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Transexual 'crucificada' na Parada Gay 2015 gera polêmica

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Lissa

Chocolatier Honoris Causa
A atriz Viviany Beleboni, de 26 anos, é transexual, espírita e chocou parte dos participantes da 19ª Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) neste domingo (7). Ela se prendeu à cruz, encenando o sofrimento de Jesus, para “representar a agressão e a dor que a comunidade LGBT tem passado”. "Nunca tive a intenção de atacar a igreja. A ideia era, mesmo, protestar contra a homofobia", explicou.

Uma imagem da cruz foi capturada pelo fotógrafo Joao Castellano, da agência Reuters. A atriz disse que recebeu milhares de ameaças desde a publicação da foto. “Teve gente dizendo que ano que vem vão colocar fogo na parada”, contou.

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Manifestação contra a homofobia na 19ª Parada do Orgulho LGBT na Avenida Paulista, neste domingo (7) (Foto: Reuters/Joao Castellano)
Viviany explica que, nos últimos tempos, duas conhecidas foram agredidas. Uma delas teria sido morta com quatro tiros em Porto Alegre. “Eu vejo a parada como um protesto, não como uma festa”, disse. “Usei as marcas de Jesus, que foi humilhado, agredido e morto. Justamente o que tem acontecido com muita gente no meio GLS, mas com isso ninguém se choca.”

Em cima da cruz, uma placa foi colocada com o texto: “Basta de homofobia”. “As pessoas não sabem ler? Coloquei a placa justamente para ficar claro que era um protesto. E mais: tudo bem encenar a paixão de cristo, mas quando é um travesti não pode, não é?”.

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Sobre essa foto e outras que envolvem símbolos religiosos — nem todas as imagens são da Parada —, o Deputado Federal Marco Feliciano publicou um texto no Facebook: “Imagens que chocam, agridem e machucam. Isto pode? É liberdade de expressão, dizem eles. Debochar da fé na porta denuda igreja pode? Colocar Jesus num beijo gay pode? Enfiar um crucifixo no ânus pode? Despedaçar símbolos religiosos pode? Usar símbolos católicos como tapa sexo pode? Diizer que sou contra tudo isso NÃO PODE? Sou intolerante, né?”.

Até a manhã desta segunda-feira (8), a publicação já tinha quase 200 mil curtidas e mais de 230 mil compartilhamentos.

A Parada
Apesar do clima de festa, a 19ª Parada do Orgulho LGBT também foi marcada por furtos de celulares e outros objetos. Uma quadrilha foi detida e a Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar um tumulto na Rua da Consolação com a Rua Maria Antônia.

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Deputado Federal Marco Feliciano critica Parada Gay nas redes sociais (Foto: Reprodução/Facebook)

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Retrato de Viviany Beleboni, que desfilou crucificada na Parada Gay no último domingo (7) em São Paulo (Foto: Victor Moriyama/G1)

Com o tema "Eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim: respeitem-me!", inspirado na música tema de Gabriela, personagem criada por Jorge Amado, a organização quer resgatar a alegria da público LGBT e celebrar as diferentes identidades e o respeito à diversidade.

Ao todo, a Prefeitura gastou R$ 1,3 milhão na estrutura do evento. A expectativa é que os turistas tenham gastado R$ 60 milhões. A cidade ficou cheia desde quinta-feira e sete em cada 10 hotéis estavam lotados.

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Post do Facebook em defesa do protesto de Viviany (Foto: Reprodução/Facebook)

Estrangeiros

Atores norte-americanos de séries famosas, como "Lost", "Orange is the New Black" e "Sense8", participaram do evento. Com 18 trios elétricos, o evento começou às 10h em frente ao Masp e terminou por volta das 20h.

Os atores Miguel Angel Silvestre e Naveen Andrews, atualmente na série “Sense8”, participaram do evento. Andrews ficou conhecido pelo personagem Sayid na série “Lost”. A atriz da série "Orange is the new Black" Samira Wiley (Poussey) também foi à parada e afirmou que está aproveitando a multidão. "É muita gente", disse.

