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Um problema moral acerca das cotas raciais

matheus apc

Usuário
desculpe por fazer mais um tópico idiota,mas eu não resisti :-D
enquanto voltava para a minha casa(andando de onibus) eu fiquei pensando sobre as cotas (eu sou estranho mesmo) e cheguei a um impasse.

Vamos começar pelo inicio.(isso tudo é verdade)
Meu avô por parte de mãe é negro meu tataravô por parte de pai foi dono de escravos (e em diante todos eram racistas).As cotas foram criadas como reparação histórica,então seria correto eu usar?
Outro problema seria a minha cor,no meu RG está "Branco" (meu pai é um pouco racista também) porém eu não sei como definir a minha própria pele.eu nunca tomo sol (tenho até deficiência de vitamina D) e minha pele é pálida como papel,mas quando eu tomo,eu fico negro (com a pele bem escura mesmo).
E eis que chegamos no problema,afinal eu sou negro ou branco?se fosse negro (no RG) eu iria merecer a ajuda das cotas?O mal que o meu tataravô fez é maior que o sofrimento dos antepassados do meu avô?Ou vice-versa?
Postei aqui por não conseguir pensar em uma resposta
Alias eu sou pobre (e vou usar com certeza as cotas de renda).
 
Última edição:
Meu avô por parte de mãe é negro meu tataravô por parte de pai foi dono de escravos (e em diante todos eram racistas).As cotas foram criadas como reparação histórica,então seria correto eu usar?

Acho que não é uma questão de ser "correto" ou não.
Você usa se tiver ascendência negra e se precisar, oras.
E não acredito que você estará sendo desonesto porque seu tataravô foi dono de escravos.
Tanta gente sendo descaradamente desonesta nesse mundo, das maneiras mais escrotas e prejudiciais pra sociedade e você (que tem ascendência negra) está se sentido errado porque um antepassado foi dono de escravo e outros foram/são racistas?
Cara, que loucura! o_O

Bom, minha opinião sobre essa questão de cotas não mudou (escrevi isso em outro tópico aqui do Valinor) tenho vários conhecidos negros que não se utilizaram do sistema pra se formar, porque não quiseram, porque não precisaram e tals.
Conheço pessoas pobres que não se utilizam do Bolsa Família ou do Lev Leite ou qualquer desses programas assistenciais, por razões que desconheço.
Pra entrar em uma universidade pública eu me utilizei da cota que existia (acho que ainda existe) pra quem sempre estudou em escolas públicas.
Acho muito bom que essas coisas existam porque existe muita gente pobre que não tem o mais básico pra comer (tipo, nada mesmo) e muitas pessoas negras e/ou pobres que precisam de ajuda extra pra conseguir entrar numa faculdade.

Isso é uma realidade e não vejo nada de errado em se utilizar disso pra conseguir uma vida melhor.
 
Acho que não é uma questão de ser "correto" ou não.
Você usa se tiver ascendência negra e se precisar, oras.
E não acredito que você estará sendo desonesto porque seu tataravô foi dono de escravos.
Tanta gente sendo descaradamente desonesta nesse mundo, das maneiras mais escrotas e prejudiciais pra sociedade e você (que tem ascendência negra) está se sentido errado porque um antepassado foi dono de escravo e outros foram/são racistas?
Cara, que loucura! o_O

Bom, minha opinião sobre essa questão de cotas não mudou (escrevi isso em outro tópico aqui do Valinor) tenho vários conhecidos negros que não se utilizaram do sistema pra se formar, porque não quiseram, porque não precisaram e tals.
Conheço pessoas pobres que não se utilizam do Bolsa Família ou do Lev Leite ou qualquer desses programas assistenciais, por razões que desconheço.
Pra entrar em uma universidade pública eu me utilizei da cota que existia (acho que ainda existe) pra quem sempre estudou em escolas públicas.
Acho muito bom que essas coisas existam porque existe muita gente pobre que não tem o mais básico pra comer (tipo, nada mesmo) e muitas pessoas negras e/ou pobres que precisam de ajuda extra pra conseguir entrar numa faculdade.

