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Presidente do Sinditaxi: pobre não usa táxi e Uber só faz sucesso devido à vaidade

Grimnir

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Presidente do Sinditaxi: pobre não usa táxi e Uber só faz sucesso devido à vaidade
Por: Renan Lopes
21 de julho de 2015 às 12:45
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“Pobre tem que se conformar que ele é pobre. Ele só toma [táxi] quando a mulher vai dar a luz, ou ele quebrou a perna… O pobre não vai querer ter o que o rico tem.” É o que afirma Natalício Bezerra, presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de SP (Sinditaxi) à TV Folha.

O presidente respondia a uma questão sobre a falta de táxis nas periferias da cidade de São Paulo, como Grajaú ou São Miguel Paulista, afirmando que “pobre não quer carro na porta”.

>>> Tudo o que você precisa saber sobre a guerra entre taxistas e Uber

Segundo Bezerra, o Uber está “fazendo os brasileiros de trouxa”, por não agir pelos trâmites legais. O presidente também mostra saber pouco sobre o funcionamento do aplicativo: “Quem sabe de onde eles [os motoristas] vieram? Se são criminosos? Se têm alguma família?”, diz. “Não têm qualificação. Os motoristas de táxi são qualificados”.

Como o Gizmodo Brasil mostrou, os colaboradores do Uber são qualificados e passam por uma checagem de antecedentes criminais no Brasil antes de receberem permissão para dirigir um veículo Uber.

O presidente afirma que o app faz sucesso por apelar para a vaidade: “o ser humano é vaidoso, ele quer um motorista bem vestido, carro preto, parar na porta, abrir… quem olha fala ‘esse cara deve ser um milionário'”, diz.

Bezerra diz também ser um “absurdo” ampliar a frota de táxis na capital paulista: “aumentar número de táxis na cidade de São Paulo é um absurdo”, diz Bezerra durante a entrevista. “Nós temos táxi demais”. A Prefeitura da cidade conta atualmente com cerca de 34 mil alvarás de táxi, um número que ela julga ser eficiente para a população de São Paulo.

Não é abordado, no entanto, que muitos destes alvarás – uma concessão pública – são tratados como bem privado, sendo alugados e vendidos pela cidade. Esta é uma atividade ilegal que todo mundo conhece, até mesmo o governo, como mostramos em nossa matéria sobre a guerra entre Uber e taxistas.

Essa guerra é um assunto delicado, que expõe um conflito entre o mais novo Plano Diretor da cidade de São Paulo e a lei que protege os taxistas. O presidente do sindicato, porém, não vê o Uber como uma alternativa ao transporte público, afirmando que o rodízio de veículos semanal da cidade é uma medida eficiente que pode ser melhorada e ampliada — o que resultaria em um maior número de veículos proibidos de circular diariamente, de acordo com a ideia do presidente.

Bezerra, entretanto, é favorável as bicicletas — o presidente acredita também que “quando as pessoas se acostumarem a irem ao trabalho de bicicleta”, o trânsito também diminuirá.

Você pode ver abaixo a entrevista completa. [TV Folha]

Foto por Nelson Antoine/AP

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:lol: :lol: :lol:

Taí uma boa treta pra motivar esse assunto que não deu as caras aqui ainda. Opiniões sobre o Uber?
 
Esse presidente Bezerra é um grandessíssimo idiota... caramba, como ele fala asneiras!!!

Os taxistas quererem proibir o uso do Uber é equivalente a telefônica (na época) querer proibir o uso de celulares, ou os funcionários lá da Volks q foram substituídos por robôs quererem proibir e destruir todos eles.

É ridículo.

Sem contar com o fato do Uber NÃO enganar os passageiros e nem passar a perna fazendo caminhos e alternativas absurdas pra aumentar o preço.
 
Eu gosto do argumento dele de que tem muito táxi na cidade já. Ué, se o motorista do Uber decidiu entrar no mercado e continuar, então é pq ainda tem demanda. O presidente do sindicato parece masoquista, pq a resposta dele só reforça o argumento de que o Estado deve sim controlar a quantidade de táxis circulando (através do alvarás). É aquilo: Enquanto o taxista não consegue um alvará, a situação é um absurdo, uma injustiça. Depois que consegue, vira um "opa, essa aqui é o meu mercado, sai fora, tem que proteger".
 
