazine ao final da sua última entrevista.

A relação de K. Dick com a adaptação de Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?, porém, nem sempre fora tão otimista. Em 1970, passados dois anos da publicação do livro, o produtor Herb Jaffe comprou os direitos para o cinema e foi ameaçado pelo escritor ao mostrar o roteiro criado por seu filho Robert: “Devo bater em você aqui no aeroporto ou no meu apartamento?”. Anos depois, em 1977, o produtor Michael Deeley se interessou pela versão de Hampton Fancher para o livro, dando início a odisseia que resultou no filme lançado por Ridley Scott em 25 de junho de 1982.

Blade-Runner-34-Ridley-Scott-e-Philip-K-Dick.jpg

Na derradeira entrevista dada a John Boonstra, disponível na recém lançada edição do livro pela Editora Aleph, K.Dick conta que chegou a ter um sangramento gastrointestinal causado pelas doses extras de uísque e aspirina consumidos pela preocupação com o roteiro de Fancher. “Eles faxinaram o meu livro e removeram todas as sutilezas. Não havia mais significado. Tudo tinha se tornado uma luta entre androides e um caçador de recompensas”, reclamava o escritor, que mudou de opinião depois de ler a versão revisada por David W. Peoples. Sem ter contato direto com a produção, K. Dick recebeu o novo script após enviar uma carta à produtora Ladd Company elogiando os trechos que vira do filme em um especial para a TV. O escritor acreditava que a colaboração de Peoples transformara o longa e em um complemento do livro e vice-versa - “Você lê o roteiro e depois lê o livro e é como se fossem as duas metades de um metatrabalho, de um meta-artefato. É sensacional”.

Blade-Runner-41.jpg

K. Dick morreu em 2 de março de 1982 depois de sofrer um acidente vascular cerebral e nunca chegou a ver o filme completo. A versão que chegou ao cinema, no entanto, não era exatamente aquela que agradou ao escritor no papel. Considerado confuso e pessimista, o filme de Ridley Scott ganhou uma narração em off de Rick Deckard (Harrison Ford) e um final feliz que descartava toda a construção estética do longa. Ao todo, Blade Runner soma sete versões , do primeiro corte de quase quatro horas à edição final lançada em 2007 - leia mais sobre as diferentes versões do filme.

Sem a narração redundante (que ainda mantém fãs ilustres como Guillermo del Toro) , mais violenta e cética - acrescentando a sequência do sonho do unicórnio que põe em dúvida a humanidade de Deckard -, a última versão de Blade Runner seria mais fiel ao espírito existencialista do livro, o que não necessariamente ganharia a aprovação do autor. “Acho que ele teria gostado de todas”, especula Ronaldo Bressane, tradutor da nova edição, “Não dá pra saber, na verdade, porque K. Dick era ciclotímico e vivia mudando de opinião. (...) O livro na verdade é bem diferente do filme, tem pelo menos duas subtramas paralelas bem mais desenvolvidas. O tom, no entanto, chega a ser ainda mais pessimista do que o filme. Niilista, diria”.

Livro vs. Filme

Blade-Runner-36.jpg

Por mais instáveis que fossem as opiniões de K. Dick, o escritor acertou ao prever a relação complementar entre Androides Sonham com Ovelhas Elétricas? e Blade Runner*. O contato com as duas obras certamente leva a algo maior. Se no livro existe o questionamento do que nos torna humanos, exemplificado pela relações entre homens e animais em um futuro pós guerra nuclear, o filme mostra melhor a ambição de humanidade dos androides, eternizada na colaboração do ator Rutger Hauer na fala do replicante* Roy Batty, o líder dos Nexus-6 fugitivos: “Vi coisas que vocês não acreditariam. Naves de ataque ardendo no cinturão de Órion. Observei raios gama brilharem na escuridão próxima ao Portão de Tannhäuser. Todos esses momentos se perderão no tempo como lágrimas na chuva. Hora de morrer”.

Na devastada Terra de 1992 do livro, a extinção de quase todos os animais transformou a fauna restante em um sinal de aceitação social. Um sujeito integrado precisava comprar e cuidar de um animal. Sem dinheiro, Deckard preenche esse vazio e engana seus vizinhos com uma vergonhosa ovelha sintética. Quando assume o trabalho de “aposentar” os androides Nexus-6, tudo o que pensa é que a recompensa finalmente lhe dará o dinheiro necessário para comprar um bicho de verdade - ao longo da narrativa, o personagem constantemente consulta o catálogo da Sidney’s, que avalia o preço e a raridade dos animais. No filme, que se passa em 2019, os animais sintéticos são incorporados ao ambiente, aparecendo nas tumultuadas ruas e como uma das evidências recolhidas na investigação de Deckard.

