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Escola de Princesas prioriza papel tradicional da mulher

ricardo campos

Debochado!
In Memoriam
BÁRBARA FERREIRA
Com paredes cor-de-rosa, brasões, escadarias, louças finas e lustres, Belo Horizonte acaba de ganhar um castelo. Mas, ao contrário daqueles dos contos de fada, nele as mocinhas não nascem. Elas são transformadas. Remontando a um universo fantástico de fábulas de um mundo mágico inspirado em tradições ancestrais, a Escola de Princesas, no bairro Santa Lúcia, na região Centro-Sul – primeira do tipo na capital –, já recebe meninas de 4 a 15 anos e tenta ensinar a elas esses valores adaptados à realidade do século XXI.

Na instituição, as meninas aprendem etiqueta, comportamento, corte e costura, como arrumar uma mesa, servir a família e como se relacionar com amigos, parentes e até com os futuros maridos. A filial de Belo Horizonte foi inaugurada na última quinta-feira e, ao mesmo tempo em que já recebe uma demanda grande de alunas, preocupa especialistas, que acreditam que seus ensinamentos impõem noções equivocadas de um modelo de mulher.

Para as futuras “princesinhas” que chegam ao local, o cor-de-rosa excessivo e chamativo, as miçangas, os adereços e tudo o que as remete à fantasia são de fazer brilhar os olhos. Enquanto conhecem o espaço, os suspiros são de encantamento. Já na entrada, uma princesa as recebe. No andar de cima, outra. Ambas com vestidos rodados, brilhos, sapatinhos de cristal e um andar flutuante. “É maravilhoso. Nos sentimos realmente como princesas”, conta Júlia Vargas, 12.

Cultivando a corrente do “escolhi esperar”, muito disseminada na juventude cristã, que acredita na importância de “se guardar”, para o casamento, dentro dos valores da Escola de Princesas – mesmo sendo voltada para crianças – está a espera pelo príncipe, e o aprendizado de como ser a mulher permanente e manter o seu casamento. A proprietária da franquia, Nathália de Mesquita, 38, usa o seu exemplo de vida para mostrar a importância de um bom casamento. “Não há ensino religioso na escola, mas tenho minhas crenças e uso muito meu exemplo para ensinar as meninas”, afirma a psicopedagoga.

Suposição. A professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e especialista em gênero e educação Adla Betsaida critica a metodologia. Ela afirma que a parte em que as mulheres são colocadas como parceiras permanentes e provisórias é agressiva. “Primeiro, isso aceita a infidelidade conjugal, ou mostra que toda a manutenção do casamento depende da boa vontade da mulher. Não é relação a dois, é relação em que só a mulher cuida”.

Além disso, a professora se preocupa com a suposição de que essas meninas querem apenas se casar e ter filhos. “Hoje temos várias mulheres que não querem se casar e ter filhos, ou querem ter vários relacionamentos. Essa visão é uma coisa muito antiga”.

Fonte: http://www.otempo.com.br/cidades/escola-de-princesas-prioriza-papel-tradicional-da-mulher-1.1149024
 
Se tiver bastante procura é porque deu certo e foi uma boa ideia.
 
Se tiver bastante procura é porque deu certo e foi uma boa ideia.
Ser uma boa ideia em termos de empreendimento não muda o fato de ser uma ideia bem bosta.

A gente aqui, discutindo violência à mulher, pedindo igualdade de gênero e uma 'psicopedagoga' usando coisas que atraem todas as meninas (quem nunca foi uma Princesa?) pra ensinar uma doutrina de servidão, submissão e cerceamento da própria individualidade às crianças
 
Tava mais pelo lulz. Deixo aí meus dois centavos, se valer tanto.
Não ficou claro pra mim se isso é uma escola normal com coisas extras, ou se ela toda é só coisa complementar. :think: De qualquer modo, os pais têm o direito de repassar aos seus filhos os seus valores (mesmo que uma "especialista" diga que são "ultrapassados"), e podem fazê-lo, por falta de tempo ou capacidade, matriculando os filhos em instituições que o façam por eles. Da mesma forma que eles já repassam parte desses valores através da religião e no dia-a-dia dentro de casa. Mas não me surpreende nada que até isso queiram tirar dos pais: já vi gente neste fórum defendendo a ideia de que religião não deveria ser ensinada à criança. Quais os valores "válidos" de ensinar, os da última atualização do software humano, é que eu gostava de saber quais são.

