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tatiana feltrin,o professor "ameaçado",respeito,influência e fanatismo

matheus apc

Usuário
desculpe caso esse post esteja no lugar errado (se estiver pode mover se quiser)
Como se pode ver no tópico Blogs literários (http://www.valinor.com.br/forum/topico/blogs-literarios.127597/) eu mencionei gostar dos videos da dita cuja.

Em seu penúltimo vídeo ela ao final menciona uma matéria do jornal folha de SP que fala sobre os "booktubers",o jornal cometeu alguns erros na matéria,o maior de todos foi chamar um professor que não conhecia os videos dos tais "booktubers".imaginando que se tratavam de aulas virtuais o professor Nelson Dutra elogiou o ato de trazer mais almas ao mundo da leitura,porém,com um adendo: "as provas têm exigências muito específicas que precisam ser estudadas com afinco.A análise aprofundada e crítica das obras se torna fundamental para entender as características de cada autor brasileiro e,claro,passar no vestibular"e no final da matéria é dito "apesar de não substituírem a leitura,o professor Dutra vê valor nos vídeos.'melhor canal de literatura do que canal de besteira,não é?'"

Tatiana feltrin ao final de seu vídeo de conclusões do mês comenta sobre a matéria fez alguns comentários sobre o professor.Uma pessoa normal interpretaria os comentários do professor como elogios (ao menos assim eu interpretei),tatiana feltrin diz "eu acho,que... de alguma forma... esse professor se sentiu ameaçado" e fala mais sobre ele " e no final gente,ele fez um comentário que eu achei de muito mau gosto" e lê "apesar de não substituírem a leitura,o professor Dutra vê valor nos vídeos.'melhor canal de literatura do que canal de besteira,não é?'".E ela continua contando uma história sobre um problema com um crítico.

O chocante,e o motivo d'eu trazer o vídeo para cá não foi a atitude dela para com um professor que apenas a elogiou,o chocante são os comentários do vídeo,descarregando uma quantidade imensa de antipatia para com o professor.
Exemmplos:"O que eu posso fazer se a Tati se comunica muito melhor comigo e me desperta mais vontade de ler, coisa que a minha professora que é paga pra isso não consegue."

"'Os vídeos porém não substituem a leitura completa dos livros'. No shit, Sherlock! Reeeaaally?! É um "jênio". A verdade é que ainda existe, por parte de algumas pessoas, a crença anacrônica e estúpida de que o único conhecimento válido é o formal, o acadêmico, o proveniente de carteirada. Apenas argumentos, premissas e conclusões devem ser considerados para se deslindar uma questão. Título não é garantia de razão ou verdade. E não é pelo simples fato de que vc pode possuir o título e, ainda assim, estar totalmente errado. Acontece todos os dias..." (o marido da dita cuja)

"Fiquei chocado com essa explicação da Tati no final pela audácia desse professor. Eu nunca entrei no canal da Tati buscando informação detalhada, ou estudo de obra de determinado livro, meu gosto por leituras é bem similar ao dela e eu gosto de saber qual é a opinião de terceiros referente ao livro que eu li ou estou lendo, ou na maioria das vezes eu venho até aqui pra achar alguma inspiração de qual vai ser o próximo livro que eu vou comprar ou procurar na biblioteca. É óbvio, basta assistir aos vídeos, a Tati faz uma breve explicação do conteúdo e por fim nós da à opinião dela se o livro valeu a pena ou não. A atitude dela deveria ser homenageada pelo professor, nem que ela atinja uma pessoa a se interessar por um dos clássicos, está fazendo mais do que ele quanto a divulgação. +tatianagfeltrin Ignora esse tipo de coisa, não vale a pena se estressar por esse tipo de coisa, continue fazendo o que faz eu gosto bastante, fico esperando a semana toda pelos vídeos, não só os seus, como os da +Mell Ferraz Literature se, da +Gisele Eberspächer e da +Vevsvaladares. Acho muito honrado o que vocês fazem e os dois lados se beneficiam disso! Vou aproveitar pra deixar meu Obrigado a todas vocês!"