Blade-Runner-39.jpg

O cenário de Androides Sonham com Ovelhas Elétricas? é seco, um mundo tomado pela poeira radioativa e pelo entulho, com as coisas criadas pelo homem assumindo o espaço deixado pela humanidade, que fugira para as colônias espaciais. Já o longa mostra uma Los Angeles úmida e sombria por razões mais práticas. Filmar à noite, na chuva e com muito vapor contornava as limitações dos cenários e dos efeitos especiais da época. Ainda assim, os mundos de Scott e de K. Dick compartilham do mesmo aspecto desolador, mostrando uma população que tenta permanecer humana e se adaptar às circunstâncias. Scott cita a revista Heavy Metal como uma das grandes inspirações visuais do filme, com a notável influência dos traços de Mœbius e Enki Bilal nos cenários, objetos de cenas e figurinos dos tipos que preenchem a história de Rick Deckard.

Além das diversas versões do filme, o roteiro foi reescrito inúmeras vezes, com tantas exigências de alterações que levaram a saída de Fancher e quase enlouqueceram Peoples. Diversos trechos sequer chegaram a ser filmados em função do orçamento já estourado do longa. A cena de abertura original colocava Deckard em ação, com o caçador de androides aposentando um replicante em uma cabana em meio a gigantescas máquinas agrícolas. Outra cena revelava Roy Baty emergindo de uma pilha de entulho nas colônias fora da Terra; outra mostrava o desdobramento do encontro entre Roy e seu criador, com a revelação que Dr. Eldon Tyrell (Joe Turkel) morrera há anos e residia em um sarcófago tecnológico. Esses trechos descartados, somados ao corte final de Blade Runner, mostram a riqueza da base fornecida por K. Dick e levam a conclusão do próprio autor, na carta à Ladd Company, de que o filme criara “coletivamente uma forma nova e incomparável de expressão artística e gráfica, nunca vista anteriormente”.

Blade-Runner-40.jpg

No posfácio da nova edição de Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?, Bressane desenvolve uma análise completa dos paralelos entre o cultuado filme e o livro que o originou. Das diferenças entre a Rachel de K. Dick e a de Sean Young (uma criança femme fatale e uma femme fatale criança), à simpatia dos solitários J.R. Isidore (livro) e de J.F. Sebastian (William Sanderson no filme) pelos androides com prazo de validade para viver, passando pelo aspecto religioso, ausente na adaptação, no culto de empatia a Wilbur Mercer, em uma mistura de ensinamentos cristãos e budistas. É um interessante estudo sobre uma obra complexa que se mostra, ao final, mais para o realismo fantástico do que para a ficção científica.

Na sua empolgada carta à produtora de Blade Runner, K. Dick disse que via a sua vida e seu trabalho criativo justificados e completados pelo filme. A realidade não chega a ser bem assim, mas a adaptação levou o nome de Philip K. Dick a um outro público e abriu caminho para o seu futuro filosófico no cinema, criando clássicos como O Vingador do Futuro (1990)e Minority Report (2002).

Adaptações e Mais Adaptações

Com 44 romances e 121 contos, o trabalho de Philip K. Dick já inspirou 12 longas-metragem, incluindo o remake de O Vingador do Futuro - em Realidades Adaptadas, a Aleph reúne sete dos contos do escritor que viraram filmes como O Pagamento, Os Agentes do Destino, O Vidente, Impostor e Screamers. Para Bressane, o mais fiel seria O Homem Duplo (A Scanner Darkly, 2006), de Richard Linklater. “O roteiro é bastante grudado ao livro, embora a composição artística da rotoscopia de Linklater traga um colorido que o original não tem. A escrita de K Dick é mais filosófica e fria, às vezes paranoica. Mas neste filme o conceito de "derretimento da realidade" e a superposição de camadas de real e não-real, temas típicos de K. Dick, estão muito bem estruturados e nos deixam a mesma sensação de melancólico vazio do livro”, explica o tradutor e jornalista, que coloca o filme ao lado de Blade Runner, como “obras autônomas que dialogam de igual com o original, sem trair as motivações filosóficas e estéticas de K. Dick”.

Dos títulos ainda não adaptados do escritor, Bressane aponta O Homem do Castelo Alto como “a obra-prima suprema que ninguém fez”. O romance, publicado em 1962, é uma “ficção especulativa sobre universos paralelos, um dos subgêneros em que K. Dick reinou”, e mostra um como seria o mundo se as Potências do Eixo tivessem derrotado os Aliados na Segunda Guerra Mundial. A história se passa em em 1962, onde os Estados Unidos foram entregues à Alemanha nazista e ao Império do Japão. Em 2013, o Syfy encomendou uma minissérie baseada no livro com roteiro de Frank Sponitz (Arquivo X) e produção Ridley Scott, mas os planos ainda não saíram do papel.

Outros projetos em andamento baseados nos livros de K. Dick incluem a adaptação de Now Wait for Last Year pela Electric Shepherd Productions (produtora da filha do escritor, Isa Dick Hackett), Ubik, do diretor Michel Gondry, a animação da Disney King of the Elves e a aguardada continuação de Blade Runner - nas livrarias, o livro original conta com três sequências autorizadas escritas por K. W. Jeter. “Tem um universo inteiro para os diretores se aventurarem... “, conclui Bressane sobre o futuro do legado de K. Dick em outros meios. Que venham mais adaptações.