Isso é uma realidade e não vejo nada de errado em se utilizar disso pra conseguir uma vida melhor.
Você está pensando no lado mais social :mrgreen: eu estava pensando no lado mais politico e filosófico.
mas concordo que cotas de renda e de escola pública são muito boas (e ajudam muito),mas as raciais eu não tenho certeza:think:
 
Você está pensando no lado mais social :mrgreen: eu estava pensando no lado mais politico e filosófico.
mas concordo que cotas de renda e de escola pública são muito boas (e ajudam muito),mas as raciais eu não tenho certeza:think:

Do ponto de vista filosófico, não vejo nenhum sentido em cotas raciais. O Brasil é um país racialmente heterogêneo.

Por descendência, são pouquíssimos brasileiros que não têm um tico de 'dívida histórica' correndo nas veias. Eu mesma sou neta de um mulato inglês nascido no Caribe, filho de mãe negra - filha de escravos - e que foi rejeitado pelo pai branco e escocês rico, veio para o Brasil e se casou com uma filha de índios do Pará. Tinha a pele tão clara que era considerado branco no Brasil, e lutou pelo Reino Unido - pela Rainha, como ele dizia - na guerra. Na cabeça dele, mesmo neto de escravos era tão inglês que, segundo meu pai, que tinha um retrato da família real na sala de casa.

Por parte de mãe, são mestiços de italianos e índios. Ou seja, o que me impediria de recorrer às cotas? Moral, consciência ou vergonha pela falta de melanina? Meu avô rejeitou totalmente a família e as origens que deixou em St. Lucia, abraçou a cidadania britânica e viveu como estrangeiro branco no Brasil. Mas ainda assim, era neto de escravos. Inglês ou mulato, cometeu suicídio logo após a morte de minha avó e deixou quatro filhos pequenos na penúria. Meu pai - meio negro, meio inglês, meio índio - nasceu com a pele clara, falava somente inglês quando era criança mas precisou dar o sangue para se reerguer e, muitos anos depois, conseguir reencontrar os irmãos.

Socialmente, cotas puramente raciais não fazem o mínimo sentido, porque histórias como essa existem várias por aí. Pra uma origem como a minha - negra, índia, branca em partes quase iguais - moralmente, ainda menos. E, tenho certeza, que se eu opinasse pelas cotas, teria gente pra me julgar, ah, teria...
 
Pois é. Só a ideia de dividir pessoas por cor de pele já deveria ser o suficiente para vetarmos as cotas... Não há critério objetivo de se determinar se tal pessoa é branca ou negra, acreditar nesse tipo de classificação é mera mitologia ideológica. Claro, há pessoas com caracteres predominantemente brancos ou predominantemente negros, mas a grande maioria não se situa nesse tipo de situação*, e mesmo aqueles que se situem são, por ventura, provindos de famílias cujos membros em geral não se situam, de forma que mesmo para eles aquele suposto 'fardo histórico' também não se aplica.

*Parte considerável do movimento negro considera 'pardos' como negros, só para tomar para si grande parte das pessoas que encontram-se no meio desse degradê racial, e justificar frases falsas como "a maioria do país são de negros".

Mas quanto ao autor do tópico, penso que você deveria usar as cotas se conseguir, as regras dos jogos são estúpidas, mas o demérito é de quem estipulou ou apoia essas regras - mesmo que você não queira seguir essas regras, seu concorrente vai seguir. Aliás, penso que, a menos que o sujeito seja um Orléans e Bragança ou algo que o valha, praticamente qualquer um teria razões ditas 'históricas' de usá-las, quase todo mundo no Brasil tem um bisavô ou mesmo um avô com feições acentuadamente negras, que seria considerado negro por qualquer olhômetro.
 
Última edição:
Se você opinasse?
Não entendi. :think:
Seria "optasse"?