Até mesmo professores participaram:
"Oi, Tati, estava procurando o lattes do prof. citado pela folha, queria saber quem é ele na fila do pão, mas não achei... Enfim, acho que ainda há uma dificuldade das pessoas na academia de entenderem as diferenças das coisas. Sou profa. de linguística e outro dia estava dando aula sobre coesão e coerência quando comentei algo que você disse sobre o livro da Clarice Lispector e vi que alguns alunos acompanham seu canal. Eu mesma tenho acompanhado seus vídeos já há algum tempo e acho interessante, pois é um bate papo descontraído e despretensioso que pode mesmo despertar mais interesse nos jovens que não têm hábito de ler. É como um bate papo entre amigos... Também não sou profa. de literatura, mas não posso comentar um livro que li e gostei? Um conto que achei interessante? Sem que precise ficar analisando aspectos literários profundos, claro... Onde está o espaço da leitura por prazer? Algo pra se pensar né (ainda mais que eu tiro muito exemplo para minhas aulas dos textos que leio). bj"

Eu pessoalmente cheguei a algumas conclusões:

A maioria das pessoas desses canais literários apenas procuram uma espécie de "inclusão",querem se sentir "especiais",e o mais triste,não gostam de ler de verdade.Leem para entrar no "grupo" e mesmo que inconscientemente "gostam" e continuam a ler e assistir.Eu acredito que não gostem da leitura em si,gostam de interagir socialmente usando a leitura como ferramenta(por isso "best sellers" da vida vendem MUITO mais quando ganham a alcunha de "best sellers").

As pessoas seguem de forma cega não apenas as idéias e os conselhos de alguém que respeita,mas também os sentimentos,os preconceitos,as opiniões,TUDO.basicamente,seria como um zumbi que tenta simular um cérebro de outra pessoa para não ser vazio.

A tatiana feltrin falou mau do professor,e seus zumbis seguidores passaram a ver ele como uma espécie de inimigo,sequer pensaram,apenas atacaram.

O que mais me entristece é que o professor Dutra é o melhor professor de português que já tive na vida.De forma alguma um professor iria querer que o conhecimento da leitura não fosse espalhado,pelo contrário,ele diz sempre em suas aulas que o mais importante é ler o livro.

Depois de todo o alvoroço com os professores pedindo,acima de tudo,respeito uma atitude dessas é vergonhosa .Tatiana Feltrin chegou ao ápice da vaidade e do narcisismo e parece ver "haters" e criticas em toda a parte (isso vem desde o vídeo sobre Ulisses).

Eu agora chego a me envergonhar de ter participado de um grupo com esse tipo de gente
vocês poderiam me dizer se esse texto (os fragmentos que eu escrevi) foram bem escritos,estou estudando para o vestibular e treinar é sempre bom:D

video,pule para os 14 min do vídeo (
)

matéria da folha de sp (http://www1.folha.uol.com.br/educac...ros-do-vestibular-em-videos-na-internet.shtml)

professor:http://globotv.globo.com/globocom/g1/v/professores-comentam-a-prova-de-redacao-do-enem-2012/2224613/
 
Esse tópico se encaixa com o que a @Seiko-chan criou há pouco: O Brasil virou o país do fanatismo?

Primeiramente eu quero chamar o @Bruce Torres que eu sei que ama a Tatiana.

O problema é que essa cisão entre os estudos literários e a crítica amadora, que também costuma ser chamada de cisão entre a cátedra e o rodapé, é mais antiga. Ela começou lá na década de 50, 60. Os estudos literários são algo relativamente recente, surgiram por essa época também. O padrão de crítica então vigente era o que chamavam de crítica impressionista, que, simplificando bem, era uma crítica mais próxima do amadorismo, onde o crítico punha sua pessoalidade de forma mais intensa na nota crítica. A crítica acadêmica veio de certo modo pra substituir a crítica de rodapé (crítica de rodapé, crítica impressionista e crítica amadora são meio que sinônimos) e aí houve essa cisão. A crítica foi perdendo espaço nos jornais, a crítica acadêmica foi se especializando... E aí chegamos nos blogs, vlogs etc que, de certo modo, reacendem essa discussão.

(De novo repito que isso tudo eu tô simplificando MUITO. Na verdade verdadeira o que houve não foi bem que a crítica acadêmica, a cátedra, venceu o rodapé; na verdade o que houve foi que na segunda metade do século XX aconteceu uma mudança de paradigma jornalístico, com o predomínio de um padrão norteamericano etc etc.)