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* Dois termos consagrados pelo filme não aparecem no livro. Blade Runner, a alcunha dos caçadores de recompensa, foi encontrada por Fancher em um roteiro do beat William S. Burroughs para o livro de Alan E. Nourse - em um futuro distópico, remédios e equipamentos eram fornecidos por contrabandistas, os bladerunners (algo como traficantes de lâminas). Já o termo replicante teria surgido por sugestão da filha de Peoples. Scott queria um sinônimo de androide sem precedentes e a filha do roteirista sugeriu replicating (replicação), que consiste no processo de duplicação das células para clonagem.




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Fonte: Omelete

PS: esse texto é de 2014 e diz que "O Homem do Castelo Alto" é um dos "títulos ainda não adaptados do escritor", mas em 2015 foi lançada uma série de TV com produção da Amazon.
 
Muito bacana esse texto, @Mireille, mas parei de ler quando começam a revelar as diferenças entre o filme e o livro.
Eu, acho que como muitas pessoas, vi o filme mas ainda não li o livro, então quero aguardar pra descobrir sozinhja as diferenças.
Mas vou ler o texto todo depois de terminar a leitura. =]
E o Philip K. Dick morreu cedo, não?
Tinha 54 anos, ainda podia ter produzido muita coisa. Que pena.
 
Verdade, @Clara . Ele morreu muito repentinamente, é de fato uma pena =(
Ele tinha 54 anos incompletos. Sua obra é muito aclamada, e essa será a primeira vez que terei contato com ela, através deste livro. :-)
Até então também só vi os filmes baseados nas obras.
 
Tava quase começando a ler Valis (que é o que mais tenho interesse do autor) mas vou ler esse com o clube :) o subimarinu ja enviou meu livro, deve ta chegando la pelo inicio da semana que vem. Vai ser legal pra poder (finalmente) conhecer esse autor de quem tenho quase certeza que vou gostar (alguma coisa - talvez uma informações soltas aqui e ali que li - parece me dizer que ele se articula muito mais por ideias amontoadas do que um enredo, uma história, e gosto demais disso :3 ).
E depois rever o filme, que só vi uma vez. Vai ser demais!
 
Não garanto ainda que vá participar mas tentarei.

Clara, acho que o cronograma ficou legal. Tenho Kobo daí conferi a numeração de páginas e ficou assim:
1° semana: 44 páginas
2° semana: 37 páginas
3º semana: 42 páginas
4° semana: 31 páginas
5° semana: 38 páginas

Quanto ao autor, já li uns 3 livros dele. A pegada é sempre a mesma, tanto nos contos quanto nos romances, sempre rola uma desconfiança quanto a natureza da realidade e do protagonista, não que isso seja uma crítica, na verdade o PKD faz isso de uma maneira bastante envolvente então não acaba ficando enfadonho. Pra quem nunca leu nada dele, recomendo fortemente Ubik, do que li dele até hoje foi o que mais gostei.
 
Eu tô acabando de ler um livro e se eu pegar o embalo, quando eu acabar vou tentar participar do clube, pra pelo menos manter alguma leitura.
Honestamente, não sei se vou gostar desse livro ou conseguir ler, pq eu fui assistir o filme e achei chato #mejulguem e não curto muito FC.
Mas como estou tentando sai um pouco da fantasia medieval/high fantasy e ler coisas diferentes e clássicos, acho que é uma boa pedida.
 
Shall we? Se vocês me abandonarem vou fazer um monólogo aqui capítulo a capítulo do livro.

Auckland

Um capítulo que funciona quase como epígrafe. De início confundi Auckland com o nome do protagonista (tinha esquecido que era Deckard, hehe). Auckland não é a capital mas é a maior cidade da Nova Zelândia, pelo menos de acordo com a Wiki. Começo estranho, sabemos que vamos ler uma ficção científica envolvendo andróides e daí nos contam algo sobre uma tartaruga de 200 anos, como será que isso se conecta com o resto?

Capítulo 1

Já de cara conhecemos nossa personagem principal, Rick Deckard, caçador de recompensas. Ele parece abraçar bem o mundo em que vive, mesmo tendo uma disposição natural para o trabalho não deixa de programar seu sintetizador de ânimo para isso. Sua esposa, Iran, não parece partilhar da mesma vibe, não demonstra empolgação com a ocupação do marido e tampouco com o sintetizador de ânimo. Aos poucos a gente vai desvendando a situação em que a Terra se encontra. Já no primeiro capítulo começa a fixação com os pets. Ter um pet ‘exótico’ além de representar status social também é algo que demonstra uma espécie de empatia, um sentimento (?) chave para a trama, como vamos perceber mais para frente. Ficamos sabendo que o Rick não ganha muito bem, vive num prédio relativamente abandonado, nem tanto por condições financeiras, mas sim pelo estado atual do planeta, e também que sua ovelha morreu e foi substituída por uma ovelha elétrica, enquanto isso o vizinho tem cavalo com pedigree e ainda fica ostentando.