Isso. Faia nossa! :dente:

*Parte considerável do movimento negro considera 'pardos' como negros, só para tomar para si grande parte das pessoas que encontram-se no meio desse degradê racial, e justificar frases falsas como "a maioria do país são de negros". (...)

Aliás, penso que, a menos que o sujeito seja um Orléans e Bragança ou algo que o valha, praticamente qualquer um teria razões ditas 'históricas' de usá-las, quase todo mundo no Brasil tem um bisavô ou mesmo um avô com feições acentuadamente negras, que seria considerado negro por qualquer olhômetro.

Justamente. Isso me lembra um caso para usar de exemplo... Preciso encontrar para listar aqui uma pesquisa feita baseada em análise de DNA que mostra o quanto essa questão de cotas raciais é discrepante, generalizante e, em alguns casos, bem longe da realidade.

Por exemplo, lá tinha uma moça mulata - que é contra cotas raciais e a favor de cotas socioeconômicas - cuja linhagem genética é 85% européia e 15% africana, porque a família é inteira européia e rica, e a mãe dela se casou com um negro que é professor universitário. Ou seja, geneticamente ela seria 'mais branca' que a maioria do país, mas do ponto de vista do governo - e do julgamento de alguns esquerdopatas retardados - e mesmo que ela tenha dinheiro para pagar uma Universidade particular, ela tem melanina o suficiente para pleitear uma vaga e tem mais direito do que um 'branco' (entre aspas mesmo, estou falando de gente como eu, de uma pele branca lavada mas com grande mistura racial) nascido pobre.

Não posso opinar pq sou branco.

Branco, coxinha, de classe média, funcionário público, carioca, mora na Tijuca e ainda por cima, hétero. O combo da desgraça.
Sua boca deveria ser costurada e seus dedos, decepados, porque você não tem direito a emitir qualquer opinião sobre qualquer coisa, maldito. :chibata:
 
Por exemplo, lá tinha uma moça mulata - que é contra cotas raciais e a favor de cotas socioeconômicas - cuja linhagem genética é 85% européia e 15% africana, porque a família é inteira européia e rica, e a mãe dela se casou com um negro que é professor universitário. Ou seja, geneticamente ela seria 'mais branca' que a maioria do país, mas do ponto de vista do governo - e do julgamento de alguns esquerdopatas retardados - e mesmo que ela tenha dinheiro para pagar uma Universidade particular, ela tem melanina o suficiente para pleitear uma vaga e tem mais direito do que um 'branco' (entre aspas mesmo, estou falando de gente como eu, de uma pele branca lavada mas com grande mistura racial) nascido pobre.

Mas isso não é fazer da exceção a regra?

Eu enxergo a questão de existir cota para negros pela desigualdade entre raças no Brasil. Principalmente entre negros e brancos.

Por exemplo, alguns números sobre negros no Brasil:
-Negros são 70% das vítimas de mortes violentas;
-São maioria do BF, 70% também;
-Mulheres negras são a parcela da população mais atingida pelo desemprego;
-Taxa de analfabetismo entre negros é o dobro do que entre brancos;
-Renda média de negros é 40% menor do que a de brancos no Brasil;

http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/8-dados-que-mostram-o-abismo-social-entre-negros-e-brancos
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/consciencia-negra-68-das-mortes-violentas-sao-de-negros
http://www.comciencia.br/reportagens/negros/05.shtml

E trecho de um artigo interessante do Pragmatismo Politico (site favorito do Grimnir):
"Se você é contra as cotas para negros, eu o respeito. Aliás, também fui contra por muito tempo. Mas peço uma reflexão nessa semana: na escola, no bairro, no restaurante, nos lugares que freqüenta, repare quantos negros existem ao seu lado, em condições de igualdade (não vale porteiro, motorista, servente ou coisa parecida). Se há poucos negros ao seu redor, me perdoe, mas você precisa “passar um dia na cadeia” antes de firmar uma posição coerente não com as teorias (elas servem pra tudo), mas com a realidade desse país. Com nossa realidade urgente. Nada me convenceu, amigos, senão a realidade, senão os meninos e meninas querendo estudar ao invés de qualquer outra coisa, querendo vencer, querendo uma chance.