A cantora Roberta Miranda disse que esta foi a primeira vez que participou da festa. "Acho uma parada importante para superar a hipocrisia e entender que é importante entender cada um e manter o respeito ao próximo", disse.


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Participante da 19ª Parada do Orgulho LGBT na Avenida Paulista, neste domingo (7) (Foto: AFP Photo/Miguel Schincariol)

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Público vai à 19ª Parada do Orgulho LGBT na Avenida Paulista (Foto: Reuters/Joao Castellano)

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Atriz da série 'Orange is the New Black' (Foto: Letícia Macedo/G1)

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Destaque de um dos carros da 19ª Parada do Orgulho LGBT na Avenida Paulista, neste domingo (7) (Foto: Fábio Tito/G1)

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Fonte
 
Os atores Miguel Angel Silvestre e Naveen Andrews, atualmente na série “Sense8”, participaram do evento.

O Lito tava lá?
Que legal! =]

Sobre a notícia, eu não concordo com nada que use a imagem do Cristo como analogia pra o que quer que seja, assim como não acredito no uso de símbolos religiosos em qualquer atividade que não seja a religiosa.
Mas assim, eu não concordo mas de maneira alguma acho que isso deva ser proibido ou faria algum protesto contra isso.
Acho que as pessoas têm que ter bom senso.

E esse Feliciano é mesmo um bocó, esse comentário dele parece daqueles tipinhos histéricos que o facebook nos brinda todos os dias, aos montes.
Então é assim? A intolerância dele é justificada por essas coisas todas que eles descreveu?
E ainda se diz cristão. :no:
 
Última edição:
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Foto linda essa! Olha, de tirar o chapéu.

Confesso que sempre achei parada gay uma coisa cafona pra daná. Não pela causa desse pessoal, mas porque eu acho bem ridículo essas drag queens fantasiadas de pavão, e a galera soltando a franga. E também acho meio feinha a bandeirinha de arco-íris também - sorry... só sendo sincero... :/

Mas essa representação feminina de Cristo sendo crucificado, e suportando todo o peso do mundo nas costas foi maravilhosa! E só foi melhor, porque foi bastante polêmica, pra deixar os crentes da vida de mimimi. E que corpaço o dessa menina, hein? Linda mesmo.
 
Copiando do meu face porque tô com preguiça:

A crucificação na parada gay foi bem sem noção.

Ofender uma crença em causa de outra não é nobre, é desnecessária. Podiam ter tratado com humor. Camisetas com escritas "Fiscais de Cu" e máscaras do Malafaia e do Feliciano, por exemplo. Usar o humor seria muito mais efetivo do que alimentar a raiva.

Usar um símbolo sagrado para 80% dos brasileiros de forma torpe para defender uma causa não é o melhor caminho para buscar melhorias para homossexuais. Só choca, só ofende. Não defende.

Fora que o momento escolhido foi péssimo. Num período onde o congresso se engessa em torno de tradicionalistas, e que uma onda facista/tradicionalista cresce em todo o país, fazer esse tipo de coisa só desperta mais ódio e mais intolerância. A resposta no congresso já ocorreu, e estudam criar uma leia que torna crime hediondo, com até 8 anos de cadeira, pra quem pratica "Cristofobia".

Faltou inteligência e sabedoria do manifestante e de quem permitiu essa exposição toda.
 
E é justamente esse o problema, @Neithan : os caras ligam mais para um símbolo que para o simbolismo em si. Um que a crucificação era o pior tipo de castigo infligido a alguém - geralmente pessoas que se levantavam contra o Império Romano -, e dois que o sujeito pregado em uma o fez por Amor à Humanidade segundo o raciocínio dos cristãos - embora os católicos e ortodoxos sejam os que mais usam o símbolo para lembrar do Sacrifício, enquanto a maioria dos protestantes é anicônica. Eu gostei de como se apropriaram da imagem - é um lembrete de que o sacrifício de alguém por Amor era indiscriminado. Talvez o momento tenha sido ruim, mas imagino quando seria um momento bom, já que experimentamos mais do que nunca esse avanço teocrático no Congresso.
 