Concordo contigo que tem muito vlogueiro que acaba entrando nessa onda de grupos, nisso de se mostrarem COMO leitores mais do que se mostrarem leitores. Mas não sei se seria o caso da Feltrin... Eu acho ela uma vlogueira bem séria, sabe? E não duvido nem um pouco que ela possa ter sido eventualmente menosprezada ou hostilizada em algum evento. A reação dos seguidores dela a respeito do episódio eu acho meio irrelevante, embora acabe revelando muito sobre o meio ou, pra remeter de novo ao tópico da Seiko, a esse bairrismo que acaba se apossando. Vi uma pose dela mais arrogante quando ela respondeu ao comentário do professor que o vídeo não substitui a leitura do livro. Mas no caso da segunda ponderação, do professor falando que é melhor ver canal de literatura e tal, não achei que ela foi desrespeitosa... (Achei que foi mais por parte do professor.)

Mas no frigir dos ovos isso tudo é desnecessário. Não podemos menosprezar nem um lado nem outro. Como diz o João Cezar de Castro Rocha, professor da UFRJ e um dos maiores críticos hoje, é preciso formarmos críticos bilíngues. Críticos que possuam uma sólida base literária e que consigam se comunicar de forma mais científica, mas que AO MESMO TEMPO saibam se comunicar com um público maior, sem baratear e com o mesmo rigor de análise. O caso dos blogs, vlogs etc não é nem tanto o de ocupar o espaço da crítica acadêmica. Eles acabam ocupando justamente um espaço que a academia não chega, ou que chega mal...

Mesmo pq no final a Feltrin cita a Camila Holdefer do Livros Abertos. A Camila pra mim é um bom exemplo de que pode sair coisa muito boa do ambiente virtual. Mas muito boa não é só considerando a média do que é feito: poucos "críticos" conseguem chegar ao mesmo nível de análise e articulação que a Camila... ("Críticos" entre aspas pois tenho uma concepção mais ampla de crítica; pra mim a Feltrin e a Camila são tão críticas quanto o cara que ganha dinheiro com crítica.)
 
Esse tópico se encaixa com o que a @Seiko-chan criou há pouco: O Brasil virou o país do fanatismo?

Primeiramente eu quero chamar o @Bruce Torres que eu sei que ama a Tatiana.

O problema é que essa cisão entre os estudos literários e a crítica amadora, que também costuma ser chamada de cisão entre a cátedra e o rodapé, é mais antiga. Ela começou lá na década de 50, 60. Os estudos literários são algo relativamente recente, surgiram por essa época também. O padrão de crítica então vigente era o que chamavam de crítica impressionista, que, simplificando bem, era uma crítica mais próxima do amadorismo, onde o crítico punha sua pessoalidade de forma mais intensa na nota crítica. A crítica acadêmica veio de certo modo pra substituir a crítica de rodapé (crítica de rodapé, crítica impressionista e crítica amadora são meio que sinônimos) e aí houve essa cisão. A crítica foi perdendo espaço nos jornais, a crítica acadêmica foi se especializando... E aí chegamos nos blogs, vlogs etc que, de certo modo, reacendem essa discussão.

(De novo repito que isso tudo eu tô simplificando MUITO. Na verdade verdadeira o que houve não foi bem que a crítica acadêmica, a cátedra, venceu o rodapé; na verdade o que houve foi que na segunda metade do século XX aconteceu uma mudança de paradigma jornalístico, com o predomínio de um padrão norteamericano etc etc.)

Concordo contigo que tem muito vlogueiro que acaba entrando nessa onda de grupos, nisso de se mostrarem COMO leitores mais do que se mostrarem leitores. Mas não sei se seria o caso da Feltrin... Eu acho ela uma vlogueira bem séria, sabe? E não duvido nem um pouco que ela possa ter sido eventualmente menosprezada ou hostilizada em algum evento. A reação dos seguidores dela a respeito do episódio eu acho meio irrelevante, embora acabe revelando muito sobre o meio ou, pra remeter de novo ao tópico da Seiko, a esse bairrismo que acaba se apossando. Vi uma pose dela mais arrogante quando ela respondeu ao comentário do professor que o vídeo não substitui a leitura do livro. Mas no caso da segunda ponderação, do professor falando que é melhor ver canal de literatura e tal, não achei que ela foi desrespeitosa... (Achei que foi mais por parte do professor.)