Ah, sim, “os negros vão atrapalhar a universidade, baixar seu nível”, conheço esse argumento e ele sempre me preocupou, confesso. Mas os cotistas já mostraram que sua média de notas é maior, e menor a média de faltas do que as de quem nunca precisou das cotas. Curiosamente, negros ricos e não cotistas faltam mais às aulas do que negros pobres que precisaram das cotas. A explicação é simples: apesar de tudo a menos por tanto tempo, e talvez por isso, eles se agarram com tanta fé e garra ao pouco que lhe dão, que suas notas são melhores do que a média de quem não teve tanta dificuldade para pavimentar seu chão. Somos todos humanos, e todos frágeis e toscos: apenas precisamos dar chance para todos."


Eu entendo que a questão das cotas raciais tenta, de alguma forma, corrigir essa diferença gigantesca entre brancos e negros no Brasil.

Podemos discutir sobre cotas sociais ao invés de apenas raciais, claro. Mas mesmo entre a população mais carente, se tem um branco e um negro que nasceram e cresceram no mesmo lugar pobre, com as mesmas condições pobres, o branco ainda tem a vantagem de não sofrer preconceito pela cor da sua pele.
 
Boa sorte pra quem quiser debater, estou só aqui só pra ler os comentários. Por mim pode botar 100% de cotas em tudo. Só sejam legais e permitam que as faculdades particulares não desapareçam.
 
Mas nessa pesquisa aí de cima, estão considerando os pardos entre os negros, como disseram que alguns movimentos fazem? Porque eu vejo lá as fotinhos e tal, e o Joaquim Barbosa é negro; mas aquela foto do Bolsa Família me parece representar uma família parda.
Daí quando o carinha do Pragmatismo Político pede pra olhar ao meu redor, eu não sei se ele quer que eu conte só negros ou negros e pardos juntos. :think:

(Aliás, nada a ver com o tópico, mas é certo apontar o dedo para alguém e dizer "tu é preto", se esse alguém se reconhece apenas como pardo? Lembrei do Neymar sendo crucificado na web esses dias por conta de uma declaração antiga dele, de que ele não era negro... Ele não chega a dizer que é branco, ok; mas daí todo o mundo o ironizou porque "era óbvio que ele era negro" ou "uau como ele é branco" e coisa e tal. Quando pra mim ele tá mais pra pardo. Mas sei lá enfim).
 
Mas nessa pesquisa aí de cima, estão considerando os pardos entre os negros, como disseram que alguns movimentos fazem? Porque eu vejo lá as fotinhos e tal, e o Joaquim Barbosa é negro; mas aquela foto do Bolsa Família me parece representar uma família parda.
Daí quando o carinha do Pragmatismo Político pede pra olhar ao meu redor, eu não sei se ele quer que eu conte só negros ou negros e pardos juntos. :think:

(Aliás, nada a ver com o tópico, mas é certo apontar o dedo para alguém e dizer "tu é preto", se esse alguém se reconhece apenas como pardo? Lembrei do Neymar sendo crucificado na web esses dias por conta de uma declaração antiga dele, de que ele não era negro... Ele não chega a dizer que é branco, ok; mas daí todo o mundo o ironizou porque "era óbvio que ele era negro" ou "uau como ele é branco" e coisa e tal. Quando pra mim ele tá mais pra pardo. Mas sei lá enfim).

Vai ver na foto é só uma família qualquer mostrando o BF, não uma família negra. :dente:

Essa questão de pardo/negro é chatinha mesmo. Conheço pardo que se diz negro, negro que se diz pardo, branco que se diz pardo, pardo que se diz branco, e já deu nó na cabeça.
 