Camisetas com escritas "Fiscais de Cu" e máscaras do Malafaia e do Feliciano, por exemplo. Usar o humor seria muito mais efetivo do que alimentar a raiva.
Sugestão aí :lol::
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Fonte:Facebook
A capa do disco do Bezerra da Silva "EU NÃO SOU SANTO". :joinha:

"Sociedade

Opinião
Vão ter de engolir os LGBT
por Mauricio Moraes — publicado 08/06/2015 12h25
A cruzada moralista contra minorias esconde a pilantragem dos que tratam a religião como negócio

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Na última semana, a sociedade brasileira assistiu a mais uma cena prosaica na sua atual Cruzada dos Costumes, protagonizada pelo pastor Silas Malafaia e seu exército de fiscais da vida sexual alheia.

Malafaia convocou um boicote a uma singela propaganda do Boticário para o Dia dos Namorados. Aparecem três casais – homem com mulher, homem com homem, mulher com mulher. A publicidade foi lançada na semana da Parada do Orgulho LGBT, que neste domingo 7 lotou a Avenida Paulista, em São Paulo.

O tiro de Malafaia saiu pela culatra e o dono do Boticário deve estar dando saltos de alegria. O vídeo publicitário ganhou mais likes que dislikes e, da noite para o dia, a marca ganhou ares cult. E, no Brasil do século 21, consumir o tal perfume virou ato de afirmação política. Quanta ironia...

A cruzada contra os direitos da comunidade LGBT, liderada por pastores como Malafaia, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) e o agora todo poderoso deputado presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é, no entanto, cortina de fumaça sobre outros interesses escusos jogados no Congresso.

Os poderosos do mundo evangélico pilantra (sim, porque há uma diferença entre esses e os fieis honestos e comprometidos com sua fé) sabem que a Cruzada dos Costumes, a longo prazo, é uma batalha perdida no mundo ocidental.

Sabem que os direitos LGBT conquistados vieram para ficar (embora tentem a todo custo desconstruí-los) e sabem ainda que a onda geracional irá pender para a compreensão ampla de novas organizações de família, devidamente reconhecidas em lei. Até o papa Francisco sabe disso.

A hostilidade desmesurada dos fundamentalistas tem várias motivações, mas é sobretudo a reação de quem se assustou, nos últimos anos, com os LGBTs saindo do armário, vivendo vida normal, sem privilégios, com igualdade de direitos, como compete a qualquer um.

Apesar dos percalços, é preciso reconhecer que os direitos LGBT avançaram no País. Ainda há um imenso caminho pela frente, como bem colocou Renan Quinalha em seu artigo Sem Diversidade Não Há Democracia. Mas o cenário definitivamente mudou.

Gostando ou não, os fundamentalistas terão de nos engolir, porque somos parte da sociedade, votamos, enchemos a Avenida Paulista, consumimos (muito mais que perfumes) e assumimos postos de comando. Em suma, nós existimos. E numa democracia, diferentes se respeitam e, em último caso, se aturam.

A grande questão é que, por trás do discurso folclórico de intolerância que conquista rebanhos com facilidade, está em jogo o grande interesse da religião negócio, do dinheiro, do poder e da ganância desmedida.

Enquanto as redes viviam clima de guerrilha virtual impondo uma derrota simbólica à bravata de Malafaia no caso Boticário, o Congresso aprovava quase na surdina uma emenda livrando os pastores de pagar imposto sobre a comissão que recebem sobre os negócios da fé. Vitória para o lado de lá.

O negócio é o seguinte: igrejas que não pagam impostos e arrecadam rios de dinheiro querem mais fieis e mais dízimo. Em um mercado disputado, contratam pastores profissionais, experts em “vender” a palavra de Deus e arrebanhar seguidores. Boa parte desses pastores ganha um salário mínimo (neste caso pagando imposto), mas o grosso do dinheiro corre via comissão sobre o número de ovelhas conquistadas (nadinha de imposto nesse caso).