Capítulo 2

Esquece o Rick, agora vamos falar de J.R. Isidore, nosso querido cabeça de galinha. Agora sim o leitor percebe a merda que está o mundo. Rolou uma guerra que já não se lembram porque começou tampouco quem ganhou, mas o rolo foi em proporções nucleares e se instalou pelo planeta a Poeira, um resquício de radiação que vai sedimentando aos poucos. Nesse contexto aí a gente tem o Protetor Genital de Chumbo Mountibank que foi apresentado lá no capítulo 01. Supostamente isso aí deve proteger as células germinativas evitando assim que você transfira alterações genéticas para a prole, não me pareceu muito confortável, mas até que faz sentido um negócio desse funcionar. A prole a gente salva, mas vão ficar órfãos rápido já que os pais provavelmente vão morrer de câncer se permanecerem muito tempo nesse ambiente. Enfim, os afetados pela radiação são definidos como Especiais e são “deletados do registro da humanidade”. Cara, o bagulho é punk.
Quem tinha mais dinheiro e seilá, proatividade, emigrou. Marte é uma das opções mas não só, em algum trecho alguém cita “planetas” então a exploração espacial já está rolando solta. Rolava um incentivo, quem migrava ganhava um dróide. “Aquele foi o incentivo crucial para a emigração: o serviçal androide como cenoura, a precipitação radioativa como chibata.” O trecho já ilustra um pouco a visão que as autoridades tinham da população em geral.
Aqui também a gente tem um longo trecho sobre a caixa negra de empatia, não sei se captei a ideia, mas é uma espécie de simulador de realidade, e ela dialoga com o tal do Wilbur Mercer que até o momento me passa a ideia de ser o profeta de uma nova religião, não tenho a menor noçao do que tá rolando nesse pano de fundo religioso aí. Capítulo termina com Isidore ouvindo a televisão de um novo vizinho e pensando em como ele iria lá se apresentar.

Capítulo 3


Bateu o consumismo no Deckard, não vai desistir de comprar um pet que o satisfaça. Começou humilde pensando em um avestruz, não dá mal um capítulo e ele já está de olho na coruja dos outros, vale notar que para os padrões da época a coruja é praticamente um unicórnio!
Aqui acompanhamos o protagonista indo para o trabalho e também a relação em seu escritório. Chegando lá ele percebe que boa parte do seu desejo do final do primeiro capítulo está se realizando: temos alguns andys soltos pela Califórnia e o principal caçador de recompensas do trabalho está fora de serviço. Foi atingido na coluna vertebral por um laser e está incapacitado. Feito, está aí a oportunidade de fazer uma grana e comprar uns pets!
Nesse meio tempo rola um vidfone para dar uma especulada no preço dos bichinhos, se avestruz de verdade não rola quem sabe um elétrico?


Capítulo 4

Agora começa o filme, para ser sincero não lembro muita coisa, mas uma das minhas primeiras lembranças é dessa parte. Deckard fica sabendo que os andys foragidos estão equipados com Nexus-6, permitindo então que sejam modelos mais complexos que os anteriores, e o problema é que talvez o teste de verificação não funcione perfeitamente nesses modelos. O jeito é dar um pulo lá na fábrica e correr uns testes por lá para descobrir se funciona ou não.
No capítulo 3 ou 4 (deu preguiça de conferir) nos é informado que o teste Voigt-Kampff não tem selo do Inmetro, pode ser que o tal teste dê positivo para humanos fazendo com que sejam confundidos com androides (PKD sendo PKD aqui).
Chegando na fábrica o Deckard se impressiona com a coleção de pets do pessoal. Eles tem até guaxinim, produto que tá fora de estoque segundo a Sidney’s! Rola uma antipatia generalizada entre o Deckard e o pessoal da empresa, mas tudo certo, vamos aos testes, alguns androides e um pessoal do grupo de controle, e o teste do Deckard vai ter de discriminar quem é quem nesse rolo. A primeira testada é Rachael Rosen, humana ou androide? Não sabemos, capítulo acaba aí.
 
Última edição:
Shall we? Se vocês me abandonarem vou fazer um monólogo aqui capítulo a capítulo do livro.

Auckland

Um capítulo que funciona quase como epígrafe. De início confundi Auckland com o nome do protagonista (tinha esquecido que era Deckard, hehe). Auckland não é a capital mas é a maior cidade da Nova Zelândia, pelo menos de acordo com a Wiki. Começo estranho, sabemos que vamos ler uma ficção científica envolvendo andróides e daí nos contam algo sobre uma tartaruga de 200 anos, como será que isso se conecta com o resto?

Capítulo 1

Já de cara conhecemos nossa personagem principal, Rick Deckard, caçador de recompensas. Ele parece abraçar bem o mundo em que vive, mesmo tendo uma disposição natural para o trabalho não deixa de programar seu sintetizador de ânimo para isso. Sua esposa, Iran, não parece partilhar da mesma vibe, não demonstra empolgação com a ocupação do marido e tampouco com o sintetizador de ânimo. Aos poucos a gente vai desvendando a situação em que a Terra se encontra. Já no primeiro capítulo começa a fixação com os pets. Ter um pet ‘exótico’ além de representar status social também é algo que demonstra uma espécie de empatia, um sentimento (?) chave para a trama, como vamos perceber mais para frente. Ficamos sabendo que o Rick não ganha muito bem, vive num prédio relativamente abandonado, nem tanto por condições financeiras, mas sim pelo estado atual do planeta, e também que sua ovelha morreu e foi substituída por uma ovelha elétrica, enquanto isso o vizinho tem cavalo com pedigree e ainda fica ostentando.