(Aliás, nada a ver com o tópico, mas é certo apontar o dedo para alguém e dizer "tu é preto", se esse alguém se reconhece apenas como pardo? Lembrei do Neymar sendo crucificado na web esses dias por conta de uma declaração antiga dele, de que ele não era negro... Ele não chega a dizer que é branco, ok; mas daí todo o mundo o ironizou porque "era óbvio que ele era negro" ou "uau como ele é branco" e coisa e tal. Quando pra mim ele tá mais pra pardo. Mas sei lá enfim).

Cê tá loco, mano? Não pode fazer isso não. E tb não pode falar "tu é gay", pq vai que o sujeito se classifica de outra forma. Para de loucura, hein!
 
Mas isso não é fazer da exceção a regra?

Não, apenas citei como um exemplo justamente para ilustrar que há exceção nessa regra absurda - todo negro, pardo e indígena é pobre, portanto precisa de cotas - criada pelo governo, pois ele nos enxerga como números, e não como indivíduos. Um 'branco' pobre poderia cair na criminalidade com a mesma facilidade de um pardo ou de um negro, e exatamente pelos mesmos motivos, se excetuarmos o fator 'caráter' nas escolhas individuais. Diante de estatísticas que estabelecem a situação de forma macro - em proporções de país - claro que há muito menos pardos numa situação socioeconômica mais confortável que brancos. Mas a nível de indivíduo, não acho justo um negro ou pardo que tem condições de pagar tenham prioridade no ensino somente por serem negros, pela cor da pele. Acho isso generalizante e raso como critério.


Podemos discutir sobre cotas sociais ao invés de apenas raciais, claro. Mas mesmo entre a população mais carente, se tem um branco e um negro que nasceram e cresceram no mesmo lugar pobre, com as mesmas condições pobres, o branco ainda tem a vantagem de não sofrer preconceito pela cor da sua pele.

Nesse ponto, além das cotas, precisaríamos trabalhar a mentalidade das pessoas em conjunto, pois o 'preconceito inverso' também existe e fica ainda mais evidente quando se nasce e vive na periferia. Um orçamento de 40 milhões foi liberado para campanhas de marketing governamentais de 'conscientização': o que mais me espanta é que essa conscientização não aborda o racismo de forma completa. Ela não o faz de forma inclusiva e igualitária, mas segretatório, vitimista e excludente. Isso cria um clima de animosidade baseado num sentimento de revanchismo e revolta em ambas as partes.
"Ah, mas os negros foram discriminados por gerações"
. Concordo plenamente. Só não penso que se combate o racismo de forma eficaz baseado em revanchismo, mas tratando de igualdade da forma correta, sem adjetivos politicamente corretos ou ordem de prioridades. Minha opinião.
 
um outro problema é como ficariam essas faculdades,cada dia tem mais cotistas sofrendo preconceito,e sendo mais separados do "grupo",tem gente pedindo para construir prédios apenas para os cotistas ficarem longe pois são "inferiores e não merecem ficar com quem ralou de verdade".
 
um outro problema é como ficariam essas faculdades,cada dia tem mais cotistas sofrendo preconceito,e sendo mais separados do "grupo",tem gente pedindo para construir prédios apenas para os cotistas ficarem longe pois são "inferiores e não merecem ficar com quem ralou de verdade".

Daí um trabalho de conscientização honesto por parte do nosso governo (algo que, infelizmente, não tenho a mínima esperança de que aconteça), porque não duvido da possibilidade de idiotas dessa laia, mesmo que poucos, resolvam se manifestar dessa forma. Basta lembrar da marchinha do Mackenzie há uns anos atrás... Mas aí estamos enveredando no campo das suposições.

Eu, como estudante pelo ProUni em universidade particular, nunca sofri ou vi amigos que usufruíram de cotas raciais sofrerem nenhum tipo de preconceito, sequer citação. Ninguém se importava com isso.
 
Li e o mais curioso é que não vi ninguém se declarar negro sem atenuadores europeus. Inconscientemente, ser negro ainda é motivo de incomodo ou vergonha.
 

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