Foi assim que a Receita decidiu cobrar 60 milhões de reais do pastor R. R. Soares, da Igreja Universal da Graça de Deus, segundo a Folha de S. Paulo. Outro na mira da Receita é o pastor Valdomiro, da Igreja Mundial do Poder de Deus, que se diz perseguido pelas autoridades. Livraram-se do infortúnio, com a regulamentação do Caixa 2 da fé.

Ainda que a Cruzada dos Costumes seja apenas parte do grande jogo de interesses dos fundamentalistas, ela cumpre um papel nefasto, que é alimentar a homo e a transfobia travestida de ensinamento bíblico.

Dia e noite programas evangélicos vomitam intolerância contra LGBTs (e outras minorias, como seguidores de religião de matriz africana). E é esse ódio que alimenta a violência que, em 2014, matou um LGBT a cada 27 horas no Brasil (dados do Grupo Gay da Bahia). Por isso, Malafaia é mais que prosaico, é perigoso.

Mas nada de temer os fundamentalistas. Os tempos são de resistência, mas é também preciso entender nosso tamanho. Já somos grandes o suficiente para fazer a sociedade brasileira entender que uma vez fora do armário não há volta atrás. Conservadores de plantão, acostumem-se, que a diversidade veio para ficar"

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/vao-ter-de-engolir-os-lgbt-1841.html
Detalhe na foto/Carta Capital, o "nosso amigo" com a bandeira estadunidense que não perde uma manifestação.
 
E é justamente esse o problema, @Neithan : os caras ligam mais para um símbolo que para o simbolismo em si. Um que a crucificação era o pior tipo de castigo infligido a alguém - geralmente pessoas que se levantavam contra o Império Romano -, e dois que o sujeito pregado em uma o fez por Amor à Humanidade segundo o raciocínio dos cristãos - embora os católicos e ortodoxos sejam os que mais usam o símbolo para lembrar do Sacrifício, enquanto a maioria dos protestantes é anicônica. Eu gostei de como se apropriaram da imagem - é um lembrete de que o sacrifício de alguém por Amor era indiscriminado. Talvez o momento tenha sido ruim, mas imagino quando seria um momento bom, já que experimentamos mais do que nunca esse avanço teocrático no Congresso.

Você vê assim, @Bruce Torres , você e outros ateus inteligentes (porque sim, existem ateus ignorantes e intolerantes).
Pra você, numa parada gay, usar a imagem do Cristo ou do Papai Noel dá na mesma.
Mas é óbvio que muitos cristãos só enxergam a profanação de um simbolo cristão, e outros (veja o comentário do Thor, por exemplo) enxergarão apenas uma imagem esteticamente bonita com uma mulher gostosa seminua.
Provavelmente foi só isso que a maioria dos não cristão viu nessa manifestação.

Poucos devem ter captado a mensagem e fizeram a ligação do Cristo na cruz com o sofrimento dos excluídos, justamente pela banalização da coisa toda.
Concordo com o Neithan, no fim foi ruim pros cristãos e pros gays.
 
Última edição:
Não achei ofensivo, só achei desnecessário mesmo.

Eu era uma que esperava um show de civilidade por parte da comunidade LGBT. Aí eles aparecem com isso aí. Achei besta.
Sem contar que foi uma maneira bastante duvidosa - pra não dizer burra - de iniciar um diálogo que, antes de mais nada, prega compreensão e aceitação por uma fatia da sociedade já conhecida pelo extremismo ignorante e pelo ódio nos discursos. Um baita de um retrocesso, viu.
 
Mas comparar opressões diversas à crucificação é algo tão antigo e frequente no discurso político que eu não acredito que alguém possa, legitimamente, não entender a mensagem.