Capítulo 2

Esquece o Rick, agora vamos falar de J.R. Isidore, nosso querido cabeça de galinha. Agora sim o leitor percebe a merda que está o mundo. Rolou uma guerra que já não se lembram porque começou tampouco quem ganhou, mas o rolo foi em proporções nucleares e se instalou pelo planeta a Poeira, um resquício de radiação que vai sedimentando aos poucos. Nesse contexto aí a gente tem o Protetor Genital de Chumbo Mountibank que foi apresentado lá no capítulo 01. Supostamente isso aí deve proteger as células germinativas evitando assim que você transfira alterações genéticas para a prole, não me pareceu muito confortável, mas até que faz sentido um negócio desse funcionar. A prole a gente salva, mas vão ficar órfãos rápido já que os pais provavelmente vão morrer de câncer se permanecerem muito tempo nesse ambiente. Enfim, os afetados pela radiação são definidos como Especiais e são “deletados do registro da humanidade”. Cara, o bagulho é punk.
Quem tinha mais dinheiro e seilá, proatividade, emigrou. Marte é uma das opções mas não só, em algum trecho alguém cita “planetas” então a exploração espacial já está rolando solta. Rolava um incentivo, quem migrava ganhava um dróide. “Aquele foi o incentivo crucial para a emigração: o serviçal androide como cenoura, a precipitação radioativa como chibata.” O trecho já ilustra um pouco a visão que as autoridades tinham da população em geral.
Aqui também a gente tem um longo trecho sobre a caixa negra de empatia, não sei se captei a ideia, mas é uma espécie de simulador de realidade, e ela dialoga com o tal do Wilbur Mercer que até o momento me passa a ideia de ser o profeta de uma nova religião, não tenho a menor noçao do que tá rolando nesse pano de fundo religioso aí. Capítulo termina com Isidore ouvindo a televisão de um novo vizinho e pensando em como ele iria lá se apresentar.

Capítulo 3


Bateu o consumismo no Deckard, não vai desistir de comprar um pet que o satisfaça. Começou humilde pensando em um avestruz, não dá mal um capítulo e ele já está de olho na coruja dos outros, vale notar que para os padrões da época a coruja é praticamente um unicórnio!
Aqui acompanhamos o protagonista indo para o trabalho e também a relação em seu escritório. Chegando lá ele percebe que boa parte do seu desejo do final do primeiro capítulo está se realizando: temos alguns andys soltos pela Califórnia e o principal caçador de recompensas do trabalho está fora de serviço. Foi atingido na coluna vertebral por um laser e está incapacitado. Feito, está aí a oportunidade de fazer uma grana e comprar uns pets!
Nesse meio tempo rola um vidfone para dar uma especulada no preço dos bichinhos, se avestruz de verdade não rola quem sabe um elétrico?


Capítulo 4

Agora começa o filme, para ser sincero não lembro muita coisa, mas uma das minhas primeiras lembranças é dessa parte. Deckard fica sabendo que os andys foragidos estão equipados com Nexus-6, permitindo então que sejam modelos mais complexos que os anteriores, e o problema é que talvez o teste de verificação não funcione perfeitamente nesses modelos. O jeito é dar um pulo lá na fábrica e correr uns testes por lá para descobrir se funciona ou não.
No capítulo 3 ou 4 (deu preguiça de conferir) nos é informado que o teste Voigt-Kampff não tem selo do Inmetro, pode ser que o tal teste dê positivo para humanos fazendo com que sejam confundidos com androides (PKD sendo PKD aqui).
Chegando na fábrica o Deckard se impressiona com a coleção de pets do pessoal. Eles tem até guaxinim, produto que tá fora de estoque segundo a Sidney’s! Rola uma antipatia generalizada entre o Deckard e o pessoal da empresa, mas tudo certo, vamos aos testes, alguns androides e um pessoal do grupo de controle, e o teste do Deckard vai ter de descriminar quem é quem nesse rolo. A primeira testada é Rachael Rosen, humana ou androide? Não sabemos, capítulo acaba aí.

Bacana!
Vou começar a ler hoje, depois volto pra ler todo seu post e fazer meus comentários. =]
 
Auckland

Um capítulo que funciona quase como epígrafe. De início confundi Auckland com o nome do protagonista (tinha esquecido que era Deckard, hehe). Auckland não é a capital mas é a maior cidade da Nova Zelândia, pelo menos de acordo com a Wiki. Começo estranho, sabemos que vamos ler uma ficção científica envolvendo andróides e daí nos contam algo sobre uma tartaruga de 200 anos, como será que isso se conecta com o resto?
Eu pensei na cidade da Nova Zelândia, mas achei que ia ser o local da história, aí veio a historinha da tartaruga e só então percebi que é um fato, a tartaruga existiu mesmo! Resta saber, como você disse, como isso se conecta com a ficção...