Mas no frigir dos ovos isso tudo é desnecessário. Não podemos menosprezar nem um lado nem outro. Como diz o João Cezar de Castro Rocha, professor da UFRJ e um dos maiores críticos hoje, é preciso formarmos críticos bilíngues. Críticos que possuam uma sólida base literária e que consigam se comunicar de forma mais científica, mas que AO MESMO TEMPO saibam se comunicar com um público maior, sem baratear e com o mesmo rigor de análise. O caso dos blogs, vlogs etc não é nem tanto o de ocupar o espaço da crítica acadêmica. Eles acabam ocupando justamente um espaço que a academia não chega, ou que chega mal...

Mesmo pq no final a Feltrin cita a Camila Holdefer do Livros Abertos. A Camila pra mim é um bom exemplo de que pode sair coisa muito boa do ambiente virtual. Mas muito boa não é só considerando a média do que é feito: poucos "críticos" conseguem chegar ao mesmo nível de análise e articulação que a Camila... ("Críticos" entre aspas pois tenho uma concepção mais ampla de crítica; pra mim a Feltrin e a Camila são tão críticas quanto o cara que ganha dinheiro com crítica.)
concordo contigo,de forma alguma eu iria parar de ver blogs e vlogs literários por causa de meia duzia de gato pingado.o"grupo" ao qual me refiro são essa gente doida dos comentários.
quanto ao comentário do professor discordo,acho que foi desrespeitosa sim (se não houvesse nem um pouco de agressividade no que ela disse sobre o professor os fãs zumbis não o teriam atacado).mas posso ter sido um pouco tendencioso para o lado do meu professor mesmo:think:
aliás não acho que o professor tinha a intensão de ser desrespeitoso ( afinal ele não sabe o que é "canal literário")
 
Última edição:
Estranho pra mim ver essa Tatiana Feltrin fazendo comentários de livros porque eu lembro dela (há muito tempo) fazendo tutoriais de maquiagem. :think:
Enfim, ela continua chatinha e sem graça, tanto num como noutro. :lol:
Mas, assistindo esse vídeo específico (eu pulei pro minuto 14:00 que não sou besta nem nada) achei que no fim das contas ela estava meio com o pé atrás por causa do jeito que aquele crítico (colunista?) a tratou naquela mesa de discussão.
A julgar pelo que diz no vídeo, parece que o cara foi bem desagradável, aliado a isso tem o fato de que ela não deve ser muito boa em aceitar criticas e de a reportagem da Falha de SP ter feito uma bagunça com resumos, vlogs e críticas, enfiado tudo num saco e feito aquela merda toda que os meios de comunicação costumam fazer ao escrever sobre assuntos que não conhecem e nem procuram conhecer.

Me fez lembrar daquele, não lembro se jornal, no lançamento de um dos filmes do Peter Jackson, que, a certa altura da reportagem, chama os elfos de duendes. =/

Quanto aos comentários, é aquilo de sempre, de a maioria das pessoas achar que pode falar/escrever o que quiser nas internete.
Fico possessa com essas coisas que leio, na parte de comentários, nos portais de notícias, youtube e facebook.
 
Realmente a internet pode reacender discussões de um tema que na academia é velha conhecida (a fogueira de guerra acontece na academia antes que nas ruas).

No caso da linguagem tecnológica, em particular, que é extremamente atraente aos jovens sobressai que em certa medida continuam como o eram a 200 anos atrás, muitos deles em busca de um guia, de um herói ou mesmo carentes de um exemplo no meio do caos urbano que lhes aponte material relativamente confiável e isso pode se tornar num peso difícil para os donos dos blogs e também para os professores se eles permitirem que o público lhes rotule com esse papel porque então seriam vistos como responsáveis diretos.

Seria de se supor que essa ponte entre o povo internauta e a academia seria facilmente compreendia pela população comum quando acessa vídeos de reviews mas que a limitação de um meio poderoso (internet) sem orientação pode resultar de muitas falhas de comunicação.

Especialmente os vídeos de internet conquistam mais e mais lugar da audiência televisiva porque apontam para o vídeo "on demand" na hora que a pessoa quer ver, criando uma relação que pode produzir uma falsa sensação de que certos problemas possuem resolução fácil.
 