Com 30s de google imagens e selecionando aquelas que parecem ser mais antigas, 100 anos ou mais, já que exemplos modernos não faltam:

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Poucos devem ter captado a mensagem e fizeram a ligação do Cristo na cruz com o sofrimento dos excluídos, justamente pela banalização da coisa toda.

Então o problema não está no uso do símbolo pela Parada, mas na incapacidade dos cristãos de entenderem o próprio líder deles - o que não seria nada difícil de acontecer, pois vide as discussões entre Tiago e Paulo durante o Concílio de Jerusalém e entre Pedro e Paulo menos de trinta anos da morte de Jesus. :tsc:
** Posts duplicados combinados **
Sem contar que foi uma maneira bastante duvidosa - pra não dizer burra - de iniciar um diálogo que, antes de mais nada, prega compreensão e aceitação por uma fatia da sociedade já conhecida pelo extremismo ignorante e pelo ódio nos discursos. Um baita de um retrocesso, viu.

Eu nunca sei o que esperar do movimento rs. Por acaso passei pela Paulista no domingo pra chegar no Frei Caneca. Primeira vez que vi de perto, mas continuemos... Não vou ficar nessa de "ah, quem bateu primeiro?", mas fato é que o aumento de fieis das igrejas evangélicas dá força a esse movimento extremista, com reflexo nas tomadas de decisão do Congresso. Em contrapartida, pouco se fez em termos de direitos sociais. Um certo padre disse, "não há libertação sem o risco de perder". Choque por choque, tá faltando reflexão justamente da turma que prega(va) o Amor ao Próximo como sua bandeira.
 
O problema é o pessoal achar que pode se apoderar da "imagem de cristo", só por ser cristão. Católico e evangélico acha que é "dono" da fé e de Jesus. O símbolo da cruz, no sentido de carregar o peso de ser condenado pela sociedade e ser martirizado, é uma representação universal já.

Aqui no Brasil é que o pessoal é super conservador ainda em tudo, principalmente em relação a religião.
 
O problema é o pessoal achar que pode se apoderar da "imagem de cristo", só por ser cristão. Católico e evangélico acha que é "dono" da fé e de Jesus. O símbolo da cruz, no sentido de carregar o peso de ser condenado pela sociedade e ser martirizado, é uma representação universal já.

Já disse o Bill Hicks sobre isso: "se ele voltar, você acha mesmo que ele vai querer ver uma cruz?!"

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Última edição:
Então o problema não está no uso do símbolo pela Parada, mas na incapacidade dos cristãos de entenderem o próprio líder deles - o que não seria nada difícil de acontecer, pois vide as discussões entre Tiago e Paulo durante o Concílio de Jerusalém e entre Pedro e Paulo menos de trinta anos da morte de Jesus. :tsc:
Falei dos não cristãos e que a coisa toda foi banalizada, principalmente por eles.
Ou você acredita mesmo que no meio daquele desfile alguém parou pra pensar nos milhares de gays e trans espancados, presos e mortos no mundo inteiro?
Só ficaram se masturbando (mental e fisicamente) porque tinha uma transexual quase pelada e gostosa "sambando na cara da sociedade".
 
Falei dos não cristãos e que a coisa toda foi banalizada, principalmente por eles.
Ou você acredita mesmo que no meio daquele desfile alguém parou pra pensar nos milhares de gays e trans espancados, presos e mortos no mundo inteiro?
Só ficaram se masturbando (mental e fisicamente) porque tinha uma transexual quase pelada e gostosa "sambando na cara da sociedade".

Não desmentiu meu ponto. :lol:
Não vou partir da pretensão de nada - a reação colérica por boa parte dos cristãos demonstrou quem é a turminha dos não-me-toques. Mas concedo que muita gente que tenha apoiado a exibição da moça tenha perdido o simbolismo - embora se masturbar para uma cruz seja algo bem à la Sade ou Bataille, na região limítrofe dos cuidados psicológicos.
PS: Isso me lembrou de um poema de James Kirkup, The Love that Dares to Speak its Name. Não recomendado para "floquinhos de neve".
 