Capítulo 1
O "futuro" é 1992 :P . E existe uma ovelha elétrica! Muito bem... e esses sintetizadores de ânimo? O primeiro pensamento que me ocorre é que gostaria muito de ter "estímulos mentais artificiais" e manipular meu humor, mas logo depois vem a sensação ruim de não poder ter o controle sobre o próprio corpo, exatamente... sei lá. Acho que a Iran sente esse desconforto. Ela também não gosta do silêncio, e já temos uma dica que isso pode ser uma doença chamada "ausência de afeto adequado". E a Terra do jeito que está, tá cheia de silêncio.
Fiquei curiosa pra saber onde que esse tal Mercer se encaixa nisso tudo, as premissas dele parecem ser a base do convívio social.
Ele parece abraçar bem o mundo em que vive, mesmo tendo uma disposição natural para o trabalho não deixa de programar seu sintetizador de ânimo para isso.
Verdade, ele parece ao mesmo tempo conformado com a situação e otimista com o futuro, vide que não pretende emigrar do planeta, mesmo sendo "Normal".

Capítulo 2
Não interessa os motivos e nem as consequências políticas da Guerra Mundial Terminus (GMT), só as danosas ao planeta: a Poeira e a esterilização da raça humana.
Rolava um incentivo, quem migrava ganhava um dróide. “Aquele foi o incentivo crucial para a emigração: o serviçal androide como cenoura, a precipitação radioativa como chibata.”
Não entendi essa lei das Nações Unidas: como ter a companhia de um robô-empregado pode servir de estímulo pra ir embora? o_O
John Isidore parece ser uma pessoa "desajustada", pelo menos é assim que o narrador o introduz: alguém que mora à margem dos centros urbanos, longe da aglomeração de pessoas... não sei se todos os Especiais são assim, ou todos os "cabeças de galinha". O governo ignora os Especiais, acho que toda a população já deve estar condenada a morrer pela radiação, mas pelo menos os Normais tem a chance de salvar a raça humana, perpetuando a espécie, já os Especiais... te lasca aí. Aí dá pra entender o Isidore, como ter uma perspectiva de vida nessa situação? :roll:
O emprego dele é descrito no capítulo anterior, dirige um veículo de uma espécie de "hospital" para animais-robôs. Prevejo um encontro entre Isidore e a ovelha elétrica de Deckard.
Aqui temos mais uma vez a figura do silêncio, mas muito mais opressor. Parece que nosso amigo Isidore sofre de "ausência de afeto adequado", se é que tal doença existe mesmo. Imagino a felicidade em descobrir um potencial vizinho!
E o que dizer da caixa de empatia?! Que bizarro, achava que fosse "só" uma experiência de realidade virtual/aumentada, mas depois descobrimos que afeta o mundo real, pessoas já até morreram. 8O
 
Meu livrin inda tá cheganu... Acho que amanhã tá aqui, pq no rastreamento diz que já está bem perto, na minha cidade...
 
Continuando...

Capítulo 3
Aqui sabemos da existência dos androides do tipo Nexus-6, que segundo Rick reflete: "superavam diversas classes de humanos Especiais em inteligência".
Começou humilde pensando em um avestruz, não dá mal um capítulo e ele já está de olho na coruja dos outros, vale notar que para os padrões da época a coruja é praticamente um unicórnio!
:rofl: também ia querer uma coruja!
Sobre o Teste de empatia Voigt-Kampff: interessantíssima a ideia de usar a empatia como mecanismo de detecção de androides. O argumento é que, inteligência por inteligência, animais também possuem em graus variados, mas a empatia seria algo intrinsecamente humano.
Isso dá todo um significado para duas coisas: a caixa de empatia e a fusão com Mercer, que seria uma experiência completamente humana; e a importância social a se ter animais, pois se você tem um, não deve ser um robô (consegue ter empatia com outros animais).

Capítulo 4
Agora começa o filme, para ser sincero não lembro muita coisa, mas uma das minhas primeiras lembranças é dessa parte.
Tamo junto!
nos é informado que o teste Voigt-Kampff não tem selo do Inmetro
:rofl::rofl::rofl:

Não tenho muito a acrescentar além do que você já disse. É compreensível a apreensão do pessoal da Associação Rosen, ainda mais que a produção desses androides está diretamente relacionada à emigração das pessoas e a colonização de forma geral.