Estranho pra mim ver essa Tatiana Feltrin fazendo comentários de livros porque eu lembro dela (há muito tempo) fazendo tutoriais de maquiagem. :think:
Enfim, ela continua chatinha e sem graça, tanto num como noutro. :lol:
Mas, assistindo esse vídeo específico (eu pulei pro minuto 14:00 que não sou besta nem nada) achei que no fim das contas ela estava meio com o pé atrás por causa do jeito que aquele crítico (colunista?) a tratou naquela mesa de discussão.
A julgar pelo que diz no vídeo, parece que o cara foi bem desagradável, aliado a isso tem o fato de que ela não deve ser muito boa em aceitar criticas e de a reportagem da Falha de SP ter feito uma bagunça com resumos, vlogs e críticas, enfiado tudo num saco e feito aquela merda toda que os meios de comunicação costumam fazer ao escrever sobre assuntos que não conhecem e nem procuram conhecer.

Me fez lembrar daquele, não lembro se jornal, no lançamento de um dos filmes do Peter Jackson, que, a certa altura da reportagem, chama os elfos de duendes. =/

Quanto aos comentários, é aquilo de sempre, de a maioria das pessoas achar que pode falar/escrever o que quiser nas internete.
Fico possessa com essas coisas que leio, na parte de comentários, nos portais de notícias, youtube e facebook.

concordo,mas mesmo assim achei muito exagerado a reação para com o professor
 
1. fico bastante admirada que ela tenha notado que a repórter da folha estava meio perdida sobre o que esses booktubers fazem, mas não inferiu que as perguntas foram feitas para o professor a partir desse contexto: de quem não sabia o que booktubers faziam para alguém que também não sabia. o salto dado de "é matéria feita por gente perdida" para "esse professor deve estar se sentindo ameaçado" é gigante (e absurdo). a culpa é da repórter da folha (se há uma culpa), não do professor. o professor só respondeu o que foi perguntado. se quem entrevistou a vlogueira não sabia do assunto, como magicamente passaria a saber ao entrevistar o professor? peloamor, não precisa de dois neurônios para fazer a relação.

2. a mentalidade de grupo é realmente uma coisa complicada. ninguém questiona, todo mundo aceita, e lá vai a manada. mas vou citar um caso aqui que talvez vale para refletir. na crítica sobre graça infinita, ela desceu a lenha (de novo) na tradução do caetano. uma das coisas que ela invocou foi sobre o caetano ter traduzido dove bar como chocolate dove. "dove bar é o sabão!!", ela diz. sim, óóóbvio que vários comentários dos "fãs" da vlogueira seguem a linha "ahahah, que ridículo, como pode errar assim na tradução?" (embora eu tenha que concordar que a parada do "tamanho boquinha" é meio estranha mesmo). mas aí vez ou outra aparecia alguém que comentava que o dove bar do livro é chocolate mesmo. o que a ela fez? em todo momento insistiu que era o sabão. dizia que se fosse chocolate viria escrito "dove chocolate bar" no original. mas não, não precisa de chocolate ali no meio para indicar que a barra é de chocolate. usa-se o nome da marca com bar para falar de chocolate, é algo normal. tanto que tem hershey bar, sem chocolate no meio. enfim. o que eu tirei desse caso: uma arrogância tremenda de não saber reconhecer quando errou, ou ainda, quando falta conhecimento de determinada coisa. e tá tudo bem não saber tudo, ninguém tá certo o tempo todo. mas insistir no erro mesmo com pessoas corrigindo? e aí você pensa: bom, quem comenta lá já sabe qual é o estilo dela. então provavelmente só comenta quem concorda com a garota, porque já sabe que se discordar dela ela vai insistir no ponto e vai ser meio como que conversar com as paredes.

3. eu acho um pouco sacanagem essa coisa de dizer que é passatempo quando convém e aí querer ser levado à sério quando tem massagem para o ego (do tipo: ser chamado para entrevista, palestra, mesa redonda, etc.). e é nisso que eu respeito pracaraleo o que a camila faz no livros abertos. ela não tem essa de "ai, é só passatempo". é crítica literária e pronto. eu acho que essa de dizer que é só passatempo é meio querer virar café com leite. se você tem a pachorra de colocar até adsense no seu canal, não vem com essa de que é "só passatempo". não é, mesmo que você tire só 5 royals no fim do mês.
 