Só digo uma coisa: liberdade de expressão é para todos. Se depois vierem reclamar q essa liberdade não pode ser usada contra os oprimidos, aí xola mais.
 
Só digo uma coisa: liberdade de expressão é para todos. Se depois vierem reclamar q essa liberdade não pode ser usada contra os oprimidos, aí xola mais.

É a famosa faca de dois (le)gumes.
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Estamos entre a interferência nos direitos alheios e a provocação a uma massa que é maioria e decide o que se faz neste país - não ajuda muito que essa massa seja abertamente contra aquela cujos direitos sofrem ataques. O que temos, então, é a possibilidade de uma resposta desproporcional - seja a manutenção do status quo ou um apelo à cristofobia. :tsc: Pelo menos ainda temos a liberdade de expressão, porque a proteção aos direitos dos homossexuais e transsexuais fica uma incógnita nas mãos dessa turma. E não se enganem: a única forma de conseguir deixar essa bancada/cambada mais calma é dar algo em troca. Mas os LGBTs não parecem ter uma moeda de troca política. Logo, ruído eles fariam de qualquer forma.
 
O que será que está acontecendo com as pessoas hoje em dia? Tudo é motivo pra mimimi, semana passada mataram uma transexual em Porto Alegre só por ser homossexual e ninguém disse um ai, mesmo tendo saído na Zero Hora. Agora, por causa dessa encenação da Crucificação (que como o Bruce mostrou, duvido que Jesus fosse gostar daquilo) já querem transformar em crime hediondo o uso da imagem de Cristo martirizado. Imagina se naquele tempo os romanos tivessem optado por outro método como cortar a cabeça como foi o caso de João Batista? E aí? O Cavaleiro sem Cabeça seria considerado uma imagem sagrada do Senhor? E se tivesse sido empalado? Vlad Tepes teria sido canonizado, não?

Tão matando pessoas a rodo em todo o Brasil e a galera se preocupa com o que acontece na Parada LGBT. Não tem jeito mesmo a HueHuelandia.
 
O que será que está acontecendo com as pessoas hoje em dia? Tudo é motivo pra mimimi, semana passada mataram uma transexual em Porto Alegre só por ser homossexual e ninguém disse um ai, mesmo tendo saído na Zero Hora. Agora, por causa dessa encenação da Crucificação (que como o Bruce mostrou, duvido que Jesus fosse gostar daquilo) já querem transformar em crime hediondo o uso da imagem de Cristo martirizado. Imagina se naquele tempo os romanos tivessem optado por outro método como cortar a cabeça como foi o caso de João Batista? E aí? O Cavaleiro sem Cabeça seria considerado uma imagem sagrada do Senhor? E se tivesse sido empalado? Vlad Tepes teria sido canonizado, não?

Tão matando pessoas a rodo em todo o Brasil e a galera se preocupa com o que acontece na Parada LGBT. Não tem jeito mesmo a HueHuelandia.

Vish, e quem falou em "crime hediondo" aqui?
O tópico é sobre se as pessoas concordam ou não com a manifestação.
E isso, discutir esse assunto, não é uma das maneiras de buscar
entendimento pra que tragédias como essas que você descreveu, parem de acontecer?
E querendo ou não, o negócio virou polêmica e estamos discutindo isso.
Eu, hein. :confused:

PS: Acho que você leu os posts do Paganus no feissbuq e está confundindo, achando que foi aqui. :mrgreen:
 
Última edição:
Vish, e quem falou em "crime hediondo" aqui?

Acho que ele se refere à turma que defende que esse tipo de ato seja classificado como cristofobia, passível de punição.

Após Parada Gay, "Cristofobia" pode virar crime hediondo

O engraçado é que nos Isteites eles são chamam de cristofobia o fato de que ao invés de dizerem Merry Christmas, alguns dizem Merry Xmas ou Happy Holidays. :tsc: De tanto que o brasileiro queria ficar americanizado, tínhamos que incorporar justo o ideal sulista médio da Bible Belt que assiste a Fox News? :tsc:
 

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