Fiquei com essa reflexão: o quão ruim realmente seria uma sociedade mista, ou seja, formada por androides e humanos? Até que ponto eles são uma ameaça? :think:
 
Vou começar a ler agora... Acabou que eu fui olhar no rastreamento e deu que o livro tinha sido recebido por um tal de diego (que eu não conheço, nem é nenhum vizinho), e aparentemente o fdp estava passando na rua, estava no lugar certo na hora certa e pensando que fosse um celular ou outra coisa de valor, recebeu o pacote por mim. Hj ele veio devolver. Aparentemente ele deu algum jeito de saber o que tinha dentro sem parecer que foi aberto - e mudou de ideia... Ontem ja estava ligando pro subs, mas nao estava funcionando o atendimento por causa do feriado. Agora vou ligar pra reclamar mesmo... Enfim, daqui a pouco volto aqui :)
 
Li os dois primeiros capítulos. Sobre o primeiro, adorei ser jogado já dentro desse mundo totalmente novo, deixando vc descobrir aos poucos o que eles estão falando e qual o seu sentido, que pra eles é corriqueiro. Achei interessante começar esboçando sobre a solidão. E esse dispositivo que permite escolher o estado de animo mental em que se quer estar. E me intrigou a mulher do protagonista - ela não quer estar sujeita a uma desejo alheio ao dela própria em certo momento. E em outro, ela diz experimentar vez ou outra, por escolha, o sentimento da depressão. Parece uma personagem tão vazia por dentro que é preferível sentir mesmo a dor do que nada. Me lembrou daquela famosa frase de Palmeiras Selvagens, de Faulkner: Entre o sofrimento e o nada, eu escolho o sofrimento...

Já no segundo capítulo, adorei a descrição da experiência sensorial da maquina de empatia - que, pelo que vcs falaram já, e pelo carinha ter saído machucado de verdade, parece ter consequências mais reais do que aparenta... E como falei, o jeito como foi descrito, com sinceridade, comoveu. É como se nessa constante batalha experimentada em conjunto (ele sente os outros que tbm estão segurando a maquina) de subir sempre a montanha e sempre voltar do ponto de partida, na repetição, na insistência dessa ação, pareceu-me uma metáfora dos sofrimentos e das batalhas da vida, sentida por toda a humanidade... Bem bonita a passagem.

Estou adorando o estilo enxuto, conciso, direto do autor, introduzindo ideias bem fluida e naturalmente intercaladas à apresentação dos personagens, dando o mínimo de detalhes sobre estes para que nós suplantemos com nossa imaginação o que eles podem estar sentindo... Espero que continue bom assim durante todo o livro :)
 
Ter um pet ‘exótico’ além de representar status social também é algo que demonstra uma espécie de empatia, um sentimento (?) chave para a trama, como vamos perceber mais para frente.
Pois é. Mas não consigo ver empatia nenhuma dele com os bichos, tipo a ovelha morreu de tétano e ele parece que ficou preocupado porque perdeu o status de ter um animal real.
Tipo quando alguém tem um carro foda e perde numa batida ou acidente.
E tem um momento em que o vizinho sugere que ele compre um gato (aparentemente são mais comuns e baratos) e o Deckard diz que não quer um animal de estimação.
Acho que o que ele quer mesmo é ostentar, não que tem dinheiro, mas ostentar que tem empatia e que consegue cuidar de um bicho.
Esquisito.

Aqui também a gente tem um longo trecho sobre a caixa negra de empatia, não sei se captei a ideia, mas é uma espécie de simulador de realidade, e ela dialoga com o tal do Wilbur Mercer que até o momento me passa a ideia de ser o profeta de uma nova religião,
E o que dizer da caixa de empatia?! Que bizarro, achava que fosse "só" uma experiência de realidade virtual/aumentada, mas depois descobrimos que afeta o mundo real, pessoas já até morreram. 8O
Confesso que achei confuso esse trecho e não entendi nada. :dente:

nos é informado que o teste Voigt-Kampff não tem selo do Inmetro, pode ser que o tal teste dê positivo para humanos fazendo com que sejam confundidos com androides (PKD sendo PKD aqui).
Mas apenas humanos com problemas mentais (esquizóides ou esquizofrenicos) não é isso? (Ou eu entendi errado?)

Não entendi essa lei das Nações Unidas: como ter a companhia de um robô-empregado pode servir de estímulo pra ir embora? o_O
Acho que eles são tipo escravos, pelo menos foi assim que entendi, principalmente quando dizem que os andys matavam seus donos e depois fugiam.
Deckard, no fim das contas, não passa de um capitão do mato (lerêêê-lerê...). :rofl:
Fiquei com essa reflexão: o quão ruim realmente seria uma sociedade mista, ou seja, formada por androides e humanos? Até que ponto eles são uma ameaça?
Então, vejo muita semelhança com a história da colonização americana, com a Terra sendo a Europa e os outros planetas as américas.
Andróides seriam os africanos escravizados que então (durante a escravatura e até recentemente) eram considerados por muitos de não terem alma e nem bons sentimentos.

Estou adorando o estilo enxuto, conciso, direto do autor, introduzindo ideias bem fluida e naturalmente intercaladas à apresentação dos personagens, dando o mínimo de detalhes sobre estes para que nós suplantemos com nossa imaginação o que eles podem estar sentindo... Espero que continue bom assim durante todo o livro :)
O mesmo aqui.
Achei que ia ser chato e arrastado, mas li num instante, e já comecei o capítulo da próxima (na verdade esta) semana.
Só tenho uma reclamação:
Sua esposa, Iran, não parece partilhar da mesma vibe, não demonstra empolgação com a ocupação do marido e tampouco com o sintetizador de ânimo.
Por que na maioria das histórias de sci-fi as esposas dos protagonistas são umas chatas de galocha? o_O
 
Li só o capítulo 1 hoje no busão e to com medo de ler os posts de vcs e me perder em spoilers.