Concordo contigo que tem muito vlogueiro que acaba entrando nessa onda de grupos, nisso de se mostrarem COMO leitores mais do que se mostrarem leitores. Mas não sei se seria o caso da Feltrin... Eu acho ela uma vlogueira bem séria, sabe?

Será que estamos falando da mesma vlogueira? :ahn?:

"Get thee (back) to the COLLege!" :lol:
 
Última edição:
1. fico bastante admirada que ela tenha notado que a repórter da folha estava meio perdida sobre o que esses booktubers fazem, mas não inferiu que as perguntas foram feitas para o professor a partir desse contexto: de quem não sabia o que booktubers faziam para alguém que também não sabia. o salto dado de "é matéria feita por gente perdida" para "esse professor deve estar se sentindo ameaçado" é gigante (e absurdo). a culpa é da repórter da folha (se há uma culpa), não do professor. o professor só respondeu o que foi perguntado. se quem entrevistou a vlogueira não sabia do assunto, como magicamente passaria a saber ao entrevistar o professor? peloamor, não precisa de dois neurônios para fazer a relação.

2. a mentalidade de grupo é realmente uma coisa complicada. ninguém questiona, todo mundo aceita, e lá vai a manada. mas vou citar um caso aqui que talvez vale para refletir. na crítica sobre graça infinita, ela desceu a lenha (de novo) na tradução do caetano. uma das coisas que ela invocou foi sobre o caetano ter traduzido dove bar como chocolate dove. "dove bar é o sabão!!", ela diz. sim, óóóbvio que vários comentários dos "fãs" da vlogueira seguem a linha "ahahah, que ridículo, como pode errar assim na tradução?" (embora eu tenha que concordar que a parada do "tamanho boquinha" é meio estranha mesmo). mas aí vez ou outra aparecia alguém que comentava que o dove bar do livro é chocolate mesmo. o que a ela fez? em todo momento insistiu que era o sabão. dizia que se fosse chocolate viria escrito "dove chocolate bar" no original. mas não, não precisa de chocolate ali no meio para indicar que a barra é de chocolate. usa-se o nome da marca com bar para falar de chocolate, é algo normal. tanto que tem hershey bar, sem chocolate no meio. enfim. o que eu tirei desse caso: uma arrogância tremenda de não saber reconhecer quando errou, ou ainda, quando falta conhecimento de determinada coisa. e tá tudo bem não saber tudo, ninguém tá certo o tempo todo. mas insistir no erro mesmo com pessoas corrigindo? e aí você pensa: bom, quem comenta lá já sabe qual é o estilo dela. então provavelmente só comenta quem concorda com a garota, porque já sabe que se discordar dela ela vai insistir no ponto e vai ser meio como que conversar com as paredes.

3. eu acho um pouco sacanagem essa coisa de dizer que é passatempo quando convém e aí querer ser levado à sério quando tem massagem para o ego (do tipo: ser chamado para entrevista, palestra, mesa redonda, etc.). e é nisso que eu respeito pracaraleo o que a camila faz no livros abertos. ela não tem essa de "ai, é só passatempo". é crítica literária e pronto. eu acho que essa de dizer que é só passatempo é meio querer virar café com leite. se você tem a pachorra de colocar até adsense no seu canal, não vem com essa de que é "só passatempo". não é, mesmo que você tire só 5 royals no fim do mês.

Achei muito bom seus comentários...

1 - Não consegui ver o vídeo, pois estou no trabalho, mas pelo que eu li até aqui, ela poderia não ter tido esse discurso de ódio para com o professor. Até porque deu a entender que ele não tem tanto conhecimento sobre esse tipo de canal e não acho que tenha havido maldade por parte dele.

2 - A pessoa que tem esse tipo de canal tem que cuidar muito com a exposição das suas opiniões, porque muitas das pessoas que a seguem e admiram seu trabalho tendem a seguir essa opinião como se fosse lei. Outra coisa importante que você falou foi na questão de não saber aceitar os seus erros, vou me usar como exemplo porque esse ano eu passei a viver mais nesse mundo de blogs/vlogs e etc. Eu tenho meu blog (www.nerdbucks.com.br) onde faço críticas de filmes/séries/livros... Mas sempre tento absorver as críticas construtivas para tentar melhorar, e assumir os pontos que eu acabo errando, afinal, todo mundo erra, somos humanos. O que me ajuda bastante é que eu tenho uma equipe que trabalha comigo, e por mais que eu seja o dono do blog, sempre busco a opinião deles pra tudo, é muito importante você ter uma opinião de outras pessoas, senão não tem porque fazer algo.