Eu vejo o Uber assim como vários outros aplicativos de prestação de serviços, (gostem ou não) chegaram pra ajudar.

Quem reclama de que é ilegal por enquanto ainda tem que baixar a bola, porque a culpa não é de quem criou o aplicativo e sim que não havia uma regulamentação específica que considerasse essa prestação de serviço como algo irregular.

É claro que os taxistas tem a sua parte de razão porque suas licenças para atuarem no mercado tiveram um custo, mas não vejo a proibição simples do aplicativo como o melhor caminho e sim discutir a regulamentação para que seja útil a todos.
 
Última edição:
Parece uma daqueles situações em que alguma injustiça vai ter que rolar: ou o Uber fica e os taxistas que gastaram uma grana com o alvará engolem o choro, ou banem o app e os clientes ficam chupando o dedo.
 
Como os taxistas que pagaram pelo alvará são poucos, quase nada perto da população a ser beneficiada, acho que eles têm mais é que se lascar.
Além do mais, pelo que andei lendo, a corrida do Uber é um pouco mais cara do que a de táxi (é isso, produção?) De modo que o negócio deles não estaria plenamente escanteado.

O que eu penso da minha experiência com taxistas em Poa: 90% dirigem mal, correm demais, fazem barbeiragem, andam com cara de poucos amigos e ainda roubam no troco na maior cara-dura, constrangendo o cliente a não reclamar e sair no prejuízo. Têm mais é que se foder, perder o monopólio e acabar com a mafiazinha mesmo. Se o sistema do Uber tiver um esquema de avaliar cada prestador separadamente se fará um filtro de qualidade em pouco tempo. Chega de barbeiro malandro dirigindo e cobrando por isso.
 
O lado bom dos aplicativos de prestação de serviço é que existe uma tendência cada vez maior de todos eles terem um bom sistema de avaliação pelos usuários de quem presta um bom serviço ter um bom rankeamento e isso é uma referência valiosa. Caberá aos maus taxistas se coçar e melhorar. Não é a toa que muitos deles tão morrendo de ódio, mas é a tecnologia ajudando a melhorar a qualidade do serviço.
 
Como os taxistas que pagaram pelo alvará são poucos, quase nada perto da população a ser beneficiada, acho que eles têm mais é que se lascar.
Além do mais, pelo que andei lendo, a corrida do Uber é um pouco mais cara do que a de táxi (é isso, produção?) De modo que o negócio deles não estaria plenamente escanteado.

Não, pelo contrário. Este sábado usei o Uber pra ir em uma festénha com o Bruno e beber sem preocupações. Chamamos o Uber Black (que teoricamente seria mais caro, pq os carros são, sedam de luxo e tem umas regalias como água, balinhas, wifi, etc) na ida, deu 32 reais, voltamos de taxi, o mesmo percurso deu 38 reais e sem nenhum luxo hahahaha

E outra, se ta tão ruim assim pro taxista, PINTA A PORRA DO CARRO DE PRETO, VESTE UM TERNO E VAI PRO UBER.... INFELIZ!!! :lol:
 
E outra, se ta tão ruim assim pro taxista, PINTA A PORRA DO CARRO DE PRETO, VESTE UM TERNO E VAI PRO UBER.... INFELIZ!!! :lol:

Pra que? Pros outros band..., perdão, taxistas pau-mandado-de-sindicato te cercarem e ameaçarem te bater?

https://tecnoblog.net/181336/taxistas-uber-ameacas/

http://epoca.globo.com/vida/experie...particular-achando-que-e-do-uber-de-novo.html

http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/em-sao-paulo-taxistas-jogam-ovos-em-defensores-do-app-uber
 
Parece uma daqueles situações em que alguma injustiça vai ter que rolar: ou o Uber fica e os taxistas que gastaram uma grana com o alvará engolem o choro, ou banem o app e os clientes ficam chupando o dedo.