O primeiro pensamento que me ocorre é que gostaria muito de ter "estímulos mentais artificiais" e manipular meu humor, mas logo depois vem a sensação ruim de não poder ter o controle sobre o próprio corpo, exatamente... sei lá. Acho que a Iran sente esse desconforto.
Acho que hoje o mais próximo disso seria o rivotril, muita gente utiliza e tem uma sensação reconfortante, principalmente pra dormir.
Já tomei anti-depressivos e minha ideia era de uma falsa felicidade. Parei de tomar por isso.
 
Não entendi essa lei das Nações Unidas: como ter a companhia de um robô-empregado pode servir de estímulo pra ir embora? o_O
É meio o que a Clara comentou, os andys são praticamente escravos nos outros planetas.

Fiquei com essa reflexão: o quão ruim realmente seria uma sociedade mista, ou seja, formada por androides e humanos? Até que ponto eles são uma ameaça?
O problema está no fato que ele estão se aperfeiçoando tanto geração após geração que já é difícil diferenciar quem é humano ou androide. Daí a gente entra naquele problema, eles não tem necessidade de alimentação (apesar que os androides do PKD podem se alimentar como vamos perceber em capítulos futuros ainda que não seja necessário), são mais fortes e mais inteligentes. A qual distância a gente está dos androides perceberem que os humanos são praticamente um fardo para o planeta e resolverem se livrar de nós? Alguém chama o Asimov e cria logo as leis da robótica ou do contrário vai dar merda.

Eu gostei da Iran, hahah. Acho que o Gabriel falou bem sobre ela no post dele quando mencionou ela. A Iran tem uma profundidade a mais em relação aos demais personagens da história, salvo exceção o Rick, que parecem já estar completamente resignado àquele mundo.

Mas não consigo ver empatia nenhuma dele com os bichos, tipo a ovelha morreu de tétano e ele parece que ficou preocupado porque perdeu o status de ter um animal real.
É bem por aí mesmo, Clara. O negócio fica tão do avesso que rola uma necessidade de ostentação da empatia. Parece raso mas quando a gente para e analisa até que não é tanto. Na minha opinião, não é uma ostentação como um fim em si, mas uma necessidade de que os outros percebam que você é humano e que se preocupa com a vida (no caso aí dos animais) numa Terra com uma realidade bastante desalentadora com o tanto de regiões abandonadas e ameaçada constantemente pela Poeira.

Confesso que achei confuso esse trecho e não entendi nada. :dente:
Hahahah, também fiquei perdido nisso aí, e ó... até o final do livro a situação não vai melhorar muito cada vez que surgir a caixa de empatia ou o mercerismo. Até o final a gente debate isso aí, mas pra mim ficou como questão aberta ou eu que brisei em algum momento importante e perdi o fio da meada.

Mas apenas humanos com problemas mentais (esquizóides ou esquizofrenicos) não é isso? (Ou eu entendi errado?)
Isso! Apenas humanos com problemas mentais (aquela síndrome em específico) que correm o risco de ser confundidos com andys. Mas né, se isso pode ocorrer o contrário também é possível, se o teste tem possibilidade de confundir andys com humanos já vai tudo pro ralo.


Alguém puxa a discussão da semana aí, é que eu terminei o livro já e os capítulos são muito curtos, daí não sei mais o que aconteceu em cada capítulo, se eu for tentar vou acabar mandando spoiler em todo mundo. :(
 
Acho que eles são tipo escravos, pelo menos foi assim que entendi, principalmente quando dizem que os andys matavam seus donos e depois fugiam.
É meio o que a Clara comentou, os andys são praticamente escravos nos outros planetas.
Putz!! Essa ideia é tão fora da nossa realidade que até deu tela azul no meu cérebro :dente:
Por que na maioria das histórias de sci-fi as esposas dos protagonistas são umas chatas de galocha? o_O
Confesso que isso me passou pela cabeça também hahahah
A qual distância a gente está dos androides perceberem que os humanos são praticamente um fardo para o planeta e resolverem se livrar de nós?
E como vão descobrir quem são humanos? :rolleyes: tô sendo chata, entendi o que você quis dizer :lol:. É que é inevitável pensar nos androides desse universo e não ter certa pena de "aposentá-los", como seres conscientes.
Alguém puxa a discussão da semana aí, é que eu terminei o livro já e os capítulos são muito curtos, daí não sei mais o que aconteceu em cada capítulo, se eu for tentar vou acabar mandando spoiler em todo mundo. :(
O capítulo 5 é interessantíssimo: Deckard aplicando o teste de Voigt-Kampff em Rachael Rosen. As perguntas são bem curiosas, todas relacionadas a empatia como era de se esperar.
(apenas uma observação, psicopatas não tem quase empatia também, né? Será que o autor pensou nisso? :think:)
Mas confesso que achei fácil demais a detecção da Rachael, dessa vez o filme me trollou... se não me engano, lá o Rick tem bastante trabalho com ela...
O mais triste é que a coruja era artificial!! :cry:
 

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