Isso dito, eu não matricularia minha filha nisso aí. Se o dinheiro estivesse sobrando, pagava um tutor particular para ensinar artes liberais clássicas, latim, grego, whatever no conforto de casa e sem mongolice cor de rosa.
 
O teor do curso, @Calib

A IDENTIDADE DE PRINCESA


VIDA DE PRINCESA (CONCEITOS)
CARÁTER (INTERNO) DA PRINCESA
RESGATANDO VALORES E PRINCÍPIOS ÉTICOS E MORAIS
INDIVIDUALIDADE
AUTO-ESTIMA e EQUILÍBRIO EMOCIONAL
O SONHO DE TODA PRINCESA (DESTINO)
BIOGRAFIAS – EXEMPLOS DE PRINCESAS REAIS E FICTÍCIAS
FORMAÇÃO CULTURAL (Artes/Literatura)
RESPONSABILIDADE SOCIAL (SUSTENTABILIDADE)

OS RELACIONAMENTOS DE PRINCESA


CONCEITO DE RELACIONAMENTO
TIPOS E NÍVEIS DE RELACIONAMENTOS: VALORES E PRINCÍPIOS
AUTORIDADES
AMIGOS OU PARCEIROS?
PROBLEMAS DE RELACIONAMENTOS
COMPETIÇÃO x COOPERAÇÃO
RELACIONAMENTO REAL x RELACIONAMENTO VIRTUAL (REDES SOCIAIS)
UNIÃO
SEMEAR E COLHER

ETIQUETA DE PRINCESA


BOAS MANEIRAS E POSTURA CORPORAL
COMPORTAMENTOS EXTERNOS (CARÁTER EXTERNO DA PRINCESA) – AUTOGOVERNO
ETIQUETA SOCIAL
ETIQUETA À MESA (em CHÁS, LANCHES, DO ALMOÇO DO DIA-A-DIA EM FAMÍLIA AOS JANTARES DE GALA)
ORGANIZAÇÃO PESSOAL – ORATÓRIA – NETQUETA

ESTÉTICA DE PRINCESA


CONCEITOS DE ESTÉTICA
HIGIENE PESSOAL
SAÚDE DO CORPO – ESPORTE E ALIMENTAÇÃO
A IMPORTÂNCIA DA APARÊNCIA PESSOAL
BELEZA – CABELO E MAQUIAGEM
MODA – ROUPAS E ACESSÓRIOS

O CASTELO DE PRINCESA


LIMPEZA, ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO (GERENCIAMENTO) DO AMBIENTE
EDUCAÇÃO FINANCEIRA (ORÇAMENTOS, COMPRAS, etc)
MORDOMIA
PRENDAS DE PRINCESA (CORTE E COSTURA, CULINÁRIA BÁSICA, LAVANDERIA, PRIMEIROS SOCORROS, etc)

DE PRINCESA A RAINHA


RESTAURANDO OS VALORES E OS PRINCÍPIOS MORAIS DO MATRIMÔNIO
À ESPERA DO PRÍNCIPE (COMO SE GUARDAR)
SER A ‘PASSAGEIRA’ OU A ‘ETERNA’ ?
EDUCAÇÃO / ORIENTAÇÃO SEXUAL
 
Não tá pior que muito curso superior por aí. :lol:
Mesmo que não se possa saber a fundo o que cada um pretende, quais tópicos você destacaria como nocivos à educação da criança/adolescente?
 
Tava mais pelo lulz. Deixo aí meus dois centavos, se valer tanto.
Não ficou claro pra mim se isso é uma escola normal com coisas extras, ou se ela toda é só coisa complementar. :think: De qualquer modo, os pais têm o direito de repassar aos seus filhos os seus valores (mesmo que uma "especialista" diga que são "ultrapassados"), e podem fazê-lo, por falta de tempo ou capacidade, matriculando os filhos em instituições que o façam por eles. Da mesma forma que eles já repassam parte desses valores através da religião e no dia-a-dia dentro de casa. Mas não me surpreende nada que até isso queiram tirar dos pais: já vi gente neste fórum defendendo a ideia de que religião não deveria ser ensinada à criança. Quais os valores "válidos" de ensinar, os da última atualização do software humano, é que eu gostava de saber quais são.

Isso dito, eu não matricularia minha filha nisso aí. Se o dinheiro estivesse sobrando, pagava um tutor particular para ensinar artes liberais clássicas, latim, grego, whatever no conforto de casa e sem mongolice cor de rosa.