Eu acho que não. Antes de definir a (des)regulamentação, a prefeitura poderia fazer um programa de reembolso parcial dessas licenças de táxi. Taxistas que compraram a licença mais recentemente e, por isso, tiveram menos tempo para usufruir da mesma teriam um direito a um percentual maior de reembolso. Para motoristas mais antigos, não se justifica pagar a totalidade de volta, já que eles passaram décadas explorando o monopólio.

Claro, há um peso orçamentário inicial em se fazer isso. Mas a prefeitura pode pagar o reeembolso em parcelas, os mais novos, além de receberem mais, recebem primeiro, etc.

O sistema de licenças poderia ser substituído por um de credenciamento a partir do pagamento de uma pequena taxa, dependendo de como eles resolverem regulamentar o mercado. Pontos de táxi poderiam continuar tendo alguma utilidade, e aí não tem jeito, tem que licitar para as cooperativas ou para qualquer outra empresa interessada a explorar o ponto e que possa satisfazer as condições do contrato. Mas outras empresas e pessoas ficariam autorizadas a explorar o serviço mesmo não tendo pontos na rua.

Outro ponto que será extremamente conflituoso em tal regulamentação é: se se fizer credenciamento, como se fará o discernimento entre o Uber e um sistema de caronas pagas? Alguém vai estabelecer um marco de preço máximo para caronas, baseado no custo de combustível e manutenção do veículo? E como isso será fiscalizado (eu, particularmente, acho impossível fazê-lo)? E como fará para o pagamento de impostos?

E veja, abordando essa última questão, eu não duvido que o Uber porventura cruze a linha para ficar no outro lado do campo.
 
Última edição:
Aqui em SP tinha mais é que baratear o taxi. Tá caro demais e eu prefiro me arriscar com qualquer carona do que pgar quase 100 de taxi da Vila Madalena pra minha casa.
 
Eu acho que não. Antes de definir a (des)regulamentação, a prefeitura poderia fazer um programa de reembolso parcial dessas licenças de táxi. Taxistas que compraram a licença mais recentemente e, por isso, tiveram menos tempo para usufruir da mesma teriam um direito a um percentual maior de reembolso. Para motoristas mais antigos, não se justifica pagar a totalidade de volta, já que eles passaram décadas explorando o monopólio.

Claro, há um peso orçamentário inicial em se fazer isso. Mas a prefeitura pode pagar o reeembolso em parcelas, os mais novos, além de receberem mais, recebem primeiro, etc.

O sistema de licenças poderia ser substituído por um de credenciamento a partir do pagamento de uma pequena taxa, dependendo de como eles resolverem regulamentar o mercado. Pontos de táxi poderiam continuar tendo alguma utilidade, e aí não tem jeito, tem que licitar para as cooperativas ou para qualquer outra empresa interessada a explorar o ponto e que possa satisfazer as condições do contrato. Mas outras empresas e pessoas ficariam autorizadas a explorar o serviço mesmo não tendo pontos na rua.

Outro ponto que será extremamente conflituoso em tal regulamentação é: se se fizer credenciamento, como se fará o discernimento entre o Uber e um sistema de caronas pagas? Alguém vai estabelecer um marco de preço máximo para caronas, baseado no custo de combustível e manutenção do veículo? E como isso será fiscalizado (eu, particularmente, acho impossível fazê-lo)? E como fará para o pagamento de impostos?

E veja, abordando essa última questão, eu não duvido que o Uber porventura cruze a linha para ficar no outro lado do campo.

Reembolso? És muito otimista. Enfim, é uma opção.
 
Reembolso? És muito otimista. Enfim, é uma opção.

É, eu estou falando numa conjectura otimista. Vai acabar que, se essa solução for politicamente implementada, os reembolsos serão superiores aos valores originalmente pagos pelos taxistas, e não o contrário. Alegariam o dano de perderem, de repente, a estabilidade da renda e etc. Mesmo isso não seria o fim do mundo, uma vez que seria um custo pago apenas uma vez, e depois bola pra frente.