3 - Nesse ponto eu não tenho nada a acrescentar, pois você disse tudo.
 
AINDA tem gente comentando no(2 minutos de ódio) vídeo
"Paulo Altmann 1 semana atrás
Que materiazinha mais tendenciosa essa da Folha de São Paulo. Sou formado em Comunicação Social e sinto uma vergonha tão grande de jornalistas que fazem isso. Eles também deviam sentir vergonha deles mesmos. Simplesmente, sabe o que dá impressão? De que esse ilustríssimo professor (e a minha ironia adjetiva não deve-se ao fato de ele ser bom no que faz ou não, até pq acredito sim que seja) que faz citações no artigo é algum amigo de algum editor ou jornalista e se sentiu bem incomodado com os vídeos, acionou seus contatos e fez isso. O que não me surpreenderia já que bastante coisa no Brasil funciona dessa forma (e sim, agora eu me reservo o direito de ser igualmente tendencioso)."
:eek::puke::wall::flag:
 
AINDA tem gente comentando no(2 minutos de ódio) vídeo
"Paulo Altmann 1 semana atrás
Que materiazinha mais tendenciosa essa da Folha de São Paulo. Sou formado em Comunicação Social e sinto uma vergonha tão grande de jornalistas que fazem isso. Eles também deviam sentir vergonha deles mesmos. Simplesmente, sabe o que dá impressão? De que esse ilustríssimo professor (e a minha ironia adjetiva não deve-se ao fato de ele ser bom no que faz ou não, até pq acredito sim que seja) que faz citações no artigo é algum amigo de algum editor ou jornalista e se sentiu bem incomodado com os vídeos, acionou seus contatos e fez isso. O que não me surpreenderia já que bastante coisa no Brasil funciona dessa forma (e sim, agora eu me reservo o direito de ser igualmente tendencioso)."
:eek::puke::wall::flag:

entra um pouco a questão da responsabilidade, né. porque você não tem controle sobre o que os outros interpretarão do video/texto, nem como reagirão. esse comentário, por exemplo, parece já extrapolar a extrapolação da vlogueira (ela acusa o professor de estar se sentindo ameaçado, ele já vai além e acha que há toda uma maquinação envolvendo jornalistas e editores). é nessas que dá umas cacas como essa que rolou dia desses na página da companhia das letras no facebook:

cae.JPG

parece que a pessoa apagou o comentário depois, mas gente, wth. eu fui acompanhando os posts da pessoa depois que ela se envolveu em uma discussão por causa do comentário, e ela sequer conseguia se expressar corretamente em português*. é óbvio que estava replicando um discurso que já tinha ouvido em outro lugar.

______
* sim, um bom português é fundamental para a tradução. não basta só conhecimento da língua estrangeira.
 
Pincelar erros não é criticar traduções... O buraco é muito mais embaixo. Mesmo pq pode ter sido sim que o tradutor tenha deslizado, problema algum. Ou pode ser que durante a edição ou revisão tenham mudado e ele não percebeu. Mas não é por aí que a banda toca... A crítica de tradução tem que buscar ser mais ampla do que isso, avaliando o projeto tradutório, se o tradutor realmente conseguiu cumprir o que se propôs, se o projeto tradutório em si seria bom ou não, e, se sim ou se não, porque, como ele se relaciona com outros etc etc.
 
Porque a curiosidade matou o gato, fui atrás desse vídeo dela sobre o Graça Infinita e queria compartilhar esse monte de amor que a moça exala em seus vídeos com vcs :gotinha: (pulem pros 30:00 para ouvirem-na comparar a tradução com todo o apuro técnico que é sua marca registrada):


ah, essa risada dela sem graça depois de falar uma besteira qualquer é tão hedionda - me lembra a voz da mãe da rapunzel no enrolados... E ela é um caso desses em que dá nervoso só de olhar para o rosto de uma pessoa, sabe? aquele momento em que, mesmo calada, a fulana causa em vc a sensação de "não vou com a sua cara". Me lembrou do porquê de eu ter cancelado a inscrição no canal dela há muito tempo
 
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