As crianças são propriedade dos pais?

Em tempo: postei mais como provocação mesmo. Não sei mt bem o q pensar sobre o tema. Por um lado, deveria ser óbvio que os pais são os principais interessado no bem-estar dos próprios filhos, mas, por outro lado, também é óbvio que existem maus pais. Uma criança pode ser vítima de maus pais, mesmo que fora do aspecto físico, mas sim psicológico? Acho que sim né...
 
Última edição:
Acho que você sabe a resposta.
Eu dei a entender que o fossem?

Bom, você editou enquanto eu escrevia.
Whatever.

Ainda fica a pergunta de quais tópicos seriam nocivos às crianças.
 
Acho que você sabe a resposta.
Eu dei a entender que o fossem?

Eu botei uma observação no post anterior, mas a sua resposta foi meio dúbia. Assim como vc não sabe qual é o software correto de valores sociais, ao mesmo tempo vc diz q as crianças não são propriedade dos pais - só que tb diz q os pais tem o direito de passar seus valores para seus filhos (o que eu concordo). E se forem valores neonazistas?
 
Você quer discutir teórica ou pragmaticamente? Na prática os pais ensinarão até neonazismo, se for o valor deles, você gostando ou não. Até porque será feito, na pior das hipóteses, no segredo do lar. Tem como evitar?
Na teoria, sei lá. Não estou nem um pouco a fim disso agora. Você pode fazer as honras e iniciar esse caminho.
 
Olha @Calib,
O problema não é aprender a lavar louça, organizar roupas, "boas maneiras", valores morais, cooperação e etc. O problema é fazer tudo isso sob uma ótica totalmente subserviente. Algumas aulas ali, pra mim são muito problemáticas para serem ensinadas a uma criança nessa ótica, como por exemplo "a importância da aparência pessoal, prendas de princesa, orientação sexual", porque são temas que objetificam a menina desde cedo: tem que ser arrumada, tem que ser prendada, tem que ser héterno cis normativa senão você é uma vergonha pras outras princesas. Ahh, mas aparência pessoal é importante pra ganhar emprego! Posso estar muitíssimo enganada, mas não acho que essas aulas mostrem a importância de um bom emprego pra uma mulher, inclusive li em algum lugar que arranjar um marido é o ponto alto da vida da "princesa".
Acho que a gente não precisa de mais material que gera angústia, questionamentos e tristeza pras meninas. Isso pode até parecer legal pra elas enquanto são crianças porque tem glitter e coroa e tal, eu com certeza iria infernizar minha mãe pra fazer um curso desse se tivesse 6 anos e passasse na frente de um castelo na minha cidade, mas o dano que isso me causaria depois seria imensurável.
A gente não precisa criar mais neuras, mais motivos de angústias pra mulher nenhuma. A sociedade já tem feito isso com sucesso.
 
Você quer discutir teórica ou pragmaticamente? Na prática os pais ensinarão até neonazismo, se for o valor deles, você gostando ou não. Até porque será feito, na pior das hipóteses, no segredo do lar. Tem como evitar?
Na teoria, sei lá. Não estou nem um pouco a fim disso agora. Você pode fazer as honras e iniciar esse caminho.

Deixo o trabalho para os membros do fórum que curtem textão. Da minha parte, posto apenas que concordo com o direito da Ainurian de julgar como errado esse tipo de educação, mas acho que a educação dos filhos cabe somente aos pais - nada de governo proibindo esse tipo de escola de princesas ou assistentes sociais resgatando as crianças dos pais que escolheram essas escolas.

O problema, no entanto, é mais profundo do que isso, já que há vários caminhos possíveis de abusos psicológico que os pais podem submeter os filhos. Como julgar ou proceder? Não sei. Aguardo textões para não ler.
 
É importante perceber que o curso tem um caráter também lúdico, como um parque ou um acampamento, ainda que tente passar valores que julga importantes. Ainda que tenha um conteúdo moral maior, me lembrou certas "escolas de magia" que acontecem até mesmo no Brasil, tentando imitar a experiência de viver em escolas como Hogwarts. Então há de se julgar a iniciativa tendo em vista essa caráter lúdico, que decerto é o principal. Já o conteúdo moral propriamente dito, não é tão diferente do que se encontra em igrejas ou meios mais conservadores, se muito.