Pode-se argumentar que não é bem assim, que, como qualquer pessoa física ou jurídica, o governo tem a capacidade de reinvestir o dinheiro arrecadado, e que por isso a perda torna-se permanente. Mas acho que você é o cara do fórum que tem menos fé nessa capacidade investidora do Estado, então isso não lhe convencerá. E na verdade, não me convence também (isto é, não numa forma strictu).

Mas enfim, essa é a alternativa politicamente viável que eu vejo.

EDIT: @Felagund, vídeo explicativo:

 
Última edição:
É um pouco de incoerência também pois apesar dos taxistas de fato terem alguns coréscorés pra pagar pela licença, eles também possuem muitos direitos que civis comuns não possuem que barateiam o preço na compra do veículo e reembolsam dinheiro gasto com gasolina.

De qualquer forma, é similar a velha discussão das vans.
As queridas vans que a máfia de ônibus sempre busca meter o pau e forçar a proibição junto da prefeitura. Mas ao mesmo tempo em MUITOS pontos de zonas afastadas do centro a máfia de ônibus simplesmente não disponibilizam linhas pra deslocamento da população. São as vans sim que acabam sendo o transporte público pro pessoal daqui da zona oeste não precisar andar MUITOS kilômetros até chegarem em um ponto de ônibus que a máfia considere rentável o suficiente pra ter uma linha por lá.
Sem contar o horário. Depois de um determinado horário só se consegue pegar van dependendo de onde tu vai. Só se tu mora no filézão do Rio tipo Zona Sul que consegue (e mesmo assim nem tão fácil).


Enfim. Mexer com monopólios sempre tem dessas reclamações.
Eu concordo em regulamentar o serviço. Apesar que regulamentar a qualidade de serviço do Uber em relação ao taxista seria até piada, pois aparentemente (nunca usei) é abissal a diferença de qualidade do serviço de um contra o outro.
 
A Uber paga impostos no Brasil e luta por uma legislação específica.

O taxista paga o alvará e mais uma taxa diluída durante o ano de R$ 16,00 mensais, mas desfruta de descontos em impostos, aquisição e substituição dos veículos.

Enquanto que os colaboradores do Uber pagam esses mesmos impostos e taxas. Descontos para aquisição e substituição dos veículos também não existem.

Como fica a balança?
Ponto para os taxistas!

A questão legal reside na Lei 12.468/11 que regulamenta a profissão de taxista e que em seu Art. 2, estabeleceu:

"É atividade privativa dos profissionais taxistas a utilização de veículo automotor, próprio ou de terceiros, para o transporte público individual remunerado de passageiros, cuja capacidade será de, no máximo, 7 (sete) passageiros."

E esse é o principal argumento dos sindicato e associações:
"Se não é taxista, não pode trabalhar. Além de ilegal é também desleal."

O primeiro argumento é válido, mas o segundo não é.

Nos Estados Unidos o aplicativo não é unanimidade, mas o serviço está disponível em diversas cidades desde 2010.

É esperar pra ver...
 
A Uber paga impostos no Brasil e luta por uma legislação específica.

O taxista paga o alvará e mais uma taxa diluída durante o ano de R$ 16,00 mensais, mas desfruta de descontos em impostos, aquisição e substituição dos veículos.

Enquanto que os colaboradores do Uber pagam esses mesmos impostos e taxas. Descontos para aquisição e substituição dos veículos também não existem.

Como fica a balança?
Ponto para os taxistas!

A questão legal reside na Lei 12.468/11 que regulamenta a profissão de taxista e que em seu Art. 2, estabeleceu:

"É atividade privativa dos profissionais taxistas a utilização de veículo automotor, próprio ou de terceiros, para o transporte público individual remunerado de passageiros, cuja capacidade será de, no máximo, 7 (sete) passageiros."

E esse é o principal argumento dos sindicato e associações:
"Se não é taxista, não pode trabalhar. Além de ilegal é também desleal."

O primeiro argumento é válido, mas o segundo não é.

Nos Estados Unidos o aplicativo não é unanimidade, mas o serviço está disponível em diversas cidades desde 2010.

É esperar pra ver...

Segundo o @Fëanor, a diferença é que a lei fala de transporte público individial, mas o Uber trata do transporte privado individual. Sinceramente, eu não entendo a diferença dos dois.
 

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