Não que tenha morrido de amores pela iniciativa, provavelmente não colocaria uma filha no curso nem se fosse barato, mas quem escolhe como se dará a educação dos filhos são os pais e não um "especialista em gênero e educação" ou coisa que o valha. A opinião desse tipo de especialista querendo ou não é totalmente irrelevante, já que todos sabemos que sua instrução e formação estão desde seus fundamentos mais básicos já distantes e discordantes dos valores parentais de quem procura o curso - é quase como, sei lá, Richard Dawkins opinar sobre educação religiosa. Nesse sentido o critério de oferta e demanda vai muito bem e obrigado, ele só falha em casos bem excepcionais de abuso, casos dos quais o curso do tópico está muito distante. Esses casos devem ser bem definidos e previstos em lei, e um liberal ou conservador não tem dúvidas que o escopo dessas leis é mínimo, senão nulo. As leis não devem mudar o fato básico e natural que todos somos frutos dos acertos e erros de nossos pais - muito melhor do que impor a todos os acertos e erros de um consenso de especialistas e burocratas.

Se for querer definir quais casos excepcionais o Estado deve lidar, penso que são os casos que a lei já prevê mesmo para adultos, isso é, os casos de agressões físicas ou psicológicas, como também os casos de incitação à conduta criminosa (aqui encaixa-se doutrinação nazista, por exemplo), fora, óbvio, situações de relativo abandono que ameacem a saúde da criança (fome, etc). Fora dessas situações bem autoevidentes, não vejo motivo moral ou utilitário para se restringir a educação parental.
 
Última edição:
Os pais até podem ter autoridade sobre o tipo de educação que os filhos terão, mas o adulto que acha que esses valores são valores importantes é que tem problema. E nossa sociedade está cheia de gente que valoriza isso. O negócio de misses infantis vai de vento em popa, aqui menos que nos EUA, por exemplo, mas ainda tem aqui.

Como disse a Ainurian, no fim se ensinam às meninas que elas estão aqui para agradar, seja a sociedade, seja um pretendente. A criadora deve ter lido muito revistas femininas dos anos 50. Pois só isso pra dar pra alguém essa ideia atrasada.

Não acho que apenas os pais são responsáveis pela criação das crianças, afinal essas crianças não vão viver na floresta, mas em sociedade, sociedade essa que pode ter que lidar com adultos perturbados originados numa criação disfuncional. Qualquer educação que ensine que você tem um papel pré-definido na sociedade é uma educação defeituosa. E mesmo que elas não convivessem em sociedade ainda assim não exime a sociedade de proteger essas crianças. dar uma educação opressora é um tipo de violência, violência psicológica.

Achar que os pais podem dar a educação que quiser para os filhos apenas por que são os pais desses é a mesma coisa que dizer que "em briga de marido e mulher não se mete a colher", lavar as mãos porque não é problema seu.
 
Tenho que concordar com o Haran. A minha colocação sofre oferta-demanda não ser o melhor critério para o sucesso de determinada forma de educar foi como uma crítica mais geral, podendo abarcar situações como uma fictícia (ou não) escola nazista.

Sobre o comentário seguinte, francamente, é muito bonito para ser feito numa roda de violão, mas na hora da aplicação prática, quero ver quem vai querer a sociedade definindo os mínimos detalhes de como você educa o seu filho em casa.

Inclusive, vale lembrar, não somo vítimas da nossa educação na fase infantil, por mais crítica que ela seja.
 
Eu só achei o conceito de "princesa" exagerado. Mas uma escola de boas maneiras... Porque não? O povo não defende tanto a liberdade, liberdade não é poder escolher aquilo que você deseja fazer?

Se uma menina quer aprender a costurar, a se vestir e a se portar como uma aristocrata, deixa ela, se isso a faz feliz.
Lógico, você não pode aplicar certas coisas que eram populares no passado, como o armário do castigo - palmatória - algumas matérias - etc..., mas eu não vejo nada demais nisso tudo.

E outra, esse tipo de educação é pra ser ensinado em casa, só que isso não acontece. A mulher viu isso e abriu um negócio.

Para homens ainda existe esse tipo de escola, pelo menos na Europa. É escola para ser Mordomo, Valete, essas coisas. O problema é que é caro demais (33 mil euros, coisa parecida), eu até tentei achar uma mais barata, mas não consegui. :( Então comecei a ler livros e virei conhecedor. heh.


P.S. - Só pra deixar claro que eu não concordo com o fato da ilusão de "princesa"; mas não vejo nada demais em uma escola de boas maneiras